Saudações meus caros! Agradeço muito por ter clicado em minha história para passar um tempinho lendo ele, fiz uma conta nova porque queria começar tudo do zero, tipo a fênix que renasce das cinzas sabe?
A história da vez é universo alternativo, romancezinho só para desenferrujar, já que faz anos que não escrevo uma fanfic (ultimamente só tenho feito trabalhos acadêmicos mesmo) do casal que amo de paixão que é SasuxHina.
Mas por que Sasuke e Hinata juntos? Tenho uma certa facilidade em escrever histórias com esse casal do que Naruto e Hinata ou Sasuke e Sakura.
Espero que vocês apreciem e uma excelente leitura!
DISCLAIMER: A obra Naruto e seus personagens não me pertencem.
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"Segurando um buquê de flores,
esperando por você na esquina
As pessoas podem rir e achar me estranho, mas eu te amo,
Você precisa acreditar em mim!
Nossa boba história de amor que ninguém mais sabe"
(Koi wo Shiyou – Nico Touches the Walls)
Amazing Blue
Capítulo 1: Memórias
Ela desviou o olhar do seu livro favorito para contemplar a paisagem que passava vagarosamente diante de seus olhos pela janela do trem com destino à Konoha. Estava muito ansiosa para chegar e rever seus pais e seu irmão pois desde que fora para Tokyo estudar arquitetura há um ano e meio, não teve tempo para ir visita-los.
Pegou seu celular para verificar o horário e sorriu, afinal a sua viagem estava chegando ao fim em menos de uma hora. Trocou a música relaxante que estava ouvindo para acompanhar a leitura para uma mais animada e revolveu comer uns onigiris que havia feito para disfarçar a barriga que já estava roncando a um tempo.
Quando chegou à estação de Konoha, foi surpreendida com o seu irmão correndo em sua direção para lhe dar um abraço bem apertado.
-Hikari nee-chan! Quantas saudades! Pensei que nunca mais a veria! – Disse o mais novo, se afastando um pouco depois de um longo abraço e presenteando a moça com o seu mais belo sorriso.
-Pare de ser bobo Atsushi, você sabe o quanto é difícil vir para cá quando se precisa estudar e trabalhar ao mesmo tempo. – A mais velha retrucou, tentou fazer um bico para fazer drama, mas não conseguiu conter o sorriso. – Onde estão mamãe e papai?
-Estamos aqui Hikari! O Atsushi logo que te viu saiu em disparada, a gente nem teve tempo de segurar ele para não te assustar... Mas não deu muito certo. – A mãe disse num tom de voz calmo e abraçou a filha com olhos marejados de alegria. – Espero que esteja tudo bem em Tokyo, fico tão preocupada com seu bem-estar minha filha!
-E quanto a trabalhar... – Foi a vez do pai começar a falar, com um sorriso discreto em seus lábios. – Você sabe que não precisa disso, nós podemos arcar com as despesas.
-Pai... Você sabe muito bem que sempre gostei de ganhar meu dinheiro para não depender tanto de vocês... Já agradeço imensamente por me ajudar quando as contas ficam meio apertadas para mim. – Hikari respondeu logo depois que soltou a mãe do abraço e foi a vez de abraçar seu amado pai.
-Sim eu sei, mas lembre-se que sempre precisar...
-Posso contar com vocês. Sim, eu sei...
-Pessoal, podemos voltar logo para casa? – Atsushi interrompeu sabendo que a conversa poderia se prolongar ali. - Estou faminto! Podemos conversar com calma quando chegarmos lá ou durante o trajeto.
Todos concordaram com Atsushi e caminharam em direção ao estacionamento, de onde seguiram para a casa, conversaram e riram bastante no trajeto, contando novidades e tentando matar as saudades de Hikari.
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Hikari se aconchegou no seu sofá após o almoço animado que teve com a sua família ao lado de sua mãe que estava bordando. O pai teve de sair para resolver uns problemas na empresa e seu irmão estava falando com um de seus patrocinadores no celular.
O olhar de Hikari se perdeu entre as fotos de família, nos quadros que Atsushi pintava, pela televisão e os seus olhos param numa foto antiga dos seus pais e os amigos deles na foto. O que chamou a atenção dela era a vermelhidão excessiva no rosto de sua mãe e seu pai todo carrancudo e meio afastado na foto.
-Mãe... Por que naquela foto de vocês com os amigos, você está tão vermelha e o papai está tão carrancudo?
A mãe parou o que estava fazendo, ergueu o olhar e sorriu ao ver a foto, se levantou como se tivesse se recordado de algo, foi em direção da cômoda e voltou logo em seguida com um álbum.
-Para você entender o que aconteceu, vou precisar contar desde o início.
-Início? De como você e papai se conheceram? Vocês nunca contaram essa história, sempre me falavam do casamento, meu nascimento e de Atsushi.
-Bem, vamos chamar o Atsushi, acho que ele também vai querer saber.
-Não será preciso mãe, já estou aqui prontinho para ouvir a história de vocês. Preciso de inspiração para minha nova obra e dessa vez me pediram para incluir cenas de romance. – Atsushi falava enquanto desligava o celular, tirava um bloco de anotações e se aconchegava na poltrona.
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Tudo começou quando eu tinha 15 anos, minha família acabava de chegar de Hokkaido para Konoha devido à decisão de meu pai mudar de ares após a morte da minha mãe. Foi um terror para a tia Hanabi essa mudança por precisar se afastar dos amigos, já que naquela época, não existia celular ou meio de comunicação mais rápida que telefone fixo ou até cartas. Para mim foi algo tranquilo porque eu não tinha tantos amigos próximos já que eu era considerada estranha por sempre estar gaguejando, corando por tudo e era muito desastrada.
Considerei essa mudança como uma oportunidade de recomeçar, tentar ser mais forte e independente assim como minha mãe era, mas sem perder a gentileza e o bom humor de sempre. O que poderia dar errado? Afinal, o meu grande inimigo era a falta de autoestima e graças à isso, desenvolvi uma timidez acima do normal.
Mas é claro que não foi algo fácil como eu havia imaginado. Aquilo estava enraizado na minha essência e ia exigir muito esforço de minha parte, mas estava determinada a mudar. Precisava provar para o meu pai que não precisava se preocupar tanto comigo, que eu também podia ser igual ou melhor que minha irmã mais nova, que poderia ser um bom exemplo à ela além das boas notas.
O primeiro passo para o projeto autoestima foi deixar meus cabelos crescerem e dar um corte mais feminino, entender melhor sobre as tendências da moda e vestir-me bem sem perder a minha identidade. E pasmem, na minha infância e pré-adolescência eu vestia roupas grandes demais para tentar esconder as curvas e os seios que estavam começando a ficar em evidência além de ser ótimo para passar despercebida entre a multidão. Nunca gostei de chamar a atenção.
O primeiro dia de aula no colégio foi terrível em minha memória porque estava tão nervosa que mal consegui me apresentar direito aos colegas de classe e ainda por cima derrubei suco na mochila do pai de vocês. Sim, um belo jeito de começar na escola nova.
Para minha sorte, eu fiquei sentada próxima à Kiba e Ino(além do pai de vocês), que seriam meus melhores amigos todo o meu período escolar até hoje. Eles gentilmente me mostraram o colégio, se sentaram junto comigo durante o almoço e eles começaram a falar quem era o mais popular, o menos popular, o cara mal encarado, o inteligente e etc. coisas que os adolescentes julgam importante.
-Aquele cara ali Hina-chan de rabo de cavalo, se chama Nara Shikamaru, campeão nacional de shogi¹, o cara mais inteligente de nossa escola e para completar amigo de infância de Ino e ela tem uma queda por ele.
Kiba-kun me dizia enquanto comia o seu onigiri e tomava um chá. Ino-chan ficou mais vermelha que um tomate e para tentar desviar a atenção, continuou com as apresentações.
-Aquele loiro ali se chama Uzumaki Naruto, o ruivo se chama Sabaku no Gaara e o moreno que você derrubou suco na mochila se chama Uchiha Sasuke. Eles são capitães do time de futebol, basquete e vôlei respectivamente.
Olhei para o trio que passava pelo pátio conversando animadamente. Aliás, Naruto-kun era o mais animado dos três, o Sasuke-san tinha um sorriso sarcástico e Gaara-kun só observava a cena enquanto o loiro abria os braços exageradamente e sorrindo enquanto contava algo aos dois. Fiquei admirando a beleza dos olhos azuis, os braços fortes e sorriso radiante do rapaz e não pude deixar de corar enquanto observava.
-Ter amigos de infância deve ser maravilhoso. – Concluí suspirando- Ter intimidade o suficiente para contar piadas sem graça e o outro repreender falando que não teve graça ou poder entender o que o outro está sentindo só de olhar deve ser bom.
Ambos pararam para pensar sobre minha reflexão e riram, cúmplices.
-Nem tudo são flores Hina-chan, porque é como falam por aí, intimidade é uma merda.
Kiba-kun gargalhou diante da minha expressão após ter soltado essa frase e Ino-chan riu junto, mais discreta e concordou apenas com um aceno de cabeça com o rapaz.
-Logo menos você vai entender o porque o Kiba falou desse jeito. Agora vamos voltar para sala!
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-Pera mamãe, quer dizer que você meio que se apaixonou pelo tio Naruto no início? – Atsushi ajeitou os óculos pasmo após concluir algumas anotações.
-Digamos que nessa hora foi uma pequena atração, mas eu gostava do Naruto-kun sim, apesar de perceber um tempo depois que isso só não passava de uma admiração, afinal ele é o completo oposto de mim e era algo que estava almejando para mim.
-Quem diria hein mamãe, quase que nascemos loiros de olhos claros então? – Hikari questionou, rindo com a possibilidade. – Mas achei engraçado a parte que você contou que derrubou o suco na mochila do papai. Eu imagino que ele tenha ficado muito chateado.
-Ele não demonstrou chateação, apenas me disse que não precisava ficar preocupada que era só limpar que estava tudo certo. Mas o tom de voz que ele usou na hora não foi muito amigável pelo que eu me lembro.
Hinata não teve coragem de mencionar aos filhos que Sasuke tinha dito as seguintes palavras "Não se atreva a sujar novamente algo que pertence à mim ou se não faço você pagar com o seu corpo." Apesar das palavras cruéis, Hinata sentiu que ele não estava falando sério e estava tentando afastá-la de alguma maneira antes que pudessem se tornar próximos ou algo do gênero, mas ele não sabia que aquelas palavras despertaram uma certa curiosidade nela.
-Vamos fazer uma pausa porque eu fiquei com vontade de comer panquecas. Você faz o chá para mim Atsushi?
Hikari disse, tirando Hinata dos seus devaneios e levou seu irmão para a cozinha que foi resmungando algo sobre não gostar muito das panquecas que ela fazia.
Hinata passou a mão sob algumas fotos, saudosa e seguiu rumo à cozinha antes que os seus filhos tornem a cozinha um campo de batalha.
Continua...
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Sim meus caros! Resolvi contar a história desta maneira mesmo, acho tão legal quando os meus pais me contam a história de como eles se conheceram, se apaixonaram e até o nosso nascimento.
Qualquer sugestão, críticas, erros e similares pode me mandar DM, review, sinal de fumaça que responderei todos com carinho e muita atenção.
Beijos e até o próximo capítulo!
