N/A: Essa é minha primeira fic de Hetalia. É Universo Alternativo e yaoi com prováveis lemons. Casais principais: USCan e FrUK. Outros aparecerão pelo caminho.
Aviso dado, vamos à fic. ^^
(Just Like) Starting Over
Prólogo
Eu sempre tive tudo o que quis. Uma excelente casa em Buffalo, estado de New York, cidade próxima ao lago Erie e bem perto da fronteira com o Canadá. Estudava na melhor escola da cidade e, sem sombra de dúvida, era o cara mais popular de lá. Dezesseis anos, estrela do time de basquete e o mais forte candidato a presidente do conselho estudantil, este é Alfred F. Jones, isto é, eu. Filho único, morava com meus pais e meu primo Matthew Williams. Matthew, ou Mattie, como eu gosto de chamá-lo, mora comigo desde que perdeu os pais há sete anos. O pai dele era irmão da minha mãe e morava no Canadá, onde tinha uma família. Ele e a esposa morreram em um acidente de carro e Mattie veio morar aqui. Foi complicado no início, já que ele é um garoto bem introvertido, mal falava comigo quando chegou e não falava com ninguém na escola, além de sofrer de asma. Ia acabar sendo um alvo fácil para os garotos encrenqueiros da escola, mas ninguém se atrevia a mexer comigo e, consequentemente, com meu primo. Aos poucos ganhei a confiança de Mattie, mostrando que eu poderia ser um bom amigo, além de protegê-lo dos idiotas que o importunavam por causa de seu sotaque. É, ele veio da região do Canadá em que se fala francês, que eu sempre esqueço o nome. Na verdade, não sei nada sobre o Canadá, exceto o que Mattie me conta. Ele adorava viver lá e, mesmo depois de sete anos nos Estados Unidos, acho que ainda sente falta. Não sei como, os EUA são o melhor lugar do mundo para se viver.
Minha amizade com Mattie começou a mudar quando tínhamos quinze anos. Eu percebi que ficava irritado quando via meu primo dando atenção demais para alguém que não fosse eu, interrompia quando ele estava conversando demais com outros e o levava comigo onde quer que eu fosse. Um dia ele veio falar comigo antes de dormir.
- Alfred, você tem ciúmes de mim?
- É claro que não, de onde tirou essas ideias, Mattie?
- É que você anda agindo estranho ultimamente.
- Como assim?
- Você nunca me deixa ficar sozinho com ninguém e anda me seguindo pela escola.
- Só estou te protegendo, Mattie.
- Acho que eu não preciso mais disso, Alfred. Quando eu tinha dez anos tudo bem, mas agora eu já tenho quinze. Agradeço suas boas intenções, mas vai ser melhor se puder me deixar em paz agora.
Ele se virou para sair do meu quarto, mas eu segurei sua mão.
- Alfred...
- Fica aqui hoje, Mattie.
- Alfred, o que você...
Eu me aproximei dele, deixando nossos rostos próximos. Senti a respiração dele se alterar. Afastei os cabelos dele, que se pareciam tanto com os meus, apesar de um pouco mais longos, e sussurrei perto de seu ouvido:
- É verdade. Eu tenho ciúmes de você, Mattie. Morro de ciúmes vendo qualquer um perto demais de você.
Ele ofegou. Eu não sei o que me deu na cabeça para admitir uma coisa daquelas, eu não devia estar em meu juízo perfeito. Eu, admitindo que tinha ciúmes de Mattie? Eu só podia estar louco.
- Fica aqui hoje, Mattie. – Pedi outra vez.
Ele me empurrou e saiu correndo para o seu quarto. No dia seguinte, não falou comigo até chegarmos da escola. Eu que não ia insistir, não sou de sair correndo atrás de ninguém. Pelo contrário, muitos correm atrás de mim, mas poucos me interessam. Quando Mattie bateu na porta do meu quarto mais tarde, eu já estava esperando.
- Pode entrar, Mattie.
- Alfred... Olha, sobre aquilo que aconteceu ontem...
- Você não está com raiva de mim, está?
- Não, não estou. Posso... Posso ficar aqui com você hoje?
Eu tirei os olhos do meu videogame portátil e olhei para ele.
- Por quê?
- Alfred, eu não consegui pregar o olho ontem depois daquilo e hoje fiquei pensando quase o dia todo. Eu... Eu acho que gosto de você, Alfred, só que nunca tinha percebido.
- Gosta? – Eu estava provocando. Queria ver até onde ele ia.
- É... – Ele corou. – A gente cresceu junto, era pra eu te ver como um irmão, mas eu sei que você é só meu primo. Não era para eu me sentir assim, eu...
Ele começou a ofegar. Me levantei e corri para perto dele, segurando sua mão.
- Mattie! Mattie, relaxa, está tudo bem.
Ele chegou o rosto perto do meu e sussurrou, como eu tinha feito ontem:
- Se eu não tivesse te empurrado... O que você ia fazer?
Como resposta, colei meus lábios nos dele. Sabia que, ao contrário de mim, Mattie nunca tinha beijado ninguém e eu nem ia deixar uma coisa dessas acontecer. Quando nos separamos, ele sorria, mas depois pareceu assustado.
- Alfred, a gente não podia...
- Por que não? Somos só primos, lembra?
- Eu sei, mas...
Droga, pensei. A respiração dele estava muito alterada. Isso sempre acontecia quando ele ficava nervoso.
- Mattie, calma. Calma, olha para mim. Eu não vou deixar meus pais ficarem sabendo disso. Não vou deixar ninguém ficar sabendo, se você quiser assim.
- Alfred...
- Quando você chegou aqui eu disse que ia te proteger. Eu não vou faltar com a minha palavra. Agora se acalma, ok?
- Ok.
Ele dormiu do meu lado naquela noite e, a partir de então, mantivemos um relacionamento secreto.
Gosto de me lembrar disso. Sorri, olhando para Mattie, que dormia com a cabeça no meu ombro. Estávamos em um avião, a caminho da Inglaterra. Meus pais morreram há uma semana em um acidente de esqui em Aspen e foi resolvido que Mattie e eu seríamos mandados para viver com um primo em comum que temos no Velho Mundo. Adeus presidência do conselho estudantil, adeus time de basquete, adeus popularidade e, o pior de tudo, adeus EUA. Pelo menos eu ainda tinha Mattie.
oOoOo
N/A: Apenas o prólogo será em POV, o restante da fic é em terceira pessoa.
To com medo dessa fic não ter ficado boa... Espero que gostem.
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