Desclaimer: Jared, Jensen e qualquer outro personagem não me pertencem. Essa história é uma ficção e eu não ganho dinheiro com ela. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Titulo: Erros do passado
Autora: Alicia Darcy
Beta-Reader: Dandi winchester
Fandom: Padackles / RPS (Real Person Slash) / Supernatural
Classificação:+16
Sinopse: Um passado, vários erros e uma vida perdida. Em meio a conflitos, intrigas e transgressões, um amor une dois jovens de mundos opostos, mudando dramaticamente suas vidas.
Avisos: Trata-se de um relacionamento homossexual, com cenas de sexo entre dois homens. Se não gosta, não perturbe o meu juízo com críticas e procure outra história para ler, mas se gosta, boa leitura.
Presente de aniversário para a escritora Vitória winchester. "Vitorinha" que Deus te cubra de paz e bênçãos, meu anjo.
Capítulo 1 — O sequestro
Sete e quarenta e cinco da manhã, treze de agosto de 2007, Escola particular Nossa Senhora de Guadalupe, Novo México, Estados Unidos.
— Senhora tente se acalmar e nos conte detalhadamente o que viu.
Pedia o detetive Mark Pellegrino para a senhora Harvelle. Nervosa, tentava manter o controle e relatar o acontecido há quase uma hora.
— Eu vi um furgão preto fechar o carro Mercedes que trazia o meu menino e eu.
— Isso aconteceu dentro do estacionamento do colégio? — Perguntou o detetive.
— Não! A Mercedes não chegou a entrar no estacionamento. O furgão nos fechou na rua a mais ou menos dois metros de distância dos portões da escola. Três homens armados saíram dele e...
— A senhora viu que armas usavam? — Não deu tempo da mulher responder. Tinha urgência em conseguir qualquer pista dos criminosos.
— Metralhadoras, detetive! Foi tudo tão rápido! Um deles entrou no carro e saiu com o meu menino nos braços!
— Como assim? Ele estava inconsciente? Tinha sangue na roupa dele? Foi baleado?
— NÃO! Pare, por favor!
Hellen levou as mãos ao rosto. Chorava copiosamente. Desolada, sentia-se culpada pelo que aconteceu.
— Desculpe-me senhora! Vou tentar ter mais calma. Tome! Enxugue o rosto, procure se acalmar.
Estendeu-lhe uma caixa de lenços de papel, deixando-a que enxugasse seu rosto. Então, após alguns minutos, mais calma e sem chorar, a mulher continuou o seu depoimento.
— o Jay estava inconsciente e havia sangue na blusa do seu paletó. Eles foram tão rápidos! Um... Um deles... — Os olhos de Hellen marejaram. Lembrar-se do acontecido lhe fazia reviver o horror daquele sequestro.
— Não! Não precisa me contar mais nada, por hora! Acalme-se! Amanhã antes das oito, tomarei seu depoimento e do motorista na delegacia. Por hora, os dados que me passou são o suficiente.
— O senhor acha que machucaram ainda mais o meu menino? Acha que podem fazer algum mal a ele? Meu Deus! — Falava em meio às novas lágrimas que rolavam de seu rosto triste. Temia que o pior acontecesse aquele que para si era tão importante quanto alguém do seu sangue.
— Acalme-se, senhora Harvelle! — Pedia o detetive, mantendo firmeza profissional.
— Não os deixem machucá-lo, por favor!
— Faremos o nosso trabalho. Acredite! Agora, pode ir!
A mulher foi conduzida por dois policiais para fora da sala da diretoria escolar. Há mais de meia hora conversava com aquele senhor de olhar frio. Antes de sair, olhou para trás e falou:
— Esse garoto não é mais um "no meio da multidão", detetive! Não para mim. Sua mãe e eu crescemos juntas, por isso ele estuda nesse colégio sob os meus cuidados e acompanhamento. E enquanto o senhor está preocupado apenas em prender aqueles que são uma "pedra no seu sapato" eu estou preocupada com o meu menino! Pense nisso! — E saiu, deixando Mark sem fala diante da sinceridade de suas palavras.
— Senhor! O que vamos fazer? — Perguntou Jason, o policial que estava ao seu lado ouvindo o interrogatório de Hellen.
— sinceramente, Jason? Ainda não sei! Quando falei com Arnold, o motorista do carro abordado, ele estava bastante abalado e não consegui colher nenhuma informação relevante. Estamos sem pistas, sem digitais e além do mais os desgraçados agiram em segundos. Não sei não Jason, mas eu temo pela vida do menino.
— O senhor liberou a senhora Hellen Harvelle. Acha mesmo que devia ter feito isso, senhor?
O homem o olhou resignado e respondeu:
— Acha mesmo que ela estava em condições de dizer mais alguma coisa? Ela mal conseguia falar quando mencionava o garoto. Como ia conseguir detalhar o que aconteceu?
— E então? — A voz de Jason era pura angústia.
— Então rapaz, no momento vamos trabalhar com o que temos. Mas, uma coisa eu lhe garanto. Dessa vez eles fizeram seu último sequestro.
Às sete e vinte da manhã, o garoto Jared Padalecki Lawless de apenas quinze anos, chegava ao colégio Nossa Senhora de Guadalupe acompanhado de Hellen Harvelle, sua babá e instrutora particular e o motorista Arnold Sufler.
Mas, antes do carro que os trazia adentrar o estacionamento do colégio, um furgão preto o fechou forçando o motorista da Mercedes a frear o carro ês homens encapuzados saíram de seu interior fortemente armados. Ambos carregavam metralhadoras.
Um dos criminosos guardou a saída da lateral esquerda do carro, o outro mirou a cabeça do motorista, mantendo-o no lugar e forçando-o a lhe entregar seu celular e desligar o telefone portátil do carro, enquanto o terceiro usou a coronha da metralhadora e quebrou o vidro destravando em seguida a porta. Ele era o líder.
Jared estava sentado ao lado de sua babá, contrário a invasão do bandido, por isso, antes que o sequestrador pudesse agir, a mulher desferiu um soco em seu rosto.
Hellen o socou na tentativa de destravar a outra porta para que o adolescente fugisse. Porém, isso não foi possível. Habilmente, o homem ergueu a coronha da metralhadora, intencionado a machucar a mulher que o agrediu. O que não contava era que o menino levantasse e tomasse a frente para defender a babá. Jared foi ferido no supercílio esquerdo, caindo desfalecido no colo dela.
A senhora Harvelle chorava assustada alisando o rosto inconsciente do garoto em seu colo.
— Merda! — Vociferou o homem diante do que aconteceu.
— Fica quieta desgraçada, senão eu acabo com você! — Falou enquanto prendia a arma nas costas. Pegou com cuidado o garoto do colo da mulher e saiu, entrando no automóvel junto com os dois comparsas. Porém, quando a manobra de fuga foi iniciada, um deles abriu a janela em vidro fumê e atirou nos dois pneus esquerdos do carro Mercedes.
Dez minutos depois o furgão foi abandonado em uma estrada deserta.
Hotel Imperial, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos, oito e cinquenta e cinco da manhã...
— Não adianta detetive! Eu preciso encontrar o meu filho! — Falava a senhora Lawless andando de um lado para outro em sua suíte.
— Entendo como se sente, mas eu acho que a senhora tem que esperar e... – Foi impedido de continuar falando pela voz nervosa da mulher a sua frente.
— Esperar? É do meu filho que estamos falando, senhor Pellegrino! Acha mesmo que eu terei nervos para atuar, fingindo que está tudo bem com ele?
Há seis meses Luci Lawless iniciara um intenso trabalho na cidade de Albuquerque. Era atriz desde os dez anos de idade. Conseguiu importantes papéis que lhe renderam fama e dinheiro. Aos vinte e um anos envolveu-se com um produtor executivo. Engravidou e deu a luz nove meses depois a um lindo menino. O homem morreu duas semanas após o parto, vítima de um ataque cardíaco fulminante. Não deixou nada em seu testamento para o bebê ou para ela, apenas para sua esposa e seus dois filhos. Luci decidiu que não brigaria na justiça. Não queria "esmolas" de ninguém.
Atualmente, aos 37 anos, era protagonista de uma série de suspense que fazia muito sucesso não só nos Estados Unidos. Por ser mãe solteira, seu filho Jared sempre a acompanhava, mesmo quando as gravações eram fora de Los Angeles, cidade Natal de ambos.
Apesar do seu unigênito ter instruções da senhora Harvelle, sua professora particular e babá, Luci fazia questão de que o garoto frequentasse uma escola na tentativa de criar laços de amizade. Ironicamente, ela nunca o deixou estudar em instituições públicas pensando em sua segurança.
— Acredite! Em casos como esse não é bom alertar a mídia, Senhora Lawless. Pelo bem do seu filho. Eles já devem saber que a polícia foi acionada. — Mark a alertava para o sigilo no caso.
A mulher parou de caminhar e sentou n cama. Aquele detetive lhe parecia confiável. Tinha que acreditar em sua metodologia de trabalho. Afinal, ele fora encarregado de liderar a equipe que salvaria seu garoto. Ajuda-lo-ia e faria o que fosse preciso para ter Jared de volta.
— Conte com a minha cooperação, senhor! Sei que a polícia não trabalha com suposições, mas faz alguma ideia de quem esteja por trás do sequestro? Conseguiu alguma informação com a Hellen ou o Arnold?
— Desculpe-me! Essa informação é confidencial. Agora, com sua licença, preciso voltar para a delegacia. — Levantou, dando por encerrada a conversa.
— Não! Não pode sair assim sem me dá maiores detalhes. Acha que pode me privar de saber o andamento das investigações? Acha que tem esse direito? — Levantou rapidamente e pôs-se de frente ao detetive impedindo sua passagem pela porta.
— Senhora Lawless, por favor!
— Por favor, peço eu, detetive! — Segurou o homem em seus braços o olhando firmemente em um misto de súplica e ordem. Ele se rendeu.
— Tudo bem! Mas, tudo o que eu lhe falar deve ficar em sigilo. Sua amiga Hellen, seu motorista ou qualquer outra pessoa de seu meio social, não devem ter acesso a nada que eu falar sobre o caso. Ninguém pode ter acesso às informações que lhe passarei.
Luci respondeu com um aceno de cabeça. Ambos voltaram a sentar.
— Após falar com seus funcionários, recebi minutos depois a ligação de um dos meus agentes informando que o furgão usado para o sequestro havia sido abandonado em uma estrada deserta.
— Encontraram alguma coisa? Alguma pista? — Falou empolgada levantando-se rapidamente da cama e sorrindo para o detetive.
— Sinto muito! O veículo não tinha placa, impressões digitais, objetos ou mesmo um fio de cabelo. Suspeitamos que um plástico cobrisse o piso do automóvel, pois nem sequer encontramos pegadas ou fuligens. Acho que estamos lidando com a famosa quadrilha "Dark Mooon".
A mulher o olhou apreensiva devido à obscuridade do nome. No entanto, algo lhe chamou atenção: como o detetive sabia da existência de tal quadrilha se o sequestro ocorrera há pouco mais de uma hora? Mesmo apreensiva, não ficaria na dúvida.
— Diga-me detetive, porque suspeita dessa quadrilha se o senhor mesmo me falou que não conseguiu ainda nenhuma pista?
— Não é bem assim, senhora! É apenas uma suposição sem base alguma. Apenas acho...
— Detetive, esqueceu que sou atriz? Atuar é o que tenho como profissão e sinceramente, se o senhor ganhasse a vida como ator, seria um mendigo.
Pellegrino a olhou surpreso devido à colocação ofensiva feita à sua pessoa, mas não se ofendeu. Compreendia a preocupação dela mesmo sob a máscara de uma mulher comedida, pois como ela mesma disse: atuar era o que tinha como profissão.
— Tudo bem. Já que lhe prometi que contaria informações confidenciais...
— A quadrilha "Dark Moon" é responsável por dezessete sequestros, todos nos Estados Unidos, ocorridos entre os anos de 2005 a 2007. Cobram muito alto pelo resgate das vítimas, mas as devolvem sãs e salvas sem lhes causar um só arranhão. Ainda não sabemos porque agem assim. Tamanho cuidado com as vítimas é incomum entre os marginais. No entanto, o que me preocupa é que se fossem realmente eles, teriam entrado em contato quinze minutos após o acontecido, pois são ágeis e perspicazes.
— E o senhor sabe disso tudo por quê...?
— Porque desde julho de 2006, fui designado pelo FBI para capturar e prender esses criminosos, embora eu não veja mais isso como apenas parte do meu trabalho. Virou uma questão de honra prende-los. Essa é a terceira criança que eles sequestram. A primeira foi uma menina de seis anos e a segunda foi um garoto de dez anos e agora seu filho. Ele é a décima oitava vítima, caso os sequestradores sejam os mesmos a quem procuro.
— E se não forem? Então, talvez o meu filho, meu Jared... — Mesmo sendo uma mulher forte, foi impossível conter as lágrimas.
— Não pense nisso! Acredite, vamos encontrá-lo! Eu particularmente me responsabilizarei de fazê-los pagar por qualquer mal que venham a cometer contra o seu garoto. Prometi para mim mesmo que esse seria o último sequestro que esses desgraçados fariam.
Luci o encarou. Agora entendia a determinação do policial a sua frente. Agora entendia porque ele foi o primeiro a chegar ao colégio, após a diretora ligar para a polícia. Era um homem determinado. E toda determinação leva ao sucesso. Era isso o que esperava, pois queria seu filho de volta. Sabia que precisava se redimir com ele. E talvez o acontecido os aproximasse mais, mas não compartilharia isso com ele. Primeiro teria Jared de volta. Isso era prioridade.
— Eu prometo, senhora Lawless. — Falou segurando as mãos da mulher entre as suas. Mais calma, ela olhou para as mãos calejadas que seguravam as suas e respirou fundo. Depositaria sua confiança naquele homem determinado. Olhou-o calma, antes de falar:
— Obrigada! Confio no senhor. Sei que irá devolve-lo para mim.
O que ela não sabia era que o adolescente não seria o mesmo depois que retornasse ao lar.
Cidade Salem , Indiana, oito e cinquenta e cinco da manhã.
Em uma pequena casa de madeira rústica, com apenas uma porta e duas janelas fechadas por persianas, em meio a plantações de milho na zona rural do estado de Indiana, o garoto Jared era mantido cativo em um quarto aos fundos.
Quando largaram o furgão em uma das estradas abandonadas da cidade de Oakland City, seguiram a pé por um córrego ao lado evitando assim marcas no chão. Cinco minutos depois voaram para a cidade de Salem em um helicóptero camuflado com a insígnia da polícia local. Tinham conseguido ordem de voo da própria instituição devido a um documento falso que alegava busca pelo garoto sequestrado. O próprio a quem levavam sem que os verdadeiros homens da lei desconfiassem.
Permaneceriam naquele lugar apenas enquanto o primeiro contato com a família não era estabelecido. A quadrilha nunca ficava no mesmo lugar depois que iniciava o pedido de resgate.
— Mas que pôrra ele pensa que está fazendo? — Danneel falava com raiva enquanto caminhava de um lado para o outro sob as vistas dos comparsas.
— Acalme-se maninha1 Ele já disse que cuidará primeiro do garoto. Falou Michael Rosenbaum, seu irmão mais velho.
— Por acaso o Jensen surtou? Sério! Virou babá do pirralho? — Estava indignada.
— Não questione as ações do nosso líder!
— Mas, Misha...
— Chega Harris! Você como o braço direito dele devia entender. Ele nunca machucou um refém e embora não seja culpado pelo que aconteceu com o garoto, ele sente-se responsável.
— Que exagero!
— Maninha... Escute-o!
Suspirou resignada. Amava o irmão e sempre quando os ânimos se exaltavam entre os membros, apenas ele ou o próprio líder os acalmava.
— Tudo bem. Vocês tem razão. — A ruiva voltou a sentar na grande mesa redonda em que estavam os outros à espera de Jensen.
Os ex-assaltantes de banco, Daannel Harris e seu irmão Michael Rosenbaum,OspistoleirosMisha Collins e Chad Lindenberg e os sequestradores Tom Wellington e Jake Abbel, eram membros da famosa quadrilha Dark Moon, liderada pelo jovem Jensen Ross Ackles de apenas vinte e dois anos. Apesar de mais novo que todos os outros era um exímio criminoso na arte do sequestro.
Em cinco de fevereiro de dois mil e cinco, iniciaram uma onda de sequestros a filhos ou filhas de pessoas ricas e influentes da sociedade americana, espalhando terror, medo e caos. Deixavam a polícia intrigada com seus meios imperceptíveis de fuga. Eram procurados por todos os órgãos judiciais do território americano e por sequestrarem o filho de um magnata da Alemanha, também por toda a Europa.
Jensen, apesar de jovem, tinha formação militar, táticas avançadas de defesa pessoal e Kung fu, além de conhecimento médico e anatomia humana. Mas, nenhum dos membros de sua equipe ou mesmo a polícia sabiam sobre o seu passado ou como ele adquirira essas habilidades permanecendo um mistério sua vida, seu passado.
Em dois mil e três, recrutou e treinou sua equipe, antes composta por oito membros sendo que ano passado, Andrew Fortlan Havene fora assassinado por ele. Seu crime: descumprimento de uma ordem direta.
J2
Jensen limpava os vestígios de sangue que resistiam a sair da face do garoto Jared. Quando o trouxe para aquela pequena cabana, deu ordens expressas para que nenhum membro entrasse naquele quarto enquanto ele cuidasse do cativo, descumprindo assim uma de suas diretrizes de ação que era o pedido do resgate entre 15 a 20 minutos após o sequestro.
No entanto, as coisas não aconteceram como queria e o adolescente foi ferido ao tentar proteger aquela a quem considerava mais do que a própria mãe.
"Menino Burro"! "Não tinha nada que se atravessar na frente daquela cretina".
Pensava, enquanto continuava em sua tarefa de cuidar do garoto.
"Não entendo como alguém pode se ferir para proteger outro alguém".
— Uhm! He... Hellen!
Seus pensamentos sessaram quanto ouviu-o resmungar. Ele chamara por Hellen. Sabia que era aquela que cuidava dele.
— Vo... Você está... Está bem?
Jared resmungava e embora estivesse acordando não tinha forças para se mexer ou mesmo abrir os olhos.
— Vou sempre... Cuidar... De... Você!
Ao ouvir aquela pequena frase Jensen ficou estático soltando no chão o pano e o vidro com água que segurava. O barulho não lhe chamou atenção e sua mente o levou novamente a um tempo em que a pureza e a bondade faziam parte de sua vida.
Flash back on...
21 de Janeiro de 1989, Oxford, Indiana.
Some people live their dreams
Some people close their eyes
Some people's destiny
Passes by
There are no guarantees
There are no alibis
That's how our love must be
Don't ask why
[...]
A música parou de tocar irritando um certo garotinho loiro de apenas quatro anos de idade.
— Gina, por que você fez isso? — Perguntou de ver que a irmã desligara o rádio, descendo abruptamente da cadeira e cruzando os bracinhos sobre o peito.
— Porque adoro ainda mais o seu rostinho quando você fica bravo comigo.
Falou a jovem pegando o pequeno no colo e lhe fazendo uma sucessão de cócegas, rodopiando com ele pelo cômodo semivazio da sala de estar.
— Por que você gosta tanto dessa música, meu anjo? Sabia que ela é música para adultos? — Perguntou ainda sorrindo, enquanto ajeitava o irmão caçula nos braços e lhe acariciava os cabelos.
— Lembra quando o papai e a mamãe estavam ouvindo essa música no dia da festa de aniversário da mamãe? — A garota confirmou com um aceno de cabeça. — Desde aquele dia ela ficou tocando na minha cabecinha e eu gostei disso. È errado?
Gina riu da inocência da criança. Lembrava-se desse dia. Foi no aniversário de trinta e oito anos de sua mãe, há dois anos. Jensen tinha apenas 2 aninhos quando se encantou com a melodia. Lembrava-se do seu jeito sorridente, correndo para o seu colo e lhe falando empolgado sobre a canção. Ela nunca entendeu como um bebê podia ter se encantado tanto por uma música que falava de amor. O tão sonhado amor verdadeiro.
— Anjinho, escute bem o que vou lhe dizer: um dia você vai encontrar alguém que vai torná-lo novamente completo, preenchido e então você entenderá o sentido dessa música que você tanto gosta!
A criança a olhou tristonha e desabou a chorar.
— O que foi querido? — Perguntou preocupada, abraçando-o.
— Você vai me deixar, Gina? Vai me deixar como o papai e a mamãe? Também vai para o céu?
Ao ouvir aquelas palavras inocentes, Gina Ackles abraçou mais forte o garoto contra seu peito e depositando leves beijos em seu cabelos dourados, falou tentando esconder o choro:
— Meu anjinho! Eu te amo! Eu nunca vou te desamparar!
O pequeno cessou o pranto e a olhou sorridente. Gina lhe devolveu o sorriso continuando com seu afago.
— Vou sempre cuidar de você!
Flash back off...
Olhou para o garoto indefeso que aos poucos acordava. Sua expressão aparentava dor. A coronhada que levou devia está cobrando seu preço.
— Você me faz lembrá-la!
Falou baixo e sem perceber deixou sua mão escorregar por uma mecha do cabelo escuro do adolescente. Era macia e brilhante.
Jared remexeu-se novamente.
— Logo, logo retornará para os seus.
Continuava com a carícia quando foi pego de surpresa por um pequeno par de olhos azul-esverdeado, olhando-o com medo e curiosidade. Jensen nem sequer tentou desviar o olhar e naquele momento, a canção que se apaixonara desde os dois anos de idade, ganhou mais força em sua mente.
Some people live their dreams
Some people close their eyes
Some people's destiny
Passes by
There are no guarantees
There are no alibis
That's how our love must be
Don't ask why
[…]
Continua...
A canção em questão é de Toto e se chama l´ll Be Over You. Ela será tema dos Js nessa fic.
Boa noite, meu amores!
Esta é minha nova long fic. Um presente de aniversário para minha amiga Vitória Winchester. Espero que gostem como eu estou adorando escrevê-la. Também espero seus comentários. Leitores anônimos ou logados são bem vindos. Responderei a todos com muito carinho.
Obrigada, Dandi, pela ajuda. Beijos!
As atualizações de almas Acorrentadas e Sweet August só a partir de quarta-feira da semana que vem, ok?
Beijos e uma excelente noite de sexta-feira.
