Título: Solucionando A Equação

Autora: Lab Girl
Categoria:
Bones, B&B, 4ª temporada, romance, sexo
Advertências:
Situações sexuais descritivas e linguagem adulta. Considerar o alerta antes de ler!
Classificação: NC-17
Capítulos: 6
Status:
Completa

Linha do tempo: Esta história pode ser situada algum tempo depois dos acontecimentos do episódio 4x24 (The Beaver in the Otter), dois episódios antes da finale da quarta temporada ;)

Sumário: Booth tem um problema. Bones quer ajudá-lo... qual será o resultado dessa equação? * Smut pura e simplesmente *

Nota da Autora: Como diz o sumário, esta fan fiction é smut all the way – ou seja, uma fan fiction sobre sexo, pura e simplesmente. Portanto, inapropriado para menores de idade e para pessoas que não gostam de ler esse tipo de coisa. Então, se resolver prosseguir, já está ciente do que estará lendo.


Oh! Sejamos pornográficos
(docemente pornográficos)

- Carlos Drummond de Andrade


Depositando o copo sobre a mesa de centro à sua frente, o Agente Especial Seleey Booth voltou a reclinar-se em sua cadeira. Observou enquanto a colega, a antropóloga forense Temperance Brennan tornava a encher o próprio copo com vodka, virando-o quase de uma vez.

Uma pequena risada lhe escapou da garganta. Para ele, três copos já estavam de bom tamanho. Afinal, era apenas quinta-feira, e embora no dia seguinte não tivesse que estar tão cedo em seu escritório no Edifício J. Edgar Hoover do FBI, teria que se encontrar com seu chefe para apresentar o relatório do último caso. Caso esse que, mais uma vez, apenas tinha sido solucionado com êxito graças a sua parceria com Brennan.

E agora estavam os dois ali, em seu apartamento, para uma pequena celebração do sucesso logrado. Já havia se tornado um costume, poderia dizer até mesmo uma espécie de tradição que comemorassem o fim de um caso com um brinde. Ou dois. Dependendo da complexidade do caso, às vezes até três.

Geralmente aqueles encontros ficavam reservados para o Fouding Fathers – o local preferido não apenas deles, mas do resto da turma do laboratório médico-legal do Jeffersonian. No entanto, não era incomum que por diversas vezes se reunissem apenas os dois, ou no belo e imaculado apartamento de Temperance, ou em seu velho e pequeno apartamento, como tinha sido o caso essa noite.

Mas independente de onde estavam, o melhor de tudo sempre era a companhia um do outro. E Seeley desfrutava cada uma dessas ocasiões em que tinha a oportunidade de prolongar a presença dela a seu lado.

Havia muito tempo que já não eram apenas parceiros de trabalho. Com os anos, haviam se tornando amigos. E de amigos a muito amigos fora um passo. Nem sequer havia sentido quando a relação que tinham evoluíra de tal maneira, e ao se dar conta, já era uma surpresa o nível de intimidade e conforto que existia entre ambos.

E disso para a consciência de que desejava ser mais do que muito amigo de Temperance Brennan havia sido um pulo. Um silencioso e furtivo pulo sobre o muro de proteção que havia erguido entre eles – ele próprio, Seeley Booth, havia delimitado aquela barreira imaginária que os separava do terreno 'bons amigos' para o terreno 'mais do que apenas bons amigos'.

Talvez porque, já naquela época, soubesse que seria um risco querer tê-la como algo mais em sua vida. Não que fosse certinho e considerasse que pessoas que trabalham juntas não poderiam se envolver. Mas talvez justamente porque tivesse se envolvido com colegas antes e soubesse como aquilo costumava terminar. E tudo o que Seeley Booth não queria era perder o que tinha com Temperance Brennan. Por que motivo fosse. E se para retê-la sempre a seu lado fosse preciso sacrificar a maravilhosa noção do que seria tê-la em seus braços – no sentido bíblico da palavra – então ele estava disposto a pagar o preço. Mesmo que muitas vezes fosse caro demais.

Vezes como naquele exato instante, em que estava apenas sentado a poucos metros de distância dela, observando-a passar a ponta da língua displicentemente sobre os lábios, saboreando o último traço do gole que havia acabado de tomar. E era em momentos como esses, aparentemente inocentes, que seu corpo lhe pregava peças. Em ocasiões como essas Seeley ficava completamente consciente da beleza e da sutil sensualidade que emanavam de Brennan. Sem que ela sequer suspeitasse, tinha o poder de, com pequenos e simples gestos, deixá-lo refém da consciência de que ele era um homem e ela uma mulher. Uma bela e atraente mulher.

E naqueles momentos, preferia que seu parceiro fosse do mesmo sexo. Pelo menos não precisaria controlar os próprios instintos e tentar a todo custo esconder o resultado dela. Como naquele preciso minuto. Em que o desejo se enroscava por seus quadris, descendo e se esgueirando na região de sua virilha.

Droga!

Por que ela tinha que ser tão sexy? Tão encantadoramente sexy, de uma forma que ele nunca havia achado nenhuma outra mulher? Aquele ar inteligente e científico, por mais irritante que fosse às vezes, era o que a tornava ainda mais sedutora.

E em ocasiões assim ele se pegava imaginando como teria sido experimentar alguém como Temperance Brennan na época do colégio. O pensamento era tolo, mas Booth ocasionalmente não conseguia evitá-lo, perguntando-se por que nunca havia se dado conta de como uma nerd podia ser algo incrivelmente afrodisíaco. E um riso lhe escapou diante da ideia que lhe parecia agora, no alto de sua maturidade, surpreendentemente tentadora.

~:~

Saboreando a leve sensação de ardência descer por sua garganta, Temperance Brennan inspirou, tomando mais um gole da vodka enquanto seu parceiro, o Agente Especial Seleey Booth, depositava o próprio copo, já vazio, sobre a mesa de centro.

Ouviu quando uma pequena risada escapou da garganta dele. Perguntando-se o que Booth teria achado tão engraçado, voltou os olhos completamente para ele. Mas o parceiro não disse nada, e ela notou que ele permaneceu com uma sombra de sorriso nos lábios, enquanto o olhar parecia se perder em algum lugar não determinado da sala.

Deixou que o silêncio pairasse sobre eles. Afinal, não se tratava de um silêncio desconfortável. Pelo contrário. Normalmente, havia momentos entre eles em que nada era dito e nem por isso deixava de ser bom. Uma das vantagens de sua parceria de anos com Booth era justamente a capacidade que tinham de se adaptarem e se ajustarem tão bem juntos. Até mesmo quando não estavam dizendo ou fazendo nada. E ali estavam os dois, no apartamento dele, para mais uma celebração de um caso bem sucedido. Já havia se tornado um ritual entre eles, tomar uns tragos após o fim de um caso. E ela prezava aquele ritual particular com especial carinho.

Aqueles encontros costumavam reunir os outros colegas do Instituto. Mas muitas vezes os dois se reuniam apenas entre si – ocasiões que ela secretamente se pegava apreciando mais do que a confraternização estendida aos demais. Nessas ocasiões, iam para seu apartamento, ou eventualmente acabavam no dele.

Temperance nunca havia dito isso a ele, mas preferia quando ficavam na casa dele. O espaço de Booth era bem menor do que o seu, e não contava com o mesmo tipo de conforto. Mas, por alguma razão, a simplicidade do lugar era aconchegante, e ela gostava quando tinha a oportunidade de passar algum tempo ali, com ele.

Qualquer coisa no cheiro, na decoração, no modo como cada coisa era organizada em sua posição, ou mesmo displicentemente jogada ao chão... tudo lembrava ele. A essência de Seeley Booth, de alguma forma, estava ali. E talvez por isso mesmo se sentisse tão atraída e confortada pelo lugar. Mas independente de onde estavam, o melhor de tudo sempre era a companhia dele. E Temperance desfrutava cada uma dessas ocasiões.

Sabia que há muito já não eram apenas parceiros de trabalho, haviam se tornando amigos. Amigos de verdade. Nunca havia se sentido tão ligada a uma pessoa como se sentia ligada a Booth. Ele era simplesmente a pessoa com quem melhor havia se conectado em sua vida inteira. E prezava muito o que tinham. Tanto, que se sentia capaz de qualquer coisa por ele.

E para além disso, tinha plena consciência de que seria capaz até mesmo de arriscar transpor aquela linha invisível que ele havia traçado para mantê-los distantes. Ela se lembrava de ter dito a ele que compreendia a necessidade de evitar um envolvimento entre parceiros que lidavam com o tipo de trabalho deles... mas compreender não significava aceitar.

Ela sempre havia respeitado aquela linha por Booth... mas o desejo de ultrapassá-la sempre estivera lá... e com o passar do tempo, cada vez se tornava mais consciente disso. Como quando, mesmo tomada pela fúria e pela decepção de não ter sido informada da encenação da morte dele, o vira erguer-se nu de uma banheira. Ou como quando se vira compartilhando um apertado trailer com ele durante uma investigação num circo, e tivera a oportunidade de admirar de perto e muito mais frequentemente aqueles músculos bem definidos.

Desejava conhecer mais de Seeley Booth do que já conhecia. Desejava poder experimentar o que estava do outro lado daquela barreira invisível que ele havia erguido entre os dois. Sabia dos riscos de transpô-la, mas sentia que as recompensas poderiam ser bem maiores. Algo lhe dava essa certeza, e nem mesmo ela sabia explicar o porquê.

Talvez porque soubesse que Booth era especial. Diferente da maioria das pessoas que havia conhecido em seu caminho. Ele era honesto, verdadeiro, honrado. E não fugia. Mesmo nas ocasiões mais difíceis, ele permanecia firme, sem recuar.

Era isso o que queria em sua vida. Sabia, no fundo de seu coração, que Booth tinha salvado sua fé nas pessoas. Antes, todos pareciam iguais... inconstantes, capazes de mentir e enganar. Mas não Booth. Não Seeley Booth.

Tomando um último gole de seu copo, deslizou a língua sobre os lábios, saboreando o gosto da vodka. Booth a olhava, mas ao mesmo tempo parecia tão longe. Ele tinha uma expressão séria no rosto, um brilho que poucas vezes tinha a oportunidade de ver e ainda não sabia muito bem o que significava. Mas percebeu que, fosse o que fosse, era algo que o fazia esquecer momentaneamente a realidade que o circundava, pois ele seguia calado, até deixar escapar um riso.

~:~

"Booth?"

A voz dela o trouxe de volta ao plano presente.

"Hã?" tentou endireitar-se na cadeira, fitando-a.

O movimento fez suas costas doerem e o som de um estalo chegou a seus ouvidos, fazendo-o fechar os olhos por uma fração de segundos diante do incômodo.

"Está bem, Booth?" ela perguntou, nitidamente preocupada.

"Estou. É só que..." tornou a abrir os olhos e tentou focar a visão.

"Suas costas estão incomodando você."

Não era uma pergunta. Mas uma constatação. E ela o conhecia muito bem para que pudesse esconder.

"Um pouco" murmurou, sabendo que seria inútil negar.

"Não devia ter se esgueirado daquele jeito por aquele estreito canal de ventilação" ela observou.

"Se eu não tivesse, não teríamos conseguido achar onde o suspeito escondeu a arma do crime, Bones. E estaríamos até agora tentando encontrar alguma outra prova menos conclusiva que o ligasse ao crime, e não comemorando a prisão do desgraçado!" piscou, como se aquilo explicasse tudo.

"Ok. Tem razão" ela depositou o copo vazio sobre a mesa de centro, recostando-se contra o sofá. "Tenho que reconhecer que sua mente fez um excelente trabalho ao imaginar que ele havia escondido a arma na ventilação do escritório da funcionária com quem tinha um caso na empresa. Mas estava nítido que aquele espaço era estreito demais para a largura da sua estrutura óssea, se fosse alguém de compleição menor..."

"Bones, Bones!" ergueu um dedo, interrompendo-a. "Se eu não tivesse subido por aquela ventilação teria dado tempo ao sujeito para escapar. A coisa toda foi no calor do momento, e graças aos meus instintos, que modéstia a parte, quase nunca falham."

~:~

"Não existe essa coisa de instinto, Booth" revirou os olhos, divertindo-se com a explicação dele.

"Ah, existe sim! Como acha que eu saquei que o cara devia ter escondido aquela arma ali?"

"Eu não sei" teve de admitir, rendida. "O que não significa que você tenha razão com essa coisa toda de instinto" completou, dando de ombros.

"Mas ele existe. Você pode dizer o que quiser, Bones. Mas, como eu sempre digo, há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a sua ciência."

Temperance sacudiu a cabeça, rindo.

"Certo. Se existisse uma tal coisa como instinto, ele devia ter dito a você que essa ideia de se esgueirar pelo espaço estreito da ventilação iria acabar com as suas costas."

"Faz parte do meu trabalho" ele sacudiu os ombros. "Ossos do ofício, Bones."

"Não estou familiarizada com o termo" franziu as sobrancelhas.

Booth riu.

"Significa que no meu trabalho estou sujeito a esse tipo de coisas. E não é por medo de dar um jeito nas costas que não vou fazer o que for preciso, e quando for preciso, minha cara."

"Eu admiro sua determinação. Mas com o histórico clínico das suas costas, é bom ter mais cuidado da próxima vez", alertou-o.

"Certo. Eu prometo que da próxima vez mando *você* se esgueirar pelo canal de ventilação."

Ela teve que rir. E ele a seguiu.

Quando suas risadas diminuíram, Booth tentou levantar-se, e ela percebeu nitidamente que uma nova pontada atingiu-lhe as costas quando um pesado suspiro escapou dos lábios dele.

~:~

Diante do incômodo, Seeley fechou os olhos novamente por uma fração de segundos, suspirando, e quando tornou a abri-los, para sua surpresa, ela estava de pé.

"Um disco deve ter se deslocado na parte baixa da sua coluna. Eu posso dar um jeito nisso" ela ofereceu.

Tentou abafar uma espécie de grunhido que lhe escapou da garganta diante daquela oferta. Ela já havia 'dado um jeito' em suas costas antes. Em pelo menos três ocasiões. Ele tinha que reconhecer que o saldo era positivo, pois das três em apenas uma ela não havia conseguido aliviar seu problema.

No entanto, ele sabia que deveria negar-se a aceitar. Assim como da primeira vez em que ela havia se oferecido para endireitar-lhe as costas, sabia que não era uma boa ideia... pelo bem das reações de seu próprio corpo ao toque dela.

Naquela primeira ocasião, tinha sido difícil inicialmente conter a tensão, sem saber exatamente o que ela faria ou como iria tocá-lo. Das vezes seguintes, já sabendo qual seria a manobra, tinha sido capaz de se entregar a ela sem medo.

Agora, no entanto… estava sob o leve efeito do álcool, e mais consciente do que nunca da atração que sentia por ela. Era tentador que Brennan o tocasse agora. E era uma das únicas formas de senti-la perto de seu corpo.

Então, tentando relaxar, pigarreou, respondendo em seguida um sonoro "Okay."

Percebeu que sua resposta pareceu surpreendê-la um pouco. Ela esperava que ele recusasse? Mas logo a expressão de surpresa no rosto dela deu lugar a um brilho diferente nos olhos azuis, que teve o poder de iluminar-lhe todo o semblante.

Ela parecia genuinamente feliz com sua aceitação. E isso o deixou contente... saber que a havia deixado feliz de alguma forma.

~:~

A resposta dele a surpreendeu um pouco. Esperava que ele relutasse antes de ceder. Mas era bom saber que seu poder de persuasão sobre Booth estava melhorando com o passar do tempo. Sentindo-se movida por uma pequena onda de contentamento, posicionou-se atrás das costas dele.

Ao vê-lo começar a erguer-se da cadeira, pronto para ficar de pé na posição em que sempre costumava ficar toda vez que ela cuidava das costas dele, segurou-o pelos ombros, fazendo-o permanecer sentado.

"Não é preciso" murmurou. "Desta vez vou fazer diferente."

"É mesmo...?" ouviu-o perguntar, aparentemente receoso.

Sorriu. De onde estava, logo atrás dele, Booth não podia ver seu sorriso, que não poderia ser maior. Ele estava desconcertado porque ela iria tocá-lo? O pensamento fez seu coração acelerar.

E as batidas se tornaram ainda mais fortes quando seus dedos começaram a puxar a camiseta dele.

~:~

Tentou ficar calmo enquanto ela caminhava e se posicionava atrás de suas costas. Para sua surpresa, quando se preparava para ficar de pé e colocar-se na posição em que costumava ficar para que ela procedesse à manobra, Brennan segurou seus ombros, fazendo-o permanecer sentado na cadeira.

"Não é preciso" ela murmurou, a voz suave chegando a seus ouvidos de uma forma estranhamente sedutora. Engoliu em seco ao sentir as mãos dela descerem por seus ombros. "Desta vez vou fazer diferente."

"É mesmo...?" ouviu-se perguntar, receoso.

O que ela faria dessa vez? O pensamento fez seu coração acelerar.

E as batidas se tornaram ainda mais violentas quando sentiu os dedos dela puxarem sua camiseta, erguendo-a. Uma arfada escapou de sua garganta.

"Uau, Bones!" exclamou ao perceber que ela não estava interrompendo os movimentos, mas prosseguindo decididamente.

Ela não disse nada. Apenas riu.

~:~

Ouviu uma arfada escapar dele.

Apenas riu, puxando decididamente a camiseta por cima dos músculos rígidos e quentes das costas do parceiro.

Percebeu a pele dele se arrepiar.

Ele estava nervoso, podia perceber pela forma como os ombros estavam tensos.

"Não confia em mim, Booth?" riu, provocando-o.

~:~

O som da risada dela, profunda e gutural, fez a pele de seus braços se arrepiarem.

O que ela estava fazendo, afinal?

Se confiava nela? O fato era que não confiava em si mesmo.

"É claro que eu confio em você, Bones. É só que..." que não estava acostumado a ser tocado por ela – muito menos pele a pele. E tinha medo de que aquilo não acabasse bem.

"Pois parece que não está confiando em mim agora" ela murmurou, puxando a camiseta por sua cabeça, finalmente arrancando-lhe a peça.

"Não, não é isso. É que..." tentou dizer alguma coisa, mas se atropelou nas palavras ao sentir os dedos dela tocarem a parte mais inferior de suas costas.

Uau...

Brennan lenta e firmemente pressionou os dedos em sua pele, arrancando-lhe um gemido antes que pudesse segurá-lo.

~:~

Quente...

A pele dele era quente e os músculos firmes abaixo de seu toque.

Temperance lenta e firmemente pressionou os dedos na região inferior das costas, ouvindo-o gemer.

"Apenas relaxe, Booth" disse, rindo outra vez.

~:~

As palavras de Brennan se derramaram como plumas sobre seus ouvidos, enquanto os dedos dela trabalhavam aquela mágica maravilhosamente bem vinda. Seeley sentiu-se relaxar involuntariamente em questão de segundos, a tensão se dissipando de seus músculos à medida que ela o massageava de forma incrivelmente deliciosa.

Um suspiro lhe escapou dos lábios quando ela pressionou um ponto particularmente sensível, enviando uma onda deliciosa de arrepios por sua espinha, e mais abaixo.

Foi naquele instante que sua mente começou a invocar a lista de Santos a qual sempre recorria em horas de desespero. Bom, exatamente naquele instante ele a estava utilizando por motivos menos nobres, apenas para ter certeza de que seu corpo não relaxaria mais do que deveria. Endireitou os ombros quando um novo suspiro lhe escapou da garganta.

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Sentiu-se satisfeita enquanto os dedos trabalhavam sobre o corpo dele. Em questão de alguns segundos, sentiu Booth relaxar e se entregar a seus toques, a tensão nos músculos diminuindo visivelmente à medida que o massageava.

Ele suspirou quando ela pressionou um ponto obviamente mais sensível, e a pele no caminho se arrepiou. Booth endireitou os ombros rapidamente, recuperando um pouco da tensão.

Então, Temperance tornou a subir os dedos pela extensão das costas firmes, trabalhando um pouco mais acima, descendo em seguida em movimentos repetitivos e alternados entre a parte mais alta e a mais baixa. Sentiu-o tornar a relaxar, se entregando às suas ministrações. E pôde sentir o corpo dele se rendendo finalmente, quando outro murmúrio emitido por Booth lhe indicou que estava no caminho certo. Prosseguiu com toda sua atenção.

"Bones..." seu apelido escapou dos lábios dele de uma forma rouca e apertada.

Seus olhos então perceberam algo... uma inegável ereção que se apertava na parte frontal do jeans de Booth.

~:~

Após alguns minutos, os dedos de Brennan começaram a subir pela extensão de suas costas, trabalhando um pouco mais acima, descendo em seguida em movimentos repetitivos e alternados entre a parte mais alta e a mais baixa. Ele podia sentir todo o corpo relaxar, se entregando às habilidosas mãos dela sem que pudesse impedir.

Estava em algum lugar entre o purgatório e o paraíso. E tinha certeza que de onde ela estava, conseguia enxergar a inegável ereção que se apertava na parte frontal de seu jeans.

Merda!

"Bones..." quando tentou dizer alguma coisa, se deu conta de que sua voz havia saído muito mais baixo do que pretendia, numa espécie de murmúrio rouco e apertado.

"Está tudo bem, Booth" Brennan sussurrou contra seu ouvido, deslizando as palmas das mãos por cima de seus ombros.

Engoliu em seco. O que ela estaria pensando agora? Como ele iria se explicar? Ela havia se oferecido para ajudá-lo com sua dor nas costas, e ele havia se deixado levar, aproveitando-se dos toques dela e...

...E agora estava ali, visivelmente excitado diante dos olhos da parceira.

Sentiu o rosto queimar. Por sorte estava de costas para ela, ou do contrário não queria imaginar como a encararia naquele momento.

~:~