Essa é a minha primeira fic Sango e Miroku. Já faz um bom tempo que a escrevi, mas resolvi publicá-la só agora, já revisada e tudo mais! Coments são muito bem vindos!
Na fic há algumas menções sobre Inu e Kagome. Me perdoem fans da Kikyou! Mas eu só fui parar de detestar a sacerdotisa um bom tempo depois!
E é claro, eu tenho que dizer que InuYasha não me pertence, nem nenhum de seus personagens, mas eu garanto que se alguém perguntar ao meu querido Sessy sobre quem é dona dele, ele vai desmentir isso!
Enjoy Minna!
Ja ne
Tsuki Koorime
Capítulo 01 – A caçadora e o mongeJá é fim de tarde, e todos estão muitos cansados da jornada. Kagome e Sango se sentam à beira de um riacho, já banhadas, e conversam como duas boas amigas que são.
"Sério, Kagome-chan? Existem rodas que andam sozinhas?"
"Mais ou menos, Sango-chan! Nós chamamos de carro. Mas não sei se seria tão eficiente quanto a Kirara!"
"E por que não existem mais youkais?"
"Humm, essa é uma boa pergunta, Sango-chan..."
E as duas começam a rir. Kagome volta a enxugar os cabelos, quando ouve um barulho de folhas. Não demora até que as duas gritem o nome do invasor...
"Miroku!"
Não era nem preciso olhar em direção às folhagens, e lá estava o monge desenvergonhado, com aquele sorriso maroto para as meninas.
"Olá senhoritas! Vim só saber se precisavam de alguma coisa... hehe... a senhorita Kagome quer que eu a ajude com seus cabelos?"
E lá vai a mão de Miroku pra perto de Kagome. Mas a moça nem precisa gritar, pois antes que seus dedos tocassem seus cabelos, um soco de um hanyou invocado atinge bem em cheio a cabeça do monge.
"Feh! Seu monge delinqüente! Se tocar na Kagome de novo eu retalho a sua cara!"
"Não precisa ficar enciumado, Inu Yasha!"
"EU NÃO ESTOU ENCIUMADO!"
"Então não vai se importar se eu continuar aqui..."
"NANI?" (O quê?)
Kagome se coloca no meio, as mãos apertadas contra o punho, e berra:
"Fora daqui, vocês dois!"
Miroku saiu de fininho, enquanto Inu Yasha já se punha a discutir com Kagome sobre porque ele ter que ir embora também... Uns Feh! e mais outros Senta! depois, Kagome se vira para a amiga, que ficara em silencio até agora.
"Você gosta muito dele, não é, Sango-chan?"
"Hein?"
Sango olha para amiga, sem jeito.
"Acho que sim, Kagome-chan... mas é que..."
"Deve incomodar muito mesmo esse jeito... afobado... dele."
"Ele nem me nota."
"É claro que nota, Sango-chan! Até arriscaria dizer que ele sente alguma coisa por você."
"Mas perto de qualquer outra, eu fico invisível para ele."
"Ora, Sango-chan! Ele mais vive com a cara vermelha de pôr a mão na sua bunda que outra coisa!"
"Eu não quero só as mãos dele, Kagome. E se quer saber, eu já não me sinto brava quando ele me toca."
A colegial arregala os olhos, soltando um leve grito: "NÃOOOOO?"
Sango abaixa a cabeça, a face corada. "Iie (não). Eu só fico triste..."
"Sango-chan..."
Naquela noite, Sango se revirava no colchão de dormir sem conseguir manter os olhos fechados. A cabeça doía de tantos pensamentos, o calor lhe suando a pele, vozes, toques, sentidos a tonteando sem deixá-la dormir.
Ela se levanta, sem fazer barulho. Caminha de volta para perto do riacho, pousando os pés. Tanta coisa já havia acontecido com ela, desde que conhecera Kagome, Shippou, Inu Yasha e ele... Miroku. Ela se sentia tão envergonhada perto dele, que nem seu nome chamava, mas apenas de houshi-sama. Houshi (monge).
E ela? A grande exterminadora, a caça-youkais, sua fé nada mais era que o que podia tocar, sentir. E às vezes matar. Não era uma bela moça, tampouco era prendada. O que poderia interessar num monge culto, de bons modos como ele?
Pela primeira vez se sentia tão diferente. Estava longe daquilo que era seu lar. E por mais que soubesse o que sentia pelo monge, sabia que havia um abismo de diferenças entre eles.
E foi pensando em cada uma delas, que Sango assiste o sol nascer.
No acampamento, um certo monge acorda de sobressalto...
"Sango?"
Kagome também acorda com a voz do monge, se sentando sonolenta no saco de dormir.
"Hein? O que foi Miroku?"
"A senhorita Sango não está aqui."
"Feh! Ela deve ter acordado mais cedo para treinar com Kirara... quanto barulho, me deixem dormir mais!" - resmungou Inu, do alto da árvore onde dormia.
Miroku rodou os olhos em volta do acampamento, se dando conta de uma linda gatinha-youkai dormindo folgadamente entre as cobertas deixadas desarrumadas pela dona.
"Mas a Kirara ainda está aqui!" - se virou para Kagome, o olhar preocupado e sério.
Ela se levanta, meneando com a cabeça, em afirmativa.
"Tudo bem, vamos procurá-la!"
"Certo! Nos encontramos em uma hora aqui."
Inu vê Miroku sair, e salta de sua árvore, já pronto para brigar com Kagome, mas esta apenas volta a se deitar, junto de Shippou.
"Ei, Kagome... a gente não ia procurar a Sango?"
A colegial se encolhe nas cobertas, dando de costas para o hanyou.
"Não. Eu só queria que o Miroku fosse."
"Hein? Mas Kagome..."
"O quê, Inu Yasha?"
"Não vai ser perigoso deixá-la sozinha com o monge tarado?"
A menina se limita a dar uma leve risada, deixando o hanyou sem entender suas reais intenções.
Não demora e Miroku chega até a beira do riacho, onde Sango está cochilando, deitada na relva. E apenas uma palavra vinha na mente do jovem monge: linda.
Ele se aproxima dela, sussurrando seu nome, baixo demais para que ela não ouvisse. Não queria acordá-la, e estragar aquela cena onde poderia passar horas observando.
Mas ela ouve.
"Miroku?"
Ela entreabre os olhos, ainda sonolenta. Tenta se levantar, mas Miroku a impede, a fazendo agora se deitar em seu abraço.
"Está tudo bem, senhorita Sango. Você não parece ter dormido bem. Durma mais, eu vou ficar aqui..."
Ela mal se deixa pensar sobre o que estava acontecendo. Apenas aceita o abraço e fecha os olhos, sorrindo.
Miroku a fita, lhe acariciando o rosto. Não havia razão dentro dele que agora pudesse ser ouvida. Como se algo tivesse vivo dentro dele, Miroku levanta as mãos até o rosto de Sango. Não qualquer outra parte mais maliciosa, não. Ele queria olhar para ela, estar ali com ela, próximo a ela...
E assim se fez.
Sem que nenhum dos dois pudesse notar, os lábios de Miroku pousam sobre os de Sango, num beijo leve e quieto, que se mistura naturalmente ao seu próprio respirar.
