E estamos aqui novamente! rsrsrs, acho que preciso dar alguns avisos...
- Quem já conhece o meu tipo de escrita vai estranhar um pouco estes capítulos. Entendam que este é o estilo da autora original.
- Diferente de todas as outras fics que eu já escrevi, essa foge do tema livre. Aqui teremos umas cenas onde eu colocaria um anúncio vermelho.
- E para tornar tudo ainda mais fora do meu estilo, essa fanfic é baseada em um livro da série Dark-Hunter de Sherrilyn Kenyon.
Para quem já conhece, a história então vai se tornar um pouco difícil de ser aceita porque eu mudei os nomes dos personagens para adaptar ao tema "Harry Potter."
Aproveitem.
Houve um tempo...Um precioso tempo... Onde gente era gente, e animal era animal.
Até o dia em que ambas as raças se misturaram, e ocorreu o nascimento dos Were Hunters.
Este, por sua vez, foi causado por um rei distante que descobriu que estava sendo perseguido por uma maldição causada pelo deus Apolo. O deus grego do sol.
Os filhos do rei só poderiam viver até o seu vigésimo sétimo aniversário. Assim foi determinado pelo deus.
Evidentemente, ao descobrir a maldição que jazia sobre sua herança, o digno rei não descansou até garantir um futuro para seus filhos.
Ele era um feiticeiro e estava decidido que ninguém levaria a seus filhos longe dele. Nem sequer as deusas Destinos.
Magicamente, o rei combinou sua essência com vários animais que eram conhecidos por sua força: ursos, panteras, leopardos, falcões, leões, tigres, chacais, lobos, e até dragões.
Ele passou anos aperfeiçoando sua nova raça, até que por fim esteve seguro que tinha encontrado a paz para seus filhos. Mesclando-os com um dragão e um lobo, os mais fortes que havia conseguido, impregnou-os de mais força e magia que a qualquer outro. De verdade, deu de seu próprio poder à seus filhos.
E assim foi. Sempre que o rei mesclava um animal com um humano, ele, de fato, fazia dois seres.
Aqueles que caminhavam como homens e tinham corações humanos foram chamados de Arcadianos. Os que tinham corações de animal foram chamados de Katagaria.
Os Katagaria nasciam como animais e viviam como animais, até que alcançavam a puberdade, quando os poderes se liberavam em seus hormônios, e seriam capazes de voltar-se humanos, ao menos externamente. Seus corações de animal governariam sempre suas ações.
Da mesma maneira, os Arcadianos nasciam como humanos e viviam como humanos até que sua puberdade trazia com ela seus poderes e sua capacidade de trocar à forma de animal.
Dois lados de uma mesma moeda, as duas espécies deveriam ter estado em paz. Em troca, as deusas enviaram a Discórdia para plantar a desconfiança entre eles.
Atordoada, Gina Weasley olhou fixamente a carta em suas mãos e piscou. Piscou outra vez.
Não podia realmente estar dizendo o que ela pensava que dizia.
Podia?
Era uma brincadeira?
Mas enquanto a lia novamente pela quarta vez, soube que não o era. O podre covarde filho de uma puta em realidade tinha quebrado com ela através de sua própria conta do FedEx.
Lamento-o, Gina,
Mas necessito de uma mulher que esteja mais de acordo com minha imagem, minha reputação. Vou a muitos lugares e necessito ao meu lado um tipo de mulher que me ajude, não que me entorpeça. Enviarei-te suas coisas ao seu edifício. Vejo se envio um pouco de dinheiro para um quarto de hotel para esta noite, em caso de que você não tenha nenhum lugar disponível para dormir.
Saudações,
Dino.
—Você o lamenta, servil, chupador de baba de cão! —grunhiu ela enquanto o lia outra vez e a dor a inundava tão profundo que tudo o que ela pôde fazer foi não voltar a chorar.
Dino rompia com ela por carta... Estavam juntos há cinco anos!
— Te condene no inferno, serpente asquerosa! —grunhiu.
Normalmente, Gina cortaria sua própria cabeça antes de amaldiçoar, mas isto... isto garantia linguagem séria.
E uma tocha na cabeça de seu antigo noivo.
Ela lutou contra o impulso de gritar. E sentiu a necessidade de subir em seu SUV, ir à estação de televisão onde ele trabalhava e cortá-lo em pequenos pedacinhos sangrentos.
Maldito!
Uma lágrima caiu por sua bochecha. Gina a limpou e sorveu de maneira depressiva. Ela não choraria por isso. Ele sim que não o merecia.
Sério, não o merecia, e profundamente ela não estava surpreendida. Durante os últimos seis meses, sabia que isto aconteceria. Havia-o sentido sempre que Dino a punha em outra dieta ou lhe contratava outro programa de exercício.
Para não mencionar a importante janta fazia duas semanas no Aquarium onde lhe havia dito que não queria que ela fosse com ele. — "Não há nenhuma necessidade de que te arrume para algo tão aborrecido. Sério. É melhor que vá sozinho."
Ela soube, ao minuto em que ele tinha terminado de falar, que não estaria com ela por muito mais tempo.
De todos os modos machucava. De todos os modos estava doída. Como podia lhe fazer semelhante coisa?
Como isto! Pensou ela com ira, enquanto agitava a carta de um lado a outro como uma louca em meio de sua loja.
Mas então soube. Dino realmente nunca tinha sido feliz com ela. A única razão pela qual estavam juntos era porque sua primo era gerente de uma estação local de televisão. Dino tinha desejado trabalhar ali e, como uma idiota que era, Gina o havia ajudado à conseguir esse trabalho.
Agora que ele estava certamente instalado em sua posição, e os ganhos estavam no alto, ele saía ganhando com isso.
Bem. Ela não o necessitava de todos os modos.
Ela estava melhor sem ele.
Mas todos os argumentos no mundo não aliviaram a amarga e horrível dor em seu peito que a fazia querer enroscar-se como um novelo e gritar até que estivesse esgotada.
—Não o farei —disse, limpando outra lágrima—. Não lhe darei a satisfação de chorar.
Atirando a carta, ela agarrou seu aspirador de pó com força. Sua pequena boutique necessitava uma limpeza.
Então ela só aspiraria.
Ela podia passar o aspirador até que o maldito tapete estivesse puído.
Harry fez uma pausa enquanto se aproximava de uma dessas lojas para mulheres que estavam dispersas por toda parte do French Quarter. Este era um grande edifício de tijolo vermelho adornado em negro e borgoña. O fronte inteiro era feito de cristal que mostrava o interior da loja abarrotado de delicadas coisas de encaixe de mulher e mercadorias delicadas e femininas.
Mas não foi isso o que o fez deter.
Foi ela.
A mulher que tinha pensado que nunca mais voltaria a ver.
Gina.
Ele a havia visto apenas uma vez, e só brevemente quando protegia à Sunshine no Jackson Square enquanto a artista vendia seus artesanatos aos turistas. Sem fazer caso dele, Gina tinha acudido à Sunshine e as duas tinham falado durante uns minutos.
Então, a formosa mulher tinha desaparecido de sua vida completamente. Inclusive embora ele tivesse querido segui-la, Harry sabia muito bem. Humanos e lobos não se mesclavam.
E definitivamente, não os lobos que estavam fodidos como ele.
Então se tinha sentado muito quieto enquanto cada molécula de seu corpo tinha gritado que fosse atrás dela.
Gina tinha sido a mulher mais bela que Harry jamais vira.
Ainda o era.
Seu comprido cabelo ruivo estava recolhido em cima de sua cabeça em um desordenado coque que deixava que seus cachos acariciassem seu rosto de porcelana. Ela levava um vestido comprido, negro que fluía ao redor de seu corpo enquanto passava um aspirador pelo tapete.
Cada instinto animal em seu corpo rugia à vida enquanto a olhava outra vez. O sentimento era primário.
Exigente.
Necessário.
E não escutaria razões.
Contra sua vontade, ele se encontrou dirigindo-se para ela. Não foi até abrir a porta cor borgoña que se deu conta que ela estava chorando.
A cólera feroz se abriu passo através dele. Já era bastante mau que sua vida emprestasse, a última coisa que queria era ver alguém como ela chorar.
Gina deixou de passar o aspirador e elevou a vista quando ouviu alguém entrando em sua loja. O fôlego ficou apanhado na garganta. Nunca em sua vida tinha visto um homem mais formoso.
Nunca.
A primeira vista seu cabelo era simplesmente castanho. Mas logo se sobressaltou com o tom negro lúcido. Ela nunca tinha visto um cabelo assim em alguém. Curto e revolto, apetitosamente macio.
Ainda melhor, sua camiseta branca estava ajustada sobre um corpo que a maior parte das mulheres só veria nos melhores anúncios das revistas. Este era um corpo que anunciava sexo. Alto e magro, aquele corpo pedia que uma mulher o acariciasse só para ver se era tão duro e perfeito como parecia.
Seus formosos traços eram agudos, cinzelados, e tinha o crescimento de um dia de barba sobre seu maxilar. Este era um rosto de um rebelde que não acatava os costumes correntes... alguém que vivia sua vida exclusivamente em seus próprios métodos. Era óbvio que ninguém dizia a este homem como fazer nada.
Ele... era... magnífico.
Gina não podia ver seus olhos pelos óculos de sol que levava, mas ela sentiu seu olhar fixo. Sentia-a como um toque ardente sem chama.
Este homem era resistente. Feroz. E isto enviou uma onda de pânico por ela.
Por que algo como isso estaria em uma loja que se especializava em acessórios para mulheres?
Certamente não iria roubar-lhe?
O aspirador, que ela não tinha movido um milímetro desde que ele tinha entrado em sua loja, tinha começado a gemer e a jogar fumaça em sinal de protesto. Soltando seu fôlego bruscamente, Gina rapidamente o apagou e abanou o motor com sua mão.
—Posso lhe ajudar? —perguntou ela, enquanto lutava para colocar o aspirador atrás do mostrador.
O calor banhou suas bochechas enquanto o motor seguia fumegando e cuspindo. Isto adicionou um aroma não muito agradável de pó queimado ao das velas perfumadas que ela usava.
Sorriu-lhe fracamente ao deus tremendamente sexy que estava tão despreocupadamente de pé em sua loja. —Lamento tudo isto.
Harry fechou seus olhos enquanto saboreava o ritmo melódico do sul de sua voz. Este chegou profundamente dentro dele, fazendo que seu corpo inteiro ardesse por ela. Ele estava inflamado pela necessidade e o desejo.
Inflamado pelo impulso selvagem de tomar o que queria, e ao diabo com as conseqüências.
Mas ela estava assustada com ele. Sua metade animal o sentia. E essa era última a coisa que sua metade humana queria.
Aproximando-se, ele tirou os óculos de sol e lhe ofereceu um pequeno sorriso.
—Olá.
Isso não ajudou. Ao contrário, a visão de seus olhos a fez pôr mais nervosa.
Maldição.
Gina estava atordoada. Ela não tinha acreditado que ele pudesse aparentar melhor do que já era, mas com esse diabólico sorriso zombador, o fazia.
Pior, o intenso e selvagem olhar fixo desses lânguidos olhos verdes a fez estremecer e arder. Nunca em sua vida tinha visto um homem nem a décima parte tão arrumado como este.
—Olá —respondeu ela, sentindo-se variavelmente estúpida.
O olhar fixo dele finalmente a abandonou e vagou ao redor da loja e de seus vários exibidores.
—Procuro um presente —disse ele com a voz profundamente hipnótica. Ela poderia lhe haver escutado falar por horas, e por uma razão que não podia explicar, ela queria ouvi-lo dizer seu nome.
Gina esclareceu sua garganta e guardou intimamente seus pensamentos idiotas enquanto saía de trás do mostrador. Se seu atrativo ex não podia suportar como aparentava, por que um deus como este perderia o tempo com ela?
Então decidiu acalmar-se antes de envergonhar-se ante ele. —Para quem é?.
—Para alguém muito especial.
—Sua noiva?
Seu olhar voltou para ela e a fez tremer ainda mais. Ele sacudiu sua cabeça ligeiramente. —Eu nunca poderia ter tanta sorte —disse ele, com tom baixo, sedutor.
Que coisa tão incomum havia dito ele. Ela não podia imaginar a esse tipo tendo problemas para conseguir a nenhuma mulher que quisesse. Quem sobre a face da terra lhe diria não?
Pensando-o bem, ela esperava que nunca encontrasse a uma mulher que o atraísse. Se o fizesse, sentiria-se moralmente obrigada a atropelá-la com seu carro.
—Quanto quer gastar?
Ele se encolheu de ombros. —O dinheiro não significa nada para mim.
Gina piscou ante isto. Magnífico e forrado. Homem, alguma mulher por aí era afortunada.
—Bem. Temos alguns colares. Aqueles sempre são um presente agradável.
Harry a seguiu até uma vitrine contra a parede longínqua onde ela tinha um espelho posto, com uma multidão de gargantilhas de contas e quão pendentes estavam sobre seus suportes da cartolina ao redor deles.
O aroma dela o fez endurecer-se e excitar-se. Foi tudo o que pôde fazer para não afundar sua cabeça no ombro dela e inalar seu aroma até que estivesse bêbado dele. Ele concentrou seu olhar na pele nua e pálida de seu pescoço.
Ele lambeu seus lábios enquanto imaginava como seria saboreá-la. Como se sentiriam suas luxuriosas curvas pressionadas contra seu corpo. Ter seus lábios inchados por seus beijos, seus olhos escuros e sonhadores pela paixão quando ela elevasse a vista para ele enquanto tomava.
Mais, ele podia sentir o próprio desejo dela e isso voltava seu apetite ainda pior.
—Qual é seu favorito? —perguntou ele, ainda quando já sabia a resposta.
Havia uma gargantilha vitoriana negra que tinha seu aroma por toda parte. Era óbvio que ela a tinha provado recentemente.
—Esta —disse ela, alcançando-a.
A região abaixo de seu umbigo se endureceu ainda mais quando os dedos dela roçaram as pedras negras. Ele não desejava nada mais que deslizar sua mão sobre o braço estendido dela, roçar com a palma de sua mão sua suave e pálida pele, até alcançar sua mão. Uma mão que lhe gostaria de mordiscar.
—Você o provaria para mim?
Gina tremeu ante o profundo tom de sua voz. O que acontecia ele que a punha tão nervosa?
Mas ela sabia. Ele era extremamente masculino e estar sob seu direto escrutínio era tão insuportável como desconcertante.
Ela tentou ficar o colar, mas suas mãos tremiam tanto que não podia sujeitá-lo.
—Posso ajudá-la? —perguntou ele.
Ela tragou e assentiu.
Seus cálidas mãos tocaram as suas, fazendo-a pôr ainda mais nervosa. Ela se olhou no espelho, apanhando o olhar daqueles verdes que a encaravam fixamente com um calor que a fez tremer e arder.
Ele era sem nenhuma dúvida o homem com melhor aparência que jamais tivesse vivido ou respirado e estava aqui tocando-a. Era suficiente para fazê-la deprimir!
Ele habilmente sujeitou o colar. Seus dedos se atrasaram em seu pescoço durante um minuto antes que ele encontrasse o olhar dela no espelho e se afastasse.
—Formoso —murmurou ele com voz rouca, só que não olhava o colar. Ele olhava fixamente o reflexo dos olhos dela—. O levarei.
Continua...
E então? O que acharam do sotaque melódico de Nova Orleans? rsrs, a capital dos melhores vampiros e lobos do mundo.
...Em minha opinião.
