Amor ou Simplesmente Luxúria?
Eis o desafio de Higurashi Kagome e Sesshoumaru
Inu-Yasha e seu grupo pararam em uma floresta onde sentiam a presença maligna de Naraku, mas não sabiam onde exatamente encontrá-la. Era uma grande e densa floresta, cortada por um rio, local onde eles se instalaram.
Dias se passaram e a presença da jóia era cada vez mais forte. Mas Naraku que é bom, nada. Onde ele poderia estar?
Numa certa tarde, Kagome estranhou a repentina saída de Inu-Yasha e pôs-se a segui-lo.
Ela ganhou uma razoável distância para com ele, e, consequentemente, perdeu-se do hanyou. Mas não demorou muito para achá-lo novamente. E com ele, um choque. A surpresa tomou-lhe por completo e seus membros tremiam.
Vira Inu-Yasha e kikyou juntos. Mais do que juntos, abraçados. Foi demais para a pobre colegial. Lágrimas agora transbordavam de seus olhos e não iria controlar por muito tempo os soluços que teimavam em vir. Não agüentava isso. Correu. Correu o mais rápido que pôde, seguindo o curso do rio, havia de dar para fora daquela floresta.
Correto. Depois de algum tempo a correr, Kagome chegou ao final da floresta e deparou-se com um campo aberto e umas árvores perdidas. Não ligou para a paisagem, por mais bonita que fosse. Sua garganta ardia tanto por causa do choro como das fortes tragadas de ar que puxava enquanto corria. Avançou mais até que encontrou uma colina, era pequena, mas estava em sua frente, e o rio que seguia, passava por debaixo desta, e, em seu topo, havia uma majestosa árvore, com a inclinação contrária da Torre de Pisa, o que fazia sombra na garota.
Não ligou, escorou-se na colina (que era na forma de uma hipérbole), bateu-a, espancou-a, chorando desconsoladamente. Suas pernas tremiam mais que antes e já não agüentaram o próprio peso. Kagome escorregou até sentar-se, ainda de frente para a massa de pedra. Não quis saber se sua postura estava indecente (de joelhos dobrados para o chão e as pernas abertas para a colina), só queria saber de chorar e botar tudo para fora.
O sol estava se pondo quando não tinha mais lágrimas para cair e sua garganta já não agüentava mais gritar. Até que finalmente notou que não estava sozinha. Havia alguém poderoso ali, que a observava desde a sua chegada, olhando-a com frieza e firmeza, sentado na metade da colina.
Quando virou a cabeça para o local, o viu. Era ele, lindo e imponente, Sesshoumaru, youkai completo e meio-irmão de Inu-Yasha (nota: a armadura de Sesshoumaru nessa história não tem os espinhos). Nunca imaginaria que poderia encontrá-lo ali, indiferente e olhando-a chorar suas mágoas!
- Se-Sesshoumaru...? – falou com uma voz rouca, provocada pelo choro.
-... – ele continuou a mirá-la, tamanha indiferença a envergonhou.
Ela limpou o rosto com a manga de sua roupa e levantou-se, retirando sujeiras de seu uniforme, depois o olhando com receio.
- Desculpe... Não te vi aí. – desculpou-se Kagome, ainda enxugando o rosto, sentando-se de costas para o Daí-youkai, com uma perna flexionada e a outra estirada, apoiando as mãos no chão atrás de si.
-... Foi Inu-Yasha, não foi? – perguntou ele, finalmente (nunca notaram que Sesshoumaru é curioso pacas? ;D)
Perdeu o fôlego com aquela pergunta. Abaixou a cabeça e respirou fundo.
-... Pode se dizer que sim... Eu o vi com kikyou hoje... – mordeu os lábios depois dessa frase. As lágrimas queriam voltar – Eu... eu não sei por que ainda alimento esperanças de que algum dia eu e ele vamos ficar juntos... ou que ele pelo menos olhe para mim como olha para aquela miko... – seus olhos já estavam cristalinos e sua vista embaçada, sua voz tremia cada vez mais, na medida em que falava. – E-eu sei que a "alma" (kokoro; coração) dele foi levada quando ela morreu (Kouga quem diz isso no capítulo 465 do mangá)... mas eu n-não consigo evitar...! – Ela tapou o rosto, flexionou a outra perna e voltou a chorar.
Sesshoumaru não saiu do lugar – não sabia por que não havia ido embora quando ela chegou, mas também não tinha motivos para sair dali.
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Dessa vez, a púbere só parou quando não havia mais vestígios de sol no céu – a presença de alguém para ouvi-la dizer suas mágoas sem objeção a deixava mais tranqüila, e não tinha vontade de ir embora.
Mas já estava escuro e a volta estava se comprometendo, então Kagome enxugou os olhos e aproximou-se do rio para lavar o rosto.
A lua cheia no céu iluminava lindamente o local e a adolescente pôde ver seu reflexo nas límpidas águas do flúmen. "Até que nem parece que chorei a tarde toda..." – pensou com um sorriso amargo.
Levantou-se, depois de enxugar o rosto com a camisa, limpou a saia e virou-se para Sesshoumaru, que estava na mesma posição de antes, só que agora a luz do luar que batia em seus belos fios prata, o deixava com um ar mais majestoso.
- Muito obrigada por me ouvir hoje, foi de grande ajuda – ela juntou as mãos à frente do corpo e fez uma pequena reverência.
Ele se levantou e saiu andando para o lado oposto de onde Kagome viera. Logo ela se dirigiu para o local de onde veio.
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- Kagome-chan! Onde esteve??
- Kagome-sama! Estávamos quase saindo para procurá-la!
- Kagome!!! – Todos os seus amigos, exceto Inu-Yasha, estavam lá, à sua espera. Sango primeiro, Miroku depois e Shippou logo em seguida, rodeando-a, fazendo, cada um, milhares de perguntas.
- Kagome-chan, você parece abalada, o que aconteceu? – perguntou sua amiga.
- Er –
- Falando em acontecimento, você não estava com Inu-Yasha? Pois ele não voltou até agora... – falou um monge pensativo.
- Ah... – A colegial, até agora muda, abaixou a cabeça, mais triste do que quando voltara – então... Ele ainda deve estar com ela... – pensou alto, apesar de sua voz ter saído quase que inaudível.
- Hãaa? – perguntaram seus amigos, já que nenhum deles havia entendido.
- Ah! Nada, nada! – ela levantou a cabeça e balançou as mãos.
"Kagome-chan... o que aconteceu?" – Sango se perguntava em pensamento.
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Mais tarde, depois de fazer a fogueira e o jantar, todos já estavam dormindo. Kagome em seu saco de dormir, Sango encostada em uma Kirara transformada, Shippou abraçado a ela e Miroku sentado, encostado numa árvore, a abraçar seu cajado.
Como não conseguia dormir, a colegial saiu silenciosamente de seu lugar e foi para a margem do rio, que era logo ali perto. Sentou no chão e encostou-se numa fina e inclinada árvore, com a perna esquerda flexionada e a direita estirada, ao lado do flúmen. Lá ficou até que ouviu algo que a alarmou.
- Kagome-chan...? – sussurrou a exterminadora, tirando alguns galhos de sua frente para poder ver a amiga.
- Ah... Sango-chan, não me assuste... – a púbere, que havia se posto de cócoras, relaxou e voltou à sua posição inicial.
- Kagome-chan... Eu sei que você não está bem. Vamos, diga o que aconteceu. – pediu à amiga, apreensiva.
- Eu vi Inu-Yasha com kikyou hoje. – falou secamente. Não queria mais chorar. – Não só com ela, abraçado a ela.
Sango soltou uma exclamação de surpresa e entendeu instantaneamente o porquê dela estar daquele jeito.
A exterminadora sentou-se no típico estilo japonês (em cima das pernas), na frente de Kagome, para que conversassem melhor.
- Eu... Sinto muito, Ka—
- E, depois, eu me encontrei com Sesshoumaru – falou exatamente como antes, só que com um brilho diferente no olhar.
- COM QUEM!?!??!?!
- SHHHIU!! – Kagome arregalou os olhos e tapou a boca da outra garota.
- C-como assim, 'com Sesshoumaru'? – Sussurrou alto depois que retirara a mão da amiga de sua boca.
- Ora, porque a surpresa? – perguntou de volta.
- Sesshoumaru, o irmão –
- Meio-irmão – corrigiu-a
- Tá, que seja. O meio-irmão de Inu-Yasha, que odeia humanos!? – alertou-a Sango, fazendo o sinal de "tá ligada?".
- Mas ele foi tão doce...
-... O que ele fez...? – perguntou, curiosa.
- Ele me ouviu quando eu apareci do nada, chorando. E depois não questionou nada e me deixou chorar... Sem dar opinião ou objeção.
- Típico dele. – falou Sango, cética (¬¬). – Vocês se tocaram? – perguntou inocentemente, alguns segundos depois, com uma sobrancelha arqueada.
Kagome enrubesceu.
- N-nos tocamos?! – perguntou ela, com as mãos no rosto, tentando esconder seu rosto vermelho-quase-roxo.
Sua amiga arregalou os olhos.
- Na-não é isso! – falou ela mais rubra que a outra garota – E-eu só perguntei s-se vocês se abraçaram ou c-coisa do tipo... – completou com a voz trêmula.
- AH!... Não... Ele ficou à, no mínimo, 7 metros de distância de mim.
Só se via Sango capotando.
- E VOCÊ ACHA QUE ELE FOI DOCE?!?!?
- SHIIIU! – Kagome tapou novamente a boca da exterminadora.
- Gomen... – sussurrou – mas... Você se sentiu melhor?
- Se ele não tivesse me ouvido, acho que estaria bem pior... – aí então veio uma idéia. – Acho... Acho que vou levar um almoço para ele amanhã, como agradecimento.
- Heimmm!?!?! Você é louca?! Ele te mata!!! – Sango sacudiu os ombros de Kagome.
A mesma desviou o olhar para a floresta.
- Não importa... Só quero agradecer. – lágrimas começaram a escorrer. – Só... Não quero... Lembrar... – pondo as mãos no rosto, e recolhendo as pernas (colocando-as ambas ao lado esquerdo do corpo), ela voltou a chorar (viu só como aquele par de orelhas fofas fazem mal a uma pessoa? Uu).
Mais do que rápido Sango abraçou a amiga e consolou-a o resto da noite.
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Tanto a colegial quanto a exterminadora acordaram um pouco mais tarde que o normal no outro dia.
Miroku não quis incomodá-las durante o sono, e teve que praticamente lutar contra Inu-Yasha para ele fazer o mesmo. O monge acordara no meio da noite e ouvira um pedaço da conversa, onde Kagome iria agradecer a alguém e que não queria lembrar... Logo depois ela começara a chorar, então presumiu que ela estivesse chorando por causa de Inu-Yasha. Já Sango, passou a noite toda a consolando, merecia descansar também.
O hanyou não sabia por que Kagome estava meio que dando um gelo nele, mas deixou quieto. Sabia que quando ela ficava assim, era melhor nem chegar perto.
Já a colegial, no que acordou, foi arrumar a bolsa para o almoço de agradecimento que pretendia fazer.
Inu-Yasha, impaciente, não esperou ninguém e foi sozinho procurar Naraku. Já estava tudo pronto para Miroku e Sango irem.
- Tome cuidado, Kagome-chan... – elas se abraçaram e cada uma foi para um lado.
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Certeiro. Sesshoumaru estava lá, naquele mesmo lugar.
Ela não sabia o que fazer, pois ele ainda era o meio-irmão do mal que detestava humanos. Mas, passando por cima do receio, direcionou-se a ele, que já a observava de longe.
- Boa Tarde! – ela se sentou e tirou uma toalha de piquenique (daquela quadriculadas, vermelho, branco e cor de vinho) e forrou o gramado que ficava entre eles, colocando os bentou logo em seguida.
-... O que você está fazendo? – perguntou o óbvio, com usa voz fria de arrepiar os pêlos da nuca (e do resto do corpo xD).
- Eu... vim agradecer por me escutar ontem... – falou olhando para o bentou em seu colo.
- Isso não será necessário. – disse ele, impassível e inatingível, isso a deixou mais hesitante. – Se está com medo, saia logo.
- P-porque não experimenta isso? É... É delicioso! – Ela levantou o rosto numa tentativa frustrada de sorrir.
Sesshoumaru não mexeu um músculo para cumprir o pedido, então, com os hashis, Kagome pegou um pedaço do okonomiyaki (um tipo de pizza japonesa) que comia levantou-se e foi para o lado do Dai-youkai, logo depois se ajoelhando para ficar da altura dele, que estava sentado, e direcionou a comida para aquela boca que parecia ter se fechado mais como um protesto à comida (como uma criança pequena, que foofo ).
Mas, quando o okonomiyaki tocou-lhe os lábios, ele, num movimento rápido, bateu com a mão esquerda nos pauzinhos que voaram longe, sendo seguidos pelo olhar da colegial ao seu lado, depois ele pôs a mão direita no pescoço dela, ficando em pé logo em seguida, tirando-a do chão, esta com uma expressão de quem sabia que isso iria acontecer.
- Ficou achando que só porque chegou chorando aqui, ontem, eu não iria fazer nada hoje? - perguntou ele, com desdém, apertando mais a mão ao pescoço dela - agora é o momento perfeito para tirar tua vida.
Kagome não tinha expressão no olhar, apesar de estar sentindo falta de ar, não deixaria que sua dor a abalasse, e seus olhos estavam vagos, apenas derramando lágrimas.
- Vá... Frente... iria me fazer... favor... - ela soltava as palavras com dificuldade e o ar lhe faltava nos pulmões, apesar de que sua vontade de se livrar era nula. - Mas... sei que você... não... gostaria de me... fazer... favor...certo...? - ele passou um tempo olhando-a, então estreitou os olhos e apertou mais aquela pele tão macia do alvo pescoço da colegial, que apertou mais os olhos, sem dor alguma naquela imensidão de cor castanho-escuro. - P-para viver... do... jeito... que eu... vivendo... prefiro... mo... - seus olhos já estavam perdendo o brilho, seu peito estava parando de procurar o ar tão necessário, juntamente com sua boca que parara de se mover. Sesshoumaru balançou o braço e a jogou no chão.
O Dai-youkai virou-se e foi embora.
"Foi só para não fazer o que ela queria... não foi...?" - ele tentava se justificar mentalmente.
Já Kagome ficou alguns minutos com a mão a alisar o pescoço, tossindo bastante.
- Por... que...? Teria sido mais... fácil...! - ela resmungou enquanto chorava.
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Quando chegou, antes do sol se pôr, se deparou com uma Sango aflita.
- Kagome-chan! Você está bem? Ele não te machucou? Por que está com essa cara? – Kagome foi metralhada por perguntas.
- Eu estou bem, Sango-chan... – falou com uma voz ligeiramente rouca.
- E... E que vermelhidão é essa em seu pescoço? – perguntou pensando o pior.
- Ah... Ficou mesmo vermelho? – perguntou de volta, alisando o local mencionado.
- O que aconteceu? – sussurrou a exterminadora à colegial, vendo que Inu-Yasha e os outros se aproximavam.
Kagome não pôde responder, pois chegou um hanyou mal-humorado a falar asneiras.
- Kagome! Onde você foi? Estava quase indo lhe procurar! ... Não que eu estivesse preocupado...
- Fui tomar banho de rio, numa colina, aqui perto. – ela apontou, com o polegar, para trás de si. – Iria me procurar...? Olha, se eu soubesse que você estava me espionando... – começou a fingir uma irritação, o que o deixou com medo.
- E-e-e-eu não sou que nem Miroku! Você devia falar isso pra ele! – corado, ele se virou e foi fazer uma fogueira, um pouco mais afastado dali.
Miroku e Shippou não queriam que Kagome ficasse irritada, então nem chegaram perto.
Mais tarde, à noite, as amigas se encontraram no mesmo lugar da noite anterior.
- Então, Kagome-chan... Como fo—
- Ele... tentou me matar. – falou num tom de voz meio triste e meio seco.
- TENTOU O QUÊ?!?! – gritou Sango, exasperada.
- QUER ME MATAR DO CORAÇÃO!?!! – gritou Kagome de volta, com a mão no peito e a respiração acelerada.
- Desculpe... Mas... Por que ele tentou... te matar...? – essa última palavra foi quase um suspiro de tão baixo que Sango a pronunciou.
- Por que ele é Sesshoumaru? – Respondeu com uma pergunta, um pouco cética (¬¬).
- É... Faz sentido... – a exterminadora pôs a mão no queixo e fez uma expressão pensativa. – Mas... Como você escapou...? – perguntou voltando a sua expressão preocupada.
- Não sei... Deve ter sido porque eu disse que queria... – sua voz travou nesse instante.
- N-não... Kagome-chan... Você disse... Isso mesmo...? – Sango acariciou o rosto da amiga.
- Pode deixar... Eu já estou bem. – mentiu a púbere, cobrindo a mão da amiga com a sua, logo em seguida se direcionando a seu saco de dormir.
Acomodando-se, Kagome não conseguiu dormir imediatamente então começou a pensar.
"Não sei se fico brava por ele ter tentado me matar... E falhado, ou feliz por não ter conseguido" – Então teve uma idéia.
- Sango-chan? – levantou-se de meio-corpo para procurar à amiga.
- Hai? – Respondeu Sango, que já estava encostada em Kirara transformada.
- Vamos tomar banho de rio amanhã. – falou com um brilho maligno nos olhos, o qual, infelizmente, não foi notado por Sango.
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- Kagome-chan, por que me mandou colocar essa coisa apertada por debaixo da roupa? – Sango se referia a um maiô
- Por que é assim que nós vamos mergulhar! – respondeu Kagome, terminando de vestir a camisa e logo depois seguir o curso do rio, para fora da floresta.
- É assim que vocês tomam banho de rio no seu mundo?
- É assim que tomamos banho em público. – falou Kagome, já fora da floresta, um pouco depois, avistando a colina -- e o alvo.
"Ótimo, ele está ali" – pensou Kagome, com um sorriso maligno, esse sim, notado por Sango, que também mirou onde a amiga mirava.
- N-n-n-nós va-vamos n-n-n-os banhar a-ali!? C-com o-o Se-Se-Seeesshoumaru o-olhando?! – perguntou a exterminadora, rubra, quase gritando.
- É que... Eu não queria vir sozinha – ela respondeu com uma carinha inocente.
- Eeeee m-me chama!?!?
- Mas vai ser rápido! – Kagome juntou as mãos em forma de "por favor" tentando fazê-la não desistir.
- S-se não vai demorar...
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Quando chegaram lá, viram Sesshoumaru no mesmo lugar de sempre, no meio da colina, só que dessa vez de olhos fechados, como se aproveitasse a leve brisa que passava por seus belos e prateados cabelos.
- E-ele está de olhos fechados, v-vamos embooraaa... – implorou Sango, puxando Kagome pelo braço direito.
- Mas ele vai olhar! – sussurrou – Ele sabe que estamos aqui!
- Porque você inventou isso? – murmurou a exterminadora, retirando rapidamente e sentando a beira do rio, com as pernas já na água.
- Se quer saber mesmo... Nem mesmo eu sei. – essas últimas palavras Kagome apenas moveu os lábios, sem som algum, pois sabia que o youkai ali presente estava a ouvir tudo. – Talvez tenha sido só provocação mesmo... – sorriu maliciosamente, apenas movendo os lábios.
- Não sei o motivo disso... – bufou à amiga, entrando vagarosamente na água, enquanto Kagome tirava a roupa e exibia seu maiô escolar (daqueles azuis que tem em tudo quanto é anime), igual ao que emprestara para a exterminadora.
Como uma criança, Kagome pegou distância e deu o famoso pulo "bomba" no qual uma grande quantidade de água foi espalhada, batendo inclusive em Sango, que revidou com ataques de água (PS: a água bate um pouco acima do peito, nelas).
Ficaram assim por um tempo, até que Kagome sentiu um olhar recair sobre si.
No que olhou para cima, encontrou belos olhos cor de âmbar a olhá-la sem cerimônias. Logo ela desviou o olhar do dele e contou a Sango que ele a observava.
- Ele está olhando na maior cara-de-pau? – a exterminadora apenas moveu os lábios para que ele não ouvisse.
Kagome assentiu e pediu para trocar de lugar com ela, que estava de costas para Sesshoumaru, então continuou:
- Acho que daqui a pouco ele pára... – continuou só a mover os lábios.
Elas trocaram de lugar de novo, mas Kagome continuava incomodada com o olhar dele em si, então para descontrair, ela começou a jogar água na amiga.
- Ah! Isso é golpe baixo! – Falou Sango entre risadas, revidando o ataque.
Nem a própria Kagome sabe como, mas seu olhar encontrou-se com o de Sesshoumaru, que era frio e sensual, tão sensual que Kagome sentiu seu rosto esquentar, mais corado ainda quando os olhos cor de âmbar pairaram sobre seus seios, pois ela estava um pouco inclinada para a esquerda, de meio corpo para fora da água. Foi tudo muito lento, mas também muito rápido.
Ela podia sentir sua respiração acelerar e seu peito disparar, podia inclusive ouvir a respiração calma dele e o ar que ele soltou quando deu um sorriso mais do que malicioso. Seus braços se cruzaram, inutilmente, ao redor dos fartos seios. Seu mundo foi voltando à velocidade normal e ela o viu ir embora, ainda com aquele sorriso que tanto lhe assustou.
- Kagome-chan! – a colegial acordou do transe.
- Sango-chan... – respondeu, meio atordoada, com a mão esquerda na cabeça
- O que aconteceu?
- Nada... Vamos embora... – falou num fio de voz, olhando uma última vez para o local onde o Dai-youkai se encontrara momentos antes.
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Depois daquele dia, Kagome não quis mais voltar lá, com receio do que poderia acontecer...
Todos os dias Inu-Yasha saía em busca de Naraku e só voltava a noite, para comer. Kagome quase sempre podia jurar que, algumas vezes, sentira cheiro de barro vindo dele.
Dois, três, cinco, seis dias se passaram depois do acontecimento do rio, até que no sétimo dia, a colegial resolveu levar outro almoço para lá (por quê? Pergunta a ela ..).
Sabia que poderia ser um fracasso, mas sentia que ele não iria fazer nada de mal com ela... Seu inconsciente lhe dizia isso.
Kagome saiu sem falar com Sango e se dirigiu para a colina. Não demorou muito para que o visse. "Ele nunca deve sair dali --" – pensou, cética.
Estava sentado virado para a floresta (normalmente ele ficava de lado para ela), e olhava Kagome desde que a vira, saindo da mata.
Ela se sentia meio desconfortável por causa do olhar dele, mas permaneceu sustentando o seu: no chão.
Quando chegou lá, sentou-se um pouco a frente dele e estendeu a mesma toalha do começo da história entre eles. Depois pôs os bentou e uma garrafa térmica com chá dentro, tudo retirado de sua enorme bolsa.
- Isso novamente? Por que razão? – perguntou a ela.
- Já que... o anterior foi um fracasso... Eu resolvi trazer outro... – respondeu sem mirá-lo, separando os hashis e comendo um ovo frito especial que havia feito.
- E o que lhe faz pensar que nesse ocorrerá tudo bem? – perguntou novamente, com sua voz sensualmente sensual (ui).
Kagome sentiu todos os pêlos de seu corpo subirem – tanto com a pergunta quanto com o tom de voz somado com o olhar que lhe lançara.
- Não sei... Mas resolvi trazer... – respondeu ela finalmente o olhando nos olhos, ainda com os hashis na boca.
Então Kagome olhos para os outros pauzinhos que havia deixado do lado do outro bentou e os pegou.
Separou um pedaço do ovo frito especial que comia com os hashis e foi para o lado dele.
- Por favor, experimente isso, é ótimo! – ela já estava de cócoras ao lado dele, direcionando a comida para aquela boca que se contraíra lindamente.
Desta vez, ele nem esperou que o alimento tocasse seus lábios, bateu diretamente nos hashis que voaram despedaçados, acompanhados, novamente, pelo olhar de Kagome.
"Assim meu estoque de hashis vai emb--" – o pensamento cético de Kagome foi interrompido por um puxão.
Seu braço esquerdo havia sido puxado, e com a força, seu braço direito foi subindo enquanto seu corpo descia, logo que se tocou, estava deitada entre as pernas cruzadas de Sesshoumaru, com o braço em sua nuca. Não teve nem o mínimo tempo para raciocinar, pois ele já a havia beijado, havia invadido sua boca com tamanha sensualidade enquanto acariciava suas costas.
Kagome nem protestou. O quente que vinha dele e que entrava em seu corpo a amoleceu e ela correspondeu ao ósculo. Sua mão direita acariciava e apertava com força (sem efeito algum) a nuca do Dai-youkai enquanto a esquerda passava por debaixo do fluffy e passeava pelas costas do mesmo.
Sesshoumaru foi descendo sua boca pelo pescoço de Kagome. Passou ali e ficou dando pequenos de beijos à mordidas. Ele a deitou na grama e ficou por cima dela, apoiando seu peso nos joelhos.
Enquanto fazia a seqüência de carícias no pescoço da colegial, ele desceu o braço esquerdo dela para o chão e levantou a mão direita da mesma para cima da cabeça. Kagome estava paralisada pelo prazer que ele lhe proporcionava e não sabia como reagir, então se deixava manipular. Levantou seu braço esquerdo para apóiá-lo em sua própria barriga, quando notou que ele começara a abaixar o lado esquerdo de eu uniforme, deixando seu ombro à mostra.
O Dai-youkai desceu os beijos do pescoço para o colo e subiu novamente para a boca. Este beijo foi tão quente quanto o primeiro, só que Kagome não mexeu os braços, só correspondeu e fechou os olhos, seu corpo fazendo um movimento sensual e involuntário abaixo de Sesshoumaru.
Quando o beijo acabou, Kagome não sentiu mais nada. Resolveu abrir os olhos e se deparou com uma boca sorrindo mais do que malicioso.
Ela ainda estava meio atordoada por causa de tudo aquilo, fora muito rápido. Logo depois o viu se levantando, passar a mão para pôr o cabelo para detrás da orelha e seguir para onde sempre ia.
Kagome passou mais algum tempo na mesma posição que ele a deixara: com o braço direito levantado, braço esquerdo apoiado na barriga e uniforme meio abaixado. Ainda estava recuperando o fôlego e tentando encaixar tudo o que acabara de acontecer.
Mais alguns minutos e ela se tocou da situação em que estava, além que sentia as parte acariciadas um pouco quentes, deviam estar avermelhadas. E não havia avisado a ninguém que sairia.
Rapidamente ela se levantou e ajeitou o uniforme, passou a mão pelos cabelos, para não assanharem, arrumou as coisas e voltou para a floresta.
"Não posso contar isso para ninguém! Nem mesmo para Sango-chan...! Não! Muito menos para ela...! Finja que nada aconteceu, finja que nada aconteceu... Finja que..." – ela ficou repetindo isso mentalmente, a fim de acalmar-se.
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- KA-GO-ME-CHAAAAN!!! – gritou a conhecida voz de Sango ao avistá-la. Ela estava com o rosto vermelho, braços colados ao corpo e as mãos cerradas, em um ângulo de 90º para com o braço.
- O-oi... Sango-chan... – falou uma formiguinha chamada Kagome.
- Para.onde.você.foi? – perguntou com uma superioridade maternal, cruzando os braços e batendo impacientemente o pé esquerdo no chão.
- S-Sango-s-san...? – arriscou Kagome
- Estou.esperando.a.resposta. – falou empinando o queixo.
- E-eu... eu... voltei lá na colina... – falou se encolhendo aos poucos.
- VOLTOU ONDE!? – gritou uma Sango histérica.
Kagome caiu no chão, tamanho o susto.
- Se você quer me matar, tudo beeem, eu deixo... – ironizou Kagome, passando a mão direita na cabeça (ela estava sentada com os joelhos juntos e pernas separadas).
- Não.desvie.o.assunto. – voltou Sango, recomposta, acocorada na frente da amiga.
- Calma... Calma... – ela fez o sinal de "calma, calma" com as mãos. – Ele... não estava lá... – mentiu, desviando o olhar pra o chão ao seu lado esquerdo.
- E.o.que.você.foi.fazer.lá?
- Se eu disser "tomar banho de rio" você iria acreditar?
-... ¬¬
- Tá... Eu... ia almoçar...
- PRA TE MATAR!! – Sango começou a sacudi-la pelos ombros.
- Desculpa... – disse tristemente, abraçando a amiga exterminadora.
Sango também a abraçou e ambas se acalmaram.
- Ouvi uma gritaria, o que aconteceu, Sango? – chegou Miroku por trás de uma árvore. – Ah, Kagome-sama! Estávamos a sua procura!
- É... cheguei, hehe... – ela sorriu meio sem graça.
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No outro dia, todos acordaram com o barulho de árvore sendo arrancada do chão. Em seguida sentiram a presença maligna que tanto procuravam.
- É NARAKU!!!! – Disseram todos ao mesmo tempo, e, mais do que rápido, Kagome arrumou suas coisas e subiu em Inu-Yasha para irem aonde sentiam tal presença: fora da floresta, seguindo o curso do rio.
Sango, Miroku e Shippou subiram em Kirara e foram logo atrás.
Naraku estava em sua forma original (aquela cheia de youkais) e usava seus milhares de tentáculos para atacar quem chegasse.
Kikyou também estava lá, fora uma armadilha dela para encontrá-lo. Ela estava na diagonal esquerda por trás do vilão. Miroku desceu no lado oposto ao da sacerdotisa morto-viva: Na diagonal direita à frente o odiado inimigo.
Sango lançou o Hiraikotsu para defender o monge de alguns tentáculos que tentaram pegá-lo.
- NARAAAKU!! – trovejou Inu-Yasha, depois de deixar Kagome um pouco distante do inimigo, logo lançando o Kaze no Kizu.
As duas mikos atiravam alternadamente no hanyou do mau. Cada flecha parecia uma bomba de poder espiritual em sua barreira.
Então Naraku começou a jogar: atacava alternadamente de Kagome para Kikyou, ambas distantes uma da outra, deixando Inu-Yasha cada vez mais confuso.
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Essa luta transcorreu pela manhã até metade da tarde, quando Inu-Yasha e Sango combinaram um ataque: Ele lançou a Kongousouha que finalmente quebrou a barreira, e ela lançou seu Hiraikotsu, que despedaçou seus tentáculos, não permitindo que eles se regenerassem (Poder revelado no capítulo 498 do mangá).
Minutos depois, uma rajada meio sem forma atravessou o campo de batalha e acertou em cheio o meio-youkai gigante. Era o poder da Bakusaiga (Espada que sai do corpo de Sesshoumaru no capítulo 518 do mangá) de Sesshoumaru.
- D-desgraçados... – amaldiçôo-os por entre os dentes, Naraku.
- KIKYOU! VAMOS ATIRAR JUNTAS! – gritou Kagome, que estava na diagonal esquerda na frente do inimigo.
A morto-viva assentiu com a cabeça e apontou uma flecha.
- ICHI... – começou Kagome, também apontando uma flecha, Inu-Yasha lançou outro Kongousouha – NI... – Ela puxou mais o fio do arco. Sango lançou seu Hiraikotsu novamente e Sesshoumaru flexionou o braço para soltar o ataque da espada. – SAN!! – as duas soltaram cada uma sua flecha bem no peito do inimigo, e, no mesmo segundo, o Dai-youkai lançou o poder da Bakusaiga.
Com tantos ataques seguidos e combinados, o asqueroso corpo de Naraku não agüentou o impacto e implodiu para depois explodir.
Inu-Yasha estava ao lado de kikyou nessa hora, então entrou na sua frente a protegeu dos pedaços pontudos do corpo o vilão. Kagome estava sozinha, então protegeu sua cabeça com os braços cruzados a sua frente, arco e uma flecha nas mãos.
Foi tudo muito rápido.
- KAGOMEEE!!! – Shippou foi o primeiro a gritar (ele estava onde, mesmo?)
A colegial viu tudo andar devagar. Ainda estava com os braços a frente do rosto quando sentiu uma pontada entre os seios. Inspirou o ar com dificuldade quando viu que um pedaço pontudo de um dos tentáculos de Naraku havia se fincado em seu peito. Seus braços foram descendo vagarosamente e ela pôde ver a expressão de desespero de seus amigos. Inu-Yasha ao longe gritava algo que não conseguia ouvir. Tudo ficara surdo, só ouvia o som do próprio respirar. Shippou também estava gritando algo, enquanto estava no ar, provavelmente havia pulado de algum lugar. Sua respiração começava a falhar, e sua visão embaçava. Todos andavam lento demais, e, quando virou a cabeça para a direita, viu Sango e Miroku com a mesma expressão, ambos em cima de Kirara, chegando perto, mas também muito lentos. Quando o viu. Ele vinha mais rápido que todos. Suas pernas falharam e seu corpo caía, mas ele não deixou que tocasse no chão, pois tinha chegado tão rápido que conseguiu segurá-la a tempo. O pedaço fincado virara pó, assim como o resto do corpo de Naraku, mas agora seu peito sangrava aos montes.
Sesshoumaru a apoiou no lado direito de seu corpo, onde ela pôde sentir o fluffy dele. Então não sentiu mais a resistência do chão. Sua audição começava a voltar, e ouvia alguém a chamando ao longe. Quando tentou olhar, viu todos ao redor de Inu-Yasha, que estava com um joelho no chão e o outro flexionado, com várias manchas cor de vinho espalhadas pelo corpo, ela presumiu que aquilo seriam ferimentos adquiridos durante a luta.
Foi sua última visão antes de seu corpo adormecer e sua consciência voar.
To be continued...
WOW...!
Quanto tempo heim?xDDD
Essa história eh uma das mais perfeitosas que eu já fiz em toda minha vida #morre# e vai ter hentai, hentai, hentaaaai MUHAHAHAH
Agora...
Eu nom garanto nada quanto ao tempo que vou levar pra postar o próximo capítulo... mas eu queria muuuuuuuuuuuito postar essa historia, pq ta na minha cabeça há uns dois anos, ai agora estatelou
Espero ke vcs comentem e façam uma criança feliz
Kissus da Yuki o/
