[Aproveitem a leitura, nos vemos lá em baixo]
YOUR DAUGHTER CALLS ME DADDY TOO.
Papai.
É uma das primeiras coisas que me lembro de ouvi-la dizer. Eu me recordo, aos onze anos, de ter pensado que, se um dia eu tivesse uma filha que me olhasse com aqueles olhinhos brilhantes, as mãos cruzadas na frente do rosto e falasse com aquele tom dengoso na voz, eu não seria capaz de negar nada para ela. Ao que parece, lutar contra o Lorde das Trevas não dava experiência para reagir a esse ataque desavergonhado de fofura, portanto nem Harry Potter estava imune ao charme da filha. E ela parecia saber muito bem disso.
Logo depois do primeiro ano em Hogwarts, Albus me convidou para ir visita-lo nas férias. Eu nunca tinha passado muito tempo longe da mansão e quando o fazia era na companhia de minha família. Minha mãe me encorajou a ir e meu pai apenas deu um movimento de cabeça. Arrumei rapidamente minha mochila e aparatamos a uns dois quarteirões da casa. Seguimos andando e paramos em frente à residência dos Potter, que era igual ao que Albus tinha descrito. Um portão de ferro com cercas vivas entrelaçadas, um caminho de pedrinhas e várias árvores e flores. O sr. Potter abriu a porta da frente e saiu apressado com uma maleta, levantando as sobrancelhas ao nos ver parados ali na calçada.
– Olá! – Ele abriu o portão e passou para fora. O vento levantou tirou seu cabelo da testa, revelando a famosa cicatriz. Com um dedo ele levantou o óculos ajeitando no nariz, que ao meu ver não estava torto, devia ser uma coisa que ele fazia para deixar a mão ocupada. Ele olhou para mim e estendeu a mão. – Você deve ser o Scorpius. – Apertei a mão dele e ele nem esperou uma resposta de minha parte. – Pode entrar.
– Quer que entremos com você? – Minha mãe perguntou ao passar a mão pelo meu cabelo.
Eu pude ver um sorriso aberto no rosto do sr. Potter, como se ele estivesse segurando uma risada.
– É só bater na porta, sozinho ou não. – Ele acrescentou brincalhão. – Preciso ir para o Ministério. Malfoy. – Harry Potter cumprimentou meu pai apenas com pelo sobrenome e deu um aceno com a cabeça para minha mãe.
– Potter – meu pai disse simplesmente. Não havia animosidade entre eles, apenas uma polidez que mostrava que os dois não eram próximos. E não faziam questão de corrigir esse fato.
– Não sou mais uma criança, mãe – respondi a ela enquanto o sr. Potter ia até metade do quarteirão e aparatava. – Posso encontrar a porta da frente sozinho.
Ela riu e me deu um beijo na testa, se afastando em seguida. Meu pai segurou meu ombro com uma mão.
– Não quero o Potter me enchendo o saco, portanto comporte-se.
– E divirta-se. – Minha mãe acrescentou cutucando meu pai.
Acenei para eles e passei pelo portão, o barulho do ferro denunciando que ele se fechou atrás de mim. Não olhei para trás enquanto seguida. O caminho de pedra não era reto, serpenteava por entre os arbustos, coisa que minha avó nunca permitiria. Terminava em uma escada de cinco degraus que fazia parte da varanda. Bati na porta.
– Não acredito que esqueceu as chaves de novo, Harry! – Uma voz de mulher gritou da parte de dentro. – Lily, abre a porta para o seu pai, tá?
Ouvi passos se aproximarem e o barulho da chave na fechadura. A porta se abriu e revelou a mesma menina que eu tinha visto na estação quando embarquei pela primeira vez para Hogwarts, aquela que conseguia desarmar Harry Potter com um simples sorriso.
– Oi papa... – Ela disse de imediato e parou no momento em que me viu ali. – Quem é você? – Ela inclinou a cabeça para o lado e franziu as sobrancelhas.
– Scorpius Malfoy – eu disse endireitando minha postura. – Amigo do Albus.
Ela me olhou por um segundo e deu um passo para o lado, me deixando passar.
– Lils, o que seu pai queria? – A mesma voz de mulher falou de novo.
– Não era o papai – Lily simplesmente respondeu e fechou a porta.
– Então quem era? – A voz subiu uma oitava. Mesmo sem vê-la, eu sabia que a expressão do rosto da sra. Potter tinha se alterado, como uma mãe urso se preparando para proteger a cria. Rapidamente uma cabeleira ruiva apareceu no fundo do corredor e mirou a porta com desconfiança.
– Scorpius Malfoy. – Quase comecei a rir quando ela endireitou as costas do mesmo jeito que eu fiz. – Amigo do Albie.
– Oh! – O rosto da mãe se suavizou e ela foi para o corredor. Ela usava um avental sujo de farinha; ali devia ser a cozinha. – Albus! – Ela gritou olhando para cima.
– Já ouvi, tô descendo! – A voz do meu amigo veio do andar de cima.
– Seja bem-vindo, querido – ela me disse com um sorriso. – Lily, porque não vem terminar de ajudar a mamãe com os biscoitos?
Lily deu de ombros e foi saltitando em direção a mãe.
– Hey Scorp! – Albus apareceu nos degraus da escada. – Obrigado por vir, graças a isso meu pai está me devendo dois galeões. Ele disse que seu pai não te deixaria vir para a casa dos Potters. – Ele deu risada e eu o acompanhei. – Pode subir, vou te mostrar meu quarto.
– Sua irmã te chama mesmo de Albie? – Perguntei dois degraus abaixo dele. Al apenas levantou o pé e impulsionou para trás, acertando meu joelho. Ri baixo.
A partir desse dia, todos os anos eu e Albus passávamos pelo menos duas semanas na casa um do outro nas férias. Os Potters viraram minha segunda família e, após algum tempo, acho que eles nem se importavam mais com a minha presença ali. A sra. Potter era alegre, mais divertida do que eu imaginava que uma mãe poderia ser, mas tinha um grito tão poderoso quanto o de uma banshee. O sr. Potter era gentil e nunca consegui entender como tanta gentileza tinha conseguido acabar com o Lorde das Trevas, além disso era atencioso, sempre se preocupando em enviar cartas para ver como seu afilhado estava. James... eu nunca consegui encontrar uma definição para ele que não fosse o próprio nome. James é James e ponto final. Admito, silenciosamente é claro, pois nunca vou deixa-lo saber disso, que é bom tê-lo como irmão mais velho do meu melhor amigo, porque sei que eu acabaria perdendo se brigássemos. Albus era o mais reservado, não vejo como ele poderia ter se dado bem na Grifinória, a casa da família. Ele tinha a mania de manter o quarto completamente organizado, nem um centímetro fora do lugar. Isso me faz lembrar o dia em que ele gritou comigo, para a casa inteira ouvir, apenas, APENAS porque eu deixei meus tênis perto da cama. Somente para irrita-lo mais ainda e o fazer pagar pela vergonha que passei com o pequeno escândalo dele, comecei a gritar de volta chamando-o de Sweet Albie, em agradecimento a Lily por ter me presenteado com essa pérola.
E, finalmente, Lily, o tópico principal. Ela era mimada e dengosa. E confesso que até eu contribuí para isso. Bem que Albus me avisou para não fazer nada que a irmã pedisse, mas achei que um simples "pode abrir esse pote para mim?" não fosse surtir efeito nenhum. Ledo engano, ela conseguia me dobrar como ninguém e até Al se aproveitou disso, falando para ela me pedir favores que todos sabiam que se fosse ele quem pedisse eu diria não. Mas, por mais difícil que fosse o pedido, era impossível negar qualquer coisa para aqueles olhos castanhos emoldurados de sardas, principalmente quando ela torcia a cortina de cabelos ruivos para dar mais efeito. Por ser filho único, eu realmente considerei tratar Lily como minha irmã mais nova, mas isso caiu por terra no quinto verão em que passei na casa dos Potters. Nessas mesmas férias, eu e Albus entramos escondidos no quarto de James e pegamos uma revista trouxa de lá. Eu nunca tinha ouvido falar de DaddyDom/LittleGirl, mas senti meu pau se agitar ao ver aquelas fotos. E Lily, debruçada na bancada da cozinha, o short minúsculo, o pirulito vermelho na boca, chamando o sr. Potter de papai apenas serviu para apagar qualquer imagem que eu tivesse de tratar Lily apenas como uma irmãzinha. Porque irmãos protegem as irmãs de caras que queriam fazer exatamente a mesma coisa que eu queria.
Eu não tinha ideia que observar uma garota crescer seria tão interessante. Até os treze, Lily não passava de uma menina. Bonita, sim, mas com ares de criança, a inocência ainda fazia parte de seu perfume natural. Mas de um pulo, aos quatorze, seus seios resolveram ser notados, parecia que tinha uma placa apontada para eles escrita "oi, nós existimos". Ficou completamente impossível não olhar. Embora ainda inocente, suas feições não eram mais de criança. Era definitivo que ela tinha crescido e os machos da casa já começavam a ficar inquietos, James principalmente, que tinha tomado o posto de protetor oficial de Lily fora de Hogwarts. Na escola, era Albus, que ficava ranzinza e insuportável a cada vez que um garoto chegava perto da irmãzinha. Não que eu ficasse muito diferente. No nosso último ano, faltando ainda dois para Lily terminar, chamamos Hugo num canto e Albus fez o melhor papel de irmão mais velho protetor ao dizer para ele cuidar da mais nova. É claro que ele prometeu que ela ficaria bem, até porque não dava para ter escolhido pessoa melhor, Hugo era louco por ela e dava para perceber se prestasse atenção. Embora ele fosse irmão de Rose, nunca simpatizei muito.
Por mais que o tempo passasse, Lily nunca mudou sua atitude. Ela era alegre e conseguia agir como uma criança, sem parecer infantil. E isso era tão malditamente sexy. Eu sempre me pegava olhando longamente para ela e não sei como ninguém nunca percebeu isso. Como era o nome daquele filme trouxa mesmo? Ah sim, Lolita. Lily era uma lolita e eu era seu voyeur particular.
Abri meus olhos e varri o quarto a procura dela. Ela estava no canto direto, os dedos passando pelas lombadas dos livros encadernados em couro na prateleira. Na ponta dos pés, os contornos de suas pernas ficavam mais destacados e impossíveis de desviar o olhar. Ela abaixou e a blusa verde que ela vestia, minha blusa, subiu, revelando a parte de cima das coxas e uma parte de bunda. O quarto iluminado apenas pela luz da lareira fazia um contraste perfeito com a pele alva. Pegou um livro e veio andando, displicente, até a poltrona que fica em frente a cama, jogou-se no acento e dobrou os joelhos em frente ao peito, o livro apoiado em cima deles.
Os lábios se abriram, como que para beijar o pirulito que sempre levava em qualquer lugar que fosse. Ela o colocou na boca, deixando-o de um lado como sempre fez, causando uma protuberância na bochecha.
Eu resmunguei na cama e ganhei sua atenção.
– Oi, daddy. – Ela olhou para mim e tirou o pirulito da boca, sorrindo maliciosa. Não sei se foi uma benção ou uma maldição quando eu confessei para ela que adoraria ser chamado de daddy. Ela atendeu meu pedido, mas, implicante como só uma garota mimada poderia ser, agora quase não fala mais meu nome.
Quando brigávamos ela berrava a palavra o mais agressivamente que conseguia. Quando queria carinho, ela vinha igual uma gata manhosa para o meu colo. Na cama, ela gemia, sussurrava e gritava. Mas, quando estávamos ambos tranquilos, ela dizia daddy do mesmo jeito que chamava o irmão de Albie.
Acho que a última vez que ela disse meu nome foi quando me mandou prestar atenção ao atravessar a rua.
Continuamos nos olhando e a expressão maliciosa dela deu lugar a doce de sempre. Ainda chovia, as gotas se chocando contra o vitral da janela faziam um barulho. "De fritura" ela disse uma vez quando era pequena. Levantei meu tronco e me apoiei na cabeceira da cama. Sem dizer nada, ela mordeu o pirulito, o açúcar se quebrando na boca dela. Jogou o cabo no lixo e apoiou o livro da na mesinha. Levantou-se e, num movimento fluído, os quadris movendo-se num ritmo próprio, colocou as mãos embaixo da blusa, retirando a calcinha, fazendo-a escorregar pelas pernas até o chão.
Como uma leoa, ela subiu na cama e engatinhou até onde eu estava, a bunda arrebitada para cima, os quadris dançando. Ela sabia muito bem o efeito que isso tinha nas minhas partes baixas, que já se encontrava em um volume considerável embaixo do cobertor. Lily lambeu meu pescoço e mordeu minha orelha, soltando um risinho baixo. Igual um gato brinca com o rato, ela gostava de brincar comigo. Tão brincalhona era, que as vezes eu realmente tinha que parar e me lembrar que a mulher que eu estava fodendo já tinha vinte e um anos.
Com um braço eu afastei o cobertor de minhas pernas e com o outro a outro para mais perto, fazendo-a se sentar no meu colo, uma perna de cada lado. Como eu não dormia com roupa, nada separava nossos corpos.
– You can be my daddy tonight, night, night? – Ela cantarolou baixinho rebolando e me beijou, a língua reivindicando minha boca, o gosto de cereja do pirulito ainda ali. Colocou uma mão atrás da minha cabeça, os dedos entre meus cabelos, como se estivesse me segurando no lugar. Até parece que eu seria capaz de sair de perto dela.
Minha mão foi parar entre as pernas dela, nas dobras macias e quentes e fiquei acariciando o lugar mais sensível. Ela não me deixou ganhar, nunca deixaria. Ainda sem interromper o beijo, ambos já começando a ficar ofegantes, ela fechou os dedos em volta do meu membro, levantou um pouco o corpo, separando nossas bocas e desceu com tudo, me direcionando para sua entrada, fazendo toda minha extensão sumir dentro dela. Eu gemi e ela fechou os olhos, suspirando, o hálito quente e adocicado batendo no meu rosto.
Tirei minha camiseta da Sonserina dela e pude observar aquele par de peitos que eu não tinha vergonha nenhuma em dizer que mamava. Abocanhei um deles e voltei a mexer em seu clitóris, deixando o feixe de nervos inchado rapidamente. Ela passou os braços pelo meu pescoço para dar apoio e começou a se mover.
– Isso, baby – eu não pude deixar de dizer, meus dentes raspando por seu mamilo. – Monta em mim.
Ela obedeceu e, conforme meu dedo trabalhava nela, a velocidade em que ela subia e descia no meu colo foi aumentando, até a hora em que senti que suas coxas começavam a tremer. Em breve ela viria. Passei meus dois braços em volta dela e impulsionei meu quadril para cima, de encontro ao dela, rápido e mais rápido.
– DADDY! – Ela urrou e suas paredes se apertaram tão fortemente em torno de mim que se tornou difícil fazer qualquer movimento. Mais duas estocadas e eu me despejei dentro dela.
O grito de Lily foi tão alto que, por mais que a mansão seja grande, acredito que qualquer pessoa dentro dela possa ter ouvido.
Ela ficou mole em cima de mim e encostou a testa na minha. Passei minhas mãos pelas costas suadas dela.
– Acho que me apaixonei por você na primeira vez que te vi.
Ela deu uma risada, vibrando ao meu redor.
– Eu tinha nove anos, seu pedófilo!
– Porra, Lily! Por Merlin, eu estava tentando ser romântico – eu reclamei, a falsa indignação no ar, mas eu nunca poderia ficar bravo com ela.
Espero que vocês tenham gostado, porque eu realmente gostei de escrever a fic. O gênero +18 é um ambiente completamente novo para mim, se olharem minhas outras fanfics vão ter a certeza disso, então espero que eu tenha conseguido escrever de uma forma boa. Eu amo tanto esse casal e estava sentindo muita falta de fanfics sobre eles, então aqui estamos. Se vocês tiverem dicas ou alguma ideia para me ajudar a escrever cenas mais picantes, por favor me mandem. Agradeço a todos por terem lido e deixem comentários para eu ter um feedback, assim eu sei se continuo escrevendo desse jeito ou tento dar uma mudada.
XOXO.
