-HARRY!

O grito de Hermione tinha confirmado as suas suspeitas. Ginevra colocou a mão direita sobre o peito, e deu um suspiro triste. Harry James Potter estava morto.

Apesar de tudo, ela não conseguia chorar. Sentia seus olhos queimarem, mas as lágrimas não desciam.

Seis anos. Esse tinha sido o tempo que Harry levara para notá-la, e Voldemort tomou isso dela com uma força bruta. No meio da multidão que lamentava e empurrava um ao outro na tentativa de ver o cadáver, Ginny viu Luna chorando silenciosamente. Luna Lovegood estava chorando. Ela se lembrou de toda a tortura que Hermione contou rapidamente. Luna passara pela confusão do mundo lá fora, fora de Hogwarts. Ginny não desanimara porque sabia que alguém fora dos muros de Hogwarts estava tendo um dia muito pior. Ela só não sabia que essa pessoa era Di-Lua.

Ginevra fez exatamente o contrário da multidão: se afastou. Se chegasse mais perto do corpo de Harry, ia chorar.

-Não se preocupe, meu amor – disse ela baixinho – Vamos terminar essa guerra por você.

Ela não parou de avançar até chegar ao quarto andar, onde se sentiu incapaz de avançar e se sentou. Ela olhou do topo das escadas uma grande confusão lá embaixo. Distinguiu Hagrid, Hermione, Ronald, McGonagall, Neville, Luna. Ela viu também Voldemort, e sentiu ódio.

Não era como uma simples raiva, era como uma fúria que tinha a dominado por completo. Sentiu que deveria descer e atirar um Avada Kedavra em Voldemort, enquanto ainda estava distraído. Mas ela não era uma assassina.

Ela viu finalmente o corpo de Harry, e seus olhos arderam ainda mais. Ainda assim, as lágrimas não desceram. Ela pensou nos seus sonhos: seu pai caminhando ao seu lado na igreja, enquanto ela vestia um magnífico vestido de noiva, andando lentamente até o altar, com Harry esperando por ela com um sorriso fino no rosto. A alegria ao ver pela primeira vez seus filhos nascerem. Lily, Will e Esther, pensou ela. Os três nomes que ela queria dar aos seus filhos, se Harry concordasse. Sonhos. A palavra vagueou tristemente pela mente da garota, enquanto ela pensava que não passaria de nada disso. Eram sonhos sem esperança. Harry se fora, ele estava morto.

Então por que parecia que ele estava mais presente do que nunca?

Quando Harry se anunciou vivo, Ginevra sorriu. As lágrimas finalmente rolaram pelo seu rosto, morrendo ao chegar nos seus lábios levemente erguidos. O gosto de cada lágrima era doce, porque não eram de tristeza. Eram de alívio, de uma felicidade enorme, porque Harry estava vivo, e Ginny se sentiu feliz ao se erguer e gritar na escola vazia:

-Harry James Potter está vivo! Sua falsa morte é o início de uma nova era, uma era de felicidade, e o mais importante: essa era se estenderá até que o nome de Harry Potter seja esquecido!

Ela ouviu a guerra voltar, e se desviava dos feitiços, sabendo que nada iria acontecer com ela.

Harry estava vivo, e ele iria protegê-la. Ginny sabia que sim.

XxxxxxOxxxxxX

Ooooie!

Uma one-shot pequenininha, espero que gostem. Estava ficando com saudades de escrever sobre Hanny, nossa! Reviews são bem aceitas ;D

XXXOOO,

Gigi Potter