Saint Seiya não me pertence... Mas se pertencesse, Seiya ia sofrer tanto...u.u Créditos ao tio Kurumada...

Nyahoooo! Reescrevi e estou repostando a antiga Blood Tears, mantive alguns personagens e acrescentei alguns detalhes, só avisando, sei qause nada sobre clãs vampíricos, por isso não me apedrejem por qualquer coisa estranha ou errada...u.u

E para os erros de ortografia, me desculpem, mas faz mais de 10 anos que me formei no colegial e faz 8 anos que estou no Japão, e não tenho beta também xD

Enfim, se divirtam!

OoooOoooO

O auditório estava cheio, a melodia era delicada, após uma pausa para aplausos, a jovem de pele pálida e longos cabelos negros presos em um coque lateral enfeitado com penas negras e vermelhas muda o ritmo da música para uma mais agressiva e rápida, os longos dedos finos tocavam as teclas do piano com total destreza. Havia perdido as contas de quantas vezes havia tocado essa música, já faziam 216 anos desde que deixara de ser uma mortal. Tsubaki Kawasaki tinha 20 anos quando foi abraçada, a bela japonesa de olhos vermelhos vira seus olhos discretamente para a platéia, não precisava ler a partitura, seus dedos se moviam automaticamente.

Ela passou os olhos pelo local, havia muitos seres da noite misturados aos humanos, todos elegantes, a maioria Toreadores como ela mesma e seu mestre, que ela logo reconheceu e Ventrues, clã de elite. Mas ela não encontrava por sua amiga, Suzu, onde será que ela estava, havia prometido que viria dessa vez...

Enquanto isso, se banhando de pálida lua, uma jovem de cabelos curtos e negros estava deitada no terraço do auditório, com os olhos fechados e a franja longa caindo sobre o rosto, vestia uma calça preta jeans com rasgos nos joelhos e coxa com a barra dentro de coturnos pretos, uma camisa branca e um colete por cima, correntes estavam penduradas pela calça. Suzuran Mimura se deliciava com a música que sua amiga tocava, sabia que tinha prometido ir ver a apresentação, mas acabou por ver a pessoa que mais odeia na platéia, seu mestre, o responsável por toda sua dor. Ela negava seu clã, os Ventrues desde que fugiu a cerca de 60 anos, se simpatizou com alguns Brujah por terem temperamentos parecidos, mas nunca foi de freqüentar nem ser fiel à nenhum clã.

Assim que acaba o repertório, Tsubaki se levanta e cumprimenta a platéia, usava um belo longo preto de alças finas e esvoaçante, tinha borboletas vermelhas bordadas na barra, ela recebe o caloroso aplauso da platéia e ramalhetes de flores. Quando as cortinas se abaixam, a japonesa vai até seu camarim, colocando as flores em um vaso, ela sente uma presença conhecida e se vira para a porta, um belo homem alto e magro entra acompanhado de outro, tinha os cabelos platinados e longos, os olhos eram azuis claríssimos, vestia roupas elegantes e brancas com uma camélia vermelha na lapela.

- Mestre Afrodite...- Tsubaki sente seu coração morto coração se preencher e derrama uma lágrima tinha, se agachando e beijando a mão do homem.

- Ora minha pequena, porque choras?- O homem a ajuda a se levantar, limpando a lágrima com os dedos.- Faz apenas alguns dias que não nos vemos.- Afrodite e Tsubaki moravam juntos na mansão da garota, mas o vampiro muitas vezes viajava à negócios e dessa vez havia ficado 5 dias na França.

- Eu sei...Mas me sinto uma felicidade imensa em vê-lo...- Desde que perdera a condição humana, Tsubaki sentia suas emoções e sentimento muito mais intensas.

- Não seja boba... Venha, quero que conheça um amigo.- Afrodite apresente o rapaz que o acompanhava.- Esse é Camus Montblanc, ele ficou encantado com sua apresentação.

- É um prazer conhecer a cria mais querida de Afrodite, ele fala muito de você.- Era um belo homem de cabelos longos e cor de fogo, os olhos eram frios e verdes, um Ventrue, Tsubaki tinha certeza. Camus pega a mão da garota e beija.

- O prazer é todo meu, amigo de meu Mestre, é amigo meu.- A garota diz polidamente, sorrisos e gestos de carinho, ela guardava apenas para Afrodite e Suzuran.

Tsubaki sente outra presença conhecida, não só ela, mas os outros dois vampiros presentes, em principal Camus, todos olham para a porta que dava para a varanda.

- Eu volto logo.- Tsubaki vai para a varanda.

- Eu conheço essa presença...- Diz Camus intrigado.- Não pode ser...

- Suzu! Onde estava? Prometeu que viria me ver dessa vez!- Diz Tsubaki ao ver Suzuran.

- Desculpa Tsubaki! É que eu vi vampiros na platéia e resolvi ouvir do telhado... Ouvir sua música com a lua é perfeita!

- Pare Suzu!- Tsubaki interrompe a amiga.- Você nunca temeu os seres da noite, sei que não é por causa deles que não entrou no auditório... Quem você viu realmente?- A garota conhecia bem a amiga.

- ...- O sorriso de Suzuran desaparece.- Vi meu criador...- Ela diz baixo.

- Quem é seu criador?- Pergunta Tsubaki, nem mesmo ela sabia quem era o criador de Suzuran, sabia apenas que era um Ventrue.

- Suzuran?- Camus, que havia ouvido a voz de sua cria, aparece na varanda com Afrodite.

- Camus...- Rosna Suzuran vendo o ruivo.

- Se conhecem?- Pergunta Afrodite.

- É a garota fujona que eu disse.- Camus responde Afrodite sem tirar os olhos da garota.- Vamos conversar Suzu...

- Não tenho nada que conversar com você! Mentiroso!- Com os olhos cheios de lágrimas de sangue, ela pula a varanda.

- Suzu!- Tsubaki tenta seguir a amiga, mas não conseguiria pular nem correr com aquele vestido, mas ela sabia muito bem onde encontrar a outra...

Assim como imaginou, Suzu estava agachada debaixo de um pé de sakura no parque, as pétalas rosadas caíam em volta da garota que soluçava, Tsubaki se aproxima e toca seu ombro, sem se importar, Suzuran agarra a amiga e chora compulsivamente.

- Me conte o que houve... Porque o odeia tanto?

- Eu conheci antes de me transformar, morava com meu irmão nas ruas... Camus nos fascinava, era bondoso com nós... Mas um dia fomos atacados pelos malditos lupinos...- Diz Suzuran com a face dura e rancorosa ao falar o nome do criador.- Ele me prometeu que resgataria meu irmão... E eu deixei que ele me transformasse... Mas ele não cumpriu a promessa... Me disse que Subaru havia morrido...- A garota volta a chorar nos braços da amiga, sujando a roupa dela com suas lágrimas de sangue.

- Sinto muito Suzu... Mas acho que Camus pode não ter culpa na morte do seu irmão...

- Eu sei disso... A culpa não é dele, é dos malditos lupinos! Mas mas... Não sei... Ele me faz sentir coisas que não quero, parece que manda em meus pensamentos mesmo estando longe! São coisas que não quero sentir... Apenas o odeio! Odeio odeio odeio!

- Suzu... Você o ama, não?- Pergunta Tsubaki dando um leve sorriso.

- É claro que não! Porque o amaria?- Suzuran se afasta levantando o rosto e limpando as lágrimas com as costas das mãos.

- Você o ama da mesma maneira que amo Afrodite, afinal é meu criador...

- Porque o amaria? Ele me transformou nisso que sou! Ele sugou meu sangue e me matou!

- Mas te deu a vida dando do sangue dele... Eu sei que nossa vida não é fácil, temos que nos esconder, não vemos a luz do sol, não somos nem podemos ser normais... Mas nem tudo nessa vida é ruim... Perdi muito, mas também ganhei...

- Tsubaki... O que eu faço?

- Aceite ele como deve aceitar... Sei que é isso que quer...

- Estou confusa... Não sei se estou preparada...

- Eu te entendo... Venha para minha casa, descanse e deixe todo esse sentimento ruim...- Sorri Tsubaki, guiando a amiga para sua casa.

Escondidos atrás de uma fonte, Afrodite e Camus as observa de longe.

- Ela me odeia, eu sei...- Diz Camus.- Eu a decepcionei, ela tem todo o direito de me odiar...

- O que aconteceu entre vocês?- Pergunta Afrodite.

- Eu a conheci à 70 anos atrás, era órfã e vivia nas ruas junto com seu irmão, Subaru. Tinha me encantado por ele e decidido à trazer ele para meu clã, apesar de pobre era muito inteligente e culto, perfeito para os Ventrues... Mas os lupinos o pegaram primeiro, quando cheguei, a encontrei quase morta, ela ao contrário do irmão, é impetuosa, geniosa e rebelde, seria mais uma Brujah, mas prometi vingança, prometi que encontraria seu irmão e o salvaria... Ela me entregou a vida, mas falhei...- Camus, sempre tão frio, imponente, sem sentimentos, parecia tão pequeno e fraco...

- Suzuran está confusa, não tem culpa do que aconteceu... Deixe que o tempo cure as feridas meu amigo.- Diz Afrodite.

Camus e Afrodite se despedem, o francês vai para um hotel onde estava hospedado e Afrodite volta para sua casa, assim que entra na mansão, vê Tsubaki no alto das escadas, vestia um robe preto de seda. Ao ver seu mestre, ela desce as escadas ao seu encontro.

- Trouxe Suzu, espero que não se importe... A deixei no quarto de hóspedes, estava muito abalada...

- Fez muito bem Tsubaki...- Diz Afrodite indo para a sala de piano.- Toque algo para mim.- Pede ele delicadamente, a guiando pelas mãos.

- Claro Mestre.- Tsubaki sorri gentilmente, indo se sentar no banquinho de veludo.

- Não fique com raiva de Camus, Suzuran ainda é uma criança, não sabe controlar bem seus sentimentos.- Diz Afrodite.

- Não tenho raiva dele, não o conheço para tal... Ele apenas me parece ser alguém muito frio...

- Sim, Camus é frio, um perfeito Ventrue, por assim dizer, é muito racional. Mas que perde a razão por uma de suas crias... Ele não criou muitos, sei apenas de Suzuran e de um outro rapaz que está sempre com ele. Camus é muito seletivo para suas crias.

Tsubaki começa a tocar o piano, seus dedos deslizam pelas teclas suavemente, Afrodite fecha seus olhos e se delicia com aquela melodia, se lembra da primeira vez que a ouviu, fazia muitos anos...

Afrodite era um viajante forasteiro, rodava o mundo atrás de coisas belas como um bom Toreador, em uma dessas viagens, chegou ao Japão, andou durante dias, encantado pela arquitetura daquele país misterioso.

Era quase dia e muitos negavam hospedar um estrangeiro estranho, até que Afrodite bateu à porta da família Kawasaki, um homem de vestes simples o acolheu junto à sua esposa sem nada perguntar. Foram muito gentis, ofereceram comida, um bom banho e um bom sake, apesar de Afrodite não saborear muito do que lhe foi oferecido, bebia uma misteriosa bebida que trazia em um cantil de ouro.

- Tsubaki, venha minha querida filha, toque algo para nosso convidado.- Pede o senhor.

Uma bela jovem entra pela porta de papel, vestia um simples, porém belo kimono azul céu com belas camélias bordadas, em seus longos cabelos negros, um simples enfeite dourado, ela trouxe um pequeno objeto parecido com um piano, a jovem começa a tocar uma bela canção, o rapaz fica totalmente hipnotizado pela canção, o senhor explica que foi ele mesmo quem fabricou aquele instrumento inspirado no piano que ele um dia havia visto vendendo na cidade, por ser muito caro, não podia comprar um para sua filha, que tanto amava música, então o fez para ela, em pouco tempo, Tsubaki já tocava perfeitamente, além de escrever as próprias melodias.

Como um bom representante de seu clã, Afrodite ficou tentado a transformar a garota em uma deles, mas não podia fazer isso com aquele casal que foi tão gentil com ele. O rapaz dormiu o dia todo, sem ninguém perturbar o sono, o casal providenciou grossos pedaços de pano para evitar qualquer rastro de luz do sol. No começo da noite ele acordou.

- Agradeço pela gentileza, por ter me acolhido, pela comida e pela bela canção.- Diz Afrodite em uma despedida, deveria partir logo.

- Espere meu rapaz...- O senhor o segura pelas mão, diferente da sua, lisa e pálida, o homem tinha a mão enrugada e cheia de calos e cicatrizes.- Tenho um pedido fazer...

- E qual seria?

- Já não sou jovem, sou um homem vivido, ouvi e vi muitas coisas e posso afirmar que o senhor não é um humano.- Aquela afirmação deixa Afrodite apreensivo.- Não se preocupe, não lhe faremos mal, mas muitas pessoas não entendem que nem todos de vocês são ruins... Eles descobriram que está na região, talvez logo eles chegarão por aqui.

- Não entendo o que o senhor quer...?

- Leve minha filha...

- Ah? Levar sua filha? Mas porque?

- Eles saberão que o ajudamos... Eles tem um esquadrão que caça seres como o senhor... Seremos castigados por ter desobedecido ao Imperador e te acolhido um ser da noite... A morte seria pouco... Eu e minha esposa já somos velhos, não temos muito tempo de vida, mas nossa Tsubaki não pode receber o mesmo castigo! Ela tem apenas 20 anos, não agüentaria saber que ela não viveu tudo que poderia ter vivido... Por isso lhe peço, leve minha Tsubaki... Salve a vida dela! Pode ficar com nossas terras, tome, leve o escritura...- O senhor entrega um papel enrolado.

- Mas senhor, não sei se posso aceitar...- Afodite via o desespero no rosto do senhor, mas não podia simplesmente levar a filha deles embora.

- Aceite, leve minha filha, eu lhe peço... Salve a vida dela!- O homem apertava as mãos de Afrodite.

- O senhor tem noção do que me pede? Sou um ser da noite! Sabe que me alimento de sangue, entregar sua filha à mim seria como entregá-la a morte!

- Prefiro que ela se torne uma de vocês e viva eternamente, encantando o mundo com suas canções do que morrer de maneira cruel, como será o destino dela! Por favor... Eu lhe peço...- O homem se ajoelha.

- Tudo bem... Eu a levarei...- Afrodite sabia que Tsubaki seria uma Toreador perfeita, mas não queria transformá-la de imediato.

- Obrigado senhor...- O homem abaixa novamente, ficando um tempo naquela posição.- Tatsuko! Chame Tsubaki.- A senhora que estava em um canto, apenas abaixada como se louvasse Afrodite, vai chamar a filha.

Depois de um tempo, a senhora entra com a filha, que vestia um belo kimono preto bordado à ouro.

- Okaasama, porque me fez vestir um kimono tão caro?- Pergunta a jovem.

- Esse foi o kimono que usei no casamento com seu pai, não é muito caro, mas tem um valor muito grande para nós, quero que use ele.

- Tsubaki minha filha.- O senhor pega as mãos da filha e as alisa carinhosamente.

- Otoosama...?

- Vá com esse senhor, irá partir para uma longa viagem, poderá tocar música como sempre sonhou...- Diz o senhor.

- Mas, e okaasama e otoosama...?- Tsubaki olha para a mulher que chorava e para o pai com os olhos úmidos.

- Não se preocupe com nós... Ficaremos bem...

- Tudo bem otoosama, irei com Afrodite sama, se é assim que deseja.- A garota beija a mão do pai.

Sem dizer mais nada, a senhora traz uma pequena trouxa com roupas e alguns poucos pertences de Tsubaki, assim como o pequeno piano, a garota abaixa a cabeça para os pais por um longo tempo, agradecia a vida até aquele momento, por dentro estava totalmente quebrada, deixaria seus pais para sempre... Era isso que sentia, mesmo sem ninguém ter dito nada. Logo partiram na pequena carruagem de Afrodite, conduzida por um camponês que fora pago por Afrodite.

Viajaram a noite toda sem parar, Tsubaki havia dormido um pouco, acordou apenas quando a carruagem parou, estavam em frente à uma pequena cabana, Afrodite ajuda Tsubaki a descer da carruagem e entram na cabana.

- Irei descansar pequena, ficará bem sozinha?

- Sim.

Afrodite entrou em um quarto nos fundos, Tsubaki dormiu mais um pouco e acordou somente com o sol batendo em seu rosto, ela comeu os onigiris que sua mãe havia mandado e ficou observando o local, era uma cabana abandonada, havia mato por todos os lados, e pequenas flores, ela recolheu alguns, fazia uma coroa com flores brancas quando ouviu passos, era quase fim do dia quando ela é surpreendida por um grupo de pessoas armadas de foices, katanas e tochas.

- É só uma garota, tem certeza que ele está aqui?- Pergunta um homem.

- Olhe a carruagem.- Diz outro homem.

- Onde ele está?- Pergunta uma mulher.- Onde está o ser do mau?

Tsubaki simplesmente se levanta e corre para dentro da casa, Afrodite corria perigo, ela sabia. Ela corre até o quarto do fundo e fecha a porta, tentando travar com um armário que estava por perto, o quarto estava escuro, ela ouve os passos e os homens tentando derrubar a porta, assustada, ela tateia o tatame até encontrar uma grande caixa, um caixão. Ela se agarra à ele, a porta logo é arrombada, as tochas clareiam o local.

- Saia daí criança!- Diz a mulher tentando puxar Tsubaki.

- Não! Ninguém irá machucar Mestre Afrodite.

- Esqueça, ela prefere esse ser maligno! – Diz outra mulher.

- Se não sair, irá morrer!

Vendo que Tsubaki não tinha intenção de se afastar, a mulher enfia a faca em seu ombro, a dor era muito forte, mas a garota não grita, continua agarrada ao caixão, mais pessoas se aproximam, um homem enfia a katana nas costas da garota, ela faz uma careta, o sangue escorria de seu corpo, manchando suas roupas, o tatame, outro golpe, mais outro, Tsubaki sentia seu corpo ficando fraco, sentia frio, mas não fazia menção de sair dali, já sem forças, ela cai com outro golpe, tudo começa a ficar escuro...Ela ouve a caixa ser arrebentada.

- Mestre Afrodite...- Ela sussurra, antes de desmaiar.

- Tsubaki! Ouça minha pequena, não queria ter que fazer isso agora, mas não tenho alternativa... Preste atenção, irei sugar seu sangue, por mais que sinta vontade de se entregar à morte, agüente firme... Te darei do meu e quero que beba. Seja forte.

Tsubaki sente seu corpo ser levantado delicadamente, em seguida sente lábios gelados tocarem seu pescoço, algo pontiagudo roçar na pele para em seguida ser perfurado, uma dor aguda que foi logo transformado em algo prazeroso, ela não queria que parasse, queria que sua vida toda fosse sugada, logo os lábios gelados se afastam e algo quente escorre por seus lábios para dentro de sua boca, uma pequena chama de vida brota dentro de si, quando percebe, estava grudada ao pulso de Afrodite, sugando seu sangue.

-Calma querida...- Afrodite a empurra delicadamente, ainda zonza ela observa em volta, havia sangue e corpos por todos os lados, uma mulher ainda viva gemia, o rapaz pega essa mulher e a aproxima de Tsubaki.- Aqui, alimente-se dela, mas cuidado, não tome tudo, ou irá ter uma bela indigestão...

Primeiramente desconfortável com a situação, ela se afasta do corpo, mas ao ver a veia pulsando no pescoço da mulher, um cheiro de sangue atingiu suas narinas e uma fome animal tomou conta de si, caninos pontiagudos como agulhas brotam em sua boca e quando se dá por si, estava destroçando o pescoço da mulher e bebendo de seu sangue, quente, delicioso, uma sensação que não podia explicar, sentia o coração daquela mulher bater junto ao seu, como um flash, imagens da vida dela passou diante de seus olhos, teve que ser afastada por Afrodite, ou sugaria tudo até a morte dela.

- Vamos embora querida, mais deles virão atrás de nós.- Afrodite entrega um kimono limpo e a ajuda a se trocar, como uma criança que viu algo pela primeira vez, Tsubaki estava admirada com tudo que via, cores novas, formas novas, era simplesmente hipnotizante e belo, as coisas vistas de outra maneira, até o som da noite parecia uma melodia para ela, Afrodite a guiou até a carruagem e partiram pela noite.

Voltaram para a Europa, onde Tsubaki tocou pela primeira vez um verdadeiro piano, logo se tornou famosa, não apenas por ser oriental ou uma mulher, mas por suas músicas serem originais e pela maneira que tocava no coração das pessoas. Rodaram o mundo, depois de quase dois séculos, voltaram para o Japão, onde montaram uma mansão na antiga propriedade dos pais de Tsubaki, é onde vivem atualmente.

- Mestre?- Tsubaki toca no ombro de Afrodite que mantinha os olhos fechados e o rosto apoiado na mão fechada.

- Estava apenas pensando...- Ele sorri e passa a mão no rosto da garota.- Melhor irmos descansar, logo será dia... Vá na frente, irei ficar mais um pouco...

- Claro mestre.- Tsubaki sorri e se despede de Afrodite.

Ele a observa sair da sala e sorri.

-Deu sua vida para me proteger naquela vez, serei eternamente grato minha querida...- Diz para si mesmo.

OoooOoooO

be Continued...

Hello pessoas que leram! Espero que tenham gostado...

Juro que quero muito escrever um Dite totalmente mau, sádico e perverso, mas não consigo! E sai logo esse Dite, todo gentil da fic... Me desculpem os fãs do Dite malvadinho... Um dia aprenderei xP

Até o próximo!

Bjnhos x3333