Shiper:GSR
Disclaimer: Os personagens de CSI não me pertencem.
Sinopse: Verificando um caso de violência doméstica, Sara se acidenta, e var parar no descobre que ela perdeu parcialmente a memória. Será um período muito difícil, para ambos, pois Sara não se lembra de ter qualquer interesse romântico por ele!E Grissom também sofre, com o fato dela o ter esquecido. Enquanto isso, Nick e Catherine estão às voltas com o assassinato brutal de um policial, gente do circo, tiras corruptos e muita droga...
N do A; Comentários serão bem recebidos. Até mesmo os críticos educados. Pois a crítica, quando bem feita é uma forma de nos fazer crescer.
Capítulo 1
O repórter novato sonhava com a manchete daquela matéria, "Corpo estraçalhado por tigre, no Circo América", enquanto tirava fotos.
Um pouco adiante, um homem alto, magro, calvo, com um cigarro pendurado num canto da boca, recepcionava os CSI's.
- Sim, sou o dono do Circo. Bart Jackson, ou BJ, como o pessoal, costuma me chamar.
- Catherine Willows e Nick Stokes, do Laboratório de Criminalística! – Catherine se apresentou e ao colega, observando todas aquelas pessoas, que olhavam para uma determinada jaula.
- O que aconteceu aqui, afinal? – Perguntou Nick.
- Não sei bem, mas alguém entrou na jaula do tigre, e quando Lou, o tratador de animais, foi dar sua volta noturna, achou o sujeito (pelas roupas que sobraram, parece ser um homem), e me chamou. Liguei pra polícia, e ela chamou vocês – dizia BJ, enquanto levava os dois até a jaula.
- Quem faria uma idiotice dessas? – Perguntava Nick.
- Alguém bêbado, drogado ou completamente maluco. – Respondeu BJ.
Ao chegarem na jaula, viram Brass e David confabulando, perto de carnes sanguinolentas e um tigre, aparentemente morto no outro canto.
- O tigre está morto? - Perguntou Nick, cauteloso.
- Oh, não! Lou atirou nele com tranqüilizantes. Pode entrar lá, sem susto. Ele deve dormir mais umas horas, ainda.
Nick percebeu um homem negro, grandalhão, carregando um rifle, de olho no tigre e presumiu que fosse o tal Lou. Subiu na jaula, ajudou Catherine a subir e foi ter com Brass.
- Olá, Brass, e então?
- Bem, não temos nenhuma identidade e na carteira que achamos, só uma nota de 50 e uma de 20. Além do dinheiro, possuía uma bela carteira de couro, o que indica que não era um qualquer.
Ajoelhado, perto da vítima, olhos arregalados David parecia procurar algo. Nick, que gostava de brincar com ele, agachou-se perto do legista.
- E aí, Superdavid? Qual foi a hora da morte?
- Bem que eu lhe diria, se conseguisse achar o fígado.
- Foi comido?
- É o que parece. – Disse o legista, enquanto examinava uns pedaços de carne, espalhados no chão. – Difícil será determinar a causa da morte.
Nick deu um sorrisinho nervoso; Catherine começou a tirar fotos, sem saber direito, por onde começar, pois a vítima estava horrivelmente esquartejada, e se encontrava "espalhada pelo chão".
- Meu Deus! Que modo horrível de morrer!
- Morrer é sempre ruim, Cath! – Disse Nick.
- Eu sei... Mas olhe isto aqui! –Falou, mostrando a vítima, cujos pedaços viam-se, pelo chão.
Brass ia descer para entrevistar aquela gente, que estava lá e pertencia, ao circo. Antes disso, falou para Nick:
- Vamos identificar nosso John Doe. Acredito que você possa tirar as digitais da mão esquerda: elas me parecem intactas.
Nick olhou para baixo e viu o braço esquerdo arrancado do corpo, mas milagrosamente inteiro. O braço direito, não tivera a mesma sorte; encontrava-se ainda preso ao corpo, mas estava todo dilacerado, e a mão não estava à vista.
Nick se abaixou e abriu sua maleta. Colocou as luvas e começou a colher as impressões digitais, da mão esquerda, quando uma substância gosmenta no pulso, lhe chamou a atenção. Pegou um cotonete, na maleta e passou na substância.
- Acho que já vi isso antes – disse Nick, guardando o material.
-Olhe! Tem mais disso aqui! – Disse Catherine.
Nick passou outro cotonete, no que seria a região perto das orelhas, daquele rosto mutilado.
-Você acha o mesmo, que eu? - perguntou para a companheira.
- Faz mais sentido, se alguém tivesse jogado ele aqui, não?
- É mais fácil aceitar a teoria de homicídio do que aquela história do bêbado ou do lunático!
- Acho melhor telefonar para o Grissom e pedir que nos mande mais alguém. – Comentou Catherine já com o celular nas mãos.
- Gil? É Cath falando, será que você poderia nos mandar Sara? – Fez uma pausa, ouvindo Grissom – e Greg? – Nova pausa, agora mais longa. – Entendo... Te aguardo, então! É bom que você venha, pois temos um caso suspeito de assassinato!
Ela desligou o celular, guardando-o no bolso. Nick percebeu, que se não perguntasse ficaria sem saber, pois a loira parecia propensa a não falar.
- E então?
- Sara não pode vir, pois está acompanhando Riley, num caso de violência doméstica e Greg está num trabalho "solo", investigando um desaparecimento, no Tangiers...
- Isso quer dizer que ninguém virá? – Perguntou Nick impaciente.
- Quer dizer o que eu disse. Grissom está a caminho, para nos dar uma mão.
- Ele vem pôr a mão na massa?
Catherine não entendia o espanto. Certo que Grissom não saía mais a campo, como antigamente, mas ainda o fazia, principalmente com Sara. Ela achava isso, perfeitamente natural. Mas hoje Sara estava ocupada, acompanhando a novata: era de praxe. Voltou-se para a vítima esquartejada. Quem seria? Qual o motivo para ser eliminada? Com quem se metera para morrer daquele jeito? Andou um pouco e foi até a porta da jaula. Fotografou-a e falou para Nick:
- Se foi assassinato, foi alguém do circo. Essa porta não foi arrombada. Tudo está intacto aqui.
Tirou as impressões digitais da porta, e achou algumas sobrepostas. "Isso vai dar trabalho para decifrar", pensou. Nick tirou um pouco de pó pegajoso, que infestava a calça, em farrapos da vítima. Virando-a achou um bichinho verde, ainda vivo, pregado em suas costas, colocou-o dentro de um recipiente próprio.
- Ei, Cath! Achei um amiguinho do Grissom, aqui!
Catherine voltou-se para ele, viu o inseto, e continuou o que estava fazendo.
- Ele logo estará aqui, você poderá lhe perguntar pessoalmente.
Nick ainda procurou por mais alguma coisa. Viu pegadas, que pareciam sair de debaixo da vítima, para a porta da jaula.
- Fotografe isso – disse Nick, segurando o cadáver, pelos ombros.
- Eu já havia visto, elas indo para a porta, mas são muitas e estão sobrepostas; acho difícil achar alguma coisa.
- Pelo menos, poderemos saber quantos eram os sujeitos que estiveram aqui, se for mesmo assassinato, já é um indício.
- Ora, Nick! O chão está coberto de pó de serragem, muito fácil de ter pegadas, e elas podem ser do domador e do tratador.
- Aqui têm quatro sapatos, de números diferentes – insistiu Nick.
Nesse momento, Grissom abria caminho, por entre as pessoas que estavam lá, observando, curiosamente, os acontecimentos. Cumprimentou Brass, e antes que desse dois passos em direção aos CSI's, que esperavam por ele, um pequeno gravador, quase lhe vai, garganta a baixo.
O repórter se identificou como sendo de um jornal local, perguntou o que ele achava e quem era a vítima. Ele calma e pacientemente, declarou:
- Estou chegando agora; no momento sei o mesmo que você, ou seja: NADA! Se me deixar chegar lá e fazer meu trabalho, na volta talvez eu tenha algo a lhe dizer!
O rapaz ficou sem graça, abaixou o gravador e abriu passagem. Da porta da jaula, Catherine sorriu, Grissom não tinha mesmo jeito, para tratar as pessoas.
Foi ela que contou a Grissom o que tinham achado. Grissom se ajoelhou, para melhor olhar a vítima. Percebeu David pegando pedaços de carne solta e olhando simultaneamente para o tigre adormecido. Grissom então não se conteve:
- Tem medo do tigre, David?
- Ele pode acordar a qualquer minuto. Não tem medo, Grissom?
O supervisor apontou para o felino:
- Dele? Não, não mais que o necessário. É um animal. Ataca para comer ou quando se sente ameaçado. Tenho mais medo dos homens que o puseram aqui.
- Então você aceita a tese de assassinato? – Quis saber Nick.
- Claro que as evidências darão a última palavra, mas aquela coisa grudenta, que você achou, parece ser cola, de fita adesiva. Essa concentração de pegadas embaixo do corpo é que me intriga. Como quatro sujeitos entram até aqui, com esse tigre feroz.
Nenhum dos homens parecia ter uma resposta para dar, então Catharine arriscou:
- Só se o tigre tivesse entrado depois...
- É bem possível! – Grissom afirmou e se pôs a pensar no assunto, não sem antes garantir a David, que logo liberariam o corpo, para ele levar. - Se for como você falou, eles trouxeram a vítima, na hora da apresentação dos tigres. Alguém saberia os horários de apresentação?
- Isso não é difícil de descobrir – disse Catherine, procurando BJ com os olhos.
Quando o achou, gritou, para chamar-lhe a atenção e pediu-lhe para vir onde eles estavam. Quando o dono do circo chegou perto da jaula, perguntou-lhe a que horas começava o número dos tigres, e soube ser de 21 a 21h30min .
- A que horas os animais comem?
BJ pareceu ficar em dúvida, depois respondeu a Grissom.
- Eles são alimentados uma vez ao dia, à tarde, menos os tigres...
- Desculpe-me, – interrompeu Grissom – por que não os tigres?
- Bem, antes dos tigres tínhamos leões, e eles ficavam muito preguiçosos, depois de comer. Especialmente pra função da tarde. Dava uma segurança maior ao domador, mas era péssimo, pro espetáculo.
- Imagino! Há quanto tempo está com os tigres?
- Há uns três meses! Acabou?
Nick se aproximou e perguntou se ele estava usando o mesmo calçado. BJ achou a pergunta estranha, mas respondeu afirmativamente. Nick então lhe pediu para tirar o sapato. O dono do circo se espantou.
- Vou ficar descalço?
- É só um minuto, senhor! Logo o devolveremos, pode ficar sossegado! – Intrometeu-se Grissom.
BJ não ficou muito satisfeito, mas deu seus sapatos a Nick. Grissom perguntou a Catherine se tinha alguma vez, olhado mais fundo aquelas pegadas "estavam muito embaralhadas, pra se fiar nelas", concluiu a loira. Grissom perguntou então, se alguém teria tirado alguma coisa das unhas dele, A resposta uníssona dos dois, foi "não".
- Você acha que houve luta?
- Não sei, Nick, a análise do material é quem nos responderá. – Disse Grissom, um pouco mal-humorado.
Catherine percebeu que ele andava meio instável, ultimamente. A falta de Sara, perto dele, era a causa mais provável. Ela foi verificar as unhas da vítima e aproveitou para olhar bem para o amigo, ele tinha que ser mais profissional. Que diabo! Sara era bem grandinha. Sabia se cuidar, além do quê, era uma excelente CSI. Grissom tinha de perder essa mania de querer colocá-la sob suas asas.
Tinha de parar de se culpar por tudo que acontecesse ou deixasse de acontecer, com Sara. Essa profissão tinha seus riscos, e coisas ruins acontecem a todo mundo sem ser culpa de alguém.
Nick olhava para a sola do sapato de BJ. Já havia posto sobre as pegadas e nada coincidira. Comunicou a Grissom e chamou BJ, que não estava muito longe dali. Entregou-lhe os sapatos, agradeceu e pediu a mesma coisa para Lou. Nick havia posto as pegadas num papel transparente, para essa finalidade, contudo, enquanto pudesse ficar "in loco" examinando, melhor. Olhou para o tigre: continuava parado, nem sinal de despertar. "Ótimo!", pensou Nick.
Grissom achou melhor avisar Brass para colocar a fita, para isolar o local; ele estava propenso a acreditar que tinham uma cena de crime ali. Catherine achou algo cinza, do qual ela não fazia a mínima idéia do que fosse. Com um potinho na mão, Nick chamava a atenção de Grissom.
- Ei, você sabe o que é isso?
Grissom olhou um pouco o bichinho e disse:
- Se não estou enganado, é um percevejo verde. Uma praga que dá na soja ou na mamona – olhou ao seu redor e declarou: - Não vi nada parecido, nas cercanias. Onde você achou ele, Nick?
- Nas costas da vítima, achei que era relevante...
- E é. Pode nos dizer onde a vítima andou. E...
Nesse momento, o celular de Grissom tocou. Ele o tirou da cintura, olhou para o visor e deu um sorriso. Catherine, que o acompanhava com o olhar, sentiu o amigo relaxar, e viu ele se afastando um pouco, para ter a ilusão de privacidade. Sim, porque na verdade, ela, Nick e David, embora estivessem ocupados com outras coisas, estavam atentos e curiosos, com o supervisor.
"Deve ser Sara", pensou vendo a expressão feliz e distendida de Grissom. E passou a se preocupar, quando o viu empalidecer e gritar ao telefone.
- Oi! Quem fala? O QUÊ ACONTECEU?
Catherine se aproximou e perguntou-lhe quem estava no aparelho e o quê tinha acontecido. Vendo que ele não respondia, e que estava apatetado, pegou-lhe o telefone das mãos, bem como as rédeas da situação.
- Alô, Willows falando! Quem está aí? Perguntou, com voz enérgica.
