Draicon 05 - Desembrulhado

Bonnie Vanak

Banido se sua propriedade isolada no Maine, Adrian recebe um pacote de Natal suspeito de seis duendes verdes vestidos como Papai Noel. O presente é Sarah uma Draicon solitária que está fugindo de seus inimigos que a querem morta, os mesmos inimigos que Adrian deve matar para recuperar aceitação do seu clã.

Conseguirão estes dois destruírem os assassinos e Sarah negar a paixão que sente? Mas é Natal e a magia está no ar. Que melhor magia do que o poder do amor?

CAPÍTULO 1

Por causa de um homem-lobo fêmea, ele estava arriscando sua vida.

Adrian era um vampiro. Poderoso e destemido, podia se mover mais rápido que o piscar de olhos. Mas não agora. Espiando acima do horizonte do oceano cinza, o sol nascendo drenava sua enorme energia.

Ele estava fazendo tudo isso por Sarah. Ela era uma Draicon, uma fêmea de homem lobo, que uma vez usaram sua magia para aprender da Terra, que estava sendo caçada por um Morph, um Draicon antigo e poderoso que tinha abraçado o mal por matar sua própria gente.

Os Morphs se arrastavam pela praia, a saliva goteja de suas presas. Adrian ficou tenso, esperando para ver se eles atacariam. Os inimigos de Sarah podiam se transformar em qualquer animal ou inseto.

Um grupo de vampiros escondidos de repente deslizou para perto das dunas. Usavam roupas grossas para se protegerem contra o amanhecer, os anciões de seu clã vieram para regatá-lo. Mas eles não ajudariam até Adrian implorar. Aquelas eram as regras. Esta não era sua guerra, e havia cortado relações com seu clã por lutar nela.

Os vampiros e os homens lobos nunca podem ser aliados, seu pai sempre o advertiu.

Sarah correu junto a ele, levantando redemoinhos de areia. Ela apunhalou os Morpsh no coração com um punhal de aço, matando-os imediatamente. A Draicon era uma forte e pequena lutadora, mas ele sabia que ela não poderia enfrentar seus inimigos sozinha. Ela pediu a Adrian para ajudá-la. Ninguém mais estava com ela, nem sua irmã ou seu próprio pai.

Só dois Morphs sobraram, mas onde infernos eles foram? Adrian olhou ao redor. Seu coração pulsou em sua garganta quando divisou os dois passando-se por gaivotas e assumindo suas formas verdadeiras atrás de Sarah. Seus olhos escuros e sem alma brilhavam vermelhos. Com o restava de sua força, Adrian correu para Sarah. Ele a empurrou para segurança e girou para golpear seu inimigo com o corpo enfraquecido.

Sentindo sua debilidade, um Morph atingiu rosto com suas garras afiadas como navalha. A criatura uivou em triunfo quando Adrian desmoronou.

Um sussurro desaprovador de ira coletiva soou por cima das dunas. Os Morphs se viraram e viram os vampiros. Seus gritos agudos de medo se transformaram nos gritos de gaivotas quando eles mudaram de forma e se foram.

Ele falhou em derrotar o inimigo. O preço seria o banimento, se vivesse o suficiente. Por uma névoa ofuscada de dor lutou para viver. Adrian estendeu uma mão para Sarah. — Ajude-me. Ele disse a ela.

Seu olhar apavorado foi para os vampiros. As faíscas encheram o ar à medida que ela se transformava. Em forma de lobo, ela saiu correndo. O sangue escorria por seu rosto borrando sua vista enquanto ele olhava incrédulo e desolado. Sarah, a Draicon que ele amava secretamente. Sarah, que agora o abandonava enquanto ele morria.

Ondas tumultuadas do oceano se chocavam contra seu corpo trêmulo, a água salgada salpicando seu rosto cinza. Os raios cruéis do sol tocavam sua pele. Um grito rasgou sua garganta quando ele sentiu sua carne queimando. Adrian finalmente pediu aos vampiros ajuda. Mas em lugar de o salvarem, sua família começou a zombar dele em um coro de risadas e cantando...

Cantando?

Adrian Thorne lutou para sair da agonia do sonho que o assombrava a uma década. Na escuridão, ele abriu seus olhos e pegou um robe cor Borgonha grosso e vestiu, marchando em direção à janela. Depois de apertar o botão que abria as venezianas de metal pesado, ele abriu o vidro. O crepúsculo brilhava e refletia nas ondas que colidiam contra a areia, por baixo do granito rosa, refletindo os matizes fundos de rosas e carmesins de um pôr do sol espetacular no Maine. O vento frio assobiava do lado de dentro, balançando seu cabelo negro.

Adrian ficou olhando a cena da cobertura de sua mansão de dois andares. Um coro de sorridentes rostos verdes o saudou. Seis duendes vestidos de Papai Noel faziam uma entrega ao som de Jingle Bells. Adrian fez uma careta e gritou.

— Você está tentando acordar os vampiros? Faça a eles um favor, deixe-os tranquilos.

— Adrian! Um deles gritou. — Desça e pegue seu presente do Natal.

— Posso ter um pouco de paz, pelo menos na minha casa? Ele sugeriu.

Ao fechar a janela os duendes começaram uma canção de rap sobre — as ervilhas na Terra. Adrian balançou sua cabeça e esfregou a barba de um dia em sua mandíbula. Em alguns dias, os anciões de seu clã chegariam no solstício de inverno para a convocação. Dez anos atrás, seu pai, o líder do clã, o baniu até que Adrian conseguisse restabelecer sua honra matando os Morphs que quase o mataram. Mas os Morphs temiam o poder dos vampiros e ainda que Adrian tenha gastado numerosos esforços numerosos para encontrá-los, ele falhou ao fazer isso.

Só Sarah poderia levá-lo a seu inimigo. E ela desapareceu sem deixar rastro.

No andar de baixo, no alpendre de madeira, apreciando o vento do inverno passando por seu rosto. Gritando, os duendes correram os pompons de bolas em seus chapéus de Papai Noel saltando. O mais alto, tinha lantejoulas em suas orelhas pontudas. Seis rostos focados nele, mostrando uma fileira de dentes afiados.

Snark, o mais velho dos seis irmãos, empurrou um pacote embrulhado para ele. — Feliz Natal!

Adrian sentiu um puxão pequeno de prazer quando ele examinou o pacote do tamanho da caixa de um sapato, seu primeiro presente em anos. Estava embrulhado em um jornal com listras douradas e vermelha e a listra vermelha cheirava a laranja azeda e frango. Ele levantou uma sobrancelha escura.

— Mexendo no lixo novamente?

Um par de rostos inocentes como seus olhares confirmaram suas suspeitas.

— Abra, abra. Eles começaram a cantar.

— Nós conseguimos exatamente o que você estava procurado. Só tem que adicionar água e ler a nota. Snark adicionou.

A curiosidade o consumia. Ele se dirigiu para a piscina, os duendes saltavam a seu lado. Do lado de dentro, ele acendeu as luzes do teto e sentou-se na mesa de ferro forjado. Lentamente começou a desembrulhar o presente, querendo fazer com que durasse. Os duendes resmungavam de impaciência.

Oh, muito bem. Adrian rasgou o jornal e abriu a tampa da caixa. Ele ergueu uma camada fina de papel de seda.

Em baixo dele estava a boneca mais feia que já viu. O sorriso morreu em seu rosto. Uma negra cicatriz – como Frankenstein - se desenhava no lado direito de seu rosto. Mechas de cabelo cresciam de uma cabeça calva. Ela estava vestida com conjunto de poliéster verde limão. Uma pulseira de prata estava na caixa, junto com um cartão branco pequeno. Ele leu o cartão. Parabéns, Você é agora o orgulhoso dono uma boneca do Grupo Sally Feia. Havia um número 0800 e um endereço do Site na Web na parte inferior.

— Divirta-se brincando com seu presente! Snark riu, e eles saíram correndo.

Uma dor encheu seu peito quando ele ergueu a boneca. Seus dedos acariciaram a cicatriz em seu rosto. A boneca com os olhos vazios fixados nele, como se sua própria cicatriz estivesse zombando dele. Adrian olhou na direção dos duendes.

— Eu pensei que vocês fossem meus amigos. Ele sussurrou.

O pesar revolvia seu estômago. A ira primitiva explodindo, fazendo seus dentes crescerem. Adrian agitou a boneca, sua voz um rugido forte que ecoou pelas portas de vidro abertas da casa e pelos cinco hectares de sua propriedade.

— Maldição! Ele lançou a boneca contra a parede.

— Ai.

Ele congelou. Os duendes estavam tramando algo? Snark disse adicionar água. Adrian levantou seu presente do Natal e foi para fora. A piscina era aquecida, e permanecia descoberta a noite para os duendes nadarem. O vento ondulou seu robe, tremulando e se abrindo expondo suas fortes e musculosas pernas. Ele jogou o brinquedo na água.

Ele ficou em choque quando a boneca começou a mudar. Os membros duros se tornaram braços e pernas batendo na água. A boneca cresceu em tamanho natural. Não era mais uma boneca, era uma mulher.

Ela afundou, só para sair à superfície novamente. — Ajude-me. Ela saiu na superfície antes de descer novamente.

Desta vez não voltou à superfície.

Ele não era nenhum herói. A última vez que assumiu o papel, o deixaram para morrer. Mas ele não era nenhum ogro, também. Tirando o robe, Adrian mergulhou na piscina. Ele nadou sob a água, agarrou a mulher e a arrastou para cima. Rapidamente colocou seu presente na borda da piscina, ele então subiu para fora e içou a mulher em seus braços.

Saindo da piscina morna ele suavemente a deitou no chão ladrilhado. Ele inalou, seu cheiro entrando em seus pulmões. Os dentes explodindo em sua boca como uma fome familiar.

Só uma mulher podia causar este tipo de reação volátil. Atordoado, Adrian olhou mais de perto. A cicatriz repulsiva foi substituída por uma pele lisa. Em vez de um rosto redondo como a lua, nariz bulboso e boca fina, ela tinha lábios cheios, um nariz atrevido, bochechas altas e cílios longos.

Chocado, ele se sentou. Adrian chegou mais perto. — Minha bela Sarah. Ele sussurrou. — Tão bonita como quando me deixou. Traidora.

Ela estava deitada quieta no mármore frio. Muito suavemente, ele girou sua cabeça para um lado. Adrian se sentou em seus quadris. Décadas atrás, ele fez boca a boca em um menino que quase se afogou. Agora ele evitava a todos e estava morto por dentro. Mas talvez pudesse lhe dar vida novamente.

Ele comprimiu seu peito. Ela tossiu, e saiu água de seus lábios. A satisfação o encheu quando a cor retornou a sua bochecha. Ele fez outra compressão e ela tossiu novamente.

A veia azul delicada em sua garganta pulsava com vida. Da mesma maneira como sempre fez no passado, ele lutou contra o desejo feroz de tomar seu sangue. Ao invés, ele acariciou sua garganta, maravilhado com o tato de sua pele como seda contra seus dedos.

O sangue pulsado sob a carne lisa chamava-o com uma canção de sereia. Ele não se aproximava de nenhuma mulher em anos, nem mesmo para se alimentar. Adrian não confiava na escuridão dentro dele. Seu banco de sangue privado cuidava de suas necessidades.

Fechando os punhos, olhou fixamente para ela em baixo dele. Teve a visão de Sarah nua, suas pernas longas abertas, seu corpo morno e convidativo. Deitada de costas, a posição perfeita para afundar seus dentes e seu corpo, nela. O forte impulso sexual que ele sempre experimentou ao redor ela, e nunca saciado, rugida para vida de forma não desejada.

Sarah era proibida. Sentia fome por ela, teria dado a ela o mundo, mas destino a comprometeu com outro de sua espécie. Adrian honrou sua castidade, protegendo-a de tudo, inclusive dele mesmo. Nem sequer a beijou.

Ele não podia ajudar agora. Seus dentes aparecendo, fazendo fraquejar sua força de vontade. Adrian se inclinou para baixo e roçou sua boca contra a dela. Os lábios mornos, molhados se movendo sob os seus. Ela tinha um sabor tão delicioso quanto ele imaginava.

Encantado, ele aprofundou o beijo, gemendo no mel de sua boca. Adrian relutantemente se afastou. Como infernos ela chegou aqui? Ele foi buscar a nota na caixa da boneca.

— "Adreean Querido. (os duendes nunca aprenderam a soletrar, apesar de seus melhores esforços para ensiná-los). — Puleze aceita agradecido se você a deixar ficar sem pagar. Nós a achamos depois de nós cheirar lobo quando deixou o ar fora do carro na cidade. Ponha a pulseira nela e ela fará mágica. Feliz Natal. "

Ele esmagou a nota. Adrian sorriu quando pegou a pulseira de prata. Ele ganhou um bonito presente de Natal. E ele não estava disposto a deixá-la ir.

Não até que ela atraísse seus inimigos para sua casa e assim ele pudesse destruí-los e ganhar a admissão de volta em seu clã. Assumir seu papel de legítimo herdeiro e regente futuro do poderoso clã de vampiros de seu pai.

Ele colocou a pulseira em seu pulso, sentiu seu braço gelado, mas a pele suave por debaixo de seus dedos, ele só esperava que seus sentimentos não o destruísse primeiro.

Um homem nu a beijou. O calor de sua boca molhada se espalhou por seu corpo glacial como lava. Fazendo seu sangue ferver, enchendo-a de vida.

Eu estou alucinando.

Tremendo e tossindo, Sarah Roberts tentou sair da névoa espessa em sua mente. Seus olhos trêmulos se abriram. Ela tentou se familiarizar com o ambiente. Seus sentidos poderosos perceberam as ondas distantes colidindo contra as pedras, o uivo triste de um vento amargo rodeando acima dos precipícios, o cheiro da água clorada.

Ela estava molhada.

Lembrando de seus perseguidores, Sarah se levantou de um salto. Ela levantou suas mãos para repelir o inimigo. Uma curiosa sensação fez seus membros ficarem letárgicos. Ela olhou para o círculo prateado em seu pulso direito.

Presa pela prata, não podia se transformar ou usar a magia. O terror e a confusão colidiram juntos. Sarah apertou seu punho. Eles queriam seu medo. Os Morphs se alimentavam de seu medo quando ela o sentia. Deixe-os tentar. Ela morreria lutando. Um grunhido saiu do fundo de sua garganta.

— Uma coisa pequena, não é?

O timbre rouco de uma voz sensual soou familiar e perigoso. Ela inalou e um cheiro delicioso, picante encheu seus sentidos, atravessando suas lembranças. Isto não era nenhum Morph. Era cheiro de vampiro.

— Quem é você? Ela exigiu.

— Ho, ho, ho.

Ela conhecia essa voz. De onde? Sarah se virou. Um homem sentado em uma cadeira, um robe úmido agarrando a seu corpo poderoso. Seu rosto estava escondido, seu corpo recortado pelas luzes ao ar livre da piscina. O cheiro de cloro o cobria também.

Ele tinha dito algumas palavras e docemente a beijou. Não, não era um homem, era algo muito mais poderoso e mortal, alguém que ela conhecia. Seus dedos se agarraram a suas roupas molhados com um desânimo crescente.

Que nojo. Poliéster. Como acabou vestindo isto?

Então ela se lembrou.

Ela estava indo para casa depois de visitar alguns parentes distantes no Maine na esperanças de achar um companheiro e estava com tanta pressa que se esqueceu de usar o perfume que normalmente mascarava seu cheiro. Os Morphs encontraram sua trilha. Detectou um vampiro perto e sabendo como os Morphs os temiam, Sarah tomou um desvio pela minúscula cidade do litoral de Anderson. Mas na cidade, procurou o perfume para comprá-lo. Alguns ajudantes de Papai Noel ofereceram ajuda. Mas no lugar de Goodwrench, ela viu... Duendes.

Eles estavam em forma humana, então aos poucos suas cabeças ficaram pequenas e verdes. Eles pegaram o relógio de seu pulso, cantaram algo, e ela se encontrou presa dentro de um corpo de plástico.

Ela cuidadosamente tocou a testa, recordando a boca morna do homem sobre a sua.

— Por que você me beijou? Ela acusou a figura muda.

— Eu salvei você de se afogar. O homem sobre ela, seu rosto em sombra. — É chamado primeiros socorros. Ele disse.

Ele agachou pegou sua mão e a puxou para ficar de pé. Surpreendida por sua força, estudou seu salvador. O buraco em seu robe revelava um triângulo intrigante de musculoso peito. Fascinada, Sarah se aproximou para colocar a mão nele.

Ele deu um passo atrás. — Tire essas roupas. Eu tenho toalhas e um robe quente.

O pânico se apoderou dela. — Eu vou me secar aqui fora. Sarah agitou seu corpo, lançando gostas de água.

— Eu não esperaria menos. Você sempre foi muito loba. Os raios da lua se refletiram em duas presas que se mostraram com um sorriso

Ela estremeceu. Mas um anelo estranho, pungente colidiu com a precaução instintiva. O vampiro colocou seu rosto na luz. Sarah recuou em reconhecimento surpresa. Uma vez que ela pensava que conhecia seu mundo, então ele mudava girando tudo ao redor como uma montanha russa.

— Oh, Adrian. A alegria a inundou quando ela avançou para abraçar seu antigo amigo. — Eu achei que nunca veria você novamente.

Fez uma reverência cortês com um olhar irônico à medida que se levantava. — Uma suposição válida, Sarah, desde que a última visão eu tive de você era seu traseiro correndo para longe enquanto eu estava morrendo. Acho que temos uma conta pendente.

Ele não esqueceu ou a perdoou. Sarah soltou seus braços. — Como você me achou?

— Meus pequenos amigos verdes são peritos em rastrear cheiros, especialmente de lobo, já que poucos Draicon invadem meu território. Seus dentes brancos cintilavam ao luar.

— Adrian, você precisa tirar a pulseira. Os dois Morphs que escaparam estão atrás de mim e se eles vierem aqui, você será pego em uma muito pessoal e feia guerra. Ela disse em um sussurro aflito. — Eu não quero fazer aquilo com você novamente.

Adrian levantou uma sobrancelha escura. — Você não vai partir. Não até que você me ajude a resolver velhos negócios.

Ele apertou um interruptor e a luz inundou o lugar. Duas profundas cicatrizes marcavam sua bochecha.

Sarah sufocou um grito com a parte de trás de sua mão. — Você não pode ser ferido, você é um vampiro. Ao contrário do mito humano, os vampiros existiam, eram criaturas nascidas com poderes extraordinários. Sua beleza, velocidade e graça faziam deles mortais inimigos.

O zombeteiro sorriso de Adrian se tornou mais pronunciado. — Você gosta de arte? A luz solar debilitou minha habilidade de curar.

Sua mão foi automaticamente para sua perna ruim. — Adrian, eu não queria deixar você, mas sua família chegou. Eu sabia que eles salvariam você.

Uma sombra passou através de seu rosto. Era remorso? — Você acha? Eles não iriam. O código do meu clã os proibiam de me salvar depois que eu quebrei as regras a menos que eu me humilhasse por sua ajuda. Então eu implorei, eles me salvaram e então me baniram por uma década. Eu tenho estado sozinho, com exceção dos duendes, meus guardiões na luz do dia.

— Eu não entendo seu clã. Por que você deveria ter que implorar por ajuda?

— Porque eu sou o próximo na linha de sucessão de nosso clã, e quando quebro uma regra, sofro as conseqüências para que seja exemplo para os outros. Meu castigo é maior. As regras são designadas por uma razão, manter-me seguro e me separar de todos exceto os de nossa espécie. Adrian parecia sentir dor com a confissão.

O choque bateu nela como uma toalha molhada. — Você é herdeiro de Marcus? Nunca disse qualquer coisa.

— Porque não queria que você se sentisse intimidada ou me tratasse diferente. Quando você pediu minha ajuda, eu dei isto a você, apesar das objeções de meu pai. O gelo cobriu sua voz quando ele se aproximou mais. — Eu nunca imaginei que fosse embora quando mais precisasse de você.

Sua respiração morna chegava a sua pele gelada. — Você sabe como é para um futuro poderoso líder do clã de vampiros ser derrotado pelos inimigos de outra espécie? Admitir essa debilidade para sua família? Rejeitar tudo que ele é e condenar a si mesmo a anos de solidão? Não é metade de agonizante quanto sentir sua carne queimar até que você diga qualquer coisa, faça qualquer coisa, para escapar do sol.

Ela podia sentir o calor de sua ira apenas proibida como se estivesse saindo do sol, mas este calor segurava uma explosão glacial. Sarah envolveu os braços em volta de si mesma.

— Eu não percebi...

— Eu abandonei minha família e fiquei ao lado de um homem lobo. Eu fiz isso tudo por você, porque você pediu a mim.

Sua voz como um sussurro. — Uma vez que teria feito qualquer coisa por você.

Seu coração saltou. — Eu chamei você uns dias depois da batalha para ver como você estava se recuperando, mas o telefone estava desconectado. E não podia arriscar mais que aquele telefonema, por mais que eu quisesse voltar para você. Era muito perigoso para nós.

— Eu já tinha ido embora, banido do Maine, e evitado por todos outros vampiros.

— Eu sinto muito, Adrian. Eu nunca pensei que seria assim.

— Sim. Os olhos azuis glaciais encontraram o seus. — E agora você é minha.

Um calafrio leve percorreu sua espinha ao ouvir o tom possessivo em sua voz. Ela tinha que se afastar dele. Os Morphs eram perigosos, mas os sentimentos que ainda tinha por este vampiro também eram letais.

— Vingança é uma motivação estúpida. Ela disse a ele.

— Não é vingança, Sarah. É algo muito mais importante. Sua expressão endurecida. — Você é muito necessária para mim agora. Se eu não puder encontrar e derrotar os Morphs que escaparam, serei banido para sempre e nunca assumirei o clã depois de meu pai.

Ela fechou seus olhos contra a frieza de seu olhar. Uma vez desfrutou do calor de sua presença, quanto passavam seu tempo juntos quando se encontravam em segredo. Ignorando as advertências duras de suas famílias, eles formaram uma amizade íntima onze anos atrás, unidos por um amor em comum por filmes antigos, livros e atrativas discussões sobre problemas mundiais. A manada de Sarah era cautelosa com os vampiros, e seu clã odiava todos os Draicon.

E então ela pediu a Adrian para lutar com ela contra seus inimigos porque não podia enfrentá-los sozinhos. Nunca imaginou que ele pagaria um preço tão terrível.

Nada poderia ser feito sobre o passado. Deveria focar no presente. Seu pai estava seguro no momento, entrincheirado entre o mundo humano depois que telefonou para ele na noite anterior. Mas ficaria preocupado se não chegasse a tempo em Connecticut para o Natal. James estava cego. Sem ela, não poderia ir a qualquer lugar sem recorrer à magia. E a magia deixaria uma trilha espectral brilhante para os Morphs seguirem, tão brilhante quanto moedas de ouro nos raios do sol.

— Se pudesse mudar as coisas, nunca pediria a você para permanecer comigo. Mas você não pode me manter aqui agora.

— Você é meu presente de Natal. Nunca devolvo presentes. Ele circulou ao redor dela com mortal graça e letal tranquilidade de vampiro.

Seu peito pareceu vazio quando ela percebeu que seu amigo se foi para sempre. No seu lugar estava um vampiro perigoso que a queria a usar à medida que desejasse. Com a pulseira em seu pulso bloqueando seus poderes, ela ficava impotente contra ele.

Eu acharei uma saída. Ela deveria. Seu pai dependia somente dela.

Os olhos azuis de Adrian brilhavam como lasers ao luar. Ele colocou uma mão em baixo de seu queixo. A respiração presa em sua garganta quando estudou seu rosto como um artista estudaria uma escultura em desenvolvimento. Seu olhar foi para a curva esbelta de seu pescoço.

— O que está olhando? Ela estalou.

— Você vai servir muito bem. Ele soltou sua mão.

— Para que? Eu te advirto, eu mordo.

Uma risada saiu de seu peito. — Então faça isso. Ele se inclinou para mais perto. — Minha mordida é melhor que a sua. Você não sentiria nada, exceto uma picada leve, e então... Êxtase. Eu faço mulheres clamar, até gritar antes de desmaiarem de prazer.

O interior de Sarah se contorceu com o pensamento de sua boca morna contra sua pele gelada. Beijando em cima sua garganta, aqueles dentes brancos afundando em seu pescoço enquanto a agarrava, gemendo com sugando.

A fome brilhou em seu rosto. Ela esperou ofegante com antecipação para ver se ele finalmente se deixaria dirigir pela necessidade que surgia sempre que estavam juntos. Mas ele pegou um robe grosso e colocou seus ombros. — Você descobrirá logo o que eu quero. Enquanto isso vamos entrar na casa.

Sentada na mesa da cozinha, Sarah manteve seu rosto inexpressivo. Uma vez ele tinha sido seu amigo, agora Adrian era seu captor. No entanto, tinha que admitir, era uma prisão bonita.

A mansão era aconchegante e de bom gosto. Sofás cômodos de couro marrom que ficavam em frente a uma lareira de pedra na sala de estar. As portas francesas que se abriam para a piscina asseguravam a visão atordoante dos precipícios além de oceano enluarado. Um bar com várias taças de cristal e uma prateleira de vinho. Dentro de um gabinete de vidro fechado com chave estava coleção rara de Adrian de revolucionárias armas de guerra. Os livros estavam espalhados sobre a mesa do café. O vinho e os livros deram a ela uma onda de nostalgia, lembrando os tempos que passavam conversando sobre livros enquanto provavam os bons vinhos que Adrian gostava de colecionar.

Ele a havia levado para um quarto luxuoso. Adrian permitiu que tomasse um banho. Sarah suspirou com prazer pelo luxo de ter toda água quente que necessitava. Quando saiu do banheiro que era do tamanho de seu apartamento, ela viu que sua mala danificada estava em cima do tapete azul. Vestiu um suéter e a única calça comprida negra que tinha e botas pretas, desceu para o andar de baixo. A calça jeans que usava estava em pedaços. Adrian realmente pareceu ligeiramente envergonhado quando ela disse a ele.

— Eu me desculpo. O gosto normalmente dos duendes pendem para Dolce & Gabbana.

Ele se ofereceu para comprar outra. Sarah objetou. Adrian poderia ter condições de comprar um iate cheio de calças jeans, mas ela não queria.

Sarah estudou seu capturador. Adrian era alto, com ombros largos e uma sugestão dos músculos em baixo de sua roupa. Com a calça comprida de lã preta, e uma camisa de seda preta, ele tinha um ar de elegância e sofisticação.

Ele era impressionantemente bonito. Sobrancelhas grossas, escuras sobre os olhos azuis sagazes. Seu queixo era forte e quadrado, seus lábios sensuais e cheios. O cabelo marrom escuro caiu quase chegava ao colarinho, mais curto que quando ela o viu pela última vez ele. As duas cicatrizes no rosto se destacavam totalmente. As cicatrizes não arruinavam sua beleza, mas dava a ele um olhar perigoso.

De braços cruzados, Adrian se inclinou para uma geladeira de inox.

—Adrian, me liberte. Eu tenho que voltar para casa, onde é seguro.

—Voltar para seu companheiro? Ele não pode te proteger como eu posso.

Vampiro arrogante, confiante. — Eu não tenho ninguém, nenhum companheiro.

Sua expressão permaneceu encoberta. — Ele está aí fora. Você o achará por fim, como todo Draicon faz com seus companheiros destinados.

— Se eles estiverem ainda vivos. O meu não está. Meu companheiro destinado morreu há muito tempo atrás.

Era surpresa o que brilhava em seu olhar? — Você estava esperando encontrá-lo quando nós éramos amigos. Eu honrei seu compromisso de se acasalar com ele. Eu nem sequer...

Sua voz diminuiu, mas ela sabia o que ele queria dizer. Nem sequer beijou você.

Ela mordeu seu lábio trêmulo, lembrando de seu beijo suave depois que ele a tirou da piscina. — Ele morreu quando eu era só uma criança, anos antes de você e eu nos encontrarmos.

A boca de Adrian se abriu. — Seu pai me disse que ele estava vivo.

— James tinha medo que você se tornasse muito amigável comigo. Os machos Draicon podem sentir quando outro macho fica... Íntimo de uma fêmea. E um vampiro, bem, um vampiro é inimigo dos Draicons, você sabe.

— Não, eu não sei. Por que você não me diz? Termine com isto, Sarah. O que nós somos? Inimigos?

A amargura apareceu em sua voz. Ele parecia tão distante quanto o Ártico.

— Você conhece seu clã e meu pai nunca aprovaria. Ela sussurrou. — Seu próprio clã castigou você por estar ao meu lado. Meu pai me advertiu que vampiros e homens lobos não podem ser amigos. Nossas paixões correm muito alto. A lealdade a família deve vir em primeiro lugar ou nós perdemos todos perto de nós. Você e eu...

As palavras não ditas ficaram no ar. Nós nunca estivemos destinados a ficar juntos.

— Eu perdi meu clã há dez anos e paixões altas também pode ser um passatempo muito agradável, Sarah. Ele disse em uma perigosamente voz suave.

— Por que você me trouxe aqui, Adrian?

— Eu nunca tomei uma fêmea de homem lobo antes. Eu ouvi que eles são muito selvagens na cama.

Um calor percorreu seu corpo ao imaginar seu corpo musculoso nu como quando ele a pegou em seus braços. Adrian olhava fixo para ela.

— O que você realmente quer? Ela perguntou novamente, seu coração acelerado.

— Você.

Foi até ela com uma graça inata e colocou seus braços dos lados da cadeira, prendendo-a. Ela sentiu seu cheiro masculino. Inclusive entre todos os machos de sua espécie, nenhum se comparava a Adrian.

O gelo encheu seu olhar mais uma vez. — Meu clã não me aceitará de volta até que eu restabeleça minha honra perdida derrotando os Morphs que eu falhei em matar. Todos os esforços fiz para encontrá-los falharam. Meu clã chega em alguns dias para a convocação à meia noite na Véspera de Natal quando eu devo provar que matei o inimigo. Eu preciso de você para atrair os Morphs aqui.

O medo real substituiu o desejo. — Eu me escondi destes Morphs por dez anos e agora você quer que seja isca? Você deve me odiar, Adrian.

Seu olhar se suavizou. — Eu nunca permitiria que eles tocassem um fio de cabelo de sua bonita cabeça. Protegerei você, Sarah.

— E durante o dia? Ela tentou se afastar, mas ele a manteve firme em sua cadeira.

— Os duendes vigiarão você. Sua magia é muito poderosa.

— Oh, certo. Eles conseguiram me convencer de que podiam consertar meu carro. Isto é magia.

Sua boca entortou em um sorriso encantador. — Eles consertaram seu carro em vez de comerem o motor. Eu diria que era muito boa magia.

O sorriso a acalmou. Ela viu o velho Adrian, cheio de travessura e diversão. Por um momento, o tempo voltou. Como desejou que pudesse ter dito ele a verdade quando pediu sua ajuda aquela noite na orla.

Remorso era um desperdício de tempo. — Você não parece entender. Estes Morphs não pararão até que eu esteja morta.

— Por que eles querem tanto você, Sarah? Existe uma grande quantidade de Draicons lá fora para eles se alimentarem. O que eles almejam?

Levantando seu queixo, ela encontrou seu olhar duro com valentia. — James e eu estamos por nossa conta. Estamos sem nada e mais vulneráveis porque nós não temos ninguém que permaneça conosco contra um ataque.

— O que aconteceu com sua mãe e irmã?

Lágrimas queimavam em sua garganta. — Mortas, naquele dia que você e eu lutamos na praia. Meu pai e eu acabamos correndo por nossas vidas.

Ele parecia atordoado. — Eu sinto muito, Sarah. Como aconteceu?

— Um inimigo inesperado as matou.

Adrian pegou uma cadeira e sentou ao lado dela. Seu olhar agudo quando segurou a mão dela em um gesto confortante. — Aquele dia que nós lutamos na praia, você disse que precisava da minha ajuda porque sua manada estava protegendo sua mãe. Ela estava grávida de um herdeiro, e sua irmã e seu pai ficaram atrás para protegê-la, também. Então o que aconteceu? Onde está sua manada?

Ela não disse nada.

— Diga a mim.

Sua voz com um leve toque de comando, com capas de um feitiço natural dos vampiros. Sarah lutou contra isto.

— Eles se dispersaram. É um ponto discutível, certo? O que é importante é que se os Morphs vierem atrás de mim destruirão qualquer coisa e tudo o que permanecer em seu caminho.

Inclinou-se até ela, tão perto que poderia contar os pêlos que sombreava sua mandíbula dura. — Deixe-os vir. Eu os derrotarei para você e ganharei de volta a aprovação do meu clã. Nenhum Morph é melhor que eu.

O poder brilhava no ar. Ela não duvidava que ele pudesse acabar com uma legião deles sem sequer suar. Aqueles com quem ele lutou nunca o teriam atingido se não fosse o sol nascendo.

Os Morphs poderiam tomar sua vida. Mas Adrian podia tomar seu coração e então quebrá-lo como um vidro. Ela havia passado a última década recolhendo os fragmentos de sua antiga vida. Ela já não tinha suportado o suficiente?

Sarah se afastou da mesa. Ele a bloqueou. Os dedos longos de Adrian suavemente pegaram seu pulso. — Você ficará aqui. Seu dedo polegar roçou sua pele, criando uma labareda de desejo. — Eu manterei você segura, Sarah.

Seu toque a acalmou. Por um momento ela quis parar de correr e cair em seus braços. Sarah afastou a tentação. Nunca iria permitir que alguém se aproximasse. Ela não podia confiar em ninguém, especialmente em Adrian.

Seus olhos brilhantes estavam fixos nela. O branco tocando a íris azul, como se eles vislumbrassem uma luz.

— Os Morphs que estão atrás de mim aprenderam alguns truques. Eu não posso ficar aqui.

Adrian soltou seu pulso. — Eu aprendi alguns truques, também. E tive tempo para desenvolvê-los todos estes anos. Por que você tem fugido de mim, Sarah? Tanto mistério. Eu descobrirei por que.

Ela escondeu um estremecimento de dor quando câimbras chegaram a sua perna. Sarah soltou uma profunda respiração, trabalhando a dor. Os ombros quadrados, ela estudava seu capturador.

— Se você já terminou, eu gostaria de ir para a cama.

Um sorriso lento tocou sua boca. — E você?

Seu coração deu pequeno puxão. — Talvez eu me conforme com um passeio pela praia. Murmurou.

Adrian levantou uma sobrancelha escura. — Está frio na orla.

Não tão frio quanto está aqui. — Eu sobreviverei. Ela gesticulou para facas na mesa. — São de aço?

Adrian movimentou a cabeça.

Friccionando seus dentes contra a dor em sua perna ruim, ela tentou normalmente caminhar para examinar as lâminas. Mas foi impossível. Sua perna não sustentou seu peso.

Uma careta tocou seu rosto. — Eu machuquei você quando a tirei da piscina?

— Você não pode me machucar. Ela atirou de volta. — Eu sou mais dura que aquela boneca tola.

— Eu não duvido.

Ela selecionou duas facas, deslizou ambos por seu cinto. Adrian assistiu.

— Desde quando você vai armada em uma caminhada pela praia?

Seu peito pareceu se comprimir. — Desde minha vida foi para inferno. Mas você não saberia nada sobre isso.

— O inferno não foi exclusivamente reservado para os Draicons. Ele disse tranquilamente.

De braços cruzados, ele olhou para ela, o poder o rodeava como um manto escuro. O coração de Sarah acelerou. Ela ousou colocar a mão em seu braço, sentindo os músculos se apertarem.

Seus olhos se escureceram. Então Adrian se afastou e foi embora. Da mesma maneira que ela tinha ido embora anos atrás. Na entrada, ele parou e falou por cima de seu ombro.

— Pegue o casaco no armário do corredor.

O calor a envolveu quando vestiu o casado preto de Adrian. Ela quase gemeu com o contato, o cheiro delicioso que era exclusivamente dele.

Uma brisa doce do oceano frio chicoteava em seu cabelo quando foi para fora. O assoalho rangia sob enquanto caminhava para o precipício abaixo para a praia arenosa. Precipícios escarpados, com granito rosa, parecendo uma sentinela muda acima da baía em forma de ferradura.

Sarah viu a espuma branca das ondas do oceano furioso. Salpicavam seu rosto, mas o ar salgado a rejuvenescia. Ela e James vivam em centros urbanos, evitando as zonas mais caras que eles não podiam dispor.

Depois de anos clandestinos, ela e seu pai finalmente haviam se estabelecido, encontrou trabalho e tinham um pouco de dinheiro. Sua poupança não cobriria nem um mês da conta de energia de Adrian, mas era sua. Agora, graças a sua expedição para achar um companheiro e uma manada para seu pai, eles foram descobertos pelo inimigo. Tudo para nada. Seu primo distante Cameron não queria mais do que os outros machos.

Oh, a manada tinha sido amigável e Terrence e Elaine, o casal alfa, não poderiam ser melhores. Cameron até gostava dela. No entanto seu primo a viu acidentalmente por um momento quando ela saia do chuveiro. A toalha cobria todas as partes essenciais, exceto suas pernas. O choque no rosto de Cameron depressa virou revulsão. Ele deixou a casa, deixando seus pais perplexos e fazendo perguntas que ela não quis responder. Cheia de vergonha, ela pediu desculpas e partiu.

Apreciando a água em seu rosto, Sarah começou a procurar conchas no mar. O prazer simples levou para longe a rejeição de Cameron, a incerteza sobre Adrian. Algo na água chamou sua atenção. Um peixe, saltando na água, o luar cinzento refletindo em sua cauda prateada. De repente a água começou a se agitar.

Sarah retrocedeu instintivamente, voltando para as pedras. A massa fervente no oceano nadou para mais perto. Seu sangue gelou com a explosão branca de caranguejos caindo sobre a orla.

Morphs.

Não entre em pânico. Ela se forçou a concentrar-se, sentindo seu cheiro. Morphs podiam mascarar seu odor, mas um Draicon experiente podia descobrir um rastro de suas manadas originais. Estes eram clones. Não tão poderosos, mas mortais. Oh, clemência doce, eles estavam vindo na direção dela.

Faça algo!

Sarah correu. Ela podia ouvi-los atrás dela, suas garras ávidas para morder sua carne. O pânico apertou sua garganta. Ela se esforçou e virou. As facas saíram com facilidade. Viu como eles realmente eram, eles são ruins, eles são assassinos.

Os pensamentos de Adrian emprestaram força quando ela se lembrou de como ele ficou quando foi atacado por eles. Jogando os ombros para trás, ela gritou, — Vocês não podem me pegar. Apareçam e lutem comigo, bastardos.

A massa de Morphs se transformou. Náuseas rodavam por seu estômago.

— Oh, ratos. Ela murmurou.

Uma massa escura de roedores foi em sua direção. Erguendo as facas ela estava pronta para a batalha. Eles pararam a alguns metros de distância. O poder escuro brilhou no ar quando um rato se transformou em um humano. Um soluço chegou a sua garganta.

Era um clone, uma imitação exata de alguém que ela amava. A uma pessoa ela jurou nunca abandonar.

— Sarah. Sussurrou no vento da noite.

Mudou novamente, o rosto se contorcendo, o corpo se torcendo. Sarah abaixou suas armas.

— Por quê? Ela perguntou.

Algo passou apressado ao lado dela. Ela sentiu o cheiro penetrante de Adrian. Em angústia impotente, ela permaneceu como os pés pregados na areia. Um movimento borrado no ar quando o vampiro matou os Morphs. Um mudou para sua forma verdadeira, uma criatura encurvada com dentes amarelos, um toque de cor vermelha, a saliva saindo de boca aberta.

Em um piscar de olhos, Adrian apunhalou seu coração. O Morph deu um grito agudo agonizante e se dissolveu como um pó grosso, cinza.

O vento agitou o pó de seus inimigos mortos em uma nuvem. Algo estava violentamente se movendo. Seus dentes.

Adrian se deslizou novamente, apertou seus pulsos, tirando suas facas. Ele suavemente esfregou seus braços. — Você está bem? Eles machucaram você?

Ela negou com a cabeça.

— Sarah, por que você não se defendeu?

Sem dizer uma palavra, ela olhou para baixo. A vergonha a cobriu como um manto de névoa. Ela não podia verbalizar seu medo mais escuro. Não para ele.

Ele a puxou contra seu peito musculoso.

Ela se desmoronou contra ele, apreciando sentir seus braços presos firmemente ao redor dela. Pela primeira vez que em anos, ela se sentiu segura. Ele tocou seu cabelo, cada carícia em um ritmo calmante que povoou seus nervos furiosos.

Adrian descansou sua testa contra a dela. — Eu disse a você que podia lidar com eles. Ele murmurou. — Você não tem nada a temer.

Deixar ele tão perto era perigoso. Ele podia machucar seu coração e machucaria mais do que o pior ataque dos Morphs. Sarah o empurrou para longe. — Sim, eu tenho. Você.

Cansada ela tirou o cabelo de seu rosto. — Estes eram exploradores, sentiram meu cheiro. O original se esconde nas sombras, esperando acumular as debilidades de seu território antes de atacar.

Maldição, ela estava cansada. Não se alimentou desde que deixou a manada de Terrence. Combinado com a pulseira de prata drenando sua energia, ela se sentia a ponto de cair.

Quando se virou para ir, sua perna ruim tremeu. Abafando um grito, ela lançou-se e caiu adiante como sua visão ficando cinza.

Adrian praguejou baixo. Erguendo ela em seus braços, ele a levou para sala de estar. Seu corpo suave se encaixava bem contra ele. Ele a deitou em um dos sofás de couro.

Sua aparência era muito pálida, suas bochechas estavam ligeiramente afundadas. Ela precisava de comida.

Cobrindo ela com uma manta verde, ele retornou a cozinha. Adrian abriu a geladeira. Nada. Havia um bife grosso no congelador. Ele colocou no microondas.

Enquanto esperava a carne de boi descongelar, ele se sentou no sofá. Os cílios longos, escuros contra os buracos pálidos de suas bochechas. Sua boca estava ligeiramente aberta. Adrian afastou o cabelo de seu rosto. Como ela havia ficado tão magra e pálida? A Sarah que ele conhecia era saudável, cheia de curvas e com um sorriso no rosto.

Puxado pelo irresistível desejo, ele se debruçou sobre ela. Ele, o vampiro que podia ter qualquer fêmea em sua cama, não tinha uma amante desde o dia que Sarah entrou em sua vida. Ela roubou seu coração tão facilmente quanto ela conquistou sua amizade. Onze anos atrás Sarah corajosamente ignorou a linha divisória entre vampiro e Draicon. Ela bateu na porta de sua casa de praia na Carolina do Norte, pedindo permissão para caçar em suas terras particulares durante a lua cheia. Profundamente curioso sobre a Draicon adorável, Adrian permitiu e passou a noite assistindo Sarah perseguir sua presa e então se divertindo com as ondas na praia. Quando ela voltou a sua forma humana, o agradeceu, eles começaram uma engraçada conversa sobre filmes antigos de Hollywood sobre vampiros e homens lobos.

O microondas apitou interrompendo seus pensamentos. Alguns minutos mais tarde ele levou um prato de rosbife para a sala de estar. Ele colocou debaixo de seu nariz.

— Acorde, Sarah. Você precisa de comida.

Lentamente ela abriu seus olhos e se sentou Sua fossa nasal se abriu quando ela viu a carne fresca.

Adrian percebeu seu orgulho lutando com a fome voraz. Ele deixou o prato na mesa de café e caminhou para a janela.

Logo que o fez, ele a ouviu comer. Seu coração doía. Quando ela comeu pela última vez? Que diabos aconteceu?

Por que deveria se importar? Ele odiava admitir, mas ainda se importava.

Ele não deveria se importar. Depois de despachar seu inimigo, deveria ter mandado ela embora. Com os braços cruzados, ele olhou fixamente para a escuridão. Qualquer desejo que sentia por Sarah deveria ser controlado. Adrian era herdeiro de seu pai e ninguém permaneceria entre ele e seu clã novamente.

Adrian estudou as sombras. Ele falou por cima de seu ombro. — Eu colocarei proteções em torno da propriedade para proteger você.

— Eles acharão um modo de entrar. Até seus poderes não podem parar eles.

Seu temperamento chamejou com a insinuação ele era fraco, mas ele segurou sua raiva. — Eu duvido. Você não tem nenhuma idéia da extensão de meus poderes. Ele murmurou. — Mas é óbvio que eles estão mais forte. Os novos truques aprenderam inclui clonar eles mesmos e ficaram mais rápidos.

— Eles preferem atacar como lobos, a forma original do Draicon. Toma menos energia. Eles voltam à forma de Morph para se alimentar.

— Eu me lembro. O que mais eu deveria esperar?

O prato caiu. — Tudo. Tudo além de seus sonhos mais escuros, seus piores pesadelos. Ela tranquilamente adicionou, — Ou dos meus.

Algo dentro dele se encheu de dor. Ele queria puxá-la para o abrigo de seu abraço e deixá-la descansar ali. Erradicar tudo que ela havia sentido nos últimos anos e restabelecer o sorriso que ela uma vez tinha. Fechou suas mãos, lutando contra a tentação. Ele deveria se lembrar de que ela o abandonou.

Adrian se sentou ao lado dela no sofá. — Por que você me deixou Sarah? Foi para salvar sua própria pele? Diga para mim.

Maldição, ele odiava usar sua magia, o comando em sua voz, nem mesmo um Draicon teimoso poderia resistir. Mas ele tinha que descobrir e então os dois poderiam partir.

— Nunca. Eu teria morrido com você. Eu tinha que chegar em casa, salvá-la.

— Salvar quem, Sarah? Ele exigiu.

— Eu sabia o que estava acontecendo, eu era estúpida, ignorei os sinais de perigo, eu não quis acreditar... Minha mãe, gritando...

Um soluço saiu de sua garganta e apunhalou seu coração. Ele passou a mão por seu rosto. — Silêncio. Ele a acalmou. — Você dormirá hoje à noite, durma bem e sonhe com coisas agradáveis.

Ela piscou. Sua mão deslizou para cima da sua, o calor de sua pele o inundando com a necessidade de tocá-la mais. Adrian ficou olhando os dedos rodeando os seus. Ele ergueu suas juntas cheias de cicatrizes e beijou cada uma.

O contato soltava chispas entre eles. Um desejo feroz tomou conta dele. Não pôde evitar, a necessidade profunda de enterrar seu corpo e seus dentes bem fundo nela, tão fundo ela nunca poderia se livrar dele, sempre levaria seu cheiro, a impressão de sua paixão. Ele queria tudo dela, a Sarah que ria com ele, que corajosamente enfrentava seus inimigos, a mulher cuja risada soava como sinos de Natal.

Ele não podia tê-la. Adrian soltou sua mão.

— Vá para a cama. Ele disse, retrocedendo de volta para a janela.

— Eu não gosto de estar em dívida com ninguém. Ela disse a ele. — Se eu for ficar aqui, então eu insisto em pagar a meu modo.

Adrian se virou e estudou sua roupa limpa, mas bem gasta, seus ombros esbeltos elevados com dignidade. Sarah não podia pagá-lo. Mas ele sabia o quanto era importante manter o orgulho.

— Tome conta da entrega de sangue fresco amanhã de meu banco de sangue particular e abasteça a geladeira. Quando eu subir, quero uma garrafa cheia. Isso bastará como pagamento.

Quando ele a ouviu murmurar boa noite, não verbalizou o outro pagamento que seu coração ansiava com todas suas forças.

E me beije, Sarah. Beije-me e me deixe segurar você em meus braços e descansar.

Sarah despertou de súbito na escuridão. O relógio digital na mesinha de noite revelava 15:00 da quando ela acendeu uma luminária. Adrian havia fechado as cortinas para evitar a luz solar brilhante.

Na noite anterior ela tinha chamado seu pai, tentando tranqulizá-lo de que tudo estava bem e que ela iria demorar um pouco. Mas ele não acreditou. Se ela não estivesse em casa dois dias antes do Natal, ele iria buscá-la.

Uma ducha clareou sua cabeça. Depois ela foi atrás de sua mala procurando uma roupa limpa, selecionando uma blusa de gola alta azul turquesa e calça jeans.

Exceto ela não pôde encontrar seu sutiã.

Um ruído soou lá fora. Alguém estava praticando tiro ao alvo.

Ela foi para o andar de baixo.

A luz solar refletia no chão do andar de baixo da mansão. Adrian havia deixado todas as venezianas abertas para ela ou para seus amigos duendes. Ela espiou portas francesas.

Seu coração ficou quieto, então a raiva a percorreu. Sarah agarrou sua jaqueta de pele de ovelha gasta e correu para fora. Sua respiração ofegante no ar frio do inverno. Cristais de gelo se penduravam dos galhos das árvore, a neve cobria toda a extensão, o brilho do dia quase machucava seus olhos.

— Eh, parem com isto!

Com precisão militar, os seis verdes duendes alinharam as balas do canhão antigas de Adrian. Ao longe estava um boneco. Dois duendes esticaram um artigo de vestuário branco de um lado a outro, um terceiro colocou duas balas de canhão do lado de dentro. O quarto puxou de volta como se fosse um estilingue.

— Aí vai! O duende gritou, enviando as bolas em direção ao boneco.

Eles estavam usando seu sutiã como lançador. Seu bom sutiã que ela tinha comprado pela uma metade do preço em Macy.

Sarah correu e tirou o artigo de suas mãos assustadas. — Isto é meu. Ela estalou.

— Nós precisamos dele para o tiro ao alvo. O menor protestou. — Era a única coisa que se ajustava na munição.

— Consiga o seu próprio. Ela disse em voz alta, olhando com desânimo o artigo de vestuário esticado. O bonito cetim branco manchado.

— Em toda guerra se exige sacrifícios. O mais alto declarou. Olhando para ela. — Adrian disse que havia uma batalha e nós deveríamos nos preparar para remover as cabeças do inimigo.

Sarah desejou que ela pudesse arrancar suas cabeças. — Lutando com meu sutiã. Oh, isto é bom. Adrian disse que sua magia era poderosa. Eu estaria melhor sendo defendida pelos Três Patetas.

Faíscas brancas de poder encheram o ar, quase a derrubando. Ela ficou olhando para o alvo. Ela olhou fixamente para o boneco que tinha seus pedaços espalhados pela explosão de energia que saia das pontas dos dedos do duende.

— Então novamente. Ela murmurou.

O mais alto dos duendes soprou em seu dedo indicador como se fosse uma pistola. Ele estendeu uma palma verde em direção a ela. — As introduções são necessárias. Nossa mãe sempre no disse que não deveríamos agir como se tivéssemos sido criados em um celeiro...

— Embora nós tenhamos sido. Outro completou.

Ela agitou as mãos oferecidas. Snark era o mais alto, seguidos por seus irmãos, Viagem, Gesto, Wedgie, Pequeno e o menor era 404.

— Me chamo assim por causa de uma mensagem de erro do computador. 404 disse a ela.

Wedgie grunhiu, mostrando uma fileira de dentes apontados. — Adrian disse ontem à noite que você teve um problema com caranguejos.

A risada borbulhava em seu peito. Ela jogou o sutiã de volta neles. — Aqui. Eu tenho outro. Além disso, está arruinado agora. Uma pergunta. Por que você me vestiu de poliéster quando me transformou em uma boneca?

Olhou surpreendido. — Nós pensamos que drenaria sua magia. Nós não usamos luvas, porque drena nossa magia. Nós temos horror a isto.

— Faz sentido. Ela murmurou. — Me assusta, também.

Ela olhou para a casa cinza, assentada nas pedras em esplendor indiferente que dava para um mar cinza. Logo seria transformada em uma zona da batalha. Sentiu no peito um vazio misturado com remorso ao pensar que Adrian quase morreu na praia, seu clã caladamente esperando ele pedir ajuda.

Se eu soubesse...

Sarah virou seu rosto para a luz do sol. Era seu amigo, os Morphs não poderiam usar as sombras para se esconderem. Era inimigo de Adrian e queimava sua pele. Se ela pudesse voltar no tempo.

Quando foi para dentro, os duendes a seguiram. Ela olhou para eles. — O que vocês estão fazendo?

Viagem olhou surpreendido. — Nós mantemos a casa segura para Adrian durante o dia e Adrian disse que nós temos que guardar você, também.

Sua explicação a tocou. Ninguém olhava por suas necessidades em muito tempo.

Ninguém iria novamente, depois que Adrian a mandasse embora. Quando Sarah tirou sua jaqueta, um timbre suave na porta da frente a lembrou de sua promessa. Depois de assinar a coleta de sangue, ela desempacotou e abasteceu a geladeira de vinho de vidro de Adrian.

Os duendes olhavam em silêncio. Ela se virou para eles. — Como você sabiam que era eu na cidade?

Snark pareceu endiabrado. — Venha conosco.

Eles a levaram a um estúdio escuro no andar de cima, acendeu uma luz. Uma escrivaninha escura e um aparador dominavam o quarto. Na escrivaninha estava um tela de LCD de computador.

— O computador de Adrian. Ele mantém todos os seus negócios daqui. Disse-lhe.

Gesto se deslizou na cadeira de couro preto, apertou um botão em uma torre esbelta debaixo da escrivaninha. O duende olhou para seu irmão com um olhar acusador. — 404, você tem jogado no computador novamente? Ele apontou para a tela azul.

— Oops. Foi a resposta.

Snark cheirou. — Pequeno, nada mais.

Pequeno foi para baixo da escrivaninha e olhou os cabos. — Isto pode tomar alguns minutos.

O relógio indicava que era quase o pôr do sol. Adrian logo subiria e estaria com fome. Enquanto os duendes trabalhavam no computador, Sarah foi buscar uma garrafa de sangue. Ela o aqueceu na cozinha e colocou isto na mesa para Adrian.

Quando ela retornou ao estúdio, o computador estava finalmente funcionando. Gesto bateu palmas. — Assim é que nós soubemos quem você era. Ele disse a ela virando a tela para ela.

A respiração fugiu de seus pulmões.

Um rosto olhava fixamente para ela da tela. Um rosto que ela apenas reconheceu, moldado em um sorriso, olhos cintilantes com vida, o cabelo escuro brilhando ao sol. Em baixo da fotografia havia uma legenda: Sarah Roberts, pôr do sol na praia.

Adrian colocou sua fotografia no computador.

O dedo de Sarah passou pelo rosto digitalizado. Ela tinha sido tão feliz? Ela tinha se esquecido.

Adrian não tinha.

Olhou para a tela. — Onde foi isto?

— Na Carolina do Norte. Nós estávamos caminhando na orla. Adrian insistiu em testar sua nova máquina fotográfica. Ele disse que eu era mais fotogênica que...

— O mais bonito pôr do sol.

A voz aveludada profunda veio da entrada. Ela se virou. A fascinação se apoderou dela quando percebeu que Adrian só vestia a parte de baixo do pijama de seda. Nunca antes ele expôs sua deliciosa pele bronzeada. Os ombros esculpidos por fortes músculos. Músculos ondeavam em seu abdômen plano. Ela olhava com fascinação seu peito liso, perguntando-se o que sentiria se passasse a ponta dos dedos.

Ela ergueu os olhos e viu ele a estudando com intensidade escura. Ela se virou, sentindo a labareda de calor em seu rosto.

— Seu jantar, ou café da manhã, está na cozinha. Ela murmurou.

Mas ele foi até ela, suavemente pegando seu pulso. — Venha comigo. Eu odeio comer sozinho.

Ela o seguiu para a cozinha. Adrian agarrou a garrafa de sangue, despejou em um copo e bebeu. Sarah assistiu com fascinação como os músculos da garganta trabalhavam.

De repente ele cuspiu fora o conteúdo. — Ow sem açúcar. Socorro! Ele disse.

— Eu enchi a garrafa com sangue da mesma maneira que você disse! Sarah ficou tensa esperando ele gritar.

Atordoada, ela o viu enxugar sua boca com a parte de trás de sua mão, virou a cabeça e riu. Seu olhar percorreu avidamente o musculoso corpo, a dureza lisa de seu peito, a seda preta do pijama grudado em suas pernas longas, atléticas.

Cheios de diversão, aqueles olhos azuis focaram nela. — Os duendes. Eu devia saber. Eles já fizeram isto antes e eu disse a eles que nunca poderiam fazer isso novamente. Eles não podem resistir a um desafio.

— Coloque uma fechadura na geladeira. Ela sugeriu.

— Tentei. Eles comeram a fechadura. Disseram que estava deliciosa.

Juntos eles começaram a rir. Quando eles finalmente pararam, Sarah sentiu falta da conexão sentimental que eles tinham compartilhado - o vampiro e a fêmea de homem lobo gostavam de assistir filmes antigos e discutir sobre livros e teatro.

Quando ela perguntou se ele estava preocupado com os duendes, ele ficou sério.

— Eu tomei o sangue deles, então eu posso localizá-los. Se um deles estiver morrendo, eu imediatamente saberia. Eu faço isto com todos de quem eu gosto, inclusive meu pai mesmo quanto não era necessário que eu tomasse seu sangue. Se meu pai morrer, eu imediatamente sentiria e saberia quando assumir a liderança para manter a ordem.

— Por que você não tomou meu sangue? Ela perguntou.

Ele lhe lançou um intenso olhar. — Eu honro você demais, Sarah. Se eu tomasse seu sangue, levaria... A outras coisas.

Ele nunca a tocaria. O sentido de honra de Adrian guardou sua virtude. Ao inferno com a honra, ela de repente pensou. Você me quer?

Seu coração se acelerou novamente, desta vez combinado com um formigamento erótico poderoso. Seu olhar percorria os músculos firmes de seu corpo, os traços planos de seu rosto, a sensualidade de sua boca. Seu cabelo marrom escuro desalinhado. Sarah começou a erguer suas mãos para correr pelas mechas suaves.

Apertando os seus punhos, apertou os dentes. A sobrevivência e o desejo não eram bons companheiros.

Mas ela queria empurrá-lo para baixo, subir sobre ele, passar a língua pela pele firme e lisa, saboreá-lo...

Com um olhar intenso, Adrian diminuiu a distância entre eles. Seus dedos longos se deslizaram ao redor de seu pescoço, acariciando sua nuca. O corpo de Sarah ficou tenso como se tivesse em curto circuito.

Ele a puxou em direção a ele, sua boca desceu para a sua. Sarah deslizou seus braços ao redor de seu pescoço, fechando seus olhos. Surgiram sentimentos de modo lânguido quando ele a beijou. Ele aprofundou o beijo, abrindo sua boca sob a pressão insistente da sua.

Sua mão foi para seus seios, sentindo o peso em sua mão, seu dedo polegar roçou o mamilo deixando-o duro. Sarah ofegou quando ele a tocou, cada toque do polegar fazendo seu sangue correr mais quente, seu corpo doendo com um anelo incessante.

Quando ela alcançou seu traseiro tenso, ele estremeceu com prazer e terminou o beijo.

Adrian aninhou seu pescoço, sua respiração quente em sua pele. Ele a pegou pelo traseiro e a ergueu contra o aço frio da geladeira. Ele afastou suas pernas e se colocou entre elas com as coxas ao redor de seus quadris. Sarah se curvou contra ele, sentindo o comprimento como aço em sua virilha. Ele a ergueu mais uma vez e a encaixou contra sua dureza. Sarah cravou suas unhas em seus ombros, saboreou o penetrante sabor salgado em seu ombro quando ela lambeu sua pele. Ela se esfregou contra ele, ofegando com prazer, ouvindo ele suavemente encorajando-a a se entregar...

As sensações foram crescendo e com um grito ela se deixou ir. Sua cabeça caiu para trás sem força o suor umedecendo sua pele.

Lentamente ele colocou seu corpo trêmulo no chão, seu olhar cravado nela. Sarah correu a mão por seu peito, deslizando por seu abdômen plano, até o a suave calça de seu pijama e sua ereção grossa. Ela o acariciou através do fino tecido, observando seus olhos se escurecer.

Adrian rosnou, abaixando a cabeça até a curva vulnerável de seu pescoço. Ela sentiu roce erótico de seus lábios em sua pele, a continuação uma linha intrigante, aos suaves dentes raspando sua pele.

Pronto para morder, tomar seu sangue marcá-la como sua exclusivamente.

A razão retornou como um bofetão duro em seu rosto. Sarah o empurrou para longe, surpreendendo-o. A intenção escura apareceu em seus olhos novamente quando ele a olhou.

— Isso é uma loucura. Ela murmurou levantando as mãos como se fosse detê-lo. Como se ela pudesse detê-lo, este vampiro poderoso estava acostumado a conseguir qualquer coisa. Em seu estado debilitado, ele podia a tombar com o estalar de um dedo. Ele podia tomar seu sangue, aqueles dentes em sua pele, ela não poderia pará-lo, não teria força.

Ou vontade.

— Eu não posso fazer isto. Ninguém me tocou ainda, entende Adrian? Eu sou virgem porque preciso de um companheiro de minha própria espécie que esteja disposto a levar de mim tudo o que eu tenho para oferecer. Eu não posso ir para outro macho, marcada pelo cheiro de um vampiro que tomou meu sangue.

— Sarah, olhe para mim. Ele disse tranquilamente.

Ela não queria que o feitiço em seus olhos a debilitasse. Mas o comando em seu tom a fez erguer seus olhos.

Com as mãos fechadas ao lado do corpo ele a estudava. O olhar amoroso em seu rosto tocou seu coração. Ela queria envolver seus braços ao redor dele e se deixar levar e ceder a paixão que eles compartilhavam.

Não era possível.

— Eu nunca, nunca vou fazer qualquer coisa para machucar você. Você entende? Inclusive se isso me machucasse. Eu nunca farei qualquer coisa que você não quiser.

Lentamente ela relaxou, mas seu corpo ficou mais tenso. Ele passou uma mão por seu cabelo. Havia algo que ela não podia ler em seus olhos.

— Jante comigo. Amanhã à noite. Sua boca se curvou para cima em um sorriso zombeteiro. — Eu prometo que eu não a morderei. Por favor.

Sarah movimentou a cabeça, deixando o quarto. Não a morderá. Ela podia confiar nele.

No entanto não poderia confiar em si mesma, de que não faria isto.