N/A: Minha primeira long-fic :D espero não deixar a desejar e realmente agradeço de todo o meu coração a todos que se dispuserem a perder o precioso tempo lendo este trambolho, significa muito pra mim! Arigatou!
Disclaimer: Inuyasha não é meu, todos os personagens e o universo em que essa fic se passa pertencem única e exclusivamente à Rumiko sensei, ainda.
Acordo Vital
Prólogo
Em meio a tantos ruídos confusos e apesar da pouca idade, a pequena menina conseguia distinguir alguns comentários maldosos a seu respeito.
" Sua mãe era uma bruxa! Isso só pode ser um encanto, tais coisas não existem!" Algum camponês fanático exclamava exasperado. A pequena criança, escondida embaixo da cama ouvia silenciosamente os murmúrios dos aldeões, estarrecidos com o que haviam acabado de descobrir.
" Mas, há quanto tempo a senhora Nakayama vinha escondendo isto de nós?" Era o que uma mulher já idosa com seu rosto cruelmente judiado pela idade e longos cabelos brancos presos em um coque baixo se perguntava diante da cena. "Ninguém sabe ao certo, Kaede-sama, mas parece que estas marcas no chão são parte de algum ritual proibido. Só Deus sabe o que a senhora Nakayama pretendia com isso." Ponderava um segundo indivíduo presente na cena do "crime". Este, com uma aparência mais jovem e um profundo senso de justiça apesar do sorriso malandro, era conhecido como Miroku, o único monge do vilarejo. "Observando estas duas marcas" – disse, apontando para o que pareciam duas estrelas hexagonais entrelaçadas, desenhadas em um líquido vermelho escuro, aparentemente sangue coagulado, já gasto pelo tempo – " juntamente com o grande círculo e as escritas desconhecidas logo abaixo delas...Bom, Kaede-sama, tudo leva a crer que um ritual proibido foi realizado nesse lugar. Veja..." o jovem e pródigo monge continuava sua suposição " Estas marcas secas e gastas, vê?" Continuou logo após obter um sinal afirmativo da matrona " Foram feitas com sangue, acredito que seja o sangue de Nakayama-san já que, para que tal ritual de invocação tenha efeito, os símbolos devem ser desenhados com o sangue e a carne do usuário." Kaede agora encarava Miroku, estarrecida com o que acabara de ouvir.
" Continue, mas rápido, tenho pressa." O que a idosa realmente queria era sair correndo daquela casa amaldiçoada. Maldito seja o dia em que concordou em ajudar aquela pobre mulher grávida que aparecera pedindo abrigo em sua casa, há 14 anos atrás.
" S-sim Kaede-sama! Bom, resumindo. É muito simples, essas estrelas hexagonais são típicamente usadas em rituais de ressurreição indireta." O monge agora se gabava de seu vasto conhecimento sobre o assunto. No fundo de seu coração sabia que, algum dia, poderia provar sua capacidade aos aldeões. Agora não ririam mais dele acusando-o de ser um reles monge de araque!
"Ressurreição indireta hã..." Kaede refletia nas palavras do homem, limitando-se a fitar a frágil luz que irradiava da pequena fogueira no centro do aposento. "Isso mesmo..." continuou o jovem "...Um ritual de ressurreição indireta. Esses rituais eram muito comuns no século passado, mas nem sempre bem sucedidos." Lembrou-se dos livros que havia lido durante seus ensinamentos " O usuário invoca um youkai e faz um acordo com este visando uma troca de favores...O coração do youkai emprestado ao alvo da magia por um período limitado de tempo, e então, ao fim do tempo estabelecido o youkai volta..."
"Volta e... ? Ande Miroku, não temos tempo!" esbravejou Kaede.
As mãos de Miroku apertaram-se mais em volta de seu bastão enquanto procurava uma forma de explicar à senhora o que o futuro guardava "...O youkai volta, senhora Kaede, para reaver seu coração e também cobrar a sua parte do acordo...Devorar a vítima." A velha senhora desviou seu olhar para Miroku, um misto de confusão e compreensão passando pelo seu olhar, quando finalmente as memórias lhe ocorreram, um sussurro desesperado, quase inaudível escapou de seus lábios.
"Rin..."
