Innocence
Edward não acreditou quando seus pais a trouxeram pra casa. Ele não queria uma irmãzinha, ainda mais daquele tamanho. Ele já tinha idade suficiente para entender que todos os irmãozinhos são bebês muito pequenininhos quando vem pra casa. Seu amigo Jasper havia ganhado uma irmãzinha a pouco tempo ela era um bebê. Não uma garota quase da idade dele!
―Edward, essa é a Alice, sua nova irmãzinha. Quero que você seja um irmão mais velho responsável e tome conta dela, ouviu? – Disse Esme para o filho mais velho de quase 6 anos.
―Ela não é minha irmã. – Edward disse bravo. Ele não queria uma irmã. Ele já tinha Emmett, pra que essa garota?
―É sim, e agora trate de dar um abraço nela!
Edward fez o que seus pais mandaram a muito contra gosto, mas a pequena Alice não percebeu.
―Para de me seguir! – gritou Edward para a garotinha de dois anos e meio que o seguia por onde quer que fosse. Nada havia mudado muito naqueles dois meses desde que Alice havia chegado na casa dos Cullens. Bom, dizer que nada mudou seria mentira. Talvez Edward não detestasse Alice como antes. Talvez ele até gostasse dela, mas não admitia que ela fosse sua irmã.
Ele saiu correndo o máximo que podia, mas não adiantava. Então teve uma ideia...
―Alice, vamos brincar de esconde-esconde?
A garotinha sorriu e veio até ele.
―É assim que se brinca: você entra naquele armário grande que tem ali na sala, depois eu conto até um milhão e vou te procurar, ta bom?
―Ta bom! – Respondeu ela feliz e inocentemente.
Alice entrou no armário. O que ela não sabia era que Edward pretendia trancar por fora pra que ela ficasse ali dentro e não pudesse mais incomodá-lo.
Concluído o plano, Edward foi jogar vídeo game com o irmão que estava no quarto. Sorte dele que a babá estava no décimo quinto sono em algum lugar da casa.
Ele esqueceu a "irmã" por algumas horas, mas por algum motivo a casa parecia silenciosa e vazia demais. Ele resolveu ver como ela estava. Abriu o armário e encontrou Alice dormindo, com o rosto molhado pelas lágrimas.
―Allie? – Edward chamou baixinho, mas foi o suficiente para ela acordar. – Eu esqueci de vir te achar...
Ela sorriu como se nada tivesse acontecido. Era isso que ele não entendia. Não importava o quanto ela fugisse dela ou a tratasse mal, ela estava sempre lá. E ele sabia que não podia mais viver sem isso. Queria que ela estivesse ali pra sempre, mas pra sempre era muito tempo. Sua mãe havia dito que estaria pra sempre com ele, mas tinha ido embora. Sua prima Bella também, mas ela tinha se mudado pra muito longe. Ele não queria que fosse o mesmo com Alice. Ele a amava, da forma mais pura possível. Então fez uma proposta:
―È o seguinte, Alice. Eu te tiro daí se você prometer que um dia vai ser minha namorada e que nós vamos viver felizes pra sempre, ta bom?
Ela riu.
Pra ele era o suficiente.
Pra ele era um sim.
