Inaceitável
Continuação de "Inalcançável"
Roxton, Marguerite e os outros estavam na aldeia Zanga, comemorando o solstício de verão. Aparentemente para os Zanga essa data era muito importante. Enquanto Verônica e Malone ajudavam alguns aldeões com a decoração, e Challenger e Summerlee enchiam as cabeças de outros com suas teorias fora de época, Marguerite e Roxton observavam a tudo, um pouco afastados de todos. Os dois estavam sentados bem próximos e conversando, quando de repente um guerreiro que passava por eles se ajoelhou na frente de Marguerite e segurou suas mãos. A jovem mulher o olhou confusa e o guerreiro, que era muito bonito, lhe disse algo na língua que os zanga usavam. Marguerite riu e pediu licença para Roxton se afastando um pouco com o guerreiro.
Roxton permaneceu sentado, observando-os de longe. Não estava gostando nada daquilo. Por que Marguerite estava cheia de sorrisos com aquele guerreiro? Geralmente ela era ignorante com todos. Ela aprecia uma adolescente segurando o colar, como se estivesse fazendo charme.
John fechou as mãos com raiva. Aquela situação já estava ficando ridícula. Agora Marguerite apontava uma direção para o guerreiro. Será que já estavam marcando um encontro? E Marguerite fazia isso na frente dele, descaradamente.
É claro, que mesmo depois daquela noite, não tinham firmado algum compromisso ou algo do tipo, mas mesmo assim ela podia ser mais discreta. A gota d'água para Roxton foi quando o guerreiro se ajoelhou segurando as mãos dela e as beijou suavemente, enquanto o rosto de Marguerite se tingia de vermelho.
- Já chega! – Falou Roxton se aproximando deles, furioso. Por sorte, seus amigos e os outros aldeões não perceberam nada de diferente. Enquanto Roxton se aproximava, Marguerite se despediu do guerreiro, que seguiu na direção que ela apontara. – Para onde seu namoradinho foi? – Perguntou quando já estava ao lado dela.
- Namoradinho? – Marguerite perguntou sem entender.
- É isso mesmo. Eu vi a cena toda. Isso é inaceitável. – Disse com o cenho franzido. – Da próxima vez você poderia ser mais discreta.
- Ora, ora. Será que o Lord John Roxton está com ciúmes?
- Ciúmes? Não seja ridícula, Marguerite. – Respondeu com os braços cruzados. – Só acho que nem todo mundo é obrigado a ficar assistindo essa ceninha. – Marguerite começou a rir, o que fez Roxton fechar ainda mais o rosto e começar a se afastar.
- Espere, Roxton. – Pediu Marguerite seguindo-o. Ele não parou, então ela o segurou pelo braço. – Não é nada disso que você está pensando.
- Não é? O cara já chega segurando as suas mãos e se ajoelhando e não é o que eu estou pensando?
- Não é mesmo.
- Então o que foi tudo isso? – perguntou erguendo uma sobrancelha.
- Primeiro você tem que admitir que está com ciúmes.
- Eu não...
- Roxton...
- Tá bom. É isso mesmo. – Admitiu. – Eu estou com ciúmes. Me processe. – Marguerite riu e lhe deu um beijo nos lábios, que ele não correspondeu.
- Nossa. Como você é dramático.
- Explique logo o que foi isso, Marguerite Krux.
- Certo. O guerreiro estava apenas me perguntando onde eu tinha conseguido as pedras do meu colar, porque elas são sagradas para os Zanga e ele queria dá-las a sua noiva. – O rosto de Roxton já não estava franzido.
- É sério?
- Por que eu mentiria, Roxton?
- Ora... Eu não sei... – Agora o Lord estava envergonhado de sua atitude. – Me desculpe. – Marguerite riu.
- Você tinha que ver a sua cara quando veio falar comigo. "Isso é inaceitável!" – Roxton corou.
- Pare de zombar de mim, Marguerite. – Pediu emburrado.
- Tudo bem. Mas só depois de contar aos outros. – Marguerite disse e saiu andando, deixando-o para trás.
- Ei, Marguerite. Espere. Não faça isso. – Agora era ele quem segurava o braço dela, impedindo-a de seguir em frente. – Não quero que zombem de mim pelo resto da vida.
- E o que eu ganho se não contar?
- Eu faço o que você quiser.
- O que eu quiser? – Roxton anuiu com a cabeça e Marguerite passou os braços pelo pescoço dele.
- Pra começar, você pode me beijar. Depois eu penso no resto. – Roxton riu e passando os braços em volta cintura dela aproximou seus rostos. – Talvez eu o mande engraxar meus sapatos.
- Lamento lhe dizer, Marguerite, mas isso é algo inaceitável. – E assim ele a beijou, puxando para mais perto de si.
Gostaria de agradecer às pessoas, que foram um grande incentivo para que eu escrevesse essa continuação:
Marguerite
NinaMakea
Morringhan Higurashi
Madge Krux
Lady Silver Rox
daniM
Muito obrigada por comentarem na fic anterior, espero que gostem dessa também, bjaoo...
