Prólogo

— Por favor! Você não precisa fazer isso. Não é necessário. Já concordamos, nossas coisas serão entregues.

— Alguém, por obséquio, poderia calar a porra do caralho da boca dessa maldita garota?... Certo, onde estávamos?... Ah... Sim.

— Não! Ele é só um menino, eu... Por favor.

— Você quer trocar de lugar com ele?

— Fique quieta — Júlio sussurrou, enquanto os outros não faziam um movimento sequer.

Os homens de rostos assustadores, chamado Salvadores apenas observavam, enquanto seu líder andava de um lado para o outro, decidindo quem escolher.

— Tão corajosa. Alguém quer trocar de lugar com a nossa querida jovem aqui?... Ninguém? Porra... você tem amigos covardes pra caralho. Tragam o garoto.

Carlos estava ajoelhado no meio do círculo de pessoas, quando alguns homens o levantaram bruscamente, chorando, foi arrastado e jogado em frente ao líder. Seus olhos encontram os da mulher ao seu lado, antes de voltarem para o taco de beisebol que foi encostado em seu rosto.

— Eu não aguento isso. Qual seu nome? — Seu rosto se abaixou na altura do dela, um sorriso aterrorizador passou por seus lábios. Nenhum som foi ouvido — Perguntei seu nome e acho bom responder, tudo bem?

— Vanessa.

— Boa garota. A coloquem na van.

Dois homens a levantaram e sem ter tempo de perceber o que estava acontecendo, foi colocada em um banco, e antes que pudesse olhar para trás a porta foi fechada.

— É melhor ficar aí. A coisa vai ficar feia, doçura. — Um deles disse antes de sair.

Ela procurou por algo que pudesse ajudar qualquer um do grupo, até perceber que não fazia sentido, nada iria conseguir fazer com que eles escapassem daquela situação.

Ela nunca poderia imaginar que suas ações pudessem causar resultados nada bons. Nada disso estaria acontecendo se ela não tivesse seguido os homens que passaram na rua do seu prédio.

O sol já tinha ido embora quando ela ouviu assovios, olhou em volta e percebeu que seus amigos já estavam dormindo, foi até a janela e observou um carro parado do outro lado da rua, pensou se iria valer a pena descer três andares só para saber o que estava acontecendo. Achou melhor continuar observando, melhor ficar em segurança.

Gritos ecoaram pela noite e homens saíram correndo, humanos sem vida andavam em direção ao barulho.

— Hey, é melhor ir dormir.

— Shh, já vou.

E agora ela batia na porta e nas pequenas janelas da van na tentativa inútil de fazer Negan parar de machucar seu irmão.