BABIES ON THEIR MINDS

Título Traduzido: Bebês em suas mentes

Autora: Cecilia1204

Tradutora: NaiRK & Ju Martinhão

Beta: Ju Martinhão

Shipper: Bella & Edward

Gênero: Romance

Censura: +18

Sinopse: Bella é uma parteira no Hospital de Forks. Ela conhece o novo obstetra, Edward Cullen, e a atração é poderosa e instantânea. A vida em uma maternidade é cheia de altos e baixos. Todos humanos.

Nota da Tradutora: Todos os personagens pertencem a Stephenie Meyer e a história pertence à Cecilia1204, a mim só pertence à tradução.

All characters belong to Stephenie Meyer and the story belongs to Cecilia1204, only the translation belongs to me.


N/T: Antes de lhes dar o primeiro capítulo dessa história linda eu quero esclarecer um ponto. A autora, Cecilia mora em Sydney, na Austrália e usou como parâmetros o dia a dia de uma maternidade australiana. Lá há profissionais chamadas (os) parteiras(os), que fazem a maioria dos partos normais, só chamando o Obstetra quando há alguma complicação. Esses profissionais são enfermeiros com especialização em obstetrícia e como aqui é diferente eu achei que deveria explicar a função de Bella. Veremos também muitas situações que alguns de vocês podem ser sensíveis como partos prematuros, abortos e violência doméstica, já que o relacionamento deles surge no dia a dia da única maternidade da região, eu queria alertá-los.

Então, como prometido, depois de Edward 'hospitalista' em Doctor's Orders, eu lhes ofereço Doutor Cullen, Ginecologista e Obstetra.

Um beijo e um muito obrigada para a minha querida Ju Martinhão, que eu pedi para ser minha Beta e mais uma vez se tornou parceira de tradução.

Quem vem comigo?

Capítulo 1

Tradução: NaiRK

"Bom dia, Bella".

"Ei, Jen. Como está indo? Noite ocupada?" Bella perguntou, colocando seu casaco e maleta em seu armário.

"Não, foi muito tranquila, na verdade." Jenny respondeu, colocando os pés para cima enquanto se preparava para entregar o turno a Bella. "Não houve admissões durante a noite, então tudo o que eu realmente tive que fazer foi ajudar algumas das mães com seus problemas de amamentação. Eu também embalei alguns bebês para que suas mães pudessem dormir um pouco. Eu amo fazer isso." Jenny sorriu.

Bella sorriu. "Sim, essa é a minha parte favorita. Embalar as fofuras".

"Enfim, como eu disse, não há muito acontecendo. De qualquer forma, porém, eu sempre me sinto mais cansada após uma noite tranquila na enfermaria do que nas noites que estamos frenéticas. Isso não é estranho?" Jenny perguntou, abafando um bocejo que ameaçava estourar.

"Não realmente." Bella respondeu. "Eu sempre sinto o mesmo quando estou trabalhando à noite. Deve ser a adrenalina das noites agitadas que te mantém acordada. Quando está tranquilo, você só quer se enroscar em um canto em algum lugar e dormir".

"Você não está errada nisso." Jenny bocejou, incapaz de lutar contra o inevitável por mais tempo. "Puxa, eu estou realmente pronta para a cama, eu acho".

"Por que você não vai agora?" Bella sugeriu. "Se está tão tranquilo como você diz, eu posso fazer qualquer coisa que precise ser feita. Eu não me importo".

"Você tem certeza?"

"Sim. Vá para casa." Bella incentivou. "Vamos apenas rever qualquer coisa que você ache que eu preciso saber e então você pode dar o fora".

Precisando demais do seu sono para argumentar, Jenny foi até os arquivos dos pacientes com Bella, inteirando-a de todos os problemas que tinham surgido durante a noite.

"Nós temos alguma admissão esperada para hoje? Alguma cesariana agendada?" Bella perguntou, fazendo uma anotação para verificar a lista de cirurgia para hoje.

"Não hoje, mas há duas mães que podem dar à luz a qualquer momento, então você pode ter que fazer uma internação. Você sabe como é por aqui? Pode ir da paz ao caos em poucos minutos." Jenny riu, mexendo-se para pegar suas coisas.

"Isso é certo." Bella concordou, preparando-se para fazer suas rondas matinais. Ela estava prestes a sair da sala dos funcionários quando Jenny gritou para ela.

"Ah, eu me esqueci de mencionar antes, mas o novo obstetra começa hoje." Jenny informou.

"Hoje? Eu pensei que ele começaria na próxima semana?" Bella disse com leve surpresa.

"Dr. Cullen me disse ontem à noite. Houve uma mudança de planos, aparentemente. Enfim, é melhor para nós que ele comece mais cedo, nós precisamos dos seus serviços." Jenny disse.

"Verdade." Bella concordou, sabendo das dificuldades que a direção do hospital havia experimentado tentando conseguir outro obstetra qualificado para o Hospital de Forks. "Eu poderia ver se o Dr. Cullen ainda está aqui e se ele sabe alguma coisa sobre o novo médico. Eu gosto de estar preparada".

Acenando adeus para Jenny, Bella deixou a sala e se dirigiu para a pequena estação das enfermeiras na maternidade. Depois de cumprimentar a enfermeira que já estava lá, Bella pegou as fichas dos pacientes e se preparou para fazer a ronda na enfermaria para verificar as novas mães e seus bebês.

Bella amava ser uma parteira. Ela amava ajudar as mães a ter seus bebês de forma segura, e tinha um orgulho especial por todos os bebês que ela tinha ajudado a nascer. A magia de assistir um ser humano pequeno e indefeso chegar ao mundo nunca deixava de incutir um sentimento de admiração. Ela também tinha a admiração mais profunda pelas mães que trabalhavam duro, às vezes por horas, ou mesmo dias, para trazer seus pequenos pacotes ao mundo. Bella sempre ficava comovida quando uma mãe segurava a criança que tinha carregado durante nove meses dentro do seu corpo pela primeira vez. Ela esperava que um dia pudesse ser sua vez. Não que fosse provável tão cedo. Ela nem sequer tinha um namorado. Não que ela estivesse procurando.

Ela tinha decidido estudar enfermagem durante seu último ano do ensino médio, mas não foi até que ela estivesse em seu primeiro ano de universidade que ela percebeu que obstetrícia era para ela. Uma tarde, depois de voltar das aulas, ela ouviu um gemido alto vindo do apartamento em frente ao ponto de ônibus. Bella sabia que a mulher lá estava no final da gravidez e correu para verificá-la. Felizmente a porta estava destrancada e Bella entrou correndo e viu a mulher angustiada no chão em uma poça de líquido amniótico, segurando sua barriga.

"Meu bebê está vindo!" A mulher gemeu, seu rosto cheio de terror pelo seu feto.

Suprimindo o pânico que sentia, Bella ligou para os paramédicos e usou seu próprio conhecimento limitado na tentativa de ajudá-la. A mulher havia tirado sua calcinha e Bella podia ver a cabeça do bebê coroando. Senhor, não havia muito tempo. Correndo para o armário, Bella pegou as toalhas que pode encontrar e ligou para os paramédicos novamente. Ela sabia que este bebê não esperaria chegar ao hospital para nascer.

Com a ajuda da pessoa ao telefone, Bella ajudou o bebê a nascer. No momento em que segurou a menininha, Bella sabia que tinha encontrado sua vocação. Ela não achava que qualquer outro ramo da enfermagem poderia lhe dar tanta satisfação. Os paramédicos chegaram pouco depois para ver a mãe embalando seu recém-nascido. Dando uma rápida verificada nela, os paramédicos tinham elogiado as ações de Bella, declarando que a mãe e o bebê pareciam realmente bem. A mulher ficou tão agradecida que tinha nomeado seu bebê de 'Bella' em homenagem à jovem mulher que a tinha ajudado.

Depois de sua formação inicial em enfermagem, ela tinha se especializado como parteira, retornando à sua cidade natal de Forks para trabalhar no hospital local. Bella queria trabalhar em um lugar onde pudesse se sentir parte da comunidade, e onde melhor do que em casa? Ela estava aqui há três anos e ainda gostava de vir trabalhar. Dois dias nunca eram iguais.

Parte do seu trabalho como enfermeira/parteira era o pós-tratamento das mães e bebês. Certificando-se de que as mães estavam se recuperando bem dos rigores do parto, que os bebês estavam se alimentando corretamente e ajudando as novatas com a tarefa às vezes difícil de cuidar dos seus bebês. Sua parte favorita era mostrar às mães como dar banho em seus bebês. Ela sabia que poderia ser uma tarefa assustadora, já que os bebês eram notoriamente escorregadios quando molhados.

Entrando no primeiro quarto, ela ficou satisfeita ao ver que os ocupantes já estavam acordados.

"Bom dia, Sra. Wolfe." Ela cumprimentou amavelmente. "Como você e o pequeno Paul estão hoje?" Enquanto falava, ela gentilmente pegou o bebê dos braços da sua mãe e o colocou no berço. "Fique aí, homenzinho. Eu vou apenas verificar sua mãe primeiro porque ela é aquela que esteve fazendo todo o trabalho por aqui, em seguida, eu darei uma olhada em você." Bella sussurrou para o pequeno bebê, que pareceu bastante contente em ser deixado sozinho.

Voltando-se para sua mãe, Bella começou a examiná-la. "E como você está se sentindo hoje?" Bella perguntou enquanto apalpava a barriga da mulher, certificando-se que o útero estava se contraindo como deveria.

"Cansada." Suspirou a Sra. Wolfe, uma mulher Quileute quase na casa dos 30 anos. "Paul parece querer fazer festa a noite toda e então decide dormir o dia todo".

Bella balançou a cabeça em simpatia. "Infelizmente, bebês gostam de manter seus próprios horários, o que muitas vezes não corresponde aos nossos".

"Isso é certo." Concordou a Sra. Wolfe.

"Você está se alimentando bem? Este é o seu primeiro bebê, então é vital que você obtenha toda a ajuda que precisar, e você não deve ter medo de fazer perguntas." Bella enfatizou. "É para isso que estamos aqui, ok? Como estão seus mamilos? Doloridos?"

Mães de primeira viagem, e muitas mães de segunda e terceira, muitas vezes sofrem com a amamentação. Os livros fazem parecer tão fácil como ligar uma torneira, mas se eles não mostram como fazer com que seus bebês peguem o bico de forma adequada, os mamilos podem acabar doloridos, rachados, sangrando e até levar à mastite, uma infecção dos ductos do leite. Estes eram fatores importantes para as mulheres desistirem de amamentar. Mamães de primeira viagem precisavam de todo o apoio e incentivo que podiam para ajudá-las a superar os primeiros obstáculos e amamentar com sucesso. Bella também estava convencida de que nenhuma mãe que decidia que não se sentia capaz de amamentar deveria se sentir um fracasso. Ela era firmemente crente de que, contanto que mãe e filho estivessem felizes e saudáveis e ligados, então isso era a coisa mais importante.

"Sim, um pouco." Confirmou a Sra. Wolfe. "Ele parece pegar da maneira certa, mas eles ainda estão doloridos".

"Você se importa se eu der uma olhada?" Bella perguntou. Acenando seu consentimento, a Sra. Wolfe começou a abrir sua blusa e abriu o gancho do sutiã de amamentação. Bella examinou os mamilos e ficou satisfeita que eles estivessem mostrando apenas a quantidade normal de sensibilidade vivida por uma mulher que tinha acabado de dar à luz há dois dias. "Eles parecem bem, Sra. Wolfe. Eles ficarão doloridos no início porque você não está acostumada a isso. Eles precisam 'endurecer', por assim dizer, mas eu tenho certeza que você estará bem em poucos dias. Uma vez que seu leite descer, o pequeno Paulo não terá que chupar com tanta força e você deverá ficar menos dolorida".

"Quando meu leite deve descer?" A Sra. Wolfe perguntou, ouvindo atentamente.

"Normalmente, em torno do terceiro dia após o nascimento." Bella respondeu. "Você provavelmente notará que seus seios estão ficando mais cheios e dolorosos ao toque?"

Sra. Wolfe assentiu. "Sim, eles doem um pouco no momento. Eu estou começando a me sentir como uma vaca leiteira".

Bella riu. "Isso é normal. Apenas certifique-se que você tenha os seus absorventes para os seios à mão, porque leva algumas semanas para começar a rotina onde você não vaza leite por toda parte".

"Ugh! Eles não mencionam nenhuma dessas coisas nos livros, não é?" A Sra. Wolfe disse com tristeza.

"Geralmente não." Bella riu. "Eu lhe darei o número do grupo local de apoio à amamentação quando você sair do hospital. Você pode ligar para eles a qualquer momento para obter ajuda e conselhos".

"Obrigada, Enfermeira Swan, eu aprecio isso".

"Por favor, chame-me de Bella. Enfermeira Swan me traz à mente as tiranas dos velhos filmes." Bella insistiu. As duas mulheres riram enquanto a atenção de Bella se voltava para a criança.

"Ok, homenzinho. Hora de verificá-lo." Bella disse gentilmente, desembrulhando o bebê. Ela mediu sua temperatura primeiro, registrando-a em seu prontuário antes de tirar sua fralda. O pequeno Paul ficou indignado por ter seu sono perturbado e não fez nenhum movimento para esconder sua indignação.

"Bem, é sua própria culpa por fazer festa a noite toda." Riu sua mãe, ajudando Bella a despi-lo.

Bella concordou. "Sim, sua mãe está certa, sabe?" Ela começou a verificar seus quadris em busca de quaisquer ruídos estalando, querendo ter certeza de que seus ossos do quadril não estavam pulando para fora das órbitas. Paul ficou mais e mais irritado, agora gritando a plenos pulmões em protesto.

"Ok, ok! Eu estou acabando, lindinho. Aqui, mamãe, você pode vesti-lo enquanto eu faço as anotações." Quando estava vestido, Paul prontamente adormeceu novamente.

"Bem, ele não poderia estar muito irritado, não é?" Sua mãe disse divertida, embalando-o em seus braços.

"Bebês são geralmente mais ruidosos do que qualquer outra coisa." Bella brincou. "Bem, ele está bem. Tudo está como deveria. Ele perdeu um pouco de peso, mas isso é normal para recém-nascidos. Ele vai recuperá-lo quando seu leite descer. Quando você está planejando ir para casa?"

"Eu estava esperando talvez amanhã?" Sra. Wolfe respondeu hesitantemente.

"Isso é bom, se você sentir que está bem." Bella respondeu. "Eu terei que ensiná-la como dar banho em Paul antes de você ir, mas o médico terá a palavra final sobre a possibilidade de dar alta a você".

Sra. Wolfe assentiu, seus olhos cansados, mas amorosos, em seu filho. "Eu a verei mais tarde então. Tente descansar um pouco." Bella aconselhou, deixando o quarto antes de preencher suas anotações, fazendo uma nota para incluir a Sra. Wolfe na lista de altas de amanhã.

O Hospital Geral de Forks não era grande em comparação a alguns dos hospitais das grandes cidades, mas era grande o suficiente para acomodar as necessidades da população da Península Olímpica. Havia apenas dez mulheres atualmente na ala da maternidade e Bella não demorou muito para ver todas. No momento em que todas as anotações foram feitas, a manhã estava no meio.

O novo médico ainda não tinha aparecido, então ela decidiu encontrar o Dr. Cullen. Ele geralmente ficava no Departamento de Emergência, embora, como um dos principais médicos-chefe do hospital, ele corresse ao redor para verificar como estavam as coisas no resto do hospital.

Bella conhecia Carlisle Cullen muito bem. Carlisle tinha se mudado para Forks há dois anos com sua esposa Esme e havia assumido o cargo de Chefe da Emergência. Na meia-idade, ele ainda era atraente o suficiente para virar cabeças quando entrava em um cômodo. Bella tinha visto muitas pacientes, algumas com dor extrema, inconscientemente alisando seu cabelo ou tentando sentar-se ereta quando o Dr. Cullen entrava. Isso nunca deixava de diverti-la.

E, apesar de sua aparência de estrela de cinema, Carlisle Cullen era um médico fabuloso. Ele era extremamente dedicado, experiente e conhecedor, mas sua melhor qualidade era a sua maneira de tratar as pessoas. Ele era capaz de fazer cada paciente se sentir especial, como se sua saúde fosse a coisa mais importante do mundo. O que, para Carlisle Cullen, era. Todos, funcionários e pacientes, o amavam.

Sua esposa Esme também era muito bem conceituada. Ela havia se jogado nos comitês locais e era uma arrecadadora ativa de fundos para o hospital. Esme estava sempre vestida impecavelmente, mas exalava um calor que parecia como se ela fosse mãe de todos. Ela costumava aparecer no hospital e trazer guloseimas que havia feito para o pessoal. Você tinha que ser rápido para conseguir alguma coisa. A culinária de Esme geralmente desaparecia como por magia.

Carlisle também estava envolvido no recrutamento, então Bella sabia que ele teria informações sobre o novo médico. Nenhuma das parteiras na Maternidade sabia nada sobre o novo recruta, além de que ele deveria chegar na próxima semana. Bella tinha a intenção de obter essa informação para que ele pudesse ser recebido adequadamente quando chegasse, mas a mudança de planos significava que ela precisava da informação agora. Seria algo bastante tolo se o novo médico aparecesse e fosse confundido com um dos pais.

Ao entrar na sala de espera da Emergência, ela viu Carlisle conduzindo outro paciente para a área de tratamento. Maldição, ela teria que esperar para falar com ele, já que ela não queria distrair a atenção de Carlisle, a menos que fosse uma emergência. E você dificilmente poderia chamar isso de emergência.

Como era hora para uma pausa, de qualquer maneira, Bella decidiu ir para o refeitório e pegar um café com leite e esperar que Carlisle estivesse livre quando ela voltasse.

Virando abruptamente, ela colidiu com um corpo duro, seu rosto pressionado contra um peito musculoso. Muito chocada com a colisão por um momento, Bella não se mexeu. Nesse caso, seu cérebro conseguiu processar o fato de que o corpo era alto e masculino, seu nariz registrando que cheirava de forma celestial. Ela inconscientemente respirou profundamente.

Um par de mãos a agarrou pelos ombros e deu um passo para trás, trazendo Bella de volta à realidade. Afastando-se das mãos dele, Bella falou.

"Eu sinto muito. Eu deveria ter olhado para onde estava indo." Ela pediu desculpas, olhando para o rosto do desconhecido.

Oh meu Senhor, Bella respirou quando viu o rosto do homem. Ele era absolutamente lindo de morrer.

"Não, a culpa é minha." Ele respondeu com um sorriso e o cérebro de Bella se transformou em gosma.

"Ah... não... eu me virei de forma abrupta." Ela insistiu.

Ele sorriu, seus olhos verdes a olhando de cima a baixo. "Que tal nós dois assumirmos a culpa e nos declaramos culpados, ok?"

Bella poderia apenas assentir em concordância. Com outro sorriso rápido, o desconhecido passou por ela e saiu, deixando-a ali com um olhar estupefato no rosto.

Controle-se, garota! Bella balançou a cabeça para clarear sua mente. Ela se virou para ver onde ele estava, mas não podia vê-lo. Ele provavelmente está com um dos pacientes, marido ou parceiro de alguém. Bella não conseguia se lembrar de vê-lo pela cidade, mas ele simplesmente poderia estar de passagem, ou na área a negócios.

Empurrando o estranho da sua mente, Bella fez seu caminho para o refeitório, pegando um pão e um café e sentando em uma mesa com alguns outros enfermeiros que conhecia. Eles conversaram por um tempo, atualizando Bella com as fofocas do hospital que ela poderia ter perdido. Bella apenas ouviu. Ela se recusava a espalhar alguma fofoca, embora normalmente fosse abundante na atmosfera elevada de um hospital.

"Ei, Bella? Você já conheceu o novo obstetra?" Perguntou Sally, uma enfermeira de plantão.

Bella balançou a cabeça. "Não, ainda não. Eu veria Carlisle para conseguir algumas informações. Ele deveria começar hoje, mas já são 11hs30min. e eu não vi nenhum sinal dele".

"Espero que ele seja bom." Comentou outra das enfermeiras.

"Eu também." Bella concordou. O médico anterior tinha sido forçado a se aposentar depois de uma série de erros cometidos, o desastre por pouco evitado pelo raciocínio rápido das parteiras de plantão. Quando uma mãe tinha quase sangrado até a morte, as autoridades do hospital tinham entrado em cena e dado ao médico a opção de se aposentar ou enfrentar uma ação disciplinar.

Ele havia escolhido a aposentadoria e tinha vindo à tona que ele tinha os primeiros sinais da doença de Alzheimer. Desde então, mais de seis meses depois, eles tiveram que se contentar com temporários, o que não era uma situação ideal. Mulheres grávidas tendem a achar desconcertante ver um novo médico cada vez que elas vêm para uma consulta.

Quando Carlisle as tinha informado que haviam encontrado um médico substituto, todos os funcionários ficaram aliviados, especialmente o Dr. Haas, o outro obstetra da equipe, que teve que suportar a carga extra de ser o único médico. Mesmo que as parteiras fizessem muito do trabalho, um médico precisava estar de plantão em caso de emergência, realizar cesarianas programadas, assim como as consultas de pré-natal e pós-parto.

Carlisle, estranhamente, não havia lhes dado nenhuma informação sobre o novo médico, apenas quando ele deveria chegar. E isso havia mudado também.

Terminando seu café, Bella acenou para todos e voltou para o Departamento de Emergência. Ela estava levando seu pager para que a enfermaria pudesse contatá-la se ela fosse necessária.

Entrando na área de espera novamente, Bella não pôde deixar de olhar ao redor para ver se o homem estava lá. Sentindo-se boba com o leve desapontamento que sentiu, Bella foi até a porta da sala de tratamento, enfiando a cabeça para ver se Carlisle estava livre.

Ele estava terminando de ajudar uma mulher de meia idade a sair da cama, dando-lhe algumas instruções sobre a sua medicação e olhou para cima, sorrindo quando viu Bella.

"Oi, Bella. Você poderia esperar um momento enquanto eu acompanho a Sra. Rogers?" Ele perguntou.

"Claro. Eu estava procurando por você, de qualquer maneira." Bella respondeu. Ela desviou para o lado, para fora do caminho, aguardando o retorno de Carlisle.

"Obrigado, Bella." Carlisle sorriu quando voltou. Bella sorriu de volta, entendendo muito bem por que Carlisle virava cabeças. "Vamos para o meu escritório".

"Claro. Eu queria lhe perguntar sobre o novo médico." Bella disse, caminhando ao lado dele no corredor.

"Eu pensei isso. Desculpe por não lhe dar qualquer informação sobre ele antes, mas nós não tínhamos certeza até poucos dias atrás se ele viria mesmo para cá." Ele informou, indicando que ela entrasse em seu escritório.

Bella sentou, olhando-o com curiosidade. "O que você quer dizer? Eu achei que ele era definitivo quando você nos disse sobre ele?"

"Ele não tinha certeza se o seu hospital anterior o liberaria do seu contrato. Houve algumas... questões".

Bella se perguntou o que poderia ser, mas absteve-se de perguntar. Não era da conta dela. "Então, qual é o nome dele e quando ele chegará?" Ela perguntou.

Exatamente quando Carlisle estava prestes a responder, uma batida soou em sua porta.

"Deve ser ele agora." Carlisle disse e gritou para a pessoa entrar.

Bella se virou para ver quem era o recém-chegado e ofegou de forma inaudível quando encontrou os olhos verdes do estranho com quem ela colidiu mais cedo. Treinando seu rosto em uma expressão neutra, ela esperou Carlisle fazer as apresentações.

Carlisle se levantou e cumprimentou o estranho com um afeto que deixou Bella confusa. Isso não era estranho para Carlisle. Mesmo que ele não saísse por aí abraçando novos funcionários.

Virando-se para Bella, Carlisle finalmente apresentou o homem. "Bella, eu gostaria de apresentar o nosso novo obstetra, Dr. Edward Cullen".

Cullen? Bella olhou de um para o outro, percebendo que havia uma semelhança ali. Para começar, ambos eram impressionantemente bonitos, Carlisle sendo uma versão mais madura, claro. Eles eram de alturas semelhantes e construção física parecida. Sim, eles eram definitivamente parentes.

"Edward é meu filho".

"Oh." Bella disse. Claro, ela deveria ter percebido.

"Edward, esta é Isabella Swan, uma das melhores parteiras do Hospital de Forks e alguém com quem você trabalhará muito".

Edward sorriu enquanto estendia a mão para apertar a dela em uma saudação. "Olá novamente. É um prazer conhecê-la, Isabella. Espero que não tenha havido efeitos posteriores do nosso encontro anterior?"

"Bella." Ela respondeu automaticamente. "Todos me chamam de Bella e, não, está tudo bem." Ela estendeu a mão para apertar a mão dele.

Assim que suas mãos se tocaram, ela ofegou baixinho quando sentiu o choque de eletricidade que pareceu passar através da pele deles. Soltando a mão dele abruptamente, seus olhos castanhos arregalaram de surpresa e Bella se afastou. Sem querer, Bella sentiu seu rosto em chamas com outro rubor amaldiçoado. Maldição, ela tinha 26 anos. Quando ela pararia de corar como uma colegial?

E o que foi aquele choque? Ela se perguntou. Deve ter sido eletricidade estática. Não havia outra explicação. Ela distraidamente notou que Edward tinha olhado para a mão dele, como se procurasse por alguma coisa. Ele também tinha sentido isso?

"Bella, então." Edward disse, sorrindo enquanto observava a cor dela intensificar. Ele se moveu para sentar ao lado dela.

Bella sentou e desejou que seu rubor desaparecesse. "É bom finalmente conhecê-lo, Dr. Cullen. Eu não sabia que o filho de Carlisle se juntaria a nós".

"Por favor, chame-me de Edward quando não houver pacientes por perto. Caso contrário, ficará muito confuso. Você correrá o risco de ambos, pai e filho, responderem se você disser 'Dr. Cullen'." Ele riu.

Bella observou o rosto dele quando ele sorriu e ela podia sentir seu coração começar a bater mais rápido. Ele realmente era um dos homens mais bonitos que ela já tinha visto. Seu rosto parecia esculpido por um mestre escultor, todas as linhas e ângulos perfeitos. Olhos verdes, emoldurados pelos mais longos cílios, olharam para ela, como se estivessem memorizando sua aparência também. Seu cabelo era de uma coloração bronze estranha. Estava arrumado casualmente, penteado para trás, embora ela pudesse ver um tufo apontando para cima, como se ele tivesse passado suas mãos através dele. Combinado com um lábio inferior carnudo, Edward parecia que tinha acabado de sair da cama, depois de ter passado a noite fazendo sexo selvagem e apaixonado.

Bella corou novamente assim que o pensamento cruzou sua mente. O que você está pensando? Sexo? Sexo e Edward? Sexo com Edward? Ela podia sentir seu rosto queimando e amaldiçoou seus pensamentos selvagens, especialmente quando o viu sorrir rapidamente.

A voz de Carlisle penetrou seus pensamentos, arrastando-os de volta para onde eles estavam. "Então, Bella. Edward precisará que você o leve para um tour, apresente-o e, principalmente, mostre a ele como funcionam as coisas. Pode ser?"

"Claro. Será um prazer." Bella assentiu. Ela viu Edward sorrir novamente pelo canto do seu olho. Do que ele está rindo?

"Bella não sabia que você era meu filho, ou, na verdade, qualquer coisa sobre você, nem mesmo o seu nome, até que você entrou aqui, então, se ela pareceu surpresa, a culpa é minha." Carlisle disse se desculpando.

"Por que não?" Edward perguntou.

"Porque você mesmo disse que não estava certo se você viria até poucos dias atrás." Carlisle apontou.

Edward assentiu e olhou para Bella. "Eu ainda tinha mais um ano do meu contrato no meu hospital anterior e eles não estavam interessados em me deixar sair, então as coisas ficaram no ar por um tempo. Mas eu estou aqui agora e estou ansioso para trabalhar aqui. Tenho certeza que você fará um trabalho admirável me mostrando por aí." Ele sorriu enquanto falava, e Bella viu sua respiração perder o ritmo.

Hora de ser profissional, Bella, ela disse a si mesma. "Bem, nós certamente estamos satisfeitos em tê-lo aqui... Edward." Ela disse. "Nós estivemos precisando de um obstetra permanente por um longo tempo, então você pode ter certeza que os outros membros da equipe ficarão muito felizes em conhecê-lo. Espero que você seja feliz aqui. O Hospital de Forks pode ser muito menor do que outros hospitais nos quais você já trabalhou, mas nós servimos a um propósito vital na área e a equipe aqui é tão dedicada como qualquer outra que você encontrará em qualquer outro lugar." A voz de Bella ficou mais forte enquanto ela falava. Era a verdade. Claro, eles tinham seus problemas como em qualquer outro lugar, mas ela tinha orgulho de trabalhar aqui, no entanto.

Edward se recostou e olhou para ela como se estivesse tentando absorver tudo o que ela dizia. "Bem, se o seu discurso apaixonado for qualquer indicação, eu terei o prazer de trabalhar em um lugar onde os funcionários são dedicados aos seus pacientes".

"Isso eles são, Edward." Carlisle disse. "Este hospital atende toda a Península Olímpica e, como tal, nós conhecemos muitos dos habitantes locais. Todos aqui, não apenas no hospital, fizeram com que sua mãe e eu nos sentíssemos muito bem-vindos desde que chegamos. Tenho certeza que será o mesmo com você, Edward".

"Você é praticamente um nativo, Carlisle." Bella brincou.

"Você é nativa, Bella?" Edward perguntou, inclinando-se ligeiramente.

Bella assentiu, dizendo com firmeza para seus pulmões respirarem corretamente. Por que ele tem esse efeito em mim? Não é como se eu não tivesse conhecido outros homens bonitos. Ok, admita, você nunca conheceu algum tão bonito como este, mas, ainda assim. Ela trabalharia em estreita colaboração com Edward Cullen, então seria melhor se controlar.

Percebendo que Edward estava esperando que ela falasse, Bella respondeu. "Eu nasci aqui, mas só voltei a viver aqui quando eu estava no colegial. Então, sim, eu sou um dos nativos".

Edward assentiu. "Você terá que me ensinar sobre a população aqui, a composição étnica e tal. Eu acho que é mais fácil no meu trabalho se eu conhecer a mãe e o histórico da família".

"É claro." Bella disse. "Você encontrará essa informação nos prontuários dos pacientes, mas mesmo assim eu ficarei feliz em lhe dar todas as informações que você precisar."

Carlisle se levantou. "Bem, fico feliz em ver que você está em boas mãos, Edward. Bella é jovem, mas muito capaz e experiente. Nós temos sorte de tê-la aqui. Qualquer hospital ficaria feliz em tê-la trabalhando para eles." Carlisle sorriu, olhando para Bella com carinho.

Bella corou novamente com suas amáveis palavras. Ela gostava muito de Carlisle, via-o quase como outro pai, e seu elogio a fez se sentir muito especial.

Levantando-se, ela se virou para Edward, suprimindo o arrepio que queria correr pelas suas costas enquanto olhava para ele. "Devemos ir até a Maternidade? Eu vou apresentá-lo à equipe de plantão hoje e mostrar-lhe todo o lugar".

"Parece ótimo." Edward disse. "Vamos lá." Ele caminhou até a porta e a abriu para Bella. Quando ela passou por ele, sua mão acidentalmente roçou a dele e, novamente, ela sentiu sua mão formigar onde foi o ponto de contato.

É apenas estática, ela disse a si mesma novamente. Eu terei que trocar esses sapatos se isso continuar acontecendo. Bella olhou para seus sapatos de trabalho pretos, perguntando-se se havia gastado tanto a sola que ela estava recolhendo a eletricidade estática enquanto caminhava. Era a única explicação lógica de por que seu corpo reagia ao toque dele, mesmo que fosse apenas acidental.

"Eu o verei mais tarde em casa, Edward?" Carlisle perguntou.

"Claro. Eu não gostaria de perder a comida da mamãe." Edward riu.

Enquanto se dirigiam para o elevador, Bella estava chocantemente consciente dele andando ao seu lado. O que era isso? Era como se alguma força a estivesse atraindo em direção a ele, deixando-a muito consciente de cada movimento, cada som que ele fazia. Parecia que seus sentidos haviam sido aumentados e estavam todos focados em Edward Cullen.

O silêncio se estendeu entre eles e Bella olhou para ele, apenas para encontrá-lo olhando para ela. Quando seus olhos se encontraram, Bella sentiu seu coração disparar e ela podia sentir-se começando a corar. Antes que se humilhasse novamente, ela tentou fazer conversa fiada.

"Hum... você ficará com os seus pais, então?" Ela perguntou, tentando não olhar muito para ele.

"Só por alguns dias, até eu conseguir um lugar para mim." Ele respondeu. "Eu só cheguei na cidade ontem, então precisarei de tempo para me acomodar".

"Oh. Por que você veio hoje então, quando não estávamos esperando por você até a próxima semana, se esse é o caso?" Bella perguntou curiosamente.

"Bem, para ser honesto, eu não farei muito hoje. Estou querendo me orientar, com a sua ajuda, é claro." Ele sorriu para ela, fazendo a respiração engatar em sua garganta.

Aquele sorriso deveria ser banido, ela pensou. Ela conseguiu apenas acenar em concordância.

"Meu pai me contou sobre como vocês estavam com pouco pessoal desde que o último obstetra foi embora e eu senti que era desnecessário ficar sentado em casa até a próxima semana, quando eu sou necessário aqui".

"Mas, e quanto a encontrar um lugar para morar? Como você lidará com isso? E a mudança?" Bella questionou.

"Oh, minha mãe encontrará um lugar para mim. E minha irmã Alice insistirá em decorá-lo." Ele riu.

"Oh, isso é certo! Você é irmão de Alice. Eu não sei por que isso não passou pela minha cabeça antes." Bella disse, sentindo-se estúpida por não colocar dois e dois juntos.

"Você conhece Alice?"

"Ah, sim. Ela é uma das minhas melhores amigas. Eu me sinto um pouco estúpida por não conectar vocês dois assim que Carlisle apresentou você. Ela mencionou você algumas vezes, mas eu acho que não estava esperando que o novo médico fosse o filho de Carlisle".

"Sinto muito pelo meu pai não ter lhe dito mais antes de eu chegar, mas, como eu disse antes, as coisas estavam um pouco no ar".

Bella acenou, não entendendo realmente. Não era da sua conta, de qualquer maneira. As portas do elevador se abriram e Edward acenou para Bella precedê-lo.

As portas se fecharam e, como não havia outros passageiros, Bella estava muito ciente do fato de que eles estavam sozinhos. Eles estavam lado a lado, ninguém falando, ambos aparentemente perdidos em seus pensamentos.

Depois do que pareceu um tempo interminavelmente longo, o elevador chegou ao seu andar. Eles saíram e Bella virou-se para encará-lo.

"Bem, Dr. Cullen. Bem vindo à Maternidade do Hospital de Forks. Eu espero que você goste daqui"


Babies on Their Mind será atualizada nas segundas-feiras porque os 'meus' Doutores gostam assim. ;)

Beijo,

Nai.