É noite

Voltado da escola, o garoto entrou numa casa. Sua casa. Jogou a mochila na sala e foi para seu quarto.

Todos os dias eram assim, desde sempre.

Aquele era o aluno mais brilhante da escola.

Mesmo assim, era um tanto solitário.

Sim ele tinha colegas de classe.

E ele saia com eles.

Mas eram apenas colegas.

Um vulto passa por entre as pequenas casas daquela vila.

Quase que não se nota sua presença, se não fosse o barulho de moedas batendo dentro de um saquinho.

Saltos que humanos normais não conseguiriam fazer.

Perfeitas aterrissagens.

Talvez um gato?

O vulto rapidamente parou entre duas casas e se escondeu nas sombras.

- E esse é meu presente aos tolos.

Disse a voz vindo das sombras que as paredes daquele estreito corredor entre as casas faziam.

Uma voz suave de mulher, com um tom de diversão, misturado ao som das moedas.

Uma grande cidade.

Escura.

Cheirando a sangue.

Não havia pessoas na rua.

Afinal, você não pode considerar aquele estranho grupo um grupo de "pessoas".

Todos com longas roupas pretas, cabelos jogados nos rostos pálidos.

Todos andando como bêbados.

O banquete deve ter sido muito bom.

Aqueles que caiam no chão são como folhas secas.

São duras, são estranhas.

E os outros pisam nelas.

Alguém vê tudo de uma janela, numa espécie de castelo.

E ele está sorrindo.

Não havia ninguém naquelas ruas.

Aquela cidade que fica tão quente e acolhedora quando o sol da manhã está batendo,

fica tão triste durante a noite que ninguém ousa sair de suas casas.

A não ser uma jovem de pele bem clara, lábios rosados, orelhas pontudas e os mais longo e louro cabelo já visto.

Quase branco.

Ela está sentada na praça no centro da cidade.

Segurando uma coroa delicada de ouro branco.

- Esse é o único horário que eu posso sair de casa e não me olham.

Disse a doce voz aveludada da jovem.

[ O P E N I N G ]

[ F I R S T A C T: N A M A E W A ... ]

Entrando pela porta de um quarto iluminado pela luz do monitor do computador,

encontramos o jovem de cabelos escuros e curtos.

Ele tira seu óculos e fecha os olhos, tentando dormir.

No computador, um download acaba, fazendo um barulho de alerta que acorda o rapaz.

- Mas... Ué.

Ele levanta e vai até computador, pensando "Mas eu não mandei baixar nada".

Na tela está escrito "Download concluído! Deseja executar agora?"

A jovem ladra agora está sendo perseguida por um grupo de homens.

- Peguem a ladra! - Disse o primeiro.

- Volte aqui, vadia! - Disse o segundo, segurando a garota pelo braço.

Num movimento muito rápido, ela se vira.

Pode-se observar que ela tem orelhas de gato, rabo de gato, unhas longas e a pupíla dos olhos é muito fina,

assim como aqueles que a perseguiam.

Em seqüência, ela usa o braço do segundo homem como apoio para levantar seu corpo e acertá-lo com uma voadora.

O homem voa longe, cai em cima de espécie de placa e desmaia.

A garota de cabelos escuros joga o cabelo para trás e continua a correr com seu saquinho de moedas.

Porém, quando ela volta a olhar para frente, tem um homem muito maior que aqueles que estavam a seguindo.

- Oh, droga...

O jovem que estava a olhar a podre cidade de sangue da janela tem seus pensamentos interrompidos por um criado.

Esse está de terno e gravata, muito bem arrumado e alinhado,

mas seu rosto faz pensar que ele já morreu a muito tempo.

- Meu senhor, - Disse ele - a reunião está para começar. Você deve me seguir.

O rapaz arruma seu cabelo loiro-um-pouco-cinza, ajeita sua capa preta e se vira, mostrando seu rosto:

incrivelmente pálido, olhos azuis opacos.

Um vampiro.

E por isso, transborda charme e sede por sangue.

- Estou à caminho,... - Disse, com um meio sorriso.

Começa a amanhecer.

A garota nem percebe, continuando a encarar a coroa com seus olhos azuis da cor do céu.

Quando o sol começa a iluminar a frágil pele da elfa, ela percebe um aldeão a olhando.

Ela se assusta e levanta.

Finalmente, ele toma coragem para apontá-la e dizer: - Princesa! A senhorita não devia deixar a torre!

- Oh, não...

- Bom, se for vírus, eu arrumo o computador antes do meu pai suspeitar...

E ele executa o programa.

Tudo fica muito branco e claro...

O homem grande pula em cima da garota-gata, não há para onde ela fugir.

Ela apenas se protege com os braços, para tentar se machucar o menos possível, quando...

Ela some, num brilho branco.

O homem enorme cai de barriga no chão, onde ela devia estar.

- Droga, ela sempre escapa! - Disse um quarto homem, chegando perto do outro enorme.

Uma sala escura.

Uma mesa grande.

Onze cadeiras.

Dez ocupadas.

O homem magro que estava com o vampiro abre a porta.

Os homens sentados na mesa olham para a porta,

enquanto ela está sendo aberta,

um brilho branco sai dela.

Todos se assustam com a entrada triunfal do ditador.

Mas quando o homem magro olha para seu lado...

- Ora! - Um velho gordo, igualmente branco como os outros, se levanta irritado - Onde está o Senhor Ditador?!

- A senhorita havia feito um juramento, que jamais sairia da torre!

- Eu...!

Um brilho branco e claro quase cega o aldeão, e quando ele torna a olhar a princesa, ela já não está mais lá.

- O que está fazendo? - Chega uma outra elfa, essa gorda, segurando um rolo de macarrão. - Onde esteve a noite?

- Mulher! - Gritou o elfo - Você viu? A princesa estava aqui até agora!

A elfa bate na cabeça do aldeão com o rolo de macarrão: - Você bebeu, não é, velho safado!

Quando tudo volta a ficar normal, o garoto percebe três estranhas pessoas no seu quarto.

- Quem sã- Tentou falar, mas foi interrompido pela garota-gata:

- Foi você que me teleportou?

- Acho que fui... - Coça a cabeça.

A garota gata pula nele e o agarra pelo pescoço.

- Obrigadaaa~~ ? Me salvou de uma fria!

Ele corou ao ver que a garota, além de ser bonita e usar roupas apertadas e de ladra, também tinha semelhanças com felinos.

- É, mas me tirou de uma reunião importante. - Disse o jovem ditador, sentando-se na cama. - Quem você pensa que é?

- Ah, me desculpe. Não os teleportei de propósito. Deu um erro no meu computador e- Novamente interrompido,

dessa vez, pela elfa, que caiu ajoelhada no chão, derrubando sua coroa.

- Eu jamais deveria... sair da cidade... Sair da torre até vai... - Com lágrimas nos olhos - Meu juramento...

- Ei, do que vocês estão falando? "Uma fria"? "Reunião"? "Juramento"? Quem são vocês?

- Ora, rapaz, - Disse o ditador, num tom irritado - você que deve saber, você que nos seqüestrou.

A garota-gata parecia não ligar para o que está acontecendo, só estava feliz de não estar mais lá.

A elfa continuava chorando e resmungando algumas coisas sobre "juramento".

- PELO AMOR DE DEUS, vamos organizar isso. Cada um se apresentando...

- Você começa, champs. - Disse o ditador.

- Hm. Me chamo Toushirö Watanuki.

- Ah, Tou-chan ? - Disse a gata.

- Que sobrenome estranho.

A elfa apenas parou de chorar e ficou olhando atentamente.

- Sou um estudante de Tóquio... - Tentando ignorar os comentários - Sua vez. - Falou para a gata.

- Okay ? - Ela o largou e se virou para o grupo - Me chamo Kaoru... Vocês não precisam saber meu sobrenome.

- Huh? - Disse os dois garotos.

- É um mistério.

- E pra que serve essa sacolinha fazendo tanto barulho de moeda?

- Hmft! - Escondeu atrás de si - Outro mistério!

- ......

- Minha vez. Sou Otoguke Tenjö. O ditador. Me surpreende não saberem meu nome.

- Eh? Da onde? - Perguntou Watanuki.

- Da Jigoku (Inferno).

- Pffff... Desconheço! - Brincou Kaoru, mostrando a língua. Ela realmente estava se divertindo com a situação,

abanando a calda.

- Sua gata insolente...

Kaoru respondeu rosnando.

- E você? - Perguntou Watanuki à elfa, com o tom mais gentil possível.

- Atashi namae wa Rikku Lostheart.

Ninguém disse nada, mas todos acharam incrivelmente fofo.

- 'Lostheart'? ESSE nome é legal.

- Pelo menos a gente fala o própio sobrenome.

Karou respondeu mostrando a língua.

- Eu sou... A princesa do reino dos elfos. Quando pequena, prometi dar minha vida ao meu povo, mas...

- Mas?

- A promessa também era de JAMAIS sair da torre. Eu saí da torre, afinal, estou aqui...

Uma quinta voz, de mulher, ecoa no lugar: - Você vai proteger seu povo. Mas de outro jeito.

- Eh? - A elfa não entendia da onde a voz vinha.

- Quem está ai? - Disse a gata, tirando uma adaga de cada manga.

- É melhor poder nos explicar tudo... - O ditador disse calmamente, enquanto se levantava da cama,

com a mão na bainha da espada.

- VOCÊS ESTÃO ARMADOS?! - Gritou Watanuki.

A mesma estranha luz branca apareceu, mas dessa vez, parecia que estava escrito uns códigos no ar

, quando tudo voltou ao normal, uma estranha jovem de cabelos curtos apareceu. Unhas vermelhas,

assim como algumas partes de seu cabelo.

Ela estava de olhos fechados. Quando os abriu...

...mostrou um par de olhos vermelhos

- Namae wa... Misa Kitsune.

[ E N D I N G ]

[ P R E V I E W ]

- Vocês sabem o que acontece com as outras dimensões se uma é destruída?

- O quê?

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- Então vamos ficar por aqui ?!

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- Você era mais sexy com as orelhas e o rabinho.

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"Você não está preparado."

[ F Í N :D ]