Há muito tempo leio e opino sobre fanfics. Sempre quis escrever, mas a timidez me deixa travada. Então, resolvi começar com uma adaptação. Os livros e romances de banca foram as minhas primeiras leituras, então, nada mais justo que sejam minha escolha para adaptar ao mundo da fanfic.

O livro escolhido tem um dos temas que gosto muito de ler: a mocinha esconde que teve um filho do mocinho.

Espero que gostem!

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I Capítulo

Uma companhia imobiliária! O que se supunha que Edward Cullen ia fazer com a metade das ações de uma companhia imobiliária na Austrália? Um negócio que, por direito, teria que ter recaído inteiramente nas mãos de sua prima Rosalie.

Atento ao piloto luminoso que se acendeu sobre sua cabeça, Edward apertou o cinto já que seu avião ia aterrissar em Sydney.

Nunca tinha considerado que seu tio Eleazar tivesse um grande senso de humor, mas tinha que estar brincando para idealizar semelhante plano.

Receberia a metade da companhia com a condição de que ficasse à frente do negócio durante seis meses e ensinasse a Rosalie todo o necessário para que pudesse assumir a direção por si mesma.

Estava muito clara a última intenção desse estranho legado por parte de seu defunto tio. Edward conhecia a prática dos matrimônios de conveniência, mas não estava disposto a sacrificar-se no altar da família.

Assim que apresentasse seus respeitos a sua prima Rosalie, cederia todas as ações que tinha recebido na herança e abandonaria a Austrália. Tinha outros assuntos pendentes muito mais graves em casa, mesmo que o negócio tivesse ficado em mãos de sua mão direita, Dimitri. Acomodou-se no assento e desfrutou das vistas, enquanto o avião efetuava a manobra de aproximação.

Assim, estava em Sydney. Obteve uma breve visão panorâmica da baía, onde se destacavam o edifício da Ópera e a ponte pendente, símbolos da arquitetura moderna, antes que a cidade ocultasse a vista. Teve que contentar-se com a interminável procissão de telhados de tijolo vermelho e piscinas azuis que passaram sob o avião durante a descida.

Apesar da alteração que presumia que essa viagem faria em sua agenda de trabalho, Edward agradecia que finalmente Eleazar lhe tivesse levado até ali. Tinha crescido rodeado de fabulosas histórias de grandes fortunas no novo mundo. O irmão de sua mãe tinha tido êxito. Isso não admitia nenhuma dúvida.

E também tinha conhecido alguns australianos em sua vida. Em particular, recordava uma pessoa que não tinha esquecido jamais. Uma garota que tinha conhecido na ilha de Creta. Tinham se passado muitos anos.

Recordava uma garota de pele branca, de longa juba de um tom castanho e uns luminosos olhos cor de chocolate que contagiavam com seu entusiasmo. Tinham explorado juntos, as ruínas espalhadas ao longo da ilha. A fascinação e o interesse que tinha demonstrado pelos restos de uma civilização tão antiga tinham sido contagiosos. Tinha feito com que se sentisse um pouco culpado porque, apesar de seus estudos de arqueologia, estava acostumado a aproximar-se da história de seu próprio país sem valorizá-la em sua justa medida. E, entretanto, ao mesmo tempo, tinha conseguido que se sentisse orgulhoso de sua origem. Tinha sido uma garota preciosa, vibrante, cheia de vida e, tal e como tinha descoberto, inconstante.

Exalou o ar que tinha retido de forma inconsciente e estirou os ombros cansados na amplitude dos assentos de primeira classe.

O avião finalmente pousou, circulou pela pista até o terminal e se deteve. Todo mundo ao seu redor parecia inquieto depois de uma viagem tão longa, impaciente e desejoso de cruzar a alfândega mais rápido possível. Uma aeromoça sorridente se aproximou e lhe entregou a jaqueta.

Edward o agradeceu com um gesto da cabeça e retomou contato com o presente.

Essa primavera tinha ficado para trás no tempo e agora tinha outros assuntos mais imediatos que requeriam sua atenção. Não pertencia a esse lugar. Seu lugar estava na Grécia. E para lá retornaria logo que resolvesse esse legado tão excepcional.