Nota da tradutora: Esta tradução é uma compensação pela eterna demora de Epílogo, que não tem previsão de update. Acho que meu negócio é traduzir mesmo... escrever é muito difícil.
Bom, círculo vicioso doentio pode ser descrita como uma coleção de oneshots interligadas - cada capítulo é um momento diferente da relação (não relacionamento) entre Sasuke e Sakura. São episódios independentes entre si, mas que juntos contam a história desse casal.
Pode-se dizer que é um triângulo amoroso NaruSakuSasu, mas este não é o foco da fic, pois o relacionamento com Naruto não entra muito em destaque.
Espero que gostem.
dai86
Círculo vicioso doentio
Nota da autora: Esta é uma espécie de diligência de luxúria; meu lado pervertido e sem-vergonha exigiu que eu escrevesse. Varia do não explícito ao extremamente explícito, de forma que todos os personagens estão na casa dos vinte anos e são terrivelmente viciados em sadomasoquismo (emocional). Agora, com um saco sobre minha cabeça para o resto da minha vida, podem começar com os comentários irados que certamente serão atirados contra mim. Sofrendo com OOC e AU.
Capítulo 1
Se vergonha tivesse um rosto...
Todos adoram uma tragédia...
"Papai!" O homem de olhos escuros olhou para baixo para encarar o garotinho que segurava sua mão firme entre sua pequena palma e seus dedinhos. "Eu preciso mesmo tomar uma injeção? A mamãe já me deu um beijo." Ele levantou uma sobrancelha interrompendo seus passos, e ergueu a criança em seu colo.
"Sua mãe te disse que beijos curam tudo?" Seu pai lhe perguntou desconfiado. Era como olhar num espelho - ambos tinham cabelo negro como a noite e olhos como pedras de ônix. É claro, ele era o mais infame dos dois. Uchiha Sasuke, uma vez já um confiável shinobi de Konohagakure, agora nada mais do que um homem suspeito com poucos amigos, e conquistando aos poucos sua posição de volta na aldeia.
"Foi," o garotinho respondeu enquanto era carregado no colo do homem que subia os degraus que levavam à entrada do hospital.
"Você tem que tomar sua injeção porque os beijos de sua mãe só funcionam se você tomar a injeção," ele explicou, e seu filho acreditou. Eles entraram no edifício e se dirigiram à recepção.
"Olá Uchiha-san, e Shoichi-kun." A jovem mulher os cumprimentou, escondendo sua aliança de noivado com a mão direita. Apesar do ódio que recebia da população em geral, ele ainda conseguia atrair as mulheres locais. Ele era um homem casado agora, tendo obtido tanto seu primeiro como segundo objetivos antes dos 25 anos.
"Bem, ela já está pronta pra vocês. Então porque não vão até aquela sala do outro lado do corredor? Ah, aqui Shoichi-kun, não se esqueça do seu pirulito." Ela esticou o braço pra dar a Shoichi seu pirulito verde, mas Sasuke tomou o doce de sua mão.
"E você pode pegá-lo depois de sua injeção." Sasuke repreendeu, carregando o garotinho para a sala a que foram direcionados. A porta se fechou atrás deles e ele sentou seu filho na maca, guardando o pirulito em seu bolso.
Ele puxou a cadeira até a beira da maca e segurou seu filho pelos tornozelos, empurrando suas perninhas pra cima e pra baixo enquanto escutava as risadas do menino. Sentia tranqüilidade naquilo. Tudo em sua vida era desastroso, exceto por essa criança. Ele finalmente soube o que era amor puro sem sofrimentos.
A porta se abriu, e o sorriso do menino iluminou a sala. Ela era uma linda mulher, vestindo um jaleco branco sobre uma blusa rosa e uma saia num tom de preto lápis. O que a tornava bela eram seus olhos num esmeralda brilhante, e os cachos rosa na altura dos ombros.
"Haruno-chan, Haruno-chan, você sentiu minha falta?" o garotinho perguntou esticando seus braços. Ela fechou a porta atrás de si e alcançou suas mãozinhas.
"É claro que sim. Shoichi-kun. Agora vamos preencher sua ficha. Ok?... nome, bem, essa é fácil. Uchiha Shoichi. Próxima... idade... essa é outra fácil. Você tem cinco."
"Haruno-chan! Você se esqueceu? Eu tenho seis. Fiz seis em julho." Ela fingiu surpresa e deu um passo pra trás.
"Oh, é verdade. Como pude ser tão tola em esquecer que você havia feito seis anos?" Ela fingiu riscar o número e reescrevê-lo, mas Sasuke sabia que ela estava apenas brincando com Shoichi. Ela era ótima com crianças - todas as crianças, mesmo a dele. Sasuke gostava do modo como ela brincava com seu filho; ela não parecia se esforçar tanto com as outras crianças que tratava.
"Porque você não veio pra minha festa de aniversário?" Shoichi perguntou. Sasuke não havia comparecido à festa tampouco, seu motivo o mesmo de Sakura – uma missão.
"Já conversamos sobre isso. Eu estava numa missão muito longa fora do país do fogo. Como médica ninja tive que ir salvar vidas, mas eu voltei trazendo um belo presente pra você, não foi? Ele assentiu com a cabeça, um pouco envergonhado, mas ela bagunçou seu cabelo de modo brincalhão e se virou pra lavar suas mãos.
"Levante a manga da camiseta," ela instruiu. Ele obedeceu e ela então tocou seu bracinho. "Olha só pra você, ficando grande e forte. Logo você vai ser tão poderoso quanto seu papai." Ela desinfetou a área, tirou a tampa da agulha, e deu leve batidinhas pra forçar as bolhas de ar a saírem. "Quer segurar minha mão?"
"Eu não preciso... ok, talvez só mais esta vez." Ela sorriu, e ele pegou sua mão e apertou com força, fechando os olhos.
"Ok, prontinho."
"Verdade?" Ele perguntou, espiando com um dos olhos pra vê-la colocando um band-aid azul gritante onde havia aplicado a injeção.
Ela riu uma risada profunda que fez o coração de Sasuke se acelerar. "Verdade. Agora, você se cuida e eu te vejo na sua próxima consulta." Ela foi até a pia pra lavar suas mãos novamente.
"Haruno-chan, porque você não vem jantar com a gente? Ela pode papai?..." Sasuke olhou de seu filho para a sua ex-colega de time e a garota quem foi apaixonada por ele por uma eternidade.
"Sinto muito, Shoichi-kun. Vou ter que recusar. Eu tenho um compromisso de jantar muito importante." Ela secou as mãos e voltou, se inclinando sobre ele. "Talvez outra hora, ok? Te vejo por aí, fora do hospital. Se cuida." Seu sorriso invadiu os sentidos de Sasuke, e então, no segundo seguinte ela havia deixado a sala num piscar de olhos.
Sasuke colocou seu filho no chão e pegou sua pequena mão, deixando a sala de exames. "Nagase-san, você poderia ficar de olho em Shoichi por um segundo? Esqueci de perguntar uma coisa à Haruno-san."
"Uh, claro. Sem problemas Uchiha-san." A moça respondeu, colocando sua xícara de chá no balcão. Sasuke trouxe o menino até ela, entregando a ele o prometido pirulito.
"Você fica com Nagase-san, ok? Eu já volto." Shoichi assentiu e Sasuke girou sobre seus pés, se apressando pelo corredor pelo qual viu Sakura desaparecer.
Ele estava bem atrás dela quando abriu uma porta e a puxou pra dentro, tapando sua boca pra que ela não gritasse e a empurrando pra dentro junto com ele, fechando a porta firme atrás deles. Percebeu que haviam entrado num armário de suprimentos médicos.
Sakura tirou a mão dele de sua boca e lançou um olhar zangado quando se deu conta de quem a havia arrastado subitamente pra um armário. "Sasuke, que diabos você acha que-" sua boca se pressionou com força contra a dela conforme ele envolvia seus braços possessivamente ao redor dela, a esmagando contra ele.
Instintivamente, suas mãos subiram pelas costas do homem, apertando com força pra poder sentir os músculos sob o tecido da camisa preta que carregava o emblema Uchiha no centro. Sua boca se moveu contra a dele, até que ele pressionou a língua em seus dentes, sentindo o gosto da pasta de dente que ela havia usado.
Ela sempre estava tão limpa, e era intoxicante com aroma de morango e junquilho, e mais macia do que qualquer veludo, qualquer seda ou cetim. Caixa lacradas de suprimentos caíram ao redor deles quando ele empurrou suas costas com força contra a estante.
Seus dedos agarraram seus cachos negros e ela interrompeu o beijo, tentando respirar conforme ele atacava seu pescoço, mordiscando e sugando com abandono. Sob a névoa de luxúria, ela foi capaz de empurrá-lo, o suficiente pra cessar seus beijos, mas ele esticou o braço e suas largas mãos envolveram sua cintura, se recusando a soltá-la.
"O quê-" ele bufou, ofegante com o ritmo insano das batidas de seu coração.
"O que você quer dizer com 'o quê'? Você é um homem casado com um filho ainda por cima." Ela teve que descolar seus dedos de sua cintura, mas ele era mais forte, de modo que suas mãos mal se moveram. "Olha, é ótimo que você esteja de volta. Quero dizer, é isso que Naruto e eu sempre lutamos pra conseguir – me solta – você teve sua vingança e você matou Orochimaru e agora você tem uma família pra si, todos os seus objetivos conquistados."
"Esse tão importante compromisso de jantar é com o dobe?" ele perguntou com um tom de desdém. Ela ainda tentava arrancar suas mãos de sua cintura, é claro, sem muito sucesso, tendo conseguido levantar um dedo ou dois.
Sasuke presumiu que ela poderia simplesmente usar aquela força bruta bizarra que possuía pra remover suas mãos, mas sabia que na realidade ela simplesmente queria ficar perto dele. Ainda assim... ela estava apresentando um belo show em querer escapar. "Você sabe que sim... nós estamos num relacionamento há mais tempo do que você está casado."
Ele a puxou pra perto de modo que seus quadris se pressionassem contra os dele, e sussurrou pra ela conforme apoiava a testa contra a dela. "Ainda dói." Toda a petulância dela se derreteu com preocupação, e ela parou de lutar com as mãos dele, deslizou suas mãos delicadas por seus braços, até a gola alta de sua camisa preta e a puxou, revelando o Ten no Juin dormente.
"O que? Seu selo amaldiçoado?" Ela observou ele baixar os cílios e rir de modo obscuro.
"Não, meu coração." Ele disse com toda a seriedade, seus olhares se encontrando mais uma vez. Suas mãos se ergueram pra embalar seu rosto conforme ela baixava seus braços, imóveis a seus lados.
"Bem, não posso fazer nada a respeito disso," ela disse, virando seu rosto sob seu toque. Os lábios dele se moveram com gentileza ao longo de sua bochecha, se pressionando firme sobre o canto de seus lábios pintados.
"Eu acho que você pode," ele disse, pressionando os lábios diretamente sobre os dela num beijo lento e agonizante que fez seus dedos dos pés se curvarem pra que ela pudesse ficar mais próxima dele – ele era tão alto agora. Ela o empurrou com lágrimas nos olhos, lágrimas que ela lutava pra não derramar.
"Eu estou tentando te esquecer o mais rápido que posso, Sasuke. Então pára de bagunçar com os meus sentimentos."
"Eu nunca vou deixar você me esquecer," ele disse com um olhar duro e pressionou sua boca sobre a dela, mesmo enquanto ela resistia, e Sakura deu um longo gemido baixo conforme seus dedos calejados escorregavam sob sua blusa, se fechando sobre um de seus generosos seios.
De todos os dias pra ela não usar faixas em volta dos seios... Ele estava sob outra impressão: a de que ela se vestia de um certo modo quanto ele vinha visitá-la. "Eu definitivamente gosto quando você usa menos," ele sussurrou baixo contra a pele de seu pescoço.
Sasuke pegou a mão dela e deslizou por seu próprio corpo, pressionando sua palma contra sua calça, sobre o comprimento de sua ereção, a prendendo ali quando ela tentou recuar. "Não," ela murmurou contra seu pescoço quando ele se pressionou mais perto pra plantar um beijo atrás de sua orelha.
"Me faz parar." Ele subiu sua saia até a barriga e a ergueu do chão, a incentivando a envolver suas pernas ao redor de sua cintura. Ela cedeu por fim, seus dedos afastando seus cabelos negros pra beijá-lo com tanta paixão quanto ele. Ele puxou sua calcinha de lado e a tocou, massageando até que seus dedos ficassem molhados.
Puxando a cabeça dele pra mais perto, ela se deu conta de que era tarde demais para ambos – cada um era para o outro uma droga viciante na corrente sangüínea. Sasuke ergueu os quadris dela, se libertou de suas calças e cueca, e a baixou sobre sua ereção.
Ela chiou seu nome conforme ele penetrava nela até que estivesse completamente envolvido por seu calor apertado. Sakura enganchou suas pernas nos joelhos dele, seus tornozelos pressionados contra o lado de dentro das coxas firmes de Sasuke, enquanto ele repetidamente a erguia e baixava, criando uma fricção deliciosa entre eles.
Ele espalhou beijos ao longo de seu pescoço até sua orelha. Ele sugou o ar e arrastou seus lábios pela pele macia de seu rosto até sua boca, onde a acariciou e sugou de leve. "Eu quero ouvir você dizer que me ama."
"Sasuke-kun," ela soluçou, enterrando seu rosto na curva de seu pescoço e ombro, tentando conter suas lágrimas. Gotas quentes molharam o tecido de sua camisa. "Eu te amo," ela engasgou enquanto ele puxava seu membro de dentro dela apenas pra invadi-la novamente. Continuou nesse movimento tortuoso e delicioso de forma ritmada e implacável.
Ele soltou um som bestial quando a pressionou contra a estante e finalmente alcançou seu orgasmo, impulsionado pelo o dela. Ela engasgou, enxugando suas lágrimas quando ele extraiu seu membro.
Sasuke a baixou sobre seus próprios pés enquanto ela puxava sua saia novamente, esticando as dobras e correndo os dedos pelos cabelos para ajeitá-los. Ele ajustou as calças antes de afastar com o dedão as lágrimas dela que não pareciam cessar.
"Não chora, Sakura. Eu odeio quando você chora." Ele beijou o rosto úmido de lágrimas e a puxou para si, a segurando e inalando seu aroma. "Vamos fugir."
"Você está brincando?" Ela perguntou, rindo contra seu peito. Seus braços envolveram o torso dele e ela o segurou contra si – seu corpo quente e maravilhosamente sólido.
"Eu nunca brinco. Eu te amo, você me ama. Apenas venha comigo," ele disse contra seus cabelos, beijando o topo de sua testa e fechando os olhos. Ele podia sentir o coração dela batendo e era a coisa mais calmante que já havia ouvido, espantava todos seus demônios. Ele ainda era uma alma atormentada com uma mente assombrada.
"Se você me ama tanto assim, nunca deveria ter se casado – uma falta de consideração terrível de sua parte," ela disse ao se afastar, o encarando de baixo com olhos cansados. Há quanto tempo eles estavam trancados neste armário de suprimentos?
"Bem, se eu não tenho consideração, então você é uma mentirosa." Ela piscou, suas lágrimas finalmente haviam cessado. "Você disse que me amava, mas eu volto e descubro que você e aquele perdedor estão juntos." Ele acariciou sua bochecha com o polegar. "Imagino que deva ter sido melhor do que te ver com aquela imitação minha."
"Como eu poderia amar um homem que insiste em me chamar de 'Feiosa' com um sorriso no rosto?"
"Você não é feia, muito pelo contrário, você é linda de partir o coração." Ela riu novamente, reclinando a bochecha contra a mão dele.
"Quando Uchiha Sasuke se tornou um poeta?" Ele a beijou. Encanto nunca foi tão doce antes.
"Não um poeta, apenas um homem honesto." Ele a beijou novamente, envolvendo seu rosto com suas mãos. Ela se pressionou contra ele, suas mãos delicadas em seu cabelo, encantadas com o toque macio das mechas negras. Ela se afastou, sugando seu lábio inferior como se para sentir o gosto dele ali. Ele tinha sabor de oniguiri de tomate e sakê – ele adorava tomar sakê.
"Bem, honesto ou não, Naruto me ama; ele é bom pra mim-"
"Eu sou melhor." Ele beijou seu rosto, cada centímetro dele; nem mesmo seus cílios foram poupados de sua adoração. Ela se afastou novamente com os olhos fechados. Sua respiração estava errática novamente.
"Não é uma competição. Eu não vou fugir com você porque você tem uma esposa e um filho, e ambos te amam demais, e eu vou ficar com Naruto. Você é pai agora – você perdeu o direito de ser egoísta. Então está acabado."
Ela estava a um centímetro da maçaneta quando ele a puxou de volta e a beijou. "Você tem razão. Me perdoe por pensar em nós!" e então ele se foi. Ao que parece, ele sempre precisava ter a última palavra. Ele realmente parecia um adolescente teimoso, independente de quantos anos se passassem – se as coisas não fossem do seu jeito, ficava arredio.
Ela odiava estar apaixonada por ele – amá-lo não lhe trouxe nada além de miséria desde que era uma garotinha. Não havia final feliz com Uchiha Sasuke; só havia dor, sofrimento e auto-depreciação. Ela respirou profundamente, se recompôs e recolheu as caixas caídas.
Ela tinha pacientes para atender, e um jantar pra se aprontar. Naruto provavelmente iria pedi-la em casamento novamente, e talvez dessa vez, ela aceitaria.
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dai86
