Felicity não se sentia tão bem. Sua mente ainda estava meio entorpecida e, como sempre, as palavras deixavam a seus lábios sem que ela percebesse. Ela estava feliz, orgulhosa por ter se arriscado daquele jeito, por ter mostrado tanto heroísmo quanto aquelas pessoas que ela convivia todos os dias.
Talvez não parecesse tanto para eles, tão acostumados com lutas e cicatrizes. Para ela, aquela marca mostrava o seu valor naquele grupo. Mostrava que ela era tão parte do grupo quanto os outros, apesar de nem sempre ir a campo e não ter aptidão nenhuma com armas ou lutas.
Contudo, a maior confirmação de seu valor veio com Oliver. Ele não era um homem de falar sobre sentimentos com muita frequência. Mas fez questão de ir até ela e afirmar que ela fazia parte do grupo. Que não devia se sentir descolada.
Em alguns momentos, ela se frustrava por sentir-se desse jeito. Afinal, era uma mulher forte, que tinha passado por coisas suficientes em sua vida para não se preocupar com a presença de Sara. Apesar disso, não conseguia impedir aquele sentimento chato e irritante. Mesmo que Sara fizesse questão de ser a pessoa mais gentil do mundo com ela.
Então, quando Oliver tocou o seu rosto e disse que ela sempre seria sua garota, aquilo significou mais do que apenas um carinho. Mais do que uma confirmação de que ela fazia parte do grupo. Foi uma promessa de que ele sempre estaria ali para ela, do mesmo jeito que ela sempre estaria ali para ele. Talvez não fosse a promessa ideal. Talvez, quando fechou os olhos e sentiu o toque das mãos do homem, sua mente viajou em possibilidades que tentava não pensar. Entretanto, naquele momento, era suficiente.
