Naruto não me pertence.

Mas o Sasuke sim, há.

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- Eu tenho que ir.

Agora, ela entendia. Nada. era isso que ela era, ainda, apesar de tudo. E foi duro ter que aceitar uma segunda vez, abaixo daquele mesmo mar de estrelas daquela gélida noite de inverno.

Escondia uma parte do rosto corado pelo frio, vergonha e choro, no grosso cachecol que se encontrava enrolado no seu pescoço. De pé, na frente do rapaz, abraçava o próprio corpo numa tentativa - falha - de manter-se aquecida.

Ele, por sua vez, mantia-se impassível, com as mãos nos respectivos bolsos do sobretudo negro observando a moça que estava na sua frente. Suspirou e deu um passo para trás. E antes que ele pudesse se afastar, ela o fez.

Levantou o sapato que usava com um pouco de dificuldade por causa da neve que caíra no dia anterior. Virou-se lentamente e depois de um longo suspiro sôfrego, levantou a cabeça, para olhar um ponto qualquer no céu. Descruzou os braços e virou-se para o rapaz à sua frente, novamente. Dessa vez, com um singelo sorriso nos lábios.

- Eu vou te esperar.

- Você deve me esperar. - respondeu com um sorriso no canto dos lábios.

Com uma coragem que, realmente, não sabia de onde veio, andou lentamente ao encontro do rapaz. Deslizando os dedos pelo rosto pálido, pôs-se na ponta dos pés para selar os lábios do moreno que prontamente laçou a cintura da mesma.

- Eu te amo, Sasuke. - falou quando separou seus lábios dos dele.

Beijou-a uma segunda vez, antes de virar-se e começar a caminhar na direção oposta. Ao aeroporto. Mas parou subitamente, o que fez Hinata esperar.

O quê, ela não sabia.

- Eu vou te responder isso quando eu voltar. - e, caminhando, continuou - Ah! Tem algo no seu bolso.

Virou-se e tomou seu próprio caminho. Vê-lo partir seria, definitivamente, mais difícil. Lembrou-se do que ele disse, e imediatamente colocou a mão no bolso do seu sobretudo, que ainda estava aberto, e que nada tinha a ver com sua roupa. Mas isso pouco importou depois de ouvir que ele estava na frente da sua casa e estava para sair, novamente, do Japão.

Sorriu ao tatear o objeto e deixar ele deslizar pelo seu dedo.

- Idiota. - praguejou baixo ao ver o anel em seu dedo. Sorriu. Se ele não voltasse, agora, quem iria atrás dele, seria ela.

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Entenderam?

Eu também não entendi muito bem. Mas isto estava na minha cabeça e não iria sossegar enquanto não postasse por aqui.

Espero que gostem. Beijos!