Olá... Bem, o primeiro capítulo! Na verdade será apenas um prólogo bem curtinho inclusive. Admito que não sei como a estória de desenvolverá, mas espero que todos gostem, de verdade!
Boa leitura queridos! o/

Tia Evye.


O domingo amanheceu como todos os outros dias daquela semana, o sol escondia-se atrás das densas nuvens cinzentas, o vento anunciando a chegada do outono grego soprava fortemente, fazendo até os mais corajosos esconderem-se dentro de suas casas. O cenário não poderia ser mais frio, as pessoas caminhavam no centro da cidade cobertas com pesados casacos e grandes cachecóis, e quanto mais longe do centro, menos caminhantes achava-se arriscando a pele contra o clima.

Longe de todo o burburinho da cidade, perto de uma pequena vila calma e silenciosa, encontra-se o santuário e subindo, degrau por degrau, casa pós casa, acha-se o mais belo e temível cavaleiro de todo o santuário. Mas, que naquele momento, não se sentia nada belo e muito menos temível...

Afrodite acordou com a brisa gélida que vinha da parte de cima de seu templo, esquecera a porta do quarto aberta... De novo. Quantas vezes fez isso em apenas um mês? Quinhentas?! Balançou a cabeça negativamente, repreendendo-se, estava sendo descuidado e distraído, além disso não tinha animo nenhum para se levantar... Ah não, e encarar todas aquelas pessoas?! Que ainda o julgavam por ter "traído" Athena..."Francamente, ela é apenas uma pirralha que brinca de deusa! Nunca fez nada de útil, somos nós que sofremos! Babacas...". Que os deuses nunca ouçam seus pensamentos, muito mais imprudentes que as próprias palavras que dizia sem pensar.

Jogou os braços para o alto espreguiçando-se, tinha que levantar, lavar o rosto, tomar um café (ou uma dose de conhaque, por que não?!), vestir a armadura e fingir que estava tudo bem, fingir que estava feliz por viver novamente, fingir que era um cavaleiro, fingir que se importava... "Fingir que me arrependi do que fiz, até porque ninguém acredita em mim mesmo...". Os olhos azuis tremeram levemente a menção daquele pensamentos, sim, eles não o perdoaram e não pareciam dispostos a perdoar tão cedo o cavaleiro mais arrogante de todo o santuário...

Subiu as escadas que levava até a passagem pelo templo arrastando o próprio corpo, evitando todos os espelhos de sua casa (que não eram poucos), sentia-se deplorável e cansado. Os cosmos dos demais templos despertavam um a um, alguns aumentavam, outros diminuíam, mas nenhuma continha o peso do cosmo de Peixes, escondido o máximo possível, perceptível apenas para quem se arrisca-se a passar por sua casa, e pelo jeito, aquele domingo começaria cedo.

–Com licença.

Afrodite estava encostado em uma das pilastras, não levantou o olhar para encarar o vizinho, o Cavaleiro de Aquário, sabia que ele pretendia passar por sua casa desde a hora que acordou. "Assuntos a tratar com o Grande Mestre, Camus? Hum, interessante... Ainda não desistiu da ideia de me expulsar do santuário?!". Mordeu a língua segurando-se para não criar mais uma discussão com a pedrinha de gelo que caminhava na direção oposta da que viera. Foi assim, desde que voltaram, fechou os olhos recordando-se da breve discussão que alguns cavaleiros tiveram quando viram que ele havia ressuscitado também.

"-O Afrodite a traiu duas vezes, minha deusa, ele não é digno de voltar!

–E daí, Milo? Teoricamente eu a traí duas vezes também e não estou vendo ninguém reclamando por isso.

–Calado Marcara, você é idiota demais, ninguém levou sua traição a sério, mas ele... Ah, ele é mais astuto que víboras se preparando para dar o bote!

–Milo, por favor, não discuta minhas ações. Afrodite provou-se digno da minha confiança ao sacrificar-se como todos os demais cavaleiros, não vejo o porquê de não...

–Eu concordo com ele.

–Shaka?!

–Por mais que as reais razões da desconfiança de Milo sobre Afrodite serem banais, não podemos negar, ele não é confiável..."

As palavras ainda rondavam em sua mente, todos os doze cavaleiros reunidos e uma bela de uma discussão sobre: Devemos mantê-lo vivo ou matá-lo?! "Como se estivessem discutindo o sabor da pizza que iriam comprar! Ridículo! Talvez eu devesse mesmo voltar ao inferno, quem sabe lá não sou bem vindo!"

Bufou caminhando de volta para o quarto, não iria tolerar aquelas idiotices, se eles não queriam dar uma chance, okay, ele não fazia questão nenhuma de permanecer ali nem mais um segundo.


Notas finais do capítulo

É isso aí pessoal! Me sinto um pouco tensa... Admito que a enquanto escrevia o prologo a estória começou a tomar um rumo diferente do inicial e agora eu nem sei dizer qual era a ideia do começo! x.x! Mas, espero que vocês tenham gostado e aguardem os próximos capítulos! Aceito dicas, sugestões, recados "ameis" e "odieis" e qualquer erro ortográfico, por favor, avisem, não se acanhem, estamos aqui para aprender! Muuito obrigada a todos que leram e deixem um recadinho *u*!
Até o próximo capítulo queridos! o/

Tia Evye.