Nunca escrevi uma Sirius/Luna em minha existência. Considerem isso ao menos no caso de estar muito ruim.

É terminantemente proibido deixar as suas "críticas construtivas aqui". Não gostou aperte o x.


Prisioneira

Chovia forte lá fora. E eu não podia sair dali.

x-x

A única coisa que eu ouvia era a música. Mas por que música? Nada daquilo fazia sentido algum. Eu queria sair, mas sentia que não podia.

Eu não estava amarrada, nem com uma mordaça na boca e nem nada. Apenas estava no escuro, com aquela música. Pelo menos quem me prendera ali tinha bom gosto. Música Clássica é uma coisa que aprecio muito.

Eu estava gostando da música, mas queria sair. Ao mesmo tempo, chovia muito forte lá fora. E eu tinha medo. Muito medo.

x-x

Havia uma porta. Pensei em levantar e sair, mas eu não sabia se devia. Se eu saísse a pessoa que me deixou ali podia me matar assim que eu saísse. E disso eu também tinha medo.

x-x

A música aliviava, mas não tirava minha vontade de ir embora. Então eu resolvi levantar, fui até a janela. Não tinha como abrir. Pelo menos se eu abrisse a janela eu poderia gritar por socorro alguém poderia me ouvir.

Mas quem sairia numa chuva daquelas? Ninguém. Então eu me desesperei. Ninguém podia me ouvir.

E então, eu chorei.

x-x

Passei um bom tempo ali sentada e chorando. Mas parei de chorar, do que adiantaria chorar? E mais uma vez a musica aliviou meu desespero. Mas eu ainda sentia medo. Medo da Chuva. Medo da Morte.

Ouvi passos.

x-x

"Quem está aí?" eu gritei.

"Quem está aí, responda!". Gritei de novo, mas não me respondeu.

Ouvi o barulho do trinco da porta. A porta se abriu e eu levantei os olhos lentamente. Sirius. Meus olhos se encheram de lágrimas de felicidade. Ele viria pra me tirar daqui.

x-x

"Sirius, que bom que veio. Que quero muito sair daqui..."

Ele me encarou. Com um olhar diferente. Um olhar que eu jamais vira nele. E que não soube explicar do que era.

"Você... Não vai sair daqui."

Eu me espantei.

"Como..."

"Não vai."

Nem a música, aliviara o meu choque naquele momento. Estava desacreditada no que ouvira.

"Você está brincando. Sirius, eu não posso ficar aqui, eu preciso ir pra casa. Eu não quero ficar sozinha aqui."

Ele balançou a cabeça.

"Você pode ficar aqui, sim."

Eu olhei com raiva. Olhar de desprezo.

"Você que me prendeu aqui. Seu monstro!"

Ele sorriu. Apenas sorriu. Sorriso de satisfação.

"Eu desconheço você. O que vai fazer comigo? Matar-me? Machucar-me?"

"Nenhum dos dois. Eu só quero que você viva aqui comigo pra sempre."

"Você é louco. O que quer comigo? O que eu tenho de tão interessante?"

"Você é misteriosa, Luna."

Eu comecei a chorar desesperadamente.

"A única coisa que sei sobre você é que gosta de música clássica. Então achei que iria gostar se eu colocasse pra você ouvir. Achei que aliviaria."

"Você não sabe nada sobre mim."

"Não mesmo. Mas sei que vou saber bastante afinal, você nunca mais sairá daqui."

A chuva parece que ficou mais intensa nessa hora. Um raio muito forte caiu. Então eu tremi. E comecei a chorar novamente. O que eu sabia agora, é que eu nunca mais sairia dali.

"Acabei de descobrir mais uma coisa sobre você?"

Eu nem tive coragem de encarar.

"Você tem medo da chuva. Mas não se preocupe, eu estou aqui pra te proteger. E qualquer um que tentar chegar perto de você, morrerá. Digo... Qualquer um mesmo. Somente eu posso ter você de agora em diante."

Eu não tinha forças nem pra responder. Sabia que minha vida de agora em diante seria viver como prisioneira. Eu não tinha saída. E mesmo que ele dissesse que nunca me mataria ou me machucaria, eu preferia a morte ao viver ao lado dele. E isso, nem a música iria aliviar desta vez.


N/A: Escrita para o Projeto Cores e Projeto Rascunho do MM. Tá sem betagem, mas eu me responsabilizo pelos meus errinhos. Reviews?