Disclaimer
Bom, não estranhem uma nova história assim, sem aviso nenhum. Eu estava temerosa de postá-la, mas uma bondosa conselheira, de nome Natsumi Shimizudani, encorajou-me a fazê-lo, então, aí vai mais uma história de Kisa Kaze no Mai...
Para meu eterno pesar, CCS não me pertence, mas eu sobreviverei... Eu sobreviverei...
Oie Pessoal!!!!
Bom, Eu sou a Natsumi Shimizudani e serei a nova revisora da Kisa-chan!!! Escrevo Cinderella Após Meia Noite, para quem não me conhece... Fico muito feliz que a Kisa-chan tenha me feito este convite!!! Aiaiai...como é começo de fic... Não falarei muito.. Mas... Com o passar do tempo...eu vou tagarelar muito!!!
CCS não nos pertence e não temos fins lucrativos...ou seja...nossos parentes não precisam da colaboração de um real de vocês para sobreviverem, e também não venderemos balinha para isso ok??
Espero que gostem da fic... Viu Kisa?? Já comecei a tagarelar!!!
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Passeio às termas
Capítulo 1
Olhou para o relógio muitas vezes enquanto caminhava. Não adiantara de nada o relógio dado por Syoran no último aniversário se continuava a se atrasar. Será que ele ainda estava esperando ou já desistira da viagem? Ai, ai, ai... A culpa nem era sua! Esperara Tomoyo para irem juntas, mas ela nem aparecera. Só há meia hora ligara para avisar que não poderia ir. Ai, ai, ai... Podia vê-lo de longe, esperando no portão do condomínio. Por que simplesmente não pedira para ele ir buscá-la? Ah, sim: Touya. Desde que haviam ido morar em Tokyo, Touya impedia ao máximo as visitas de Syoran. Os longos sete anos de namoro ainda não tinham sido engolidos pelo irmão. Ao vê-la, Syoran se apressou a encontrá-la:
- Você demorou! – pegou a mala que ela carregava e deu-lhe um beijo apressado – Já estamos atrasados, Sakura!
- Eu sei, desculpe... Tomoyo demorou a me avisar que não vinha. Conseguiu a hospedagem?
- Mais ou menos. – ele lhe abria a porta do carro, entrando logo em seguida – Consegui só um quarto.
- Ainda bem... – a expressão da garota mudou de alegria para uma enorme vermelhidão – Então... Vamos dormir no mesmo quarto? – seu tom de voz foi diminuindo no decorrer da frase.
A essa altura o rapaz já dirigia e, corado, apenas confirmou com a cabeça. O trajeto não seria longo. Iriam às termas em uma pequenina cidade próxima. Syoran conseguira uma folga dos treinamentos nas equipes de natação e kendô, ambos estavam de férias da universidade, o outono não estava ainda tão frio, mas as termas já seriam agradáveis. Quatro dias de descanso e namoro, nada mais perfeito.
Syoran fazia Medicina e Sakura cursava Educação Física. Foi grande a alegria quando se descobriram admitidos para uma universidade em comum. Decidiram não se separar e recusar as outras admissões. Inicialmente pensaram em morarem juntos nessa nova empreitada, mas Touya fora radicalmente contra e viera a Tokyo acompanhar a irmã. Tomoyo estudava música na mesma universidade.
A viagem foi bem divertida, principalmente depois que Sakura decidiu colocar um Cd para "animar as coisas". Syoran dava alegres gargalhadas das interpretações calorosas da namorada, apesar de sua habitual seriedade. A faculdade fizera bem ao chinês, agora bem menos tímido. Logo avistaram a cidade e com uma tentativa frustrada de Sakura de decifrar o mapa, finalmente chegaram ao hotel.
Syoran pegou as duas malas e, com o outro braço, abraçou gentilmente os ombros de Sakura, o que muito a surpreendeu. O rapaz era sempre muito comedido com suas demonstrações de carinho, no máximo andando com ela de mãos dadas ou dando-lhe beijos rápidos quando em público; não que não fosse carinhoso, mas não gostava de demonstrar a não ser que estivessem sozinhos. A garota abraçou-lhe a cintura, indicando que gostara da iniciativa. Imediatamente foram levados a suas acomodações. Eram três da tarde, ainda cedo para resolver o entrave do quarto único com cama de casal (você sabia disso Syoran? Silêncio como resposta...), então...
- Quer tomar sorvete?
- É você mesmo, Syoran?
- Por quê?
- Deixa pra lá... Vamos sim, eu estava mesmo louca pra dar uma volta!
Ele lhe estendeu a mão, logo a cingindo pela cintura. A cidade era bem pequena e não tiveram de caminhar muito para encontrar o que procuravam. Sentaram-se em um banquinho próximo. Sakura usava um vestido florido, deixando uma parte da coxa à mostra quando se sentou e cruzou as pernas. Syoran não demorou a passar a mão por sua cintura e pousá-la na coxa desprotegida, fazendo Sakura engasgar com o sorvete.
- Eu te trouxe aqui por que precisávamos conversar sozinhos e sem interrupções.
- Algum problema? – olhou para ele com ternura – Porque você está estranho...
- Não gosta?
- Gosto sim... Quer dizer... Eu adoro quando você me abraça ou me beija, mas não estou acostumada com... Com essa maneira mais... Ai, ai, ai... Mais...
- Menos respeitosa.
- É.
- Eu sou homem, Sakura. – ele a olhava de maneira diferente – Não posso mais esconder de você e principalmente de mim que cresci. Estou cansado de ficar me tolhendo quando o que eu queria era te abraçar e beijar o tempo todo, na frente de qualquer um...
Syoran falava isso olhando fundo nos olhos da menina, seu rosto ficando gradualmente mais vermelho a cada palavra. Sakura apenas sorriu.
- Você não tem de se tolher. Eu não me envergonho de te amar nem do seu amor, então, por que ter medo de mostrá-lo?
- Por não conhecer o meu poder de autocontrole...
Sakura segurou ternamente seu rosto e o beijou. Mas o rapaz não lhe retribuiu com os costumeiros beijos inocentes, e sim com um profundo beijo, deixando-a completamente sem ar. A menina separou-se dele e, vermelha, baixou os olhos.
- Desculpe.
- Por que nunca me beijou assim antes? – o rosto dela mostrava um doce sorriso maroto – Eu ia gostar se você me acostumasse, você sabe, pra eu não ficar sem ar...
Syoran riu. Tinha medo de que ela o repelisse caso mostrasse que queria mais que um namoro de portão. Era homem e como tal queria tê-la por completo. Segurou as pernas à mostra de Sakura e, com um único movimento, pô-la em seu colo.
- Acho que assim fica bem melhor...
Beijou-a com fervor até senti-la afastá-lo.
- O que houve?
- Eu... Eu... Quero voltar...
Ela levantou-se rapidamente e puxou-o pela mão. O que Syoran não sabia é que ela parara por medo. Aquele beijo mexia com ela, dava-lhe sensações que ela não sabia se eram certas... Há muito, quando Syoran a pegava com mais firmeza ou mesmo falava próximo a seu ouvido sentia o corpo inteiro tremer, um estranho calor se apoderava de suas entranhas. Sabia que aquele desejo por Syoran era normal, mas não sabia se era certo que uma garota demonstrasse isso. Sentia falta da mãe, tinha tantas dúvidas... E agora, com Syoran lhe falando aquelas coisas, sabia que não passariam mais muito tempo como namorados de primário...
Entraram no quarto calados. Syoran se angustiara com aquela fuga inesperada da namorada. Teria ele sido muito incisivo? Forçara muito Sakura? Cria que não, fora honesto com ela e parecera que a menina também compartilhava o mesmo pensamento. Então, o que afligira Sakura para uma atitude tão inesperada?
- Desculpe. Eu não devia tê-la puxado pra cima de mim, não imaginei que você fosse reagir assim e...
- Não foi por isso que eu quis voltar.
- Então...
- O que nós vamos jantar?
O olhar dela indicava que sofria. Aquela mudança de assunto era bem mais que uma tentativa de não falar mais sobre isso, era quase uma barreira. Syoran foi até ela e abraçou, notando logo que sua camisa ficava pouco a pouco molhada. Abaixou-se e aninhou-a em seus braços, enquanto ela o abraçava com força.
- Eu estou aqui pra o que precisar. É só falar pra mim. Mas eu não quero que você fique aí chorando, ouviu? – afastou-a e procurou seus olhos, limpando as lágrimas dela com as mãos – Isso, agora você vai esperar eu tomar um banho e então nós jantamos. Que tal?
Recebeu um aceno de cabeça como resposta. Já se levantava quando ela o puxou e beijou-o. Chegou a tocar suas pernas, para puxá-la para si, mas ela imediatamente interrompeu o beijo e apontou-lhe o banheiro.
Seria difícil controlar-se com investidas tão claras. E o pior: estariam na mesma cama por três noites. Acabaria cedendo. Era melhor não pensar nisso agora ou se angustiaria e acabaria preocupando o namorado.
§
Jantariam no restaurante do hotel. Syoran usava calça jeans e uma camiseta leve, mostrando o que anos e anos de treinamento duro em esportes e artes marciais fazem a um corpo masculino: maravilhas! As garotas desacompanhadas do hotel o olhavam sem ressalvas, o que deixava Sakura desconfortável. O rapaz não notava as olhadelas e, para desespero da menina, agia da sua maneira "naturalmente polida", como comentavam as amigas de Sakura. Lá pelo meio da noite uma menos respeitosa foi até a mesa do casal:
- Nunca achei que embaixo daqueles suéteres se escondia tanto músculo, Li.
- Olá, Harugima. – o rapaz ficara vermelho com o comentário e Sakura, nada contente, exibia um semblante pouco amigável à recém-chegada – Esta é minha namorada, Sakura Kinomoto.
- Você não sabe o sucesso que seu namorado faz com as garotas da nossa sala, Kinomoto. Eu mesma sou louquinha por ele, mas ele nem me dá bola...
- A Harugima estuda na minha sala, Sakura...
- Prazer, Harugima. – voltou-se bem séria para Syoran – Não é melhor nós subirmos?
- Tudo bem. Até qualquer dia, Harugima.
- Até amanhã, Li-san...
Sakura subia apressadamente as escadas, o rosto emburrado, Syoran com um sorriso malicioso, obviamente adorando os ciúmes de Sakura. Quando chegaram ao quarto, ela imediatamente pediu explicações.
- Que explicações?
- Oras, Li-san... Aquela mulherzinha se insinua pra você e você não tem nada a me dizer?
- Não?
- Então ela anda se insinuando pra você assim, na cara dura, e você não faz nada pra que ela pare?
- Mas eu...
- Agora eu estou entendendo o porquê dessa viagem... Você sabia que ela vinha e queria se encontrar com ela também, não é?
- Sakura, você já está fantasiando...
- Não estou não. – lágrimas já escorriam por seu rosto – Eu só não estou segura.
- Ei... - o rapaz se aproximara dela e a abraçara – Que bobagens são essas? Acha mesmo que se eu quisesse encontrar com ela eu teria trazido você?
Começou a dar-lhe pequenos beijos por todo o rosto, logo descendo para o pescoço.
- Calma, Syoran. Ainda não.
O rapaz sentou-se na cama, ligando a televisão. Passeou longamente pelos canais, em silêncio. Sakura mantinha-se de pé, esperando alguma reação de Syoran.
- Você ficou bravo?
- Não deveria ficar contente com a sua rejeição, não acha? – abaixou a cabeça e, após um longo suspiro, completou, a voz já amansada – Não vou forçar você a fazer nada que não queira. Amo você de verdade. Vou saber esperar. Agora – levantou-se da cama e se dirigiu à mala – é hora de ir dormir. Não precisa me olhar com tanto pavor, eu trouxe um saco de dormir imaginando a sua reação.
A garota sentiu-se mal. Que espécie de namorada seria ela se rejeitasse um namorado sério e respeitador como Syoran por medo de que algo a mais acontecesse? Outras garotas estariam se atirando sobre ele e o cobrindo de carícias, como bem dissera a garota do restaurante. Tinha de confiar, e mais, tinha de acabar o temor sobre iniciar aquela nova fase, que seria inevitável no namoro. Syoran dormir na mesma cama não seria tão malicioso assim, seria?
- Espera, Syoran. – foi até ele e tomou-lhe o saco de dormir – Dorme aqui comigo. Eu confio em você, sei das suas intenções e das minhas... Não vou conseguir dormir sabendo que você está dormindo no chão enquanto eu tenho uma cama de casal só pra mim.
- Tem certeza? Eu não me importo de dormir no saco de dormir não, eu trouxe exatamente pra isso e...
- Não. Você vai dormir comigo. Quero me acostumar com a sua presença na cama, pra quando realmente dormirmos juntos todos os dias... - ela corara.
- Era exatamente sobre isso que eu queria conversar mais cedo. Vou pedir a sua mão pro seu pai.
- Você o quê? – correu ao encontro dele e pendurou-se em seu pescoço – Eu tenho de aceitar antes, não acha?
- Espera. – foi até a mala e pegou uma pequena caixinha azul – Sakura Kinomoto, eu sou o homem mais feliz da face da Terra por tê-la ao meu lado, mas isso não me basta. Quer casar comigo?
- Quero sim, quero muito! Esse é o dia mais feliz da minha vida, Syoran!
- Nós nem tivemos filhos ainda!
O rapaz abriu a caixa, mostrando um anel grosso de prata. Pegou-o e colocou no dedo anelar da mão direita da menina.
- É lindo, Syoran, é lindo... – beijou-o entusiasmadamente – Tenho de contar isso pra Tomoyo...
- Calma. – segurou-a pela cintura e puxou para si – Um pouco mais de comemoração primeiro.
Agarrou-a com força, ela podia sentir o coração dele batendo contra o seu, e beijou-a. Sakura praticamente se derretia em seus braços, quando ele calidamente debruçou-a sobre a cama. Ela sequer resistia. Suas mãos já desciam pelas costas dela quando ele parou subitamente, sentando-se e coçando a cabeça, como fazia quando ficava nervoso.
- É melhor você ligar pra Daidouji agora. Eu preciso de um banho.
Syoran foi em direção ao banheiro, o rosto vermelho. Sakura, também vermelha, ainda abandonada sobre a cama, olhos fechados, dava graças por Syoran ser mais ajuizado que ela.
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