A Rainha da Tempestade
Ela estava nua e em correntes quando ele a conheceu, mas ela não parecia com uma prisioneira, seu queixo estava erguido e havia orgulho e desafio na sua expressão. E ele podia ver claramente também a tempestade em seus olhos azuis, assim como viu nos olhos do pai dela em batalha. Ela ainda parecia com uma rainha.
Ao comando de seu meio irmão Orys tomara seu castelo, seu povo e a vida de seu pai, Argella não era mais uma rainha, por causa dele, por causa de seu irmão e suas irmãs, por causa de seus dragões.
Orys não sabia se aquela força que ela aparentava era apenas uma ilusão, se por dentro ela estava tão assustada como ele achava que qualquer um estaria na sua situação, ou se não importava que lhe tomassem a sua coroa que ela continuaria sendo uma rainha. Ele tirou sua capa e cobriu sobre os ombros dela, e pediu para que ela se sentasse e lhe ofereceu vinho e pão, ela parecia desconfiada mas aceitou, ela estava com fome por causa do cerco ao castelo mas só comeu e bebeu após ele comer e beber primeiro. Foi uma atitude prudente, mas no fim das contas desnecessária porque embora fosse verdade que Orys queria que seu irmão fosse bem-sucedido na sua busca de unir os sete reinos também era verdade não queria ser o responsável por tirar a força daquela postura, daquele olhar.
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