N/A.: Bem, um aviso à comunidade: esta fic contém cenas de sexo explícitas, sendo por isso de rating M. Outra coisinha: essas cenas são hetero e slash (pra kem não sabe o k é, fike sabendo que é relações entre duas pessoas do mesmo sexo - neste caso de dois indivíduos do sexo masculino), portanto, kem não gosta é melhor não ler. Se não conhece ou quer ter uma outra perspectiva, esteja à vontade ^^ Agradeço ao Marck Evans por me ter iniciado neste mundo de fics slash! Pus como shipper Draco/Harry mas na realidade é um triângulo Draco/Harry/Hermione! tudo ao molho e fé no Big Bang...

Fic dedicada à Morgana Bauer e ao Nel Potter, as minhas inspirações do dia-a-dia (adoro-vos!).

Cap. I

Como é que ela consegue ser tão irritante e ganhar todos os confrontos verbais ao mesmo tempo?

Draco Malfoy estava possesso, quase expelindo fogo pelas narinas. Quem é que aquela sangue de lama pensa que é???? Só alguém muito estúpido é que enfrenta um Malfoy… ela vai-mas pagar! Ele sorriu interiormente… E já sei o que lhe vou fazer… ela vai desejar nunca se ter defrontado comigo!

Para variar um pouco, Hermione Granger tinha conseguido ter a última palavra, ficando o loiro sem resposta possível. Mais uma vez, tinha saído humilhado em frente dum bando de Gryffindors a rir a bandeiras despregadas.

Vai ter a pior humilhação da sua vida…

oOo

- Draco, querido, passa-se alguma coisa? – perguntou Pansy demasiadamente afectuosa.

- O que é que querias que fosse? – retorquiu Draco com brusquidão. Ele estava realmente de mau humor.

- Bem, já sabes que podes contar comigo para qualquer coisa… - disse ela dando uma forte de oferecida. Draco olhou para ela, vendo o olhar lascivo que ela achava de sedução dirigir-se para ele, lambendo os lábios ao de leve. Draco rolou os olhos… mas esta não percebe um 'não'? A não ser que…

Draco sorriu com a ideia brilhante que acabara de ter… olhando para Pansy fingindo estar subitamente muito interessado nos sinais quase obscenos que ela lhe enviava, sorriu-lhe com o charme típico dos Malfoys. Ela derreteu-se por completo.

- Pansy, gostavas de me fazer um enorme favor? – perguntou ele sensualmente já prevendo todas as reacções da rapariga. Ela suspirou.

- Mas é claro que sim! Tudo o que quiseres… - e olhando para a boca de Draco sentiu a sua completamente seca, humedecendo os lábios de seguida.

Merlin, podes parar com os efeitos escandalosos?! Comigo não servem de nada pensou Draco cada vez mais enojado com o comportamento indecoroso da rapariga. No entanto, gostava de saber que detinha assim tanto poder em alguém. Foi apenas para realizar a sua vingança que não deixou cair a máscara de safado e ficar a olhá-la com cara de nojo. Afinal, actuar era o que fazia desde sempre. Era graças ao seu bom desempenho nesse eterno papel que era respeitado.

- Bem… eu quero vingar-me daquela nojenta da sangue de lama.

- Oh, sim Draco, é claro. Posso ajudar em alguma coisa?

- Sim. Tenho um plano, mas apenas o posso concretizar se me disponibilizares a tua preciosa ajuda… - disse ele olhando-a como se a despisse mentalmente. A sua actuação estava a fazer efeito.

Ela riu nervosa – Claro, Draco, o que quiseres…

- Então a minha ideia é a seguinte…

oOo

Harry, Ron e Hermione estavam a tomar o pequeno-almoço. Harry acabara de lhes contar que se tinha submetido a uma operação muggle para resolver o seu problema de visão de vez – agora não necessitava de usar óculos. Hermione felicitou-o, já que assim ele poderia ver melhor sem ter o incómodo de andar sempre a ver onde os óculos estavam, para além de lhe acentuar muito mais o brilho imenso daqueles olhos verdes fascinantes.

Subitamente, uma coruja que nunca tinham visto entra no salão, transportando um pacote no bico, que deixa cair em frente a Hermione. Ela fica muito admirada, mas não mais do que os seus dois amigos. Ao desembrulhar, percebe que é uma caixa com chocolates, dos seus preferidos! Ela derreteu-se por completo.

- Uau! Eu adoro estes, são os melhores!

Harry enfiou a mão dentro do pacote que antes protegia a caixa e retirou de lá um pequeno papel: "Do teu fervoroso admirador"…

- Que coisa mais lamechas! – disse Harry com ar levemente enojado.

- Cala-te Harry! – disse Hermione rapidamente, ficando vermelha como um tomate – Ele pode ser tímido, tendo medo que o afaste ou algo do género… sendo assim, é normal que não perceba muito da coisa… mas é querido à mesma!

Ron engasgou – O quê??? É tão fora! Achas isso 'querido'?

Ela ficou levemente irritada – Sim, acho Ronald! É bom saber que há quem sinta algo e o tente demonstrar, em vez de ficar apenas a babar-se e dar uma de durão, apenas conseguindo com isso fazer com que as pessoas pensem que tem uma sensibilidade do tamanho de uma cabeça de alfinete… - e tendo dito isto, levantou-se e saiu do Salão com a caixa de chocolates debaixo do braço.

Ron parecia que acabara de ser esbofeteado – Aquela indirecta era para quem?

Harry fez um esforço enorme para não se rir às gargalhadas – Não faço a mínima ideia… até parece que ela conhece muito bem uma pessoa que encaixa que nem uma luva no perfil… - e deixou soltar uma lufada rápida de ar que não tinha conseguido conter. Ron finalmente percebeu, corando que nem um pimento até às raízes do cabelo.

Se tivessem prestado atenção à mesa dos Slytherin, tinham percebido que Draco não estava normal, sorrindo a par e passo, como se o mundo fosse perfeito e tudo fizesse sentido.

Tinha sido o cargo dos trabalhos convencer Pansy a ajudá-lo, já que a ideia não lhe parecera assim tão boa quanto a ele. Ele percebia bem porquê, ela sentia que o poderia perder para aquela sangue de lama, mas era um risco. Ela tinha ficado roída de ciúmes quando ele lhe contara o que planeava fazer mas, como sempre, levou a sua avante. Ela ajudou-o no que ele precisava. Afinal, também ela queria ver a Granger-Que-Tem-A-Mania-Que-Sabe-Tudo humilhada. Agora era esperar que ela os comesse, e que o fizesse sozinha, de preferência…

Embora Hermione tenha ficado sensibilizada com a prenda, continuava desconfiada, tendo por isso feito detectores de feitiços e substâncias perigosas que ela conhecia. Nada. Ficou ainda mais contente.

Harry atravessou o buraco do retrato, juntando-se a uma Hermione pensativa e solitária.

- Passa-se alguma coisa? – perguntou ele preocupado.

Ela sorriu – Nada mesmo. Apenas gostava de saber quem é ele… - e libertando um longo suspiro acrescentou de uma maneira quase desesperada – E não sei qual deles comer primeiro!

Harry riu. A sua melhor amiga por vezes agia de uma maneira que ele não conseguia compreender. – E isso põe-te assim tão frustrada com a vida?

Hermione sorriu – Dizes isso porque não provaste ainda estes chocolates… nunca comi uns tão bons… e são todos com sabores diferentes, todos maravilhosos e fantásticos à sua maneira… é impossível escolher um entre tantos assim tão bons! Além disso, estes têm um aroma melhor do que o normal…

Harry ficou falsamente apreensivo – Merlin, Hermione, se não te conhecesse diria que estás apaixonada por eles! – ela deu uma risada – Não conhecia esse teu fetiche por chocolates… - acrescentou ele a rir também.

Ela estendeu-lhe a caixa – Vamos, prova lá um! Como não conheces, podes escolher o que mais te for atractivo no formato… eu já não posso fazer essa escolha, pois conheço-os a todos demasiado bem… - disse ela com uma piscadela. Harry sorriu e olhou para dentro da caixa aberta que ela lhe estendia. – Hummm… - disse ele pensativo, fazendo um inconsciente e leve trejeito com a boca – Acho que vou experimentar este… - e tirou da caixa um com um formato triangular. Ficou a olhar para ele, ao mesmo tempo que sentia um aroma maravilhoso entrar-lhe pelas narinas, vindo do chocolate.

- Então? – perguntou Hermione – Não queres provar?

- Era melhor ainda se com o chocolate pudesse provar mais alguma coisa a acompanhar… - disse Harry baixinho sem a olhar nos olhos, olhando intensamente para o chocolate, como se lhe tivesse a fazer um exame de raios-x com os olhos.

- Tipo o quê? – perguntou ela divertida e ligeiramente provocante.

- Hum, não sei… - disse Harry fingindo estar a ponderar muito no assunto – Talvez… - e olhou provocativamente para ela, sorrindo de uma maneira quase lasciva, o que provocou na rapariga um forte arrepio pela espinha toda. Desde quando é que o Harry age assim?

- Sei lá… o que é que achas que falta aqui? – perguntou ele avançando na direcção da morena. Como é que nunca reparara que a rapariga que considerava a sua melhor amiga era uma autêntica bomba? E desde quando é que se tornara extrovertido o suficiente para se tornar tão atiradiço?

Hermione não sabia bem o que pensar. Como é que nunca reparara melhor naquele corpo de deus grego e naqueles magníficos olhos verde-esmeraldas em contraste com aquele cabelo preto todo desalinhado que dava ao seu portador um ar extremamente sexy? Ela não sabia por que raio é que se lembrara disso agora, nem por que é que Harry agia de uma maneira tão diferente do costume, mas sabia que gostava, e isso bastava.

Foi na direcção dele, provocativamente – Hum, talvez possa ter uma ideia… mas onde é que eu estou com a cabeça??? Hermione, pára imediatamente, ele é teu amigo! Mas parar era o que ela definitivamente não conseguia fazer.

A centímetros do nariz um do outro, Harry parou de súbito. Hermione reclamou com uma voz que nem ela reconheceu como sendo dela – O que foi Harry?

- Eu não estou a agir normalmente, nem tu, mas no entanto estou a adorar… - confessou ele com um olhar divertido – Mesmo sabendo que o Ron ainda sente algo por ti…

- Ele é um bebé, nunca há-de crescer… - disse ela fingindo um muxoxo – Eu também sei que jamais faríamos semelhante coisa, mas não me consigo controlar… - e suspirou ao olhar para a boca sorridente e entreaberta de Harry.

- Então… é melhor eu primeiro provar o tão aclamado chocolate, não? – provocou ele a sentir a respiração dela contra a sua.

- Quem quer saber de chocolates? – disse ela quase exasperada, com os olhos completamente vidrados na boca chamativa do moreno.

- Eu! Estou curioso acerca do que te põe tão fora de ti, como esses chocolates! Talvez me ponham fora de mim, tal como a ti… – e dizendo isto, pôs o dito cujo na boca, com uma lentidão nata, provocando Hermione ainda mais.

Ele nunca sentira nada assim. Uma mistura de sensações espalhava-se por todo o corpo, sentindo-se um autêntico deus; aquele chocolate era como uma droga, deixando os seus sentidos meio que entorpecidos… e formando uma vontade mais forte que a sua, nascendo nele sem que ele quisesse… sem que se pudesse controlar, o que o estava a assustar. Estava agora mais sóbrio, questionando-se afinal porque ele e Hermione tinham reagido daquela maneira em relação um ao outro; eles gostavam um do outro apenas como amigos, nada mais! Mas a nova sensação continuava a perturbá-lo… tinha todos os nervos e músculos do seu corpo a teimarem em fazer o corpo sair da sala comum dos Gryffindor e dirigir-se não-sabia-para-onde. Rapidamente se afastou da amiga… mas a sobriedade não durou muito.

- O que aconteceu? Estava estragado? – perguntou ela confusa com a súbita mudança do comportamento do rapaz. Ele estava de olhos fechados, como em êxtase.

- Nada mesmo… apenas preciso ir. – e voltou-se rapidamente para o buraco do retrato.

- Harry!

Ele estacou, ainda voltado de costas para ela. – Sim?

- Porque é que te vais?

Ele olhou-a. Ela quase que não se aguentava em pé, de tão bambas que as suas pernas estavam: nunca vira Harry lançar um olhar tão predador, tão cheio de uma paixão que nunca vira nele. Estava ligeiramente afogueado, com os lábios muito vermelhos, como se estivesse com febre, entreabertos, com um pequeno vislumbre da ponta da língua a tocar ao de leve no lábio superior. À sua frente, estava um Harry Potter completamente desconhecido, com um olhar extremamente lascivo.

- Tenho de tratar de uns assuntos… pessoais.

Ela arrepiara-se ao ouvir a voz que saía da sua boca… se antes era como era, agora… oh, meu Merlin! Como é que ele consegue…? Aliás, como é que eu me consigo aguentar em pé? Ah, pois, estou apoiada na mesa…

Realmente, as suas mãos estavam aleijadas de se agarrar com tanta força ao rebordo da mesa. – E posso saber onde vais tratar desses… assuntos?

Harry riu de uma maneira que a fez sentir uma certa humidade no seu sexo; aproximou-se dela enquanto ria.

- Hermione, Hermione… ainda bem que me deste a provar aqueles chocolates… - dizia ele enquanto com uma mão a agarrava na nuca e a outra ia descendo abaixo da cintura, acariciando as nádegas e apertando-a contra si. Ela perdeu o fôlego de uma vez.

Harry olhou-a rapidamente antes de lhe espetar um beijo rápido e violento, mas que mesmo assim a fez gemer. Desde quando é que ela era masoquista?

Rapidamente a largou, caminhando a passos largos para o corredor, sem olhar para trás.

Mas que…? Hermione não sabia o que pensar. Assim que Harry saíra da sala, a mente dela ficara subitamente lúcida. O que é que se passou aqui?

(continua...)