Olá, pessoas! Estamos corrigindo e repostando a fic, porque estava cheia de erros de digitação... ^^' afinal, começamos a publicar tem um tempão, hahaha!
Atualmente a fic conta com três escritoras dentre as Marotas originais, pois a nossa Rabicha nos traiu e sumiu do mapa (até do Mapa do Maroto). Se querem embarcar nessa viagem insana e hilária sobre a nossa trajetória em Hogwarts, devo avisá-los:
Meninas Marotas é uma fanfic completamente anacrônica e não se encaixa em nenhum livro! É pura e simplesmente forfun e não apresenta nenhum tipo de teoria!
Preparem-se para TONELADAS de P.O.s, muita confusão e até mesmo descobrir coisas novas sobre pessoas aparentemente respeitáveis nos eventos da saga "Harry Potter"...
CAPA: http:/ katesales. deviantart .com/#/d423jyh
Marotas Productions orgulhosamente apresenta:
Cap.1 – Jéssy, Tham, Gi e Kate
Uma locomotiva vermelha arrotava fumaça sobre os alunos reunidos na plataforma nove e meia. Todos eles estavam acompanhados pelos pais ansiosos e um pouco nervosos. O melhor: quase todos.
Um garoto empurrava um carrinho de bagagem mais pesado que o normal, porque levava dois malões. O seu e o da sua prima, que caminhava a seu lado.
- Anda logo, Katherine. Precisamos achar um lugar vazio no trem.
Mas ela não estava escutando. Seus grandes olhos escuros ziguezagueavam pra lá e pra cá, tentando registrar tudo. Tinha acabado de completar onze anos, e era sua primeira viagem para Hogwarts.
- Kate! Acorda!
Ela se assustou com o grito do primo, e o encarou.
- Que foi, Tom?
- Vem comigo. Fica perto de mim.
- OK.
Kate pôs as mãos nos bolsos e seguiu Tom para dentro do trem.
Tom Riddle era, no mínimo, um garoto estranho. Era alto para seus treze anos, e seus olhos negros pareciam ocultar segredos tenebrosos. O rosto pálido, emoldurado por cabelos escuros não deixava transparecer pensamentos ou emoções, e sua voz era baixa e sibilada, pouco acima de um sussurro. Já Katherine Riddle contrastava terrivelmente com ele. Seus cabelos também eram negros, mas longos e presos numa trança. Os olhos azul-escuros demonstravam todas as emoções. Tom já estava com as vestes de Hogwarts, mas ela usava calça jeans rasgada, tênis de cano alto e colete jeans.
Os dois não se gostavam muito, já que Kate era prima do pai de Tom, que era trouxa. O garoto repudiava tudo que viesse dos trouxas, porém tolerava Kate, que também era discriminada pela família por ser bruxa.
Eles subiram no trem, e se sentaram no mesmo compartimento. De repente, um grito ecoou no corredor:
- CALA A BOCA, CAVERNA!
Kate olhou pra fora. O garoto mais feio que ela já tinha visto em seus onze anos de vida estava emburrado, encarando outro menino, de cabelos negros muito rebeldes e óculos, que parecia tanto zangado, quanto divertido.
- Pra sua informação, meu nome não é Caverna, é Ewerton de Puyster Van Der Kuyper!
- Se eu disse que é Caverna, é Caverna e PONTO FINAL!
Kate saiu da cabine e encarou o garoto, aborrecida
- Deixe ele em paz!
O garoto a encarou, com um sorriso torto.
- E se eu não deixar?
- Aí, eu vou ser obrigada a te mostrar que com Kate Riddle não se brinca.
Os dois se encararam hostilmente por um momento, mas passos no corredor os despertaram. Era Arthur Weasley, o monitor-chefe da Grifinória.
- Que está acontecendo aqui?
- Nada, Weasley – Tom também saiu da cabine e pôs as mãos no ombro da prima. – Vamos Kate. Não se meta nisso.
Foi a vez de Tom e Arthur se encararem. O monitor desviou os olhos e seguiu seu caminho.
- Não vai agradecer pela ajuda Caverna? – caçoou o outro garoto enquanto se afastava.
Van Der Kuyper lançou um olhar um olhar de secar planta na direção dos Riddle.
- Não preciso da ajuda desses sangues-ruins imun...
Não terminou de falar, porque no instante seguinte Tom prensou-o contra a parede, apontando a varinha para seu coração.
- Me chame de sangue-ruim de novo, e vou espalhar o seu sangue pelo trem inteiro.
Os olhos negros de Van Der Kuyper ficaram redondos como dois galeões ao identificar o brilho assassino nos olhos de Tom, cujas feições incharam de fúria como as de uma cobra prestes a atacar.
- M-mas o q-q-que e-é is-so, f-foi s-só uma b-brincadeira...
- Suma da minha frente, antes que eu me esqueça de que o trem está cheio de monitores. Já!
Van Der Kuyper disparou pelo corredor o mais rápido que suas pernas tortas conseguiram aguentá-lo. Kate estava perplexa com a reação do primo.
- Tom... Tom, porque você fez aquilo?
- Por nada – respondeu ele rudemente, e puxou-a para dentro da cabine. – não quero você andando com esse cara, Kate.
- OK.
Depois que o trem partiu, os "amigos" de Tom foram chegando: Malfoy, Avery, Nott, os irmãos Lestrange, Macnair, Rosier, Mulciber, Black, Crabbe e Goyle. Tom não era o mais velho, mas todos o encaravam com uma espécie de líder.
Kate não ficou muito tempo naquele lugar. Aquele grupinho lhe dava arrepios.
O trem havia acabado de partir. E ainda havia o barulho de muitos estudantes arrastando seus malões pelos apertados corredores do trem, enquanto procuravam por um compartimento vazio.
Jéssica Willianson fazia parte desse grupo de estudantes perdidos, e tentava de todos os meio possíveis carregar um malão com uma das mãos e uma pilha de livros, enquanto mantinha a porta aberta, quando ouviu uma voz:
- Precisa de ajuda?
Ela olhou para trás e viu um garoto pálido, de aparência um pouco doente, olhos de um castanho meio amarelado, assim como os cabelos ligeiramente maltratados. Porém, mesmo com o jeito cansado, ele era encantador.
Ele ajudou-a com o malão e os livros, e parou perto da porta, pronto para sair:
- Se precisar de ajuda...
- Não quer ficar aqui? – perguntou ela na mesma hora, ficando escarlate.
- Bem... Na verdade... Eu preciso ir...
- Ah... – fez ela meio desapontada.
- Bom... Até.
- Tchau.
E ele saiu da cabine, enquanto ela se escondia por trás de um dos livros.
Jéssica tinha onze anos, e estava em sua primeira viagem a Hogwarts. Não estava muito nervosa, afinal, toda sua família era de bruxos e bruxas que estudaram e estudavam em Hogwarts (Sua maioria Sonserinos), e muitos de seus primos, os Black, estavam agora sentados em algum compartimento do trem. O que mais a preocupava naquele momento, era a demora para chegar à escola e à seleção dos alunos. Ela ficou pensando em qual casa entraria...e em qual casa ficaria aquele garoto de olhos amarelos...
A porta se abriu abruptamente, interrompendo a linha de pensamentos dela, e um garoto de mais ou menos a idade de Jéssica entrou:
- Encontrou uma cabine? – perguntou ele jogando-se no banco - Parabéns.
Ela o olhou por cima do livro e não respondeu.
Ninguém acreditaria se dissessem que os dois eram irmãos, pois não poderiam ser mais diferentes. Jefferson Black era o meio-irmão de Jéssica, um ano mais velho, trinta centímetros mais alto, com cabelos e olhos negros. Ela tinha olhos verdes e cabelos castanhos compridos, Usava óculos e adorava ler e estudar.
- Você viu a Bella?
Jéssica não respondeu, voltou a se esconder atrás do livro. Jefferson continuou seu monólogo:
- E a Cissa?
- Você sabe muito bem que, das nossas primas, a única de quem eu gosto é Andrômeda.
- Então, você viu a Andy?
- Não. Ela é monitora-chefe, deve estar no vagão dos monitores.
- Ah, é verdade. Bem, vou indo. Preciso falar com o Tom.
Ela o observou saindo do compartimento. Era incrível como Jefferson gostava desse tal de Tom! Para ela, ele era, sem dúvida, estranho... Bom, na verdade, seu meio-irmão também era estranho… com aquele absurdo orgulho de pertencer à Sonserina… Tava aí uma tradição que ela não queria seguir.
Aquele prometia ser "o ano" para os gêmeos Gisele e Guilherme Brianne. Haviam sido aceitos em uma tal Hogwarts, uma escola da qual eles nunca ouviram falar. Descobriram que sua tia Nathalia era bruxa, e o mais incrível, eles eram bruxos! Depóis de tudo isso, claro, teve o susto que levaram em seu aniversário, quando foram comprar seus materiais, se perderam no Beco Diagonal, só conseguindo voltar depois de horas.
Dia 1º de setembro, primeiro dia de aula, quando chegaram na plataforma nove e meia, ficaram alucinados com a grande locomotiva vermelha que encontraram. A plataforma estava tão cheia que quase não era possível andar. Dentro do trem, tinha tanta gente nos vagões, que Gisele e Guilherme achavam que teriam que ficar em Londres mesmo!
Finalmente, encontraram um compartimento vazio. Já iam entrando, quando um garoto muito bonito, de longos cabelos negros caindo elegantemente sobre os olhos também negros, entrou empurrando, deixando os dois sem palavras. Aquele era o último vagão, e nada indicava que teria um outro lugar para que eles ficassem, o que os empurrava cada vez mais pra dentro.
Logo que entraram, o garoto olhou para eles como se nunca estivessem estado lá.
- O que vocês querem?
- Não tem mais nenhum outro lugar vazio. - Respondeu Guilherme indiferente.
- Aqui já está ocupado. – respondeu o garoto – Procurem outro lugar para ficar.
- Acho que você não ouviu – Gisele já havia perdido a paciência – Não tem outro lugar vazio. Nós vamos ter que ficar aqui.
- Não me responsabilizo pelas crianças…
- Não preciso de você pra isso. – respondeu Gisele, sentando-se no banco junto com o irmão.
Gisele era uma menina muito meiga e calma, mas não suportava quando era desprezada. Seus cabelos eram bem longos e cacheados, de um negro muito forte e brilhante. Seus olhos eram pequenos e redondos, lembrando muito duas amêndoas.
Guilherme era idêntico à Gisele, tinham exatamente a mesma altura, e seus rostos eram iguais, a ponto de serem confundidos quando se vestiam iguais e escondiam os cabelos. Tinha os cabelos bem curtos e sempre arrepiados, e seus olhos lembravam muito duas jabuticabas. Era teimoso, e não descansava até alcançar o objetivo. Não gostava de assumir, mas tinha um grande carinho pelas pessoas que amava.
Os gêmeos eram órfãos, de pais trouxas. Sua mãe morrera logo após dar a luz a eles. Seu pai morreu um ano depois. A partir daí, sua irmã, tia Nathalia, passou a tomar conta deles.
- Desculpe a minha irmã – falou Guilherme – ela é meio estressada.
O garoto não respondeu, simplesmente deu de ombros.
- Meu nome é Guilherme Brianne, e ela é a Gisele – continuou ele.
- Sirius Black – respondeu o garoto – Quer ajuda?
Guilherme estava tendo alguma dificuldade para colocar os dois malões dentro da cabine. Não recebia ajuda de sua irmã, que observava Sirius claramente aborrecida, mas com um olhar que Guilherme não pôde decifrar.
- Não é necessário – respondeu Guilherme quando finalmente conseguiu realizar a façanha que vinha tentando há algum tempo. – Mas agradeço assim mesmo. – e se jogou ao lado da irmã, exausto.
Gisele estava sentada ao lado da janela, desviando o olhar de Sirius para o lado de fora, quando este a percebia.
Depois que Sirius e Guilherme pararam de falar, um silêncio invadiu a cabine, deixando os três incrivelmente sem jeito.
Algum tempo depois, que pareceu para ele uma eternidade, a porta da cabine se escancarou e um garoto (que parecia ser o mais feio do mundo) entrou muito aborrecido, sem perceber a presença dos gêmeos e Sirius. Sentou-se bem próximo à porta, que continuava aberta, murmurando algo com: "Sangues-ruins idiotas. Não sei porque ainda os aceitam nesta escola…"
Deu um pulo quando percebeu que não estava sozinho, parando de falar na mesma hora. Encarou por alguns segundos os gêmeos com um ar de superioridade, parecia ser a primeira vez que sentira aquilo, e deveria estar adorando a experiência, pois tinha um sorriso (talvez um pouco assustador, mas compreensível, levando em conta suas feições) nos lábios.
Porém, sua alegria foi interrompida quando notou Sirius. No lugar do sorriso, encontrava-se agora uma expressão tanto de medo, como de desafio.
O garoto abriu a boca para falar algo, mas Sirius foi mais rápido:
- CALA A BOCA, CAVERNA!
Indignado, o menino retrucou:
- Eu não falei nada.
- Mas ia – respondeu Sirius – E nem ouse continuar a falar, porque não estou a fim de ouvir sua voz.
- Quem você pensa que é para me dizer se posso ou não falar?
- Não só penso, como sou Sirius Black, e se eu fosse você ficaria quieto, porque eu não me desafiaria neste momento.
Caverna analisou a situação por um instante e se calou. Sirius deu uma risadinha debochada:
- Aliás, parece que você aceitou bem o nome que Tiago te deu. Se identificou bem com ele, não é?
Guilherme estava admirado com o fato de que as escolas dos bruxos eram tão parecidas com as dos trouxas, parecia, e parecia estar curtindo muito ver o tal do Caverna ser aloprado por Sirius. Gisele, por outro lado, não parecia nem um pouco contente, e levantou tão rápido, que atraiu a atenção de todos.
- Como vocês três são infantis! – ela disse saindo da cabine – E você tem que aprender a se defender, ou vai ser azucrinado pelo resto de sua vida!
Caverna tinha no rosto um olhar de incompreensão, deixando Gisele ainda mais irritada, o que a fez bater a porta com tanta raiva que a fez estremecer.
- Espere aí! – gritou uma garota que corria em direção ao trem que já estava saindo da plataforma. Deu um salto e alcançou o trem (quase perdendo os livros com a queda do malão que se espatifou no chão, escancarando-se) . Tentou recolher tudo no menor tempo possível para que assim, pudesse, quem sabe, preservar a pouca dignidade que ainda lhe restava, quando ouviu passos.
Levantou os olhos e viu um garoto com cara de rato, que se aproximou dela.
Fez uma careta:
- Odeio ratos. – resmungou consigo mesma.
O garoto chegou mais perto.
- Precisa de ajuda? – perguntou ele, tentando ser educado, mas ainda assim dando a impressão de ser um rato sobre duas pernas.
- Não, obrigada. – respondeu a garota.
Porém, o ratinho não ia desistir tão facilmente, pegou um dos cadernos que estava no chão.
- Deixe-me ajudá-la! – guinchou ele com sua vozinha fina.
- Não! Obrigada! – ela começava a se irritar, tentou tirar o caderno das mãos dele, que puxou-o
- Eu insisto!
Era a gota d'água! Ser gentil era uma coisa, ser inconveniente era outra completamente diferente!
- NÃO! OBRIGADA!
Os dois puxaram o caderno ao mesmo tempo, rasgando-o em dois, e sendo lançados: ela sobre um garoto narigudo e de cabelo seboso, e ele sobre um outro garoto que vinha correndo, feito um alucinado e resmungava algo sobre ter sido ameaçado com uma varinha.
- Sangues-ruim! – disse o seboso com desdém, enquanto afastava a menina, ainda tonta, com metade do caderno na mão.
Thamiris Logan tinha onze anos, e não era trouxa, como o garoto seboso quis insinuar. Na verdade, ela descendia de uma família de bruxos do sul da Inglaterra, incluindo um que ensinava Herbologia em Hogwarts e um dos jornalistas da nova revista bruxa, "O Pasquim". Em resumo, ela era apenas desajeitada. Tinha olhos castanhos escuros, sombreados por uma franja. Seus cabelos eram compridos, de uma cor (agora) preta. Era alta para a idade, e um tanto quanto "dada a acidentes", mas era uma garota legal.
Ela se levantou, e recolheu algumas folhas de pergaminho espalhadas, fechou o malão ainda aberto e o arrastou pelo trem, procurando um vagão desocupado, o que era impossível, depois de tantos atrasos e contratempos.
Quase no fim do trem, porém, encontrou um, apenas ocupado por uma garota que lia um livro de capa verde escura, com uma cobra prateada que se movia entre as letras da frase: "TRAJETÓRIA BLACK PELA SONSERINA".
Enquanto ela olhava, viu que a menina jogou o livro para o lado com um olhar de tédio e pegou um outro no malão.
Thamiris então, abriu a porta do compartimento.
- Será que eu posso... – começou ela.
- Claro, fique a vontade. – respondeu a outra garota que observava por trás do livro e dos óculos com seus olhos verdes.
Thamiris sentou-se timidamente e se levantou em seguida: esquecera o malão do lado de fora da cabine…
Depois de guardar suas coisas, ela voltou para dentro e sentou-se de frente para a outra.
- Você está viajando sozinha?
- Pode-se dizer que sim.
- Não tem irmãos?
- Tenho, mais velho.
- Ele está em Hogwarts?
- Sim, no segundo ano.
- Ah, eu queria ter um irmão mais velho… ainda por cima estudando em Hogwarts comigo!
- Não é nenhuma maravilha. Principalmente quando seu irmão se acha o maioral.
Ela se calou. Parecia achar que tinha falado demais.
- Meu nome é Thamiris Logan, e o seu?
- Jéssica Willianson.
- Também é do primeiro ano?
- Sou.
- Já tem idéia de que casa vai ficar?
- Não. Minha mãe gostaria que eu fosse para a Sonserina com meu irmão.
- Credo! Eu volto pra casa imediatamente se tentarem me mandar pra lá!
- E qual é o problema com a Sonserina?
Thamiris deu um pulo no banco, e ao se virar para a porta, deparou com uma garota de calça jeans rasgada, colete jeans também rasgado, e os olhos escuros quase soltando faíscas.
- Que foi? Nunca viu?
- Não… não é isso…
- Idiota como todos os emos…
- EU NÃO SOU EMO!
Mas o estilo de Thamiris não se deixava confundir, e Jéssica teve que esconder o sorriso com um bocejo.
Thamiris e Katherine ficaram se encarando por um longo tempo, na verdade, por um instante, poderia se dizer que haviam ficado petrificadas com algum feitiço ou sei lá o que. Mas, depois de algum tempo (talvez quando sentiram uma câimbra), resolveram parar de se hostilizar e Thamiris sugeriu, sendo educada e tentando começar do zero.
- Por que não se senta?
A outra garota pareceu em dúvida. Olhou para os olhos de Thamiris sob a franja anormalmente preta e ficou imaginando se ela não teria colocado uma tachinha no banco…
Katherine resolveu sentar-se, depois de decidir que uma anti-sonserina não faria uma coisa dessas (pelo menos não sem ninguém notar!)
- Você ainda não me respondeu o que tem contra a Sonserina. – lembrou a prima de Tom.
- Ah, - começou Thamiris – é que é uma casa tão… - não terminou a frase.
- Tão o que? – Katherine estava impaciente.
- Ah, sei lá, meu!
Ela pareceu constrangida, e olhou para a outra garota, que observava tudo, visivelmente divertida.
- Pergunte a ela!
Thamiris apontou. Com os olhos bem abertos de espanto, Jéssica respondeu:
- Quase todos os Black foram da Sonserina, e eu não vejo nada de tão maravilhoso nisso.
Katherine franziu o nariz, já ia responder, quando a porta foi aberta mais uma vez, em quem sabe, um de seus dias mais movimentados.
Mais uma garota entrou.
- Como é que é? – perguntou ela. Tinha os cabelos cacheados e olhos cor de amêndoa. Parecia muito aborrecida com algo.
- O que? – perguntou Jéssica, sem entender.
- Quase todos os Black foram para a Sonserina?
- Sim.
- Já sei que para a Sonserina eu não vou…
- Posso saber o que você tem contra a Sonserina também?
Katherine já estava em pé, espumando de raiva. Afinal, o que todos tinham contra essa casa?
- Não tenho nada contra a casa, só conheci um Black que é simplesmente impossível de se conviver.
- Quem? – Jéssica voltou ao assunto.
- Sirius Black, conhece?
- Infelizmente… É meu primo… Se a gente pudesse escolher a família…
- Você não quer se sentar? – Thamiris estava tão calada, que nem parecia estar presente – Meu nome é Thamiris Logan, ela é Jéssica Willianson, e ela… eu não sei.
- Katherine Riddle – completou a garota, sem se dirigir a Thamiris.
- Gisele Brianne – respondeu a garota de cabelos cacheados, sentando-se de frente para Katherine e ao lado de Thamiris.
- Aonde você conheceu Sirius? – Jéssica parecia curiosa.
- Na cabine onde estava antes de vir pra cá. Era a única vazia, e eu e meu irmão já íamos entrar…
- Você tem um irmão? – interrompeu Thamiris – Ele estuda em Hogwarts? É mais velho? Ah, como eu queria um irmão…
Gisele estava um pouco espantada com tantas perguntas, mas respondeu calmamente:
- Tenho um irmão gêmeo. Tem onze anos, como eu, e este é seu primeiro ano em Hogwarts também.
- Mas o que houve na cabine? – lembrou Katherine.
- Ah! – Gisele continuou – Quando íamos entrar, ele nos empurrou e foi entrando na cabine. Nós entramos também e ele meio que nos expulsou de lá.
- E por que você saiu? – perguntou Jéssica indignada – Eu teria ficado.
- E eu ia. Mas aí um garoto, muito feio por sinal, entrou. Então eles começaram a discutir, e eu não quis ficar ouvindo aquilo.
- Espera um minuto. – disse Katherine pensativa - Esse menino era a coisa mais feia que você já viu?
- Ah, era! – respondeu Gisele rindo.
- Eu sei quem é. Tinha um garoto dizendo que o nome dele é Caverna…
- Deve ter sido o tal Tiago de que Sirius falou.
- É um idiota!
As quatro falaram, durante a longa viagem, sobre elas mesmas, suas vidas, e principalmente, sobre como seria Hogwarts.
Quando finalmente chegaram, todos os alunos do 1º ano foram levados por um caminho de aparência íngreme, estreita e escura; que se abria de repente indo até a margem de um grande lago escuro, onde havia vários barcos com lugar apenas para quatro pessoas.
Chegando ao castelo, entraram por duas grandes portas de carvalho, que se fecharam com um baque muito alto, assim que os últimos alunos passaram.
