Depois de toda aquela agitação ele, finalmente, poderia ficar mais tranquilo. Sua parceira estava segura agora. E pensar que ele perdera controle, sentia-se incapaz de dormir, de ficar calmo, de pensar direito, sabendo que Eames estava em perigo, que poderia ainda estar viva e sendo torturada... Que poderia estar morta. Ele não sabia o que estava sentindo, mas precisava encontrá-la, saber que estava bem, viva.
E ele nunca ficou tão aliviado por vê-la, essa estava um tanto traumatizada depois da experiência. O barulho das cortinas a incomodara, mas aquilo já havia passado, Goren garantiria que ela ficasse segura.
xxx
Goren contara o que houve, ela respirou fundo. Era um alívio saber que tudo estava resolvido agora. Porém ela sabia de algo que Goren não sabia que ela sabia.
- Eu falei com Declan. – disse Eames, sua voz rouca, estava cansada. Goren a olhou interessado – E com o capitão.
- Você devia estar descansando. – ele repreendeu calmamente, mas ainda curioso.
- O capitão me disse que você começou a freaking out quando sumi e Declan disse que foi alvo de suspeitas. – ela ignorou o que ele dissera.
- Freak Out? Sim, ele foi alvo de suspeitas... Minha parceira estava em perigo. – ele baixou o olhar
- Você não tem dormido. Está um caco. – ela comentou – Tem que ir para casa. Eu vou ficar bem, prometo.
Ele a olhou e consentiu.
xxx
Fazia um dia que recebera alta, ela levantou foi abrir a porta, apenas para avistar Goren a sua porta.
- Hey. – ele disse
- Hey... O que faz aqui? – ela perguntou dando espaço para ele entrar, esse o fez.
Ela fechou a porta, sem tirar os olhos dele.
- Vim ver como está. – ele disse, meio acanhado.
- Bem, mas podia ter ligado.
Eles se encararam por um tempo, frente-a-frente.
E, de repente, estava feito, estava acontecendo. Um beijo, perfeito, intenso, que Goren iniciara, Alex correspondera.
Afastaram-se, recuperando o ar de seus pulmões.
- Eu precisava saber que estava bem. – ele disse, a trouxe para perto, abraçando-a, afastou-se e a guiou para o sofá, fazendo-a sentar-se ao seu lado. Ela era tão interessante, por dentro tão durona, uma detetive forte, por fora tão pequena, frágil, fofa, lindinha, uma gracinha.
Ele a apertou contra si, beijou o topo de sua cabeça, ela o olhou. Roubou-lhe um selinho.
Aninhou-se ao peito dele, era durona demais para admitir que teve medo quando estava presa ou que estava se sentindo extremamente segura ali.
Resolveria aquilo depois, mas, por enquanto, estava onde devia estar.
