CAPITULO 1

Num emaranhado de pernas, suor, fluidos e gemidos. Ela cavalgava em desespero como se a vida dependesse disso... Os servos a chamavam de muralha de gelo, a frieza dela seria capaz de substituir a construção que a existira um dia. Mas nestes momentos não havia nenhum gelo em sua pele ou alma.

Ele esperou durante anos que ela se abrisse para o casamento e mesmo contra todas as possibilidades e acontecimentos, mesmo com o período de separação o relógio finalmente chegara ao fim.

Com o rosto enfiado seus seios pesados ele não conseguia lembrar dos momentos de constrangimento inicial dessa união. E quando ela chega ao clímax, jogando a cabeça pra trás e o esmagando com sua excitação, ele tem certeza que mesmo com as cicatrizes de tortura e todo sofrimento que ainda a atormentam, algumas noites ele (o homem mais feio dos sete reinos) é como um bálsamo pra todas as feridas dela. E só essa sensação de poder e de pertencimento já faz com que ele não demore muito a explodir em mil pedaços dentro dela.

"Faça assim, mais..." Ele aperta o traseiro dela

"Ohhh Tyrion" ela grita.

"Desse jeito você vai acordar as crianças no outro cômodo"

Ela corada pelo esforço "Desculpe, meu senhor"

"Ora, pare de me chamar de senhor!"

Ela sorri e lhe beija os lábios. E o abraça para que ele se aninhe junto a ela. Enquanto ele brinca distraidamente com um mamilo rosado pergunta "O que lhe preocupa tanto?"

"Por que você fala isso?"

"Sempre que você está ansiosa age como uma coelha"

Ela arregala os olhos e belisca o braço dele.

"Como se atreve? Além do mais não é como se isso fosse uma tortura para você..."

"Querida, eu só quero que você se abra para mim!"

"Ora, mais ainda? Da forma que me abro realmente seremos mais numerosos que os malditos Freys! Seis filhos já é mais do que a mãe e o pai"

"Depois dessa noite, podem ser sete ou oito se forem gêmeos novamente"

"Essa coisa de gêmeos é legado da sua família"

"Além de pernas curtas?"

"Quando você se ofende assim ofende também meu filho, pare com isso! Ou eu juro que minhas pernas estarão fechadas pra você!"

Ele beijou o longo pescoço dela

"Não mude de assunto. o que te deixa tão ansiosa Sansa?"

"Eu não quero que você vá para Casterly Rock, seus filhos precisam de você."

"Mas é o meu legado, não posso abandonar tudo que tenho"

"Achei que sua família fosse mais importante"

"Casterly Rock é a casa dos Lannisters, nossa família é Lannister"

"Minha família é Stark, eu sou uma Stark e meus filhos são Starks. Nunca sairemos do Norte novamente." Ela se levantou sem nenhum pudor de sua nudez.

"Ned é um Lannister, todos os outros podem ser o que você quiser. Mas eu preciso de um herdeiro! já passou do momento de Ned conhecer o que vai herdar. Você não queria uma aliança forte? A união do norte com o Sul? Não foi esse o motivo de nos casarmos novamente"

"Ele só tem cinco anos."

"Você quer que eu leve Rickon ou Bran?"

"Não, eu não quero que Rickon sofra o que você sofreu naquele lugar horrível, ele não suportaria! E Bran é um bebê! Não não não..."

"Você é a guardiã do Norte e eu do Oeste, temos que chegar a um acordo."

"Vou pensar em algo. Vou me lavar, daqui a pouco Joana vai reclamar para mamar." Ela vai para a frete do espelho.

"Relaxe. Nossos filhos precisam de você sem essa nuvem de preocupação" ele se virou e fechou os olhos instantaneamente.

Ela suspira na frente do espelho. Com uma bacia e um pano úmido lava o rosto, as mãos e as partes de mulher. As marcas na barriga são um lembrete de quantas gravidezes ela teve, as marcas nas costas de quanto sofrimento ela suportou. Mas ainda tem uma beleza digna de canções, mesmo que poucos ousem se aproximar. Ela luta contra o cansaço, veste uma camisola. Na sala ao lado ela pega Joana que já começa a se agitar, tira um seio pesado e dolorido e o alívio é instantâneo quando a bebê ruiva o suga avidamente.

Quando a bebê termina, já está dormindo novamente. Sansa a acomoda no berço, pega uma vela e parte para o cômodo no final do corredor. Lá está o quarto das gêmeas Tyriana e Cat, de sete anos, que não poderiam ser mais diferentes, a primeira de cabelos loiros como os do pai e olhos azuis a segunda ruiva como a mãe e o mesmo azul dos olhos. Elas dormem juntas em uma cama mesmo havendo duas no quarto, dado o vínculo de união das duas.

Ned de cinco anos, já dorme sozinho como um senhor que ele futuramente será. Com os cabelos loiríssimos e os olhos desiguais como o pai, um azul e outro de uma cor que ninguém identificava direito. Depois o quarto dos meninos menores. Rickon, um anão como o pai, com quatro anos. Uma cópia de Tyrion, com o temperamento comedido da mãe. Dorme agarrado a um cãozinho. Na outra cama Bran, com três anos já quinze centímetros mais alto que o irmão. Ruivo de olhos azuis. Inegavelmente um Tully, extrovertido e cheio de energia.

Ela suspira de alívio e cansaço, todas as noites ela repete o ritual. Exatamente como Catelyn fazia. Enquanto voltava para seus aposentos fez uma prece silenciosa para que a Mãe e os deuses antigos cuidassem sempre de seus bebês. Ela entra no quarto, Tyrion já ronca e ela afunda num sono sem sonhos. Uma dádiva, os pesadelos a perseguem dormindo ou acordada.

No dia seguinte eles quebram o jejum junto aos filhos em seus aposentos, eles ordenaram que fosse colocada uma mesa para acomodar todos os filhos e eles pudessem ter mais privacidade. Sansa está com Joana no colo, enquanto devora uma tigela de mingau a bebê mama em seu seio.

"Você está parecendo Lysa Arryn, talvez pudesse ter uma ama para desempenhar tal papel."

"Estamos em família, eu sempre fiz questão de alimentar meus filhos. Você não percebe porque você está sempre em Casterly Rock"

"Essa história outra vez? Como se você se importasse..."

"Seus filhos se importam."

"Eu sou um bom pai, me esforço para cumprir minhas obrigações! Vamos crianças, vamos brincar no jardim de vidro"

"Ned fica, ele vai me ajudar com os peticionários. Joana também fica. "

"Sim LADY Stark" O tom sarcástico que ela já estava acostumada.

Ele saiu com as crianças e ela virou-se para o filho.

"Ned, você será um senhor como seu avô. Deve começar a cumprir com as responsabilidades de um senhor e hoje você vai ajudar a mamãe com algumas tarefas. Nem sempre é fácil tomar certas decisões. Seja corajoso."

"Eu sou mamãe." Ele assentiu solenemente.

"Muito bem."

Algumas horas depois ouviram algumas reivindicações de bandeirinhas e aldeões. Alguns pediam comida, outros abrigo após longa viagem, alguns ladrões que ela sempre sentenciava a vestir o preto. Ned se meche no colo da mãe devido ao tédio.

"Mamãe, gostaria de ficar com o pai. Joana já foi!"

"Joana é um bebê, você é um senhor" Ela dá olhar duro, o menino se encolhe.

"Estamos quase terminando" Suaviza um pouco. A verdade é que ela também não gosta de tal papel, não foi criada para isso. Prefere estar bordando ou com os filhos.

O último pedido não pode ser pior.

Alguns homens trazem um homem maltrapilho e machucado. Com a acusação de ter violado uma pobre garota.

"Mamãe, o que isso quer dizer!"

Ela endurece, as memórias vem a tona e o ódio reprimido de repente explode.

"Tragam a garota" ela ficou de pé.

A garota tinha apenas sete anos, os olhos roxos, o lábio partido. A descrição do que o homem havia feito com ela faz com que Ned tremeça, Sansa está em chamas.

"É de conhecimento de todos o que fiz com o último estuprador que teve a infelicidade de cruzar meu caminho."

"Lady Stark, misericórdia. Eu posso pegar o preto"

"Você vai pegar o preto, mas não vai por inteiro. Levem a garota ao mestre para que seja cuidada. Cortem o membro imundo dele e alimentem os cães"

Quando a menina sai a sentença é cumprida. Os gritos enjoam a todos. Ned se agarra à saia da mãe. E fecha os olhos quando a lâmina corta a carne do infeliz, que engasga em sua dor.

"Ele é um homem mau, você viu o rosto da garotinha?" ela se abaixou para olhar nos olhos dele.

"Sim" ele chora

"Me prometa que jamais fará algo assim com uma mulher" Ela segura o rosto dele.

"Nunca faria tal coisa"

"Você deve ser honrado como seu avô e seu pai, eu te amo. Terminamos por hoje, vá brincar com seus irmãos." Beija a testa dele. Ele sai correndo enquanto ela observa o sangue ser removido do chão.