Enjoy!~ [Eu bebo sim / Eu tô vivendo / Tem gente que não bebe / E tá morrendo :v]
Ver Midori na Academia Fuuka foi uma surpresa. A última vez que a vi, foi quando ela se preparava para aproveitar sua recém graduação em história. Ela estava tão feliz aquele dia que eu me pergunto se a verdadeira razão não era a possibilidade de estar sempre ao lado daquele professor / arqueólogo que ela tanto amava flertar. Vai saber...
Quer dizer, no fim das contas eu muito bem sabia sim. Midori é um coelho duracell humano. Não posso simplesmente culpá-la por ser tão enérgica, e eu... Bem, ninguém espera que um Médico tenha uma vida tão bem aventurada quanto a de um historiador. Ou ao menos era calmaria que eu imaginava da minha profissão.
Hmph. Como eu fui ingênua.
Se midori soubesse como movimentada minha vida tinha se tornado de lá pra cá, talvez ela teria se interessado... Nah. A quem estou enganando? Aquele professor salvou Midori da entediante e estressante vida que ela passaria ao meu lado. Nossa, quase não sobrou tempo para diversão... Ah, quanta saudade eu tenho dos meus preciosos experimentos!~ Mas salvar pessoas é mais importante. Apenas... É o que me basta. Mas o cômico é: sempre ocorrem casos estranhos em Fuuka. Ao menos não posso reclamar de quase não ter trabalho a fazer, por que trabalho há e até demais.
Parando para pensar agora, isso provavelmente foi o que te puxou de volta para esse buraco sobrenatural em forma de cidade, e não nossas velhas e bem conhecidas fugas. Será que ela ao menos lembra disso? Do tempo que passamos nos bares e pubs e botecos e resenhas e aonde mais houvesse álcool a disposição, rindo e gozando da vida em vez de levar a universidade a sério? Ou da vez que acabei me confessando sem querer, em uma das nossas bebedeiras? Ah, duvido... Midori é muito cabeça de vento. E por isso não posso culpá-la por nunca ter reparado em meus sentimentos... Até...
— O quê?
— Eu sei o que você sentiu no verão passado. Quer dizer, nos verões.
— Acho que Não entendi...
— Deixa que eu te faço lembrar...
— Lembrar o quê, Mido-Mmmmff !
Midori tinha me beijado. E de novo. E de novo. Quando nossos lábios se partiram, eu não pude conter minha surpresa. E ela só sorria triunfante. Ah, Midori...
— Sua sem vergonha...
— Quê? Eu apenas quis te mostrar o quanto eu senti saudades...
— Me engana que eu gosto, Midori.
— Ah... Com prazer!
E ela se jogou no meu colo, voltando a me beijar com gosto... Fica difícil não corresponder quando seu objeto de afeição sumido por eras finalmente está de volta, mas... Não impossível. E num esforço quase sobre-humano segurei seus ombros e me separei de seus lábios suavemente.
— Midori... Não. Por favor.
— Porquê?
— Porque é cruel... Eu sei que você ainda está apaixonada pelo professor historiador.
— Hmm... Talvez, mas isso não significa que eu não goste de você também.
— Oh, por favor. Já somos grandinhas o suficiente pra saber que há um abismo gigante entre gostar e amar.
— Grandinha? Mas eu só tenho dezessete, Senpai!
Por pouco não caio da cadeira. Em vez disso, massageei minhas têmporas, suspirando.
— Porque diabos certas coisas nunca mudam, Kouhai?
— Vai saber... Aposto que certos hábitos seus não mudaram também... Então passa a loira, por favor!
— Não posso dar bebida alcoólica para menores de idade.
— Touché. Mas nada me impede de virar a enfermaria do avesso até encontrar, keh keh keh...
Me levantei da cadeira impaciente. Odeio pessoas mexendo em minhas coisas, e isso inclui essa xereta chamada Sugiura Midori... Suspirei, abrindo a porta do frigobar para pegar duas garrafas de cerveja escondidas entre os frascos de injeção e as bolsas de sangue e entreguei uma à Midori, que mantinha um sorriso quase inocente nos lábios. Quase.
— Entãããão... Como anda a vida, doutora?
Disse ela abrindo a garrafa e dando um generoso gole da bebida.
— Porque em vez de falar de mim não falamos sobre o que te trouxe de volta a Fuuka afinal? Levar a vida pacata de professora de história é que não foi.
— Oras... Como tem coragem de perguntar por que voltei? Claro que foi por você! Ou acha que não sinto falta das nossas saideiras?
— Por um momento achei que você tinha vindo fazer essas suas pesquisas tão confidenciais sobre esses... Pequenos casos estranhos que andam acontecendo ultimamente.
Foi impossível conseguir esconder a pontinha de remorso em minhas palavras, admito.
— Qualé Youko, você é mais importante! E pra demonstrar o quanto quero voltar a passar meu tempo com minha melhor amiga, proponho que brindemos minha volta hoje à noite no velho boteco do careca. Topa?
Fingi uma pose pensativa antes de sorrir de canto de lábios para ela.
— Ok. Mas você paga a conta.
— Assim não é justo, eu acabei de voltar!
— Mas você quem propôs... Então você paga.
— Ahhh...Tá bom... Mas faça valer a pena!
E ela se levantou da cadeira pra me abraçar em despedida.
— Até a noite, Youko!
Midori fechou a porta da enfermaria enérgica e eufórica como sempre.
— Humph. Paz finalmente... Agora, hora de voltar ao trabalho.
Suspirei, mergulhando em meus pensamentos. E já que ela está de volta, não tenho muita escolha. Posso apenas... Aproveitar sua companhia.
Que sem dúvidas será muito bem apreciada.
A/N:
Ahhhh, meu segundo ship favorito!~ [podem chorar pois não é de shiznat a 1a. posição lalala laa laa la la laaa la la la aa la].
Gente, Mai Hime tem tanto shipp que eu me senti NO DEVER de explorar pelo menos um ou outro casal, então saiu isso ai!
Inicialmente seria só uma oneshotzinha marota, mas então pensei em dar voz a nossa amora Midori também. Espero que tenham gostado! Ah, e já avisando: vou demorar pra lançar a segunda parte dessa fic aqui, mas espero que não demore tanto quanto uma certa fic sobre LoL, ehehe.
Abraços!
