Autora: MoiraShipper
Resumo: POV. O aniversario de 15 anos de Nadja esta chegando e sua mãe resolve dar um grande baile para comemorar e ela relata tudo em seu diário que ganha de Oscar, o ex enteado de seu tio que é mandado a Paris para buscá-la. Nadja & Oscar. Ashita no Nadja pertence a Izumi Todo, apenas a fic é minha.
O Diário de Nadja: Um novo dia Chegou
Década de 1900, Março.
Música: Étoile-Ashita no Nadja
Meu nome é Nadja Applefield Preminger e tenho quase 15 anos. Bom, hoje foi um dia cheio de novidades, então vou começar a contar minha história. Já se passaram quase dois anos desde que me juntei a Compania Dandelion, após receber uma mala com um diário e um vestido, descobri que minha querida mãe estava viva, e ai fugi do Orfanato após um incêndio, onde fui perseguida por dois detetives que estavam atrás de meu broche e fui viajando e dançando pela Europa, passando pela Espanha, onde aprendi Flamenco, na França, onde ganhei uma caixinha de musica, na Áustria, onde enfim descobri ser herdeira dos Premingers e lá, tive que provar ser a verdadeira Nadja e conhecendo muitas pessoas que me ajudaram, como o jornalista Harvey Livingston, que me ajudara ate o final, fazendo reportagens e conseguindo uma pista, o estudante Cristian Strand, que me ajudou a descobrir a origem do símbolo do meu anel, a professora Anselma e a srta. Carmem, que me ensinaram Flamenco , Leonard e Tierry, dois nobres que sempre me ajudaram nas festas, o Lojista de Cherbourhg, que me entregou uma caixinha de musica que era de minha mãe, e... Os nobres Francis e Keith Harcourt.
Esses dois últimos, sempre me salvavam. Keith me salvara quando fugi do incêndio do Orfanato e descobri que ele era o ladrão Rosa Negra, que roubava dos ricos para dar aos pobres e sempre aparecia como Rosa Negra para me salvar. Francis foi com quem dancei minha primeira valsa, que é a musica da minha caixinha e a mesma que a mamãe dançou com meu pai. Ele também sempre esteve comigo, gentil e fora ele que me levara ate Viena, na mansão dos Premingers. Desde então, sempre houve a indecisão de quem eu gostava. Francis ou Keith?
No fim da jornada, finalmente reencontrei minha mãe e provei ser Nadja, após Rosemary, minha ex melhor amiga do orfanato, que se passara por mim, desistir. Colette Preminger, uma nobre é minha mãe e meu pai era Raymond Colville, um músico. Os dois se casaram contra a vontade de meu avo, Earl Preminger, ao se conhecerem e dançarem no baile e depois ele virar seu professor. Eles fugiram para a França, mas ele morrera e eu e minha mãe ficamos doentes. Eu fui levada a um orfanato com meu broche, por ordens de meu avô e dita como falecida a minha mãe, que se casara novamente com o conde Albert Walltimüller.
Mas como ela não poderia mais ter filhos e meu tio, Herman, fora deserdado por causa de seus atos malvados, meu avô contratara dois detetives para irem atrás de mim no orfanato, 12 anos depois, mas eles acabaram fazendo um trato com Herman, para sumirem comigo e ele poder ser o sucessor.
Mas após muitas aventuras com a companhia Dandelion, e com a ajuda de todos meus novos amigos, consegui desmascarar Herman e provar minha legitimidade e após dizer que queria continuar com a Compania Dandelion, minha mãe aceitara. Keith e Francis estavam lá e conversamos ate chegarmos ao acordo de esperarmos um tempo, antes de eu decidir quem eu amo. Já se passaram dois anos e nunca mais nos vimos, e ainda não decidi nada.
Bom, hoje eu e a Compania Dandelion estamos em Paris, França. Eu estava aqui deitada em cima do enorme carro mecânico, observando o dia e escrevendo em você, diário. Já era começo da tarde e o céu estava azul e ensolarado, já era quase primavera. Daqui podia ver a Rita brincando com a boneca que o Kennousuke fizera, ao lado de Creme e Chocolate, os dois leõezinhos branco e preto. Ela já esta com 8 anos e continua como a domadora de leões. Kennousuke estava treinando com sua espada, cortando alguns galhos, treinando sua próxima performance de samurai.
A Sylvia, nossa cantora, estava cantarolando alguma coisa enquanto esquentava a água do chá e a vovó Anna estava na mesa ao ar livre fazendo alguns chapéus que umas damas encomendaram. O nosso Chefe George, o Homem Forte, estava fazendo alguns ajustes no motor do carro, Abel, nosso Pierrot, estava treinando alguns malabarismos. Podia ouvir uma leve melodia no ar e vejo Thomas, nosso violinista, tocando uma musica que logo me recordo. Então começo a cantarolar minha canção de ninar, composta pelo meu falecido pai, Raymond: Étoile.
Sobre o bosque tranquilo canta e resplandece uma estrela
Fala de amor sua bela canção oscila no pasto com o vento
Todo pássaro e criança estão nos braços de sua mãe
E aquele jardim de nossos sonhos guarda uma flor que ainda cresce
O sol está passando por nós, mas em minha mão guardo seus raios
São para você, são para você dorme agora meu pequeno filho.
É uma musica que ele compôs para mim, quando eu era bebe e morava com meus pais na França. Sempre soube a letra e cantava para as outras crianças no Orfanato Applefield ou quando queria acalma os outros. Lembro que eu e Rosemary cantávamos juntas para as outras crianças, eu sinto falta da Rosemary.
Nós éramos amigas desde bebes, no orfanato, eu fingia ser sua cavaleira, enquanto ela era a Princesa. Mas agora já passou, hora de sorrir.
Eu não mudei muito, continuo com os mesmos olhos azuis e cabelos loiros, agora mais compridos, sempre usando meu vestido favorito, o uniforme do orfanato Applefield e ainda adoro escalar arvores e dançar.
Poucos minutos depois de eu descer do carro, uma carruagem se aproximara de onde eu e a Compania Dandelion estávamos acampando. De dentro, saiu o mordomo da família Preminger, que abriu a porta e estendera a mão para uma mulher usando roupas rosa sociais, com um chapéu, a Sra. Hilda Colorado, que eu me lembro vagamente dos poucos dias que passei com minha mãe na Áustria. Hilda é ex-esposa do meu tio Herman, e é uma mulher boa e gentil, de cabelos verdes escuros. O mordomo e tia Hilda se aproximaram de nós, que estávamos tomando chá na mesa ao ar livre.
Chefe George-Sim, desejam algo?
Mordomo-Com licença, srta. Nadja Preminger?
Eu me sobressaltei da cadeira.
Nadja-S-sim?
A tia Hilda se aproximou sorrindo.
Hilda-Oh, é um prazer finalmente conhecer a verdadeira Nadja.
E ela me cumprimentou com um beijo em cada bochecha, que eu retribui, e depois me abraçou.
Hilda-Você é igualzinha a sua mãe, Colette.
Vovó Anna-Sentem-se, vou servir mais chá.
E vovó e Sylvia se levantaram indo preparar mais chá.
Nadja-Hum, a senhora esta passeando aqui na França?
Hilda-Oh não, viemos ate aqui ao sabermos que a Compania Dandelion iria vir para cá. Fomos mandados por sua mãe e seu avô.
Nadja-O vovô Earl? Aconteceu algo?
Eu estranhei, pois o vovô ainda deveria estar irritado por eu ter ido embora durante o baile em que eu fui anunciada como a herdeira da família Preminger.
Hilda-Não querida, esta tudo bem. Seu aniversario é no mês que vem e sua família quer dar um enorme baile para comemorar seus 15 anos. E então a Colette pediu que viéssemos aqui pedir permissão a Companhia para você poder ir a Viena conosco, porque você terá algumas aulas de etiqueta. E então, o que me diz?
Eu fiquei feliz e abri um enorme sorriso, afinal seria meu primeiro aniversario ao lado de minha mãe, mas e a companhia? Logo iríamos viajar de novo e eu deveria treinar novos estilos de dança. Mas o chefe George falou por mim, se levantando e sorrindo, enquanto cumprimentava Hilda.
George-Não vejo problema nisso pequena Nadja, nós estávamos mesmo pensando em tirar algumas semanas de férias.
Anna-Isso mesmo, e não se faz 15 anos todo dia querida.
Nadja-Ah pessoal, obrigada!
George-Mas que tal uma ultima apresentação antes das férias?
Todos-Claro!
A tia Hilda se despediu de mim sorrindo e disse que viria me pegar após a apresentação. Eu então já deixei arrumada minha mala, com meu caleidoscópio que ganhei de Keith, o diário de minha mãe, meu guarda-chuva, minha caixinha de musica e algumas roupas, entre elas, os vestidos de baile que usei.
A tropa Dandelion toda me abraçava, pois iria ficar um mês longe deles e iríamos sentir saudades. Eles me entregaram uma carta que fizeram para mim onde o Creme e o Chocolate estamparam com a marca das patinhas. A vovó então costurou um presente para mim: Um tutu novo, cor de rosa, lindo. Ela já deveria ter visto em sua bola de cristal que eu iria embora. Kennousuke e Rita me entregaram uma boneca igual a mim, que Kennousuke fizera com a ajuda dela. O chefe George e o Abel me entregaram um buquê de rosas cor de rosas e Sylvia e Thomas cantaram uma musica para mim.
Nós terminamos de montar o palco e de arrumar as coisas para a apresentação. O publico começava a chegar por causa dos panfletos que havíamos espalhado mais cedo e eu já sentia aquele friozinho na barriga, antes dos shows, e então vi a Tia Hilda se aproximar com seu filho, Oscar Colorado.
Segundo a mamãe, ele é um rapaz de 19 anos, de cabelos verdes claros na altura do ombro e olhos verde escuro. Ele me parece bem gentil, educado e intelectual, apesar de eu nunca ter conversado com ele.
Hilda-Nadja, esse é meu querido filho Oscar Colorado. Oscar, essa é a verdadeira Nadja Preminger, filha de Colette.
Eu corei quando ele se aproximou de mim, com um sorriso gentil no rosto, pegando minha mão e a beijando.
Oscar-É um prazer conhecê-la Srta. Nadja.
Nadja-É um prazer conhecê-lo também.
Hilda riu, enquanto ia falar com a vovó Anna ao ver alguns chapéus que ela fizera.
Oscar-E você é a bailarina da Compania?
Eu sorri cheia de orgulho da Compania.
Nadja-Sou sim, há quase dois anos.
Oscar-Deve ser ótimo viajar pelo mundo, dançando e conhecendo gente nova.
Nadja-É maravilhoso!
Sobre o bosque tranquilo canta e resplandece uma estrela
Num barco sobre as ondas que refletem a luz da lua
Uma ovelha delicada ainda não quer partir
E desenha para você um dia feliz para amanhã poder te ver novamente
Minhas pálpebras se fecham, mas meus versos continuam cantando
São para você, são para você dorme agora meu pequeno filho.
Ele então mexeu no bolso interno de seu paletó e tirou um embrulho vermelho, me entregando.
Oscar-É algo que eu e a tia Colette compramos para você Espero que goste.
Eu abri o embrulho delicado e retangular e adivinha? Era um diário, para ser mais exata, esse na qual estou escrevendo agora. Lindo e todo prateado.
Oscar-Gostou? Como a maioria das jovens da sua idade escreve em um, eu pensei que você pudesse gostar.
Nadja-Oh Oscar, adorei, obrigada.
Eu sorri para ele e ele sorriu de volta, indo guardar o presente lá dentro. O espetáculo já havia começado, com o George fazendo seu numero juntamente com Abel, Sylvia e Vovó, cantando e dançando uma musica alegre da Compania. Rita tinha acabado de fazer seu numero com os bambolês e os leõezinhos.
Ainda ia demorar um pouco para eu entrar no palco e Thomas tocava uma musica suave, enquanto o publico valsava ali. Eu estava atrás do palco, perto das arvores, já com meu tutu rosa, e comecei a valsar sozinha, sem conseguir ficar parada. Eu rodopiava no ritmo da musica, sozinha, quando senti alguém se aproximar e vi o Oscar.
Oscar-Valsando sozinha?
Eu me assustei, e fiquei vermelha, parando no lugar, meus braços no ar, como se eu estivesse com alguém.
Nadja-Hehe, eu não consegui ficar parada.
Oscar-A senhorita se importa de valsar comigo?
Eu sorri, ainda vermelha e aceitei, colocando minha mão sobre a dele. Me senti um pouco estranha, pois as vezes em que valsei, foram com Francis ou Keith. Mas Oscar valsava bem, sempre gentil. Ele tinha uma mão em minha cintura e a outra segurando a minha mão.
Eu olhei para ele, que tinha uma expressão serena e sorri mantendo meus olhos azuis nos seus, verdes. Valsamos ali atrás do palco, rodopiando no lugar e Sylvia nos observava com um sorriso discreto que eu não entendi, mas retribui. A musica terminou e todos aplaudiram Thomas. Eu e Oscar fizemos uma reverencia.
Nadja-Obrigada pela valsa. Agora tenho que ir, sou aproxima.
Oscar-Eu é que agradeço.
George me anunciou como a próxima e eu fui em direção as cortinas vermelhas do palco. Eu apresentei uma coreografia de Ballet que tinha treinado mais cedo e durante a apresentação, pude notar Oscar no meio do publico, sorrindo, junto com sua mãe.
Senti meu coração acelerar, mas continuei a sorrir, me concentrando na apresentação, fazendo alguns Balances e Posés e indo para os Deboules e terminando na pose de Attitude. Recebemos muitos aplausos e elogios, faturando bastante quando o Creme e o Chocolate voltaram com os chapéus cheios de dinheiro.
Eu peguei minha mala e me despedi de todos, enquanto era esmagada em um abraço do George e a tia Hilda conversava com a vovó.
George-Minha pequena Nadja, vou sentir saudades!
Nadja-Eu também!
Sylvia-Curta bastante seu aniversario Nadja.
Nadja-Aaah Sylvia.
Eu e Sylvia nos abraçamos, ela sempre foi minha conselheira, uma irmã mais velha. Senti alguém puxar a barra do meu vestido e vi Rita.
Rita-Nadjaaaa, volta logo!
Nadja-Pode deixar Rita!
E lhe dei um beijo na bochecha e fiz carinho no Creme e no Chocolate. Tive que conter meu risinho ao ver Kennousuke encostado em um canto, fazendo biquinho. Eu fui ate ele e me despedi com um toque de mãos e depois me despedi de Thomas, que me abraçou. Abel, antes de me abraçar, fez uns pequenos malabarismos, me fazendo rir. Eu fui ate onde a vovó e a tia Hilda estavam para me despedir da vovó.
Nadja-Vovó...
Ela me abraçou com um enorme sorriso, sua bola de cristal ao lado.
Vovó-Logo nós nos veremos querida. Muita coisa boa esta para acontecer nos próximos dias.
Então, combinamos de nos encontrar em Viena mesmo e após eu me despedir de todos, entrei na carruagem com a Tia Hilda e Oscar, em direção a Viena, Áustria.
Sobre o bosque tranquilo canta e resplandece uma estrela
Sua luz está na escuridão quente iluminando a noite
Ela guiará sua viagem noturna que agora procederá mostrando o caminho de casa
Apesar de que pareça tão longe de alcançar
O mundo unido em sonhos está cantando comigo estes versos
São para você, são para você dorme agora meu pequeno filho.
