Me Passam Coisas

N/a: Nyaaah... mais Chiquititas! É incrível como essas músicas me trazem inspiração, cara! Me pego cantando, e, do nada, a história se forma em minha mente... e isso é feliz! Bom, leiam, postem reviews e sejam felizes! XD

"Me passam coisas que não compreendo

Está em tudo o que eu penso"

Rony estava sentado em baixo de um dos carvalhos das redondezas de Ottery St. Catchpolle. Sabia que precisava pensar, sabia que estava confuso e que precisava organizar as idéias.

Hermione acabara de chegar à Toca. Eram nove da manhã do dia 24 de dezembro, véspera de Natal. Rony convidara ela e Harry para passarem as festas de fim de ano n'A Toca.Só sabia que queria ver Rony, conversar, sorrir, e Harry não era a mesma coisa. Sentia-se confusa; Rony fora sua única preocupação nos dias que antecederam este tão esperado.

"Sonho, desperto com teu olhar

Quando me olha, me sinto linda"

Ele se mantera tão concentrado em tentar descobrir o que era aquela confusa euforia que era bombeada em seu coração e que revigorava cada um de seus músculos que acabara dormindo. Sonhara; mais uma vez, ela. Sempre tão ingênua, delicada, linda... resumia-a em perfeita. Agora que entendia a tal palpitação, resolvera voltar para A Toca.

Ela preferira sentar-se na sala e esperá-lo. Harry e Gina namoravam atualmente, e ela não queria estragar o tempo livre de ambos; ao gêmeos trabalhavam, e não estavam lá. Também não quisera atrapalhar a senhora Weasley que cuidava do almoço, então acabou cochilando.

"Me passam coisas quando eu te vejo

Estou diferente, há algo novo

Me dá vergonha se ele descobrir

É tão difícil dizer..."

Ele chegou. Encontrou-a dormindo tranqüilamente. Ela sempre continuava daquele jeito...

Decidiu acordá-la. Pôs-se ajoelhado à frente da poltrona onde ela se encontrava e apoiou as mãos nos joelhos da garota.

Disse, então:

- Mi... Mione! Acorda!

Ela abriu os olhos e o viu, aquele que seus olhos pediam. Ele sorriu, ela esfregou os olhos, se espreguiçou, bocejou e sorriu de volta.

- Olá! – disse ele, oferecendo a mão para que ela se levantasse, a qual ela aceitou – Quando você chegou?

- Às nove. Sua mãe disse que você tinha acabado de sair... – ela deu de ombros

- Ah, é...

- Onde você foi?

- Caminhar. Pensar... – respondeu, meio sem graça

- Ah... isso é bom! – ela sorriu, e ficou tímida – Rony...

- Que é? – ele perguntou

- Ahn... é que... – ela tentou dizer, mas sua consciência não a deixava dizer. Decidiu, então, inventar algo, mas antes que pudesse fazê-lo, soltou algo inesperado e desesperado – Eu senti sua falta...

Ela acabou abraçando-o de um modo tão forte que Rony ficou sem saber o que fazer.

"Me passam coisas que não se explicam

Tem cheiro de jasmim o teu sorriso"

As orelhas do garoto ficaram vermelhas. Ele respondeu, tentando (mas só tentando) parecer calmo:

- Eu falta também senti sua.

"Que droga", pensava ele, irritado. "Meus nervos não me deixam sequer acertar a ordem das palavras..."

"Ele é uma graça nervoso", ela riu por dentro. "Mas por que diabos ele está nervoso?"

- Quer andar por aí? – convidou ele, antes de perceber o que fizera

- Quero. – ela sorriu

"Pareço tonta, tão distraída

Me sinto grande e muito criança"

Saíram pelo jardim d'A Toca. Sentaram-se em baixo de uma mangueira velha, carregada de mangas maduras.

- Quer uma manga? – ele perguntou, se sentindo um idiota

"Weasley... isso é coisa que se diga num protótipo de encontro?", esbravejou com si mesmo

- Aceito.

Ele puxou a varinha do bolso e ordenou "Accio mangas", e duas frutas foram até eles. Ela ordenou à varinha que as frutas se descascassem, o que aconteceu.

Conversavam enquanto comiam. Ela o examinou atentamente e disse, sorrindo:

- Rony... você está todo lambuzado.

- Você também, sabia? – ele respondeu, e ambos riram

- Parecemos duas crianças sujas. – ela constatou

- É... mas pareceríamos mais se estivéssemos brincando de pic-esconde...

- Boa idéia. – disse ela, sorridente, levantando-se – Tá com você.

Ao terminar de dizer isso, ela saiu correndo.

- Ei! – ele reclamou, mas decidiu sair atrás dela.

"Te quero e nunca te disse

Te quero e nunca ninguém me disse"

"O jardim é grande, mas não é impossível encontrá-la...", ele pensou.

Andava por entre as árvores, meio distraído. Só pensava numa coisa: diria ou não?

De repente, mãos suaves cobriram seus olhos. A voz que lhe soava como canção de ninar lhe disse, rindo:

- Adivinha quem é?

"Te quero e digo suave

Te quero e nada sabes"

- Dá uma pista. – respondeu ele, também rindo

- Vejamos... – ela pensou por um instante.

"Te quero mais que um amigo

Te quero e tudo tem sentido

Te quero como nos sonhos"

Ela decidiu revelar tudo o que estava preso nela num simples sussurro no seu ouvido:

- Te quero mais que um amigo, Rony...

Ele respondeu:

- Também te quero, Mione. – disse, virando-se para ela.

Ela o abraçou, e ele sussurrou:

- Te quero, como em todos os meus sonhos eu te tenho...

"Meu príncipe azul, te quero"

Ele olhou fundo nos olhos dela e a beijou, debaixo das aconchegantes copas das árvores, que nunca pareceram tão belas...