Capítulo 1 – Vidros.

Amy acordou assustada e se sentou na cama. O relógio do lado esquerdo da cama marcava 7 horas da manhã. Sentiu um formigamento na testa.

Colocou a mão e sentiu um líquido quente escorrer por entre os dedos. Quando olhou, era sangue.

- Droga, e o ombro também... – Ela observou a mancha vermelha no pijama no ombro direito.

O quarto estava normal. A luz entrava pela janela com persiana iluminando o quarto do lado direito, o armário aberto aos pés da cama. Um quarto bem pequeno. Só que ao lado da cama, na frente do criado mudo, o Espelho emoldurado da penteadeira estava espatifado. Quebrado em centenas de pedacinhos, irregulares. A maioria suja de um pouco de sangue. Sangue dela.

- Que droga, de novo... – Ela levantou um pouco sonolenta, segurando a testa e driblando os cacos, indo até a sala em busca de uma vassoura.

Chegando na sala, sua mãe saiu da cozinha. Ela vestia um vestido velho laranja com um avental manchado por cima. Ela tinha o cabelo preto e liso preso atrás da cabeça. Ela limpava as mãos em um pano de cozinha.

- Outra vez filha? – Ela examinou os cortes pequenos. – Vai tomar um banho, seu pai prepara o Dude.

Dude era o cavalo de Amy. Ele era todo preto e muito bem cuidado. Ela morava com os pais numa enorme fazenda, espaçosa e cheia de bichos pra todo lado.

Mas o que acontecia ali não era normal. Quase sempre de manhã, ela acordava com cortes feitos por vidros de toda a casa. Era um prejuízo e tanto.

Era como se ela os atraísse. Algum tipo de magia, poder. Ou algum serial killer tentando matar ela quebrando vidros na sua cara. Não.

Ela tomou um banho demorado, lavou o cabelo preto cacheado que estava ensopado de sangue a algum tempo atrás.

Se vestiu com uma calça jeans skinny escura e uma camiseta de manga azul com uma flor desenhada.

Depois de algo como uma hora tentando comandar um gado em cima de um cavalo, o gado estava em seu devido lugar.

Quando voltava, ouviu um assobio de fora da cerca da fazenda.

- Ei caipira, menininha dos olhos verdes. – Ela se virou lentamente, o sangue borbulhando e latejando nas orelhas.

- Quem é você, pra me chamar assim? – Ela fechou a cara para o adolescente loiro recostado na cerca branca.

- Uu, ficou estressada? Pra onde é o leste garota?

- Pra aquele lado, de nada, passar bem. – Ela saiu trotando depois de apontar o leste.

...

- Bom dia pai, que horas são? – Ela se sentou ao lado do pai na mesa redonda.

- Meio dia.

- Comida na mesa! – A mãe anunciou colocando os pratos cheios na mesa.

- Hoje um garoto besta veio me perguntar onde ficava o leste. – Ela disse depois de muito tempo de silencio.

- Ele te chamou de caipira e você apontou o oeste? – O pai riu, os pés de galinha se acentuando.

As vezes, ele conhecia ela melhor que ela mesma.

- É... – Ela ficou com raiva de novo. O sangue começou a borbulhar e ela sentiu o sangue latejar na orelha. Os vidros da casa tremeram e o vidrinho pequeno da porta explodiu ruidosamente. – Que droga, alguém pode, por favor, me explicar o que ta acontecendo?

- Bom... Nós podemos. – Os pais disseram num uníssono.

- O... o que?! – Ela soltou o garfo.

- Bom, isso começou a muito tempo atrás. – Ela se recostou na cadeira. Seu pai tinha uma expressão séria no rosto moreno. – Essa... Coisa, pula uma geração sempre. Isso que você tem, é um poder.

- Hum, que bom, devo colocar um capa vermelha e uma máscarazinha e sair salvando gatos de arvores? – Ela riu enrolando uma mecha do cabelo no dedo.

- Isso é sério. Sua avó tinha um poder. Do ar. E você não é diferente. Você atrai vidros, controla eles. E alguém tem de ensinar a você como controlar isso, pro seu bem, entende?

- Ah ta. Eu vou na cidade amanha e vejo se tem algum curso de super heróis – Ela riu seca da própria piada.

- Você vai pra uma escola. Bem longe daqui.

- Onde?

- Londres. Você vai de avião até lá, e aí, de lá, pras Ilhas de Samoa.

- Ta. E quando eu vou? Haha. – Ela ainda não acreditava.

- Hoje. A tarde. – Ele jogou uma passagem na mesa. Para Londres.

- Não... Não era uma brincadeira?

- Não!! É isso que estou tentando explicar! Você vai pra lá, por bem ou por mal.

- Ta. Ok então. – Ela encarou a comida, atordoada.

- A gente já fez as suas malas.

- E como eu vou me virar? – Ela começou a se desesperar. – Eu vou sozinha? Eu só tenho quinze anos! Quinze anos! E o dinheiro? Como vocês...

- Calma, é um internato, você vai morar e comer lá, não se preocupe. Caso algo ocorra errado, você vai poder se comunicar com a gente.

- Ta, e agora? Mas e se lá for chato? E se eu quiser voltar? E se eu não fizer amigos? E se fecharem a escola?

- A gente te explica tudo. Agora, a gente precisa te levar pro aeroporto. – Ele se levantou e recolheu a passagem da mesa.

=X=X=X=

HELOUSS!!!!!

Estol aqui a escrevinhar uma historinha que já existia. Só q tava tipo, rdicula. Total. Bem besta.

Enfim, Mynameisboxxy, e espero que gostem da re-escrevinhação

Essa historia nasceu pq eu tive um sonho q eu controla os vidros, era bem legal – haha – Aih deu na telha fazer isso.

Espero que gostem

HEY, HEY APPLE (L)

:*