Twiligt Saga e seus personagens pertencem à autora Stephanie Meyer. Este argumento é de minha autoria
Estávamos prestes a completar nosso 4º mês de casados, mas nem tudo eram flores. Na verdade, Bella e eu mal nos tocávamos, mal conversávamos, mal nos olhávamos.
Eu não aguentava ver tristeza em seus olhos e não acusações. Mais uma vez eu era o responsável pelo sofrimento da minha mulher. Definitivamente eu era um monstro.
Quando descobrimos que Bella estava grávida, após 16 dias de casados, ainda em nossa Lua de Mel, eu só queria uma coisa: destruir aquela coisa que, com certeza, a mataria.
Bella lutou tanto quanto pôde para eu mudasse de ideia, mas fui irredutível. Por fim, consegui convencê-la que interromper aquela gravidez seria o melhor para ela. Minha mulher estava sendo consumida rapidamente e em questão de poucos dias estava à beira da morte. Não tinha mais forças para argumentar.
Eu decidi quando. Eu decidi como. Mas achei que simplesmente nos livraríamos de um grande problema.
Descobri da pior forma que era apenas o começo. Bella entrou em profunda depressão enquanto se recuperava do aborto. Passou a me evitar. Apoiou-se como nunca em Alice.
Eu só podia aproveitar os momentos em que Bella estava dormindo seu sono agitado – que muitas vezes, além de gritos, também continha choro – para me aproximar, sentir seu delicioso cheiro, seu calor.
Tentava identificar, através dos pensamentos de Alice, qualquer alteração no estado de Bella. Parecia que a cada dia estava piorando.
- Ela vai melhorar, Edward. – Alice tentava me confortar sempre com o mesmo argumento. No começo, eu ouvia suas palavras com esperanças. Depois de algum tempo, já soava como mentira.
Alice não tinha nenhum vislumbre sobre Bella desde a nossa Lua de Mel. Era outro fato que me enlouquecia.
Apesar de termos ganho uma casa de presente de minha família, nunca chegamos a nos mudar para lá e todos sabiam que Bella não estava à vontade de ficar sozinha comigo. Como eu queria poder ler seus pensamentos, saber como ajudá-la. Mas eu não tinha este recurso.
Talvez eu também já estivesse a caminho de uma depressão, se é que vampiros pudessem se usar desta condição. Mas eu não podia me deixar consumir. Tinha de ser forte o suficiente para tirar minha mulher desta sombra que ela passou a viver e não me juntar a ela.
Cheguei ao nosso quarto e Bella estava deitada na cama, perdida em pensamentos. Se virou lentamente para me ver.
- Oi – ela disse, ajeitando-se.
- Como você está? – perguntei, sentando-me na beirada da cama.
Bella pôs sua mão em cima da minha e falou olhando para os dedos brincando com os meus. – Eu queria te perguntar uma coisa.
Esperei. Ela não olhava em meus olhos.
- Sei que nossa vida não está tão bem como deveria estar, Edward, então eu tive algum tempo para pensar sobre isso.
Me matava não saber o que ela pensava.
Bella ergueu o olhar em minha direção. – Vamos tentar mais uma vez?
Era só o que eu queria, o que eu precisava para ser feliz eternamente. Sorri.
- É tudo o que eu quero, Bella – tentei controlar minha ansiedade. – Viver com você, como marido e mulher...
- Podemos nos mudar para a cabana? – ela ainda segurava minha mão.
Me abaixei de joelhos no chão de modo que pudesse olhá-la da mesma altura. – Podemos tudo o que você quiser.
Seu coração disparou e lentamente ela aproximou seu rosto do meu. Bella deitou a cabeça em meu ombro e descansou. Parecia tirar um peso de
cima de si mesma. – Eu te amo – ela sussurrou em meu ouvido. Eu a abracei.
Ficamos ali parados por um bom tempo.
Bella fez questão de arrumar ela mesma as nossas malas. Eu só acompanhei. Percebi o quanto ela estava apreciando aquele momento. Alice, Rosalie e Esme, por mais incrível que possa parecer, não se envolveram.
- Tem tanta roupa aqui... – ela observou.
- Muitas que você sequer vai usar – eu disse sentado na cama.
Será que Alice vai se chatear se eu deixar algumas peças para trás?
- Eu não vou permitir. Não se preocupe. Leve apenas o que você quiser – a tranquilizei.
Ela sorriu e veio se sentar ao meu lado.
- Edward, você está bem sobre a mudança?
- Como você ainda pode ter dúvidas, amor? Tudo o que eu sempre quis foi isso – a beijei no rosto – ter a nossa vida. Só nossa. Sem interferências.
- Que bom. Pensei que pudesse estar fazendo isso apenas por mim.
- Por você e por mim, Bella. – Beijei minha mulher com muito carinho e ela correspondeu aumentando a intensidade em poucos instantes. Senti que
Bella estava se recuperando, que estava me perdoando por tudo o que fiz, mesmo que ainda fosse uma mancha escura em nossa vida. No momento certo, eu voltaria neste assunto com ela.
Ao final, Bella já estava cansada e, após terminar a sétima mala, ela apenas olhou para mim, praticamente implorando por ajuda.
- Eu devia saber desde o começo que não ia dar certo, Edward. Não devia ter inventado de fazer as coisas sozinha.
Fui até onde ela estava.
- Ei... O que é isso? Estou aqui e vou te ajudar. – Terminamos em menos de 10 minutos.
- Nunca vi tantas malas juntas – Bella comentou olhando para as 12 malas cheias de roupas no canto próximo da porta.
- E olha que você nem pegou muita coisa – eu ri.
Bella me abraçou e encostou a cabeça em meu peito. Instantaneamente, o humor naquele cômodo mudou. Era como se lamentássemos em silêncio. Um apoiando o outro. Envolvi meus braços em torno de seu corpo e encostei meu rosto em sua clavícula. Ela se apertou junto a mim.
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