Essa fic vai ser minha primeira tentativa em colocar One Piece em um universo alternativo. Ainda não esta perfeita, mas vou tentar melhorar em cada cap.

Espero que gostem XD

Alarmes eram os únicos ruídos que podiam ser ouvidos na calada da noite da cidade de Linered. Envolta do grande edifício Ennies Lobby, a policia se mobilizava para impedir que mais um objeto fosse roubado pela Gatuna ou Gata Ladra se bem que o nome não é o mais importante no momento e sim o fato de essa ladra profissional conseguir passar por uma segurança de alto nível sem ser ao menos notada. Então porque os alarmes estão tocando? Simples, toda vez que ela tinha êxito no roubo ela o ativava para debochar da cara dos policiais. Por quê? Só ela sabe. Ninguém nunca a viu durante suas façanhas, assim era quase impossível de ser pega e somente sabiam que Gatuna era uma mulher por que receberam essa informação da própria. Akainu, o comandante da policia de Linered a muito tentava pega-la e evitar que seu impecável histórico de "caças" fosse arruinado, mas não importava a tática que usava, ela sempre escapava.

- hoje você não escapa de mim Gatuna – o comandante possuía um brilho de confiança em seus olhos – será presa querendo ou não.

Akainu montara uma operação que poderia ser considerada perfeita, entretanto, Gatuna superou todas as suas expectativas praticando um roubo que poderia ser considerado teatral fazendo o comandante querer arrancar os cabelos. O único progresso que tivera essa noite foi fazer com que ela ficasse presa dentro de uma sala fechada, bom, pelo o menos era o que ele pensava ter feito.

No terraço do edifício, se encontrava uma mulher de aparentemente vinte anos, com roupas pretas e um sorriso arrogante no rosto enquanto observava o circo que erguera.

- foi divertido os fazer pensar que me pegaram, mas eu estava cansada de esperar eles abriram a porta então saí – falava com Robin no celular, a única pessoa no mundo que conhecia seu segredo – estou indo direto pra casa depois daqui. A gente se vê amanha?

- bem cedo, temos uma reunião amanhã de manhã e aquela festa à noite – a voz de Robin soava como a de alguém que não queria estar acordada àquela hora.

- certo, até amanhã – disse desligando o aparelho.

A moça olhou pra baixo e percebeu que o prédio deveria ter uns trinta andares.

- fácil – disse antes de se prender a um cabo e se lançar a queda livre que a esperava.

Doida, era assim que poderíamos definir Gatuna e ela adorava a sensação de liberdade que aquilo lhe dava. Chegou ao chão sem maiores problemas, guardou seu equipamento e foi em direção à esquina onde sua carona a esperava, um belo Porsche Panamera branco. Colocou seus equipamentos no porta-malas e rapidamente entrou no carro onde trocou sua roupa de Gatuna por uma mais casual e confortável.

- É melhor eu ir antes que ele ainda tenha esperanças de me pegar – ligou o motor ouvindo a bela sinfonia quando se lembrou de algo – esqueci de desligar o alarme.

Pegou um pequeno aparelho na bolsa e apontou na direção do prédio desligando o irritante barulho. Contou até três e ouviu um nostálgico som.

- AHHHHHHHH! – sabia que Akainu deveria estar querendo matar alguém.

Acelerou o carro e disparou pela cidade e só parou quando chegou à frente do portão de um maravilhoso condomínio privado.

- finalmente em casa.

Se ela era rica, porque agia como uma ladra? A verdade era que até três anos atrás, ela era uma garota normal com a única diferença de nunca ter conhecido seus pais. Foi levada para o orfanato onde cresceu quando tinha três anos e foi lá que conheceu Robin, sua melhor amiga, mas o fato de ser adotada nunca a impediu de fazer tudo o que queria. Nunca antes havia se perguntado quem eram seus pais ou de onde viera, acreditava que o agora era mais importante do que qualquer coisa, mas foi encorajada por Robin. Depois de muitas investigações, descobriu ser a possível herdeira da família Lightbringer, o que foi um baque pra ela. Resolveu ir à antiga mansão e por a prova essa situação e além das fotos e documentos, acabou encontrando algo muito mais incrível.

Flashback On

- de acordo com esses arquivos, a família tinha uma coleção incrível de jóias. Tão caras que se você vendesse somente uma delas, poderia viver como um rei o resto da vida – Nami sentiu seus olhos brilharem. Não havia nada que não tirasse sua razão alem de jóias e dinheiro, não que fosse uma gastadeira compulsiva na verdade sabia muito bem como gastar – estranho que eu ainda não as tenha visto.

- de acordo com os arquivos, elas deveriam estar no cofre da família, mas não havia nada lá – Robin estava ajudando-a.

Onde elas poderiam estar? Resolveu procurar no meio de comunicação mais conhecido do mundo, internet, e descobriu que as jóias estavam espalhadas por toda cidade como peças de museus, de coleções particulares, etc. o que fez uma ira profunda tomar conta de si.

- quem poderia tê-las vendido?

O mesmo nome surgiu na cabeça das duas: Arlong. Aquele que no momento era o atual presidente da Light Company, a empresa mais promissora do mundo moderno graças ao testamento de Arthur Lightbringer que dizia que se algo acontecesse a ele e sua família, todos os direitos passariam a ser dele.

- porque ele? Porque não os filhos? Em hipótese nenhuma eles poderiam imaginar que morreriam junto deles. Além disso – Nami pegou o copia do testamento que depois de muito esforço havia conseguido e outro documento qualquer – as letras não batem. A caligrafia do meu pai é muito diferente da do testamento.

Somente há pouco tempo a ruiva se permitiu chamar Arthur de pai, talvez por medo, talvez por respeito, Robin nunca perguntou e talvez nunca chegasse a perguntar.

- aquele cara sempre pareceu suspeito pra mim, mas uma coisa não se encaixa, porque ele resolveu se livrar justamente das jóias? Além de serem o símbolo da família Lightbringer, elas tinham mais valor do que qualquer uma das propriedades e bens que a família inteira possuía. Se as vendesse, poderia se aposentar e viver bem o resto da vida, mas então, porque não o fez?

- talvez tenha algo nelas que não lhe agrada – disse a morena.

- muito vago. Arlong não parece ser o tipo de pessoa que se livra de algo que possa lhe dar lucro imediato tão facilmente. Eu o conheço e posso dizer isso.

- dividas?

- então porque não as vendeu? Qual será o segredo por trás dessas jóias?

- vamos procurar na escrivaninha de seu pai.

Chegaram ao escritório e perceberam que ele não era limpo há muitos anos, mas isso não era hora de se preocupar com sujeira. Conseguiram abrir todas as gavetas exceto uma.

- deve ter alguma coisa muito importante nela, mas não temos a chave, como faremos pra abrir?

- às vezes penso que você não me conhece Robin – sorriu.

Desde pequena Nami tinha talento para abrir fechaduras e pegar coisas sem ser percebida além de saber lidar muito bem com dinheiro. Seus colegas diziam que quando crescesse, seria uma ladra profissional e mesmo negando todas às vezes, achava a idéia muito interessante.

Fez uma analise rápida da fechadura e seu sorriso murchou.

- ela é muito delicada, até demais pro meu gosto. Se forçar, não sei o que pode acontecer.

- então não dá pra abrir?

- me deixe tentar algo diferente

Nami colocou uma mão no pescoço e de lá puxou uma correntinha com uma pequena chave. As mulheres do orfanato disseram que quando a acolheram, essa correntinha estava em volta de sua mão junto com uma cartinha onde tinha seu nome escrito. Tinha só três anos na época

- você acha que vai funcionar? – Robin notou a hesitação da amiga.

- se essa chave não servir, significa que nunca pertenci a esta família.

- vai apostar tudo?

-... Sim

Pegou a pequena chave dourada e pôs na pequena fechadura onde encaixou perfeitamente, girou-a e um pequeno "clanc" pode ser ouvido. Um sorriso enorme surgiu no rosto de Nami. Dentro da gaveta havia somente um envelope com seu nome no verso e dentro dele havia uma pequena folha a qual leu em voz alta para que Robin soubesse o que estava escrito.

"Nosso querido anjo perdoe-nos por não estarmos ao seu lado. Se você abriu essa gaveta significa que o que temíamos aconteceu. Não podemos explicar tudo com detalhes, porém queremos lhe pedir um favor: nunca confie em um homem chamado Arlong, ele tem tentado há muitos anos nos tirar do caminho para poder ficar com as jóias que há tanto tempo tentamos proteger. Se quiser provar alguma coisa em relação a ele, vai precisar das jóias, pois todos conhecem a lenda e ninguém duvidaria delas."

Nami teve que ler duas vezes para ter certeza de que havia enlouquecido, não poderia acreditar que jóias assim existiam. Antes de guardar o papel no envelope, viu que tinha algo escrito no rodapé.

"Todas elas só podem ser tocadas e usadas por um Lightbringer, entretanto, se uma pessoa digna tocar as jóias, ela poderá também. Confie nessa pessoa com a sua vida porque ela nunca vai te decepcionar ou te trair. Sou muito grato a essas jóias, pois foi por causa delas que conheci sua mãe. Desejamos sorte minha querida."

Lágrimas jorraram do rosto de Nami porque finalmente havia achado seu lugar, mas e agora? Como provar? Ninguém acreditaria em uma garota que surgiu do nada dizendo ser a herdeira Lightbringer e mesmo que tentasse provar, Arlong a impediria com certeza. Seu pai tinha razão, precisava das jóias, mas mesmo tendo uma boa situação financeira agora, não conseguiria nem chegar perto delas. A única maneira de consegui-las seria...

Flashback Off

- roubando – acabou dizendo em voz alta.

Espero que tenham gostado e por favor deixem reviews para eu saber como fui.

Eu colocarei o próximo até o fim da semana que vem.

Obrigada por terem lido.