N/A 1: Essa fic é NC17, pequeno hobbit. E é cheia de palavrões. Então, se você é realmente um pequeno hobbit, Alt+F4 pra ti.
PARTE I – Todas as coisas que eu fiz
A nata da sociedade bruxa está toda no salão. Todos tão azedos e intragáveis quanto. Entorno hidromel na garganta, enquanto espero Draco chegar. Observo a pista de dança cheia de rostos sorridentes, metade deles amiguinhos do Potter.
Essas festas funcionam na base das aparências. Todo mundo sabe que alguns de nós tivemos pais Comensais, mas ainda assim somos convidados. O Ministério não pode perder todo o dinheiro que nós investimos nele. Outra parte é formada pelos mais novos ricos, todos apoiadores do Potter, bonzinhos o suficiente para aturar quem se arrependeu.
Vejo Draco e Astoria entrarem do outro lado do salão de braços dados. Eles vêm até mim, Astoria já com uma taça na mão. Maldita alcoólatra!
- Querido... – falo afetadamente beijando Draco na boca.
- Pansy – ele me cumprimenta sorrindo ligeiramente. – E então?
- O que?
- O que está fazendo aqui? Achei que fosse a vez da Granger. Digo, Weasley. Você sabe, todo mundo já percebeu que numa festa você vem e na outra ela.
- Eu não sei do que você está falando – digo tentando evitar o assunto. Será que a piada nunca acaba para Draco? Certo, eu tenho um caso com Hermione, mas já tem o que, dois anos? E de qualquer forma, ele sabe que acabou, dessa vez definitivamente. Nós combinamos de não nos vermos mais. Nada de recaídas.
- Vou falar com Millicent – Astoria diz se retirando com seu mais novo drink.
- Como está Scorpius? Meu afilhado já se conformou com o fato de que vai ficar careca?
- Muito engraçado, Pansy.
- Oh, você sabe que eu amo você, querido.
- Mas não o suficiente para se casar comigo – fala sorrindo por trás do seu uísque de fogo.
- Quem sabe se você tivesse peitos?
- Por falar em peitos...
Giro nos calcanhares para ver os Weasleys chegando. Oh, o casal sensação de Hogwarts. Todos sempre torceram para eles, todos sempre souberam que eles iriam acabar se casando, só que ninguém percebe que a senhora Weasley tem um caso com a vaca da Parkinson. Ela está em um vestido bem verde, de seda, que escorre perfeitamente sobre sua pele. O sorriso falso de Hermione se esvai quando ela me vê pendurada em Draco.
- Como a Sabe-Tudo é na cama? – Draco pergunta acidamente, nós dois ainda a encarando de longe.
- Digamos que eu a coloco no seu devido lugar – respondo sorrindo maliciosamente. Recortes de memórias bombardeiam minha mente quando dou as costas para Hermione e o merda do marido dela. Posso sentir o olhar belicoso dela na nossa direção. Posso até ler no balão de pensamento que surgiu sobre a sua cabeça "Será que estão rindo de mim?". Idiota...
- Não consigo entender porque você escolheu justamente ela.
- Não é tão fácil assim achar lésbicas, você sabe. Eu tive de recorrer a você na escola.
- Não pareceu ter achado tão ruim na época – Draco resmunga com o ego ferido.
- E eu gosto de transar com ela porque eu gosto de dominar. De mostrar pra ela que o maldito cérebro dela não vale porra nenhuma, que ela é uma cretina hipócrita, uma atriz, uma vadia.
- Vadia a vista... – diz Draco erguendo o copo num brinde irônico e indo circular.
Ela se aproxima, sorri ponderada e mantém uma distância segura – como se eu fosse mesmo a atacar... Apesar de seu decote me encher de tesão, eu não sou retardada.
- Olá – diz simplesmente.
- Está todo mundo olhando... – cantarolo acidamente. – E você sabe que não sou eu quem tem tudo a perder.
- Ninguém está olhando. Mas vamos ao banheiro, eu tenho uma coisa a dizer.
- Ah, você sempre tem – digo revirando os olhos. – Será que não pode manter a maldita boca fechada? Só por cinco minutos?
A observo seguir para o banheiro, seu vestido de seda roça suas coxas e o pescoço esguio e branco é irresistível. Draco surge não sei de onde e sussurra no meu ouvido:
- Ainda bem que você não é homem, ou qualquer um veria o volume nas suas calças.
- Ela quer me ver no banheiro – digo com o olhar vazio.
- E...? – Draco dá de ombros, desinteressado. – Na verdade, acho que é uma pena você não ser homem, vocês mulheres são muito emocionais. É óbvio o que ela quer. E é obvio o que você quer também. Vai lá e fode ela como ela merece.
- Ótimo conselho.
Sigo para o banheiro com as mãos suando, corada e uma veia na minha têmpora palpita. Empurro a porta e sou acolhida pelos eflúvios de maquilagem e urina. Duas senhoras conversam amenidades, uma garota tira pó da bolsa e começa a passar no rosto. Vejo as sandálias de Hermione num dos cubículos. Quando elas saem, tranco a porta com um feitiço.
- Então? – pergunto em voz alta.
Ela sai acanhada do cubículo, aposto que está tentando achar uma desculpa.
- Eu... er... Nós...
- Deixe-me adivinhar. "Ron, vai viajar numa missão e eu achei que nós poderíamos... hum... você sabe... fazer amor" – digo enrolando uma mecha do meu cabelo no dedo e imitando seu tom de voz.
- Eu odeio você, Pansy – ela diz com o maxilar tenso e os olhos em brasa. – A porta está bem trancada? Por que sua fama de boa feiticeira é igual a de boa amante.
- Suponho que isso seja um elogio – respondo. O calor de uma boa troca de palavras me deixa agitada e acesa. – Já que foi você quem veio atrás da sua boa amante. É você quem vai gemer com a minha mão no meio das suas pernas logo.
Ela desfaz o laço de seda que segura seu vestido no pescoço. O tecido verde escorrega dos seus ombros, revelando os seios e a barriga. Por um pequeno momento, nós nos olhamos nos olhos, antes de eu avançar em sua direção, voraz. Ela se apóia na pia de mármore gelado e alvo, enquanto eu me delicio com seu pescoço pálido e frio, com a curva que ele faz com o tórax e com seios macios feito nuvem. Hermione segura meu cabelo com força:
- Odeio loiras – fala com a voz gutural.
- Odeio morenas – digo em resposta, tentando soltar seu cabelo castanho do coque apertado.
- Vocês são todas burras – ela diz soltando o cabelo de uma vez. Suas mãos percorrem meus ombros, minhas costas, deslizam as alças do meu vestido nos ombros, envolvem, frias, meus peitos quentes. Eu me arrepio completamente.
- Vocês todas se acham muito inteligentes – respondo fechando os olhos.
Sinto sua boca abrir a minha com urgência, sua língua passeia em minha boca com vontade, me enlouquecendo. Levanto seu vestido, até ele me deixar antever as coxas suaves, e as aperto com força; toda minha tensão nas pontas dos dedos, me deixando dormente, sensível. Ela ronrona no meu ouvido, me abraçando com firmeza. Estou úmida e extasiada.
- Tenho que ir – ela diz tentando me empurrar.
- Espera.
A faço se sentar na pia gelada, enfio minha mão por baixo de seu vestido de festa e roço meus dedos em seus pêlos. Suas mãos pesam como pedra sobre meus ombros. Quando a invado, dois dedos juntos, ela ofega languidamente. O som dos seus gemidos reverbera nos azulejos do banheiro, nos ossinhos do meu ouvido, no meu íntimo.
- Onde está sua roupa de baixo? Você por um acaso sabia que eu viria?
- Pansy, eu... nós...
- Assim você... – recupero um pouco o fôlego - ... não vai chegar lá.
Mergulho no mar verde de seda, lambendo Hermione só com ponta da língua. Tudo tão certo, seus gemidos combinando com meus suspiros, os pêlinhos de suas coxas sob as minhas mãos, seu sabor tão particular, o êxtase chegando a fazendo se retorcer completamente. Com pressa, saio de baixo de sua saia, para ver, refletida em todos os espelhos, a expressão que ela faz quando goza. Deliciosa.
Gosto da generosidade de Hermione. Ela sempre faz questão de retribuir um orgasmo. Como eu disse, uma idiota. Ela me empurra contra a parede gelada, me deixando arrepiada. Me beija com pressa, metendo a mão na minha calcinha. Meus músculos se contraem quando ela lambe meu pescoço, me deixando mais molhada.
- Eu deveria ir embora... – ela diz contra minha pele, me aturdindo.
- Você deveria um monte de coisas Hermione...
Mas ela não me deixa terminar. Seu dedo fino me invade bem devagar, me enchendo de tesão, enquanto ela me beija mais, mais e mais, até eu derreter. A língua de Hermione, macia e tão conhecida, escapa da minha, indo se embrenhar no meu queixo, pescoço, nuca, nos lugares certos, quentes, sufocantes, delirantes, indecorosos. Mais um dedo vai fazer companhia ao outro dentro de mim, ambos perturbadores. Perco-me no prazer sujo que sinto entre as pernas. Os espelhos assistem a tudo de camarote.
-... mas, agora você só deve me fazer gozar.
O banheiro, minha cabeça, os dedos e meu quadril giram no mesmo ritmo lascivo. Me contraio deliciosamente, meus músculos todos pulsam. Meus olhos se fecham esperando; respiro fundo sem ter certeza se o sopro já se tornou um suspiro, um gemido, um grito. É nessa hora que estou mais vulnerável. Qualquer toque na pele é capaz de causar uma explosão, qualquer pedido e eu digo sim, mas ela jamais vai sequer notar isso. Uma lambida no meu mamilo intumescido e estou quase lá. Uma. Duas estocadas. E estremeço num gozo divino, nas mãos de Hermione. Ela fez por merecê-lo.
Como na maioria das vezes, ela se recompõe sem me olhar uma única vez. Deve estar com nojo de si mesma. E deveria, Hermione é uma vadia de marca maior. Pensando bem, eu é que não deveria deixar ela me tocar nunca mais. Ela me sucumbe, deprava e imunda.
Daqui só posso ver seus cabelos volumosos encobrindo seu pescoço provocante e o laço verde já feito. Pego minha bolsinha esquecida no chão frio e decido a levar para a casa. A postura altiva de Hermione me irrita. Quem ela pensa que é para não falar comigo depois de uma foda? E porque isso até hoje me aborrece? Estou desmanchando o feitiço na porta e dando as costas para a sangue-ruim arrogante. Olho-a refletida no espelho, mas o que ele me mostra, pelo contrário, é um risco, salgado e pecaminoso, úmido e penoso, dividir seu rosto ao meio.
Cheio e para dentro
Último chamado para os pecados
Quando tudo está perdido
A batalha está vencida
Com todas essas coisas que eu fiz
N/A 2: Pansy é uma boca suja modafoca! Não fui eu quem escreveu os palavrões aí em cima, mas não são nada que ninguém nunca tenha ouvido e/ou dito.
Os títulos dos capítulos e os trechos nos finais são de músicas do The Killers.
Hermione e Pansy não me pertencem. Infelizmente, nem Draco Malfoy ou qualquer outro personagem de Harry Potter.
