Resumo: Kagome era uma típica estudante do colegial,até cair dentro de um poço onde era um mundo totalmente diferente e perceber que se tratava de muitos anos atrás,a Era Feudal.
Após grandes aventuras na Era Feudal, certo dia Kagome acorda e ninguém lembra de Inuyasha e nem de Kagome um dia ter atravessado o poço.
Kagome se ve obrigada a tocar a vida com essa dúvida e a cada dia sofrer com a saudade, tentando esquecer de cada momento seu na Era Feudal. Mas será que vale mesmo a pena esquecer?
Prólogo
Ele estava na minha frente segurando a minha mão firmemente e me olhando fixamente. Estávamos à alguns minutos ali, em silêncio, somente nos olhando.
Eu estava alerta e confusa dês do momento que ele havia me chamado para conversar, quando terminamos de jantar. Havíamos acabado de voltar de uma pequena viajem a uma vila atrás de pistas e notícias, mas não encontramos nada, de modo que decidimos voltar. Havia sido um dia muito cansativo, estressante e decepcionante, mas nada superava o que eu ainda iria passar nos próximos minutos. Se eu soubesse, claro, desejaria ter ficado na vila a fim de tentar adiar aquela frustrante conversa.
- Kagome... – Ele mostrava uma expressão séria e fria. A sua voz era tensa, o que me deixou um pouco preocupada – Você não pode mais ficar aqui.
- O que? De que diabos você esta falando, Inuyasha?
- Você não está entendendo... Naraku esta ficando mais forte. É perigoso você continuar aqui... Não se trata mais de apenas procurar jóias, as coisas estão sérias agora. São vidas correndo perigo! – Ele largou a minha mão – Então isso pode ser um Adeus... Pode ser que não nos encontremos mais.
Senti uma fisgada no peito. Do que ele estava falando? Nunca havia imaginado a possibilidade de viver sem Inuyasha desde que havia parado na Era Feudal. Aquilo era provavelmente impossível para mim, e eu esperava que fosse pra ele também.
-Você ta brincando, não é? Você não pode me deixar! – Eu gritava enquanto sentia o desespero tomar conta de mim. – Você tem noção do quanto seria difícil para mim?
Ele continuou em silêncio, fitando a sua frente. Seus olhos se encontraram com o meu e pude perceber que ele falava seriamente.
- Inuyasha... – Fechei os olhos firmemente e desejei que aquilo não passasse de um mal entendido.
Incapacitada de continuar a falar, eu não sabia o que fazer: Chorava? O segurava? Abraçava-o?
Olhei para ele e pude perceber que ele continuava do mesmo jeito; sua expressão era fria e fechada.
Desesperada e atordoada com o silêncio, coloquei meu rosto em seu peito e o abracei firmemente. Não era forte o suficiente para segura-lo comigo, como eu queria que fosse. Eu sabia disso tanto quanto ele, mas estava desesperada.
Imaginei permanecer sem o seu cheiro, o seu calor, a maravilhosa e vibrante sensação de bem-estar que eu sentia ao seu lado e, sem me dar conta, lágrimas escorriam de meus olhos. Eu o amava. Como ele podia estar fazendo isso? Era como se cenas do meu pior pesadelo estivessem virando realidade.
- Vocês não vão sem mim, não mesmo... Vocês precisam de mim. Você aceita que eu vá embora assim, normalmente?
- Reh, Você não entende mesmo...– Ele se afastou de mim e foi como se ele levasse uma parte de mim.
- Claro que entendo...
- Você não sabe como é perder uma pessoa que se ama, não é? – Seus olhos carregavam fúria e tristeza; eu sabia a quem ele se referia – Pois bem, eu sei, e não é nada bom. Eu não vou me perdoar se outra pessoa morrer por minha culpa Kagome!
Eu precisava sentir novamente o seu toque em mim. Eu o fitei e peguei suas mãos. Lentamente fomos nos aproximando. O modo como nossos rostos se aproximavam fez meu coração bater rapidamente e eu ofegava. Eu o desejava, precisava dele. O fato de pensar em ficar longe de TUDO isso que mais amava na vida seria a coisa mais dolorosa que eu poderia imaginar. E então, sem mais delongas, nos beijamos.
