1° Capitulo: I really stay standing?
Sentia as lágrimas escorrendo de seu rosto, era inaceitável, será que ela já não tinha pago a sua conta com o destino? Será que ela estava destinada ao fracasso?
-E se eu não puder andar outra vez? Me diga o que fazer, por favor.-Quinn falava entre soluços. Ela estava sentada na cadeira a duas semanas e iria para escola no dia seguinte. Sua mãe achou uma boa ideia chamar o seu amigo cadeirante, Artie, para conversar com ela, tentar acalma-la. Mas era impossível, ela estava acabada.
-Quinn, não fale assim. Você está viva.-Judy passou a mão nas costas da filha. Quinn revirou os olhos e encarou Artie de novo. Ele estava pela quinta vez na casa da família Fabray, nessa semana.
-Sua mãe tem razão, eu te entendo. Sei como está sendo pra você, mas é importante você ter calma. Olhe, você está em casa, não mais no hospital.-Ele sorrio, se aproximou dela e tocou sua mão.
-Artie, eu estou aqui, no meu quarto, na minha casa. Mas para mim isso não vale de nada, eu simplesmente, não sinto nada da cintura para baixo e isso não deveria ser assim.-Ela falou com um tom duro e quase ríspido. –Mãe, pode nos deixar a sós?-Falou sem olhar para a mãe, ainda encarou Artie que estava com a testa franzida.
-Claro.-Judy se levantou do sofá que havia no quarto da filha e foi em direção a sala.
-Não seja dura com ela.-Artie ficou em frente a loira que tinha uma expressão imóvel.
-Eu sei como lidar com ela.-Quinn falou sem mexer um centímetro.
-Não vou ficar aqui te falando para se sentir bem ou agradecer a Deus, mas quero que entenda que tudo acontece por um motivo. O que posso te dizer é que não vai ser fácil, mas haja o que houver, eu vou estar aqui perto de você.-Ele segurou a mão dela.-Consegue sentir isso?-Ele acariciou a mão dela, ela assistiu relutante. –Então isso é o que importa.-Ele sorrio e beijou a mão dela.
-Eu sinto muito.-Ela sussurou.
-Pelo quê?-Ele franziu a testa, mas não tirou o sorriso casual do rosto.
-Por ter ignorado você nos últimos anos, ter achado que sua vida era fácil. Por ter excluído você da minha vida. Agora que sei como você se sente, me sinto culpada.-Ela abaixou a cabeça e fitou as suas mãos entrelaçadas com aquele nerd que a anos atrás ela jurava que nunca iria dizer "Oi".
-Não há nada para se desculpar, somos amigos agora? Então é com isso que me importo.-Ele levantou o rosto dela com o dedo indicador.
-Desculpa interromper alguma coisa, mas Artie você quer alguma coisa para comer?-Judy surge na soleira da porta do quarto.
Quinn e Artie sorriem e se entreolham.
-Não, mas muito obrigado sra. Fabray.-Ele se virou para a mulher adulta.
-Bom, vou tazer suco para vocês.-Judy saiu sorridente do quarto.
-Ela é uma boa mãe.-Quinn falou brincando com a ponta dos seus cabelos.
-Pega o seu notebook, quero te mostrar uns vídeos de dançarinos que estão na cadeira de rodas.-Artie soltou a mão dela e endireitou o óculos no rosto.
-Sério que existem pessoas que dançam mesmo estando em uma cadeira de rodas?-Quinn manobrou a cadeira para pegar o notebook que estava em cima da cama de casal, com lençóis rosa, dela.
-Claro e pode ter certeza que eles dançam melhor que o Finn.-Ambos riram alto.
Quinn ligou o eletrônico e olhou para o garoto tão animado, será que ela poderia ser feliz como ele era? Será que eles tem tanto assim em comum, fora o fato de estarem em uma cadeira de rodas?
