Esta é mais uma de minhas estórias!

Espero que curtam.

Não esqueçam de comentar!

beijos lu


CAPITULO I – Voltando pra casa

Dez minutos... Esse foi o tempo em que fiquei parada olhando para o portão de desembarque, sabia perfeitamente que assim que o atravessasse, minha vida iria mudar... De novo. Mas teria que ser feito, teria que enfrentar meus medos, meus erros e as decisões equivocadas que tomei e especialmente teria que enfrentá-lo.

- Mamãe? – fui tirada dos meus devaneios pelo meu pequeno, meu filho Anthony. – Porque você ta parada ai? – sorri com seu jeito, aquele pequeno era demais.

- Não foi nada, está pronto?

- Nasci pronto mãe. – revirei os olhos ajeitando seu boné, ao atravessar os portões lá estava meu pai e Sue sua noiva. Meus pais haviam se divorciado dois anos antes de tudo aquilo acontecer, minha mãe agora mora em Phoenix com seu atual marido Phill.

- Filha! Que bom que voltou meu anjo. – dizia meu pai me dando um abraço apertado, era bom estar de volta, infelizmente por causa do trabalho, suas visitas foram esporádicas nestes cinco anos em que estive fora. Discutimos muito desde que engravidei e nos desentendemos algumas vezes, mas com o tempo meu pai aceitou e agora estou aqui para o casamento dele e tentar me restabelecer no país.

- Sue como está? – perguntei abraçando minha futura madrasta.

- Ótima querida, seja bem vinda.

- Hey garotão, vem com o vovô. – Thony se jogou nos braços do meu pai que ficou todo bobo com o neto. - Você está cada vez mais parecido com seu pai, garoto. – sorri com aquilo, qualquer um que tivesse colocado os olhos em Edward diria o mesmo.

Sim ele... Edward Anthony Cullen, meu melhor amigo... Pelo menos costumava ser desde que o conheci quando eu tinha apenas cinco anos...

Flashback

**Eu brincava no parque onde minha mãe costumava me levar, ela me olhava brincar no balanço enquanto conversava animadamente com uma mulher muito bonita. Sempre brincava sozinha, não tinha irmãos, muito menos amigos. Adorava balançar, queria ir bem alto, sentir o frio no estômago, fechei meus olhos sentindo o vento bater em meu rosto.

Sorri pegando mais impulso, acabei me desequilibrando e cai, sobre um garoto que passava em minha frente, o pobre amorteceu minha queda, mesmo assim abri um belo corte no joelho que ardia pra burro.

- Desculpe! – pedi tentando engolir o choro, eu tinha apenas cinco anos.

- Não foi nada, me deixa ver esse seu machucado! - dizia o garoto que mais parecia um anjo de tão lindo, seu cabelo tinha um tom acobreado e seus olhos eram verdes como duas esmeraldas, sua pele branquinha e suas bochechas rosadas. Ele assoprou o corte para aliviar a ardência e aquele gesto fez meu coração disparar no peito.

- Onde está sua mãe? – perguntou enquanto me ajudava a ir até ela, ele era bem mais alto que eu.

- Ela está ali. – disse apontando para o banco, onde ela ainda conversava com a mulher bonita.

-Que bom, ela está com minha mãe. – falou enlaçando minha cintura, me levando até elas.

- O que aconteceu Bella? – perguntou minha mãe, finalmente me dando atenção.

- Cai. – respondi fazendo bico, apontando o joelho.

- Outra vez Bella? Ás vezes me pergunto se vai chegar com todos seus membros até os quinze. – minha mãe falava de um modo engraçado, eu ouvia aquilo toda a vez que me machucava, o que no meu caso, era freqüente.

- Qual o seu nome? – perguntou o garoto atenciosamente.

- Isabella, mas pode me chamar de Bella.

- Sou Edward, Edward Cullen. – disse sorrindo meio torto, achei aquilo tão engraçado. Desde aquele dia nos tornamos amigos, os Cullen haviam acabado de chegar à cidade, vieram de Chicago, Esme e Carlisle, tinham três filhos, Emmett, Edward e Alice, Rosalie e Jasper eram amigos deles, acabamos crescendo todos juntos.

Edward era três anos, mais velho que eu, assim como Rose e Jazz, Emmett quatro anos e Alice um, costumavam dizer que eu era a mascote deles. Edward, Alice, Emmett, Rosalie e Jasper e eu éramos inseparáveis. Mas Edward e eu, nós tínhamos uma ligação especial, mesmo sendo mais velho, nunca se importou de ficar comigo, conversávamos sobre tudo, éramos muito ligados e meu amigo nunca pareceu se importar com aquilo, pelo menos até conhecê-la.

Ela chegou à escola quando eu estava com quatorze anos e ele dezessete, Tanya Denali sempre foi muito bonita, mas não mais que Rose, mesmo assim chamava a atenção da ala masculina do colégio. Logo se tornou líder de torcida e gostava de ostentar o namorado, que era cobiçado por nove entre dez garotas do colégio.

Mantivemos nossa amizade, claro, mesmo durante seu namoro conturbado com ela, eles viviam discutindo e brigando por qualquer coisa, rompiam e voltavam. Sempre que aquilo acontecia, Edward corria para chorar as mágoas em meu ombro, o que eu poderia fazer? Ele era meu melhor amigo!

Acho que me encantei por Edward desde que o vi pela primeira vez naquele parque, o chamava de anjo, por causa de sua beleza, ele sempre ria com aquilo. Meus sentimentos por ele ficaram confusos quando eu tinha onze anos e ele quatorze, brincávamos de sete minutos no céu e Edward me beijou... Foi o meu primeiro beijo, desde aquele bendito dia, eu não tinha olhos para mais ninguém além de Edward Cullen, naquele dia ele havia ganhado meu coração.**

- Bella? Chegamos filha, estava tão distante. – meu pai comentou me despertando, estava perdida em minhas lembranças. Soltei um longo suspiro ao ver a antiga casa, nada havia mudado ali, estava tudo igual, olhei para a casa ao lado, que estava vazia. Meu pai havia me dito que os Cullen logo se mudaram para um bairro afastado de Forks, depois que tio Carlisle havia se tornado diretor geral do hospital central.

- Seu quarto ainda continua do mesmo jeitinho que deixou, sinta-se em casa filha, passo a maior parte do tempo na reserva, com toda aquela coisa do casamento. – avisou o chefe Swan abrindo a porta pra mim.

- É só por uns dias pai, sabe que tenho que me estabelecer em Seattle, já que vou trabalhar por lá. – ele somente assentiu.

- Mas até se arranjar, seu antigo quarto serve, não?

- Com certeza pai, obrigado! – disse olhando ternamente para aqueles olhos castanhos como os meus.

- Pelo que filha? – perguntou franzindo o cenho.

- Por tudo! – respondi somente o abraçando.

- Pai é pra isso, deveria saber. – falou depositando um beijo em minha testa. - Vai ficar bem? – perguntou preocupado.

- Não sou mais uma garotinha pai, vou fazer vinte anos senhor Charlie. – ele sorriu meneando a cabeça.

- Sempre será minha garotinha, não importa quantos anos tenha filha. – foi minha vez de sorrir.

- É aqui que a gente vai morar mãe? – perguntou meu pequeno olhando para o meu antigo quarto.

- Por alguns dias, até encontrar um apartamento para nós em Seattle.

- Ai vai ser nossa casa? – ele olhava para a janela da casa ao lado, a janela do antigo quarto do pai.

- Sim meu amor, será nossa casa, minha e sua e vamos deixá-la como a gente quiser. – seu sorriso se alargou.

- Legal!

- É legal! Agora o que acha de um banho? – seu sorriso se desfez.

- Precisa contar a eles, agora que voltou pra ficar, não acha que as coisas têm que ser esclarecidas filha? Esme e Carlisle tem o direito de saber que são avós. – insistiu meu pai, ele sempre foi contra o fato de eu não ter dito nada.

- Sei disso pai, mas preciso me estabilizar primeiro afinal fiquei cinco anos fora. – ele assentiu depositando um beijo em minha testa.

- Eles ainda moram onde o senhor disse? – perguntei como quem não quer nada.

- Esme e Carlisle sim... – afirmou. - Às vezes vejo Alice circulando por aqui, mas ele, quase não vejo, desculpe filha, mas nos afastamos depois que descobri que era o pai de Thony.

-Entendo pai, os chamou para o casamento? – ele somente assentiu. – A todos?

- Todos, os Cullen e os Hale também. – foi minha vez de assentir.

- Então tenho pouco tempo.

- Creio que sim, sua mãe disse que viria, mas sabe como ela é. – assenti sorrindo, conhecia muito bem dona Renée, meu pai voltou para a delegacia, mas antes deixaria Sue em casa.

- Agora somos nós dois pequeno e o senhor já pro banho, depois cama. – ele bufou alto fazendo o cabelo subir.

- Mais a gente acabou de chegar? – semicerrei meus olhos para aquele projeto de Edward que bufou novamente revirando os olhos como o pai fazia.

- Esse seu computador é velho! – segurei o riso separando uma roupa pra ele, dei um belo banho em meu pequeno o colocando na cama em seguida. Fiz o mesmo, teria muita coisa pra fazer no dia seguinte, como não conseguia pegar no sono, fui conferir minha conta, precisava saber o quanto teria disponível para me ajeitar.

Nesse tempo que passei fora, trabalhei muito e com a ajuda de Gianna minha tia, irmã da mais nova da minha mãe, consegui juntar uma grana até que legal. Mas aqui seria diferente, não sei se conseguiria viver da música e da dança, como fazia lá. Teria que procurar um emprego em primeiro lugar, mas antes de tudo encarar os Cullen. Fiquei sentada em frente à janela do meu quarto que dava para a dele, mesmo não gostando de ficar remoendo aquilo, as lembranças vieram à tona...

Flashback - início

**– Anda Bella, deixa de ser chata, você é ou não é minha melhor amiga? – dizia Alice com as mãos na cintura, me infernizando por causa de sua festa de debutante a qual insistia para que eu fosse.

- Alice sabe melhor do que ninguém que não curto festas, não sei dançar, o que vou fazer lá. – ela bufou revirando os olhos.

- Se não for, juro que nunca mais falo com você Isabella Swan! – disse magoada.

- Tudo bem Alice, eu vou, mas, por favor, nada de exageros ta bem? – ela abriu um sorriso enorme.

Alice faz aniversário no mesmo mês que eu, mas era um ano mais velha, apesar de estudarmos no mesmo ano. Ela parecia uma princesa de tão linda, Rosalie tinha um corpo bem feito o que levava os garotos à loucura, já eu com meus quinze anos recém feitos, era magrela, meus peitos eram pequenos demais e meu corpo não era lá grande coisa.

Minha amiga me deu de presente um vestido lindo para usar em seu aniversário, ficou bem em mim, minha mãe já não morava mais conosco, meus pais haviam se divorciado dois anos antes, mas preferi continuar morando com meu pai.

- Está linda princesa, vou estar de plantão Bella, e só volto amanhã para o almoço está bem? – assenti somente, estava acostumada com aquilo, afinal os Cullen moravam ao lado, qualquer coisa era só gritar.

A casa estava toda decorada, no jardim dos fundos havia uma pista de dança e tia Esme e tio Carlisle haviam saído deixando Emmett e Edward responsáveis por tudo. Os ratos tomando conta dos gatos, a música estava alta e havia muita bebida rolando ali, sem contar que a maioria eram veteranos, como Jazz, Emm e Edward, Rose também era veterana, assim como a sebosa da Tanya.

- Olha quem está aqui! A mascote de vocês. – falou me provocando, ela me detestava e o sentimento era recíproco.

"Vadia!" – respondi mentalmente, Edward estava agarrado a ela, como sempre. Era incrível como ele parecia um bobo quando estava perto dela, chegava a dar raiva. Cumprimentei todos educadamente ignorando o que a mocréia havia dito, a noite iria ser bem longa e chata.

- Bella? – chamou Mike Newton. - Você ta uma gata, vem dançar comigo? – pediu jogando o braço sobre o meu ombro, ele estava no último ano também e não sei por quê? Encasquetou comigo.

- Sinto muito Mike, mas não to a fim, porque não procura a Jéssica, ela vai ficar feliz em dançar contigo. – falei saindo dali, fui até o barzinho e pedi algo bem forte.

- A senhorita não tem idade pra tomar isso ai. – disse uma voz que eu conhecia bem, me virei encontrando aqueles olhos verdes que eu tanto amava me olhando fixamente.

- A maioria aqui não tem. – respondi dando de ombros.

- Você está linda. – revirei os olhos.

"Até parece!"- retruquei mentalmente.

- Onde está sua namorada? Sabe que ela não gosta quando fala comigo em público. – ele sorriu meneando a cabeça, se aproximando de mim.

- Ela não manda em mim Bella, além do mais você é minha melhor amiga, esqueceu?

"Nem que eu quisesse meu caro." – sorri pra ele sem dizer nada, peguei a bebida que o barmen me entregou e virei com tudo.

- Vou dar uma volta, seu cão de guarda está chegando. – disse saindo dali, sendo fuzilada por Tanya.

A festa estava um saco, todos se divertindo menos eu, que tinha que ficar vendo Edward praticamente engolindo aquela vaca loira dos infernos. Bebi mais umas três ou quatro doses de um treco estranho, queria tanto ir embora, mas se fosse, Alice me mataria.

De repente Edward e Tanya começaram a discutir feio, ela foi embora e o deixou falando sozinho, ele estava furioso e bebendo muito, muito mesmo. Pedi desculpa para Alice e fui pra casa, não agüentava vê-lo se autodestruindo por culpa daquela vagabunda, se pelo menos fosse por alguém que valesse a pena, mas Tanya, aquela ali não valia nada.

Cheguei em casa tomei um banho e me enfiei em meu pijama, me assustei ao ouvir batidas em minha janela, já era tarde. Edward estava completamente bêbado, estava muito mal mesmo.

- Bella, posso ficar aqui com você? Não quero ficar sozinho. – choramingou todo mole.

-Droga Edward! Quanto você bebeu? – perguntei assustada.

- Ela é uma vadia... Não quero mais saber dela... Nunca mais. –revirei os olhos, sempre que brigavam era a mesma coisa.

- Senta aqui, vou fazer um café bem forte pra você. – pedi o colocando em minha cama, ele fedia a bebida. – Acho melhor você tomar um banho, antes de se deitar. – ele me olhou meio grogue.

- Banho?

-É banho. – falei arrancando sua camisa pela cabeça, soltei o ar com força ao encarar aquele tórax e aquele abdômen, ele era magro, mas não seco, tinha tudo no lugar certo e na proporção exata. – Vá Edward, vou separar uma calça do meu pai pra você e uma camiseta, tome um banho que vai te fazer bem. – ele assentiu indo para o banheiro. Desci e preparei um café bem forte e o fiz tomar tudo, Edward resmungou, praguejou, mas tomou, sorri ao vê-lo com a camiseta do meu pai, havia ficado um pouco grande.

- Agora deita e vê se dorme.

- Deita aqui comigo, não quero ficar sozinho. – resmungou me puxando para junto de si.

- Não acho que seja uma boa idéia Edward...

- Vem Bella, preciso de você, estou tão carente. – choramingou, como um garotinho manhoso. Acabei cedendo, e me deitei ao seu lado, Edward me puxou pra si, passando seus braços ao meu redor.

- Você cheira tão bem Bella. – disse afundando o rosto em meus cabelos.

- Para de bobeira Edward e dorme quieto! – ralhei sentindo meu coração bater tão forte que por um momento pensei que fosse sair pela boca.

- Não quero dormir, quero ficar assim com você. – falou me apertando ainda mais.

- Edward eu...

- Shhh... Bella, fica comigo. – pediu acariciando meu rosto. – Você é mesmo linda. – revirei os olhos.

- Essa é a prova de que está realmente bêbado.

- Você é linda Bella, quando vai entender isso? Sempre foi... Desde pequena. – sussurrou sem parar de me tocar um minuto sequer, seu rosto estava tão próximo. Ele segurou a medalha que havia me dado em meu aniversário, que dizia: "Forever" e sorriu.

- Forever. – senti seu hálito quente bater em meu rosto, Edward contornou meus lábios com seu polegar, depositando um beijo cálido neles, um simples roçar que fez meu estômago dar voltas. Sua língua pediu passagem e não consegui resistir, acabei cedendo, deixando que ele me beijasse novamente. Uma de suas mãos se infiltrou pelo meu cabelo segurando firme minha nuca, enquanto devorava meus lábios, senti sua outra mão em minha cintura, colando nossos corpos. Seu gosto era delicioso e sua língua dançava sincronizada com a minha.

- Bella... – gemeu deslizando os lábios pelo meu maxilar, descendo para meu pescoço, não conseguia falar, estava ofegante e Edward novamente tomou meus lábios em outro beijo ainda melhor.

As caricias ficaram mais ousadas, suas mãos eram urgentes em meu corpo e acabamos nos rendendo ao momento... Me rendi à paixão insana que sentia por ele... Acordei com o sol entrando pela fresta da cortina, olhei para o lado e Edward não estava mais lá, estava completamente nua e sozinha.

Mil coisas passaram pela minha mente naquele momento, porque ele se foi e nem falou comigo? Teria sido tão ruim assim? Doeu bastante, mas foi bom pra mim, muito bom na verdade. Sorri ao fechar os olhos, era como se ele ainda sussurrasse meu nome em meu ouvido, enquanto me fazia sua... Sai da cama e me assustei ao ver a mancha de sangue no colchão, troquei rapidamente jogando tudo dentro da máquina, tomei um banho e tentei comer alguma coisa.

O sábado passou e Edward não me ligou, evitei ir a casa deles, queria dar espaço a ele, afinal Edward tinha uma namorada, éramos amigos e o que rolou poderia estragar tudo, achei melhor deixar para falar com ele na segunda depois do colégio.

No domingo fui ao parque, precisava colocar minha cabeça no lugar, já era fim de tarde estava distraída pensando em tudo que havia acontecido na noite anterior, quando algo me chamou a atenção. Vi o volvo prata parado próximo ao parque, Edward estava recostado nele agarrado a Tanya em um longo amasso. Senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, senti raiva, nojo, ódio de mim mesma por ter sido tão idiota! Como ele pode fazer aquilo, justo comigo? Ele que dizia que eu era sua melhor amiga, que seriamos amigos pra sempre... Aquilo me deixou arrasada, não queria ver ninguém e muito menos voltar para aquele colégio, não queria nem sequer respirar o mesmo ar que ele.

Liguei para minha mãe e avisei meu pai que iria morar com ela, em Phoenix. Meu pai ficou arrasado, não entendia o porquê da minha decisão repentina, menti dizendo a ele que queria sair daquele inferno de cidade, que estava farta daquele fim de mundo. Acabei magoando meu pai que não tinha culpa nenhuma dos meus erros, por eu ser uma completa idiota, por acreditar em alguém como Edward Cullen!

Alice e Rose não entendiam nada, muito menos Emmett e Jazz, ele nem se dignou a vir falar comigo. Fiz minhas malas e não me despedi de ninguém, sai de Forks sem sequer olhar para trás, sem saber que meu filho havia sido concebido, naquela bendita noite.**

Despertei com o som do meu pequeno resmungando, voltei para junto dele e logo adormeci. No dia seguinte acordei cedo, fiz o café da manhã para o meu pai me aprontei e aprontei Thony para irmos à casa dos Cullen, de lá para Seattle, ver alguns apartamentos.

- 420 da Avenida Woodcroft, por favor. – disse ao motorista de táxi, estava muito nervosa, suava frio. O carro saiu da pista entrando em uma estradinha de seixos que cortava o bosque. Meu queixo foi ao chão ao ver a linda mansão surgindo no meio de uma clareira, era a casa mais linda que já vi, os dois estavam lá parados na varanda da casa com o cenho franzido, provavelmente estranhando a visita matinal. Assim que desci do carro os dois parecia não acreditar no que viam.

- Bella? É você? – disse tia Esme vindo em minha direção me abraçando tão forte que mal podia respirar.

- Oh meu Deus! Quanto tempo garota, não tem idéia de quanto sentimos sua falta, os garotos estão... – suas palavras morreram em sua boca, quando retirei Thony do carro.

- Deus do céu!Ele é... Não pode ser... – ela não conseguia concluir.

- Filha, sentimos muito sua falta por... Aqui... – com Carlisle não foi diferente, eles olhavam para Thony encantados, agradeci ao motorista o dispensando.

- Anthony, esses são Esme e Carlisle, pais do seu pai. – meu filho os olhava passando a mão na nuca como o pai fazia quando estava envergonhado.

- Como... Como, meu Deus! – tio Carlisle ainda estava chocado.

- Ele é seu neto tio, é uma longa história e bem complicada. – ele assentiu com os olhos marejados.

- Vem com a vovó meu amor. – pediu Esme completamente emocionada, Thony me olhou sem saber como agir, ele estava ansioso para conhecê-los, mesmo sendo muito esperto meu filho só tinha três anos e dez meses.

- Esta é sua vovó Esme meu amor, mãe do papai. – ele mordia o dedinho olhando pra ela.

- Do papai?

- Sim meu amor, do seu papai. – Thony sorriu se jogando nos braços dela.

- Como você está filha? O que fez todo esse tempo fora? – Carlisle dizia me apertando em um abraço aconchegante.

- Acho que precisamos conversar não é mesmo? Devem estar um tanto confusos. – os dois assentiram.

- Nos conte o que aconteceu e porque foi embora filha? – estávamos na enorme sala de estar, Esme estava com Thony em seu colo, babando no neto, dizendo sem parar o quanto ele era parecido com o pai.

- Mãe? Quem está ai... – Alice estancou no meio da escada, sua boca estava entreaberta. Ela estava linda, seus cabelos agora eram curtos e espetados em todas as direções, estava um pouco mais alta do que me lembrava, mas muito pouco mesmo. - Não acredito! Bella? Bella é você? – disse correndo em minha direção, quase me derrubando ao pular em mim. – Você voltou! Caramba olha pra você, como está linda... Onde se meteu todos esses anos e porque diabos nunca deu notícias... Charlie só sabe dizer: "Ela está na Europa." – disparou sem perder o fôlego, ela ainda não tinha visto Thony que a olhava assustado.

- Também senti sua falta, Alice. – falei retribuindo o abraço.

- Não deveria falar com você, mas me diz onde se mete... – se calou ao ver meu pequeno de mãos dadas com Esme. – Quem é essa coisa linda? – disse se abaixando, ficando de frente pra ele.

- Este é Anthony, meu filho. – seus olhos quase saltaram.

- Mas... Ele é... Como isso é possível?

- Como já disse é uma história longa e bem complicada. – disse bufando alto.

- Temos tempo. – respondeu sentando ao lado de Esme e Thony, Carlisle sentou-se ao lado de Esme e eu fiquei na poltrona de frente para eles.

- Thony, essa é sua tia Alice. – ele a olhava meio desconfiado.

- Minha tia? – franziu o cenho.

- Sim, sua tia, aquela de quem a mamãe falou. – meu pequeno voltou a olhá-la e sorriu. Alice o puxou para seu colo o cobrindo de beijos.

- Você é a cara do seu pai, garoto! – não agüentava mais ouvir aquilo. - Como isso aconteceu? Nunca imaginei que você e Edward...

- Deixe-me contar desde o começo sim. – ela se calou assentindo.

- Devem se lembrar da festa do seu aniversário de dezesseis anos, certo?

- Claro que sim, depois dela você foi embora e nem sequer deu noticias. – havia magoa em suas palavras, não a culpava, só tinha a mim mesma par culpar.

- Eu havia bebido um pouco e não agüentava mais ficar na festa, primeiro porque Mike estava me enchendo e em segundo Edward e Tanya haviam discutido, brigado feio e ele começou a beber sem parar... – os três me olhavam atentos, assim como meu filho. – Não suportava vê-lo se autodestruindo por causa dela, por isso fui embora.

- Me lembro disso, disse que não estava se sentindo bem. – somente assenti.

- De madrugada ele apareceu na minha janela, completamente bêbado e como sempre reclamou, resmungou e choramingou dizendo que jamais voltaria para ela, que não passava de uma egoísta mesquinha e que não valia nada. – claro que editei suas palavras exatas.

-Moleque! – sibilou Carlisle meneando a cabeça.

- Estava preocupada com ele, pedi pra que fosse tomar um banho, ele fedia a bebida e estava muito mal. Dei umas roupas do meu pai a ele e o coloquei no banheiro, enquanto fazia um café bem forte e amargo. Não sabia o que fazer, vocês não estavam e meu pai estava de plantão, pedi pra que tomasse o café e dormisse.

- Edward sempre foi um tanto fraco para bebida. – Esme disse triste.

- Então porque bebeu? – Carlisle estava irritado, confesso que nunca o tinha visto daquele jeito, já Alice não falava nada.

- Mas Edward estava estranho, agindo de forma estranha... Me deixando confusa e... Eu o amava Esme, o amava tanto que...

- Eu sabia! Sempre soube que você era louca por ele. – disse Alice vindo para o meu lado.

- Sim, mas seu irmão só me via como amiga, sua melhor amiga... Naquela noite ele me beijou... Me beijou dizendo que eu era a melhor coisa que havia acontecido em sua vida... Que eu era linda... Juro que tentei resistir a ele, mas foi mais forte que eu... – senti as lágrimas saírem sem minha permissão. - Me diz como resistir à pessoa que você mais ama? Quando ela sussurra em seu ouvido coisas que sempre sonhou ouvir? Fui fraca, inconseqüente, uma idiota completa...

- Não fica assim Bella... Vai assustar seu filho. – dizia Alice acariciando meus cabelos.

- Desde que vi Edward pela primeira vez naquele parque que ele me fascina, me apaixonei por ele aos onze anos de idade, mas éramos amigos, os melhores amigos e nunca quis estragar nossa amizade... – disse afundando meu rosto em minhas mãos. -Porque sabia que se revelasse a ele meus sentimentos, se afastaria de mim, mas com o passar do tempo aquele sentimento só aumentava e quando ela chegou ao colégio, foi como uma pá de cal.

-Não fique assim filha, na realidade acho que somente ele não notava, porque qualquer um que os visse juntos percebia o quanto gostava dele, pelo modo como cuidava do meu filho. – dizia Esme, senti meu rosto arder, provavelmente estava corando.

- Foi quase impossível manter o juízo e o controle daquela situação e dá pra se ter idéia de onde chegamos àquela noite, certo? – eles somente assentiram. - Quando acordei pela manhã Edward não estava lá, eu estava nua em minha cama ainda confusa com tudo que havia acontecido. Mil coisas se passavam em minha mente... O porquê dele ter ido embora? Porque não falou comigo? Se havia se arrependido?

- Não que eu esteja defendo sua atitude... – Alice falou me interrompendo. - Mas Edward estava mesmo muito mal àquela noite, ele nem se lembrava de como foi parar em seu quarto, Jazz e Emm sempre disseram que Edward não se lembra de nada daquela noite, a não ser antes de beber. – explicou Alice.

- Isso me veio à mente, mas depois que eu estava longe, além do mais era tarde demais, já não havia mais volta. – falei com o olhar perdido. - Mas como ia dizendo, achei melhor dar um tempo a ele, falaria com Edward no colégio, daríamos um jeito, só não queria estragar o que tínhamos. No domingo sai para tentar colocar minha cabeça no lugar, fui para o lugar onde nos conhecemos, era nosso lugar preferido, ele estava lá com Tanya se beijando, se agarrando...

- Oh meu Deus! – soltou Alice e Esme em uníssono.

- Podem fazer idéia de como me senti? Fui tomada pela raiva, sentia ódio de mim mesma, por ter sido tão idiota! Claro que ele não largaria Tanya Denali pra ficar comigo... Me senti usada e estava decidida a sumir e nunca mais colocar os pés de novo em Forks. Por isso discuti com meu pai e fui para Phoenix, de lá fui pra Londres ficar com minha tia Gianna.

- Estava em Londres todo este tempo? – perguntou Alice.

- Não, na realidade não parávamos muito, moramos em Milão, Paris, Amsterdam e outras cidades. – pensei que seus olhos fossem saltar. – Chegando lá minha tia me inscreveu em um conservatório de música, iria concluir o colégio lá, mas...

- Mas? – incentivou Carlisle.

- Comecei a passar mal, muito mal, minha tia me levou ao médico e levei um choque ao descobrir que estava grávida... Grávida do meu melhor amigo, aos quinze anos recém feitos, fiquei completamente perdida, sem saber o que fazer.

- Faço idéia minha filha. Mas porque não nos ligou, não nos contou? – perguntou Carlisle.

- Meu pai estava furioso comigo por ter abandonado tudo aqui e ido embora, quando descobriu sobre a gravidez a coisa só piorou... Queria saber quem era o pai e forçá-lo a assumir... – soltei o ar com força, soltando um longo suspiro. - Tive medo de dizer que era de Edward... Meu pai estava furioso e como Edward já tinha dezoito, poderia ser preso e jamais permitiria que algo assim acontecesse, por isso disse que era de um cara que conheci e que ele havia se mandado de lá.

- Porque não disse a verdade? Era responsabilidade dele também, você era menor de idade Bella, aquele moleque estava com a cabeça aonde? – definitivamente Carlisle estava bravo.

- A culpa foi minha Carlisle, ele estava bêbado... Eu deveria tê-lo parado, acho que Alice está certa, Edward não deveria nem saber o que estava fazendo... O conhecia bem, não era dele ser tão cafajeste... Pena que só me dei conta disso quando estava tudo perdido. - lamentei meneando a cabeça. - Assim que meus pais colocaram os olhos nele, souberam. – falei apontando para Thony sentadinho entre eles.

- Deveria ter nos ligado filha, ele tinha o direito de saber. – foi à vez de Esme falar.

- Eu sei, mas ele estava com ela, não queria atrapalhar sua vida e não quero atrapalhar agora, mas meu filho tem o direito de conhecer o pai, sua família, concordam? Ele está realizando o sonho dele de ser médico... Edward sempre sonhou em seguir seus passos Carlisle e não quero atrapalhá-lo.

- A culpa foi dos dois Bella. – afirmou Carlisle, me olhando com ternura.

- Mas eu sabia que ele era comprometido... Edward estava bêbado... Eu deveria ter parado... – soltei o ar com força novamente encarando Carlisle. – Mas não me arrependo do que fiz, olha o presente que ele me deu. – meu pequeno sorriu torto como o pai.

- Ele vai pirar quando souber... Garanto a você Bella que Edward não faz idéia de que passaram aquela noite juntos... Ele não seria tão hipócrita, já que ficou magoado com sua partida, arrasado na verdade. – franzi o cenho.

- Isso é verdade... - afirmou Esme. - Não se conformava com o fato de você ter partido e nem sequer ter falado com ele, não ter dito nada.

- Quantos anos ele tem? – perguntou Carlisle.

- Três anos e dez meses, nasceu em vinte de junho. – pensei que os olhos deles fossem saltar, Edward era do dia dezessete. - O que fez enquanto esteve fora? Sozinha com uma criança? – havia preocupação em sua voz.

- Continuei meus estudos, conclui o colégio, mesmo grávida trabalhava pra me manter, consegui concluir os estudos porque Thony nasceu nas férias, o que ajudou muito. Tia Gianna me ajudou muito me dando trabalho e me ajudando a cuidar dele.

- Trabalhou em que? Era tão nova. – lamentou Esme.

- Ajudante dela de início, viajávamos muito, conheci quase toda a Europa, fiz alguns trabalhos fotográficos o que me rendeu um dinheiro extra, depois me dediquei à universidade.

- Como assim trabalhou com sua tia? O que ela faz? – perguntou Alice.

- É fotografa, descobre novos talentos, me usou em algumas campanhas o que me ajudou muito financeiramente. Quando voltamos para Londres, cantava em pubs e barzinhos, até que Marcus um amigo dela me convidou para participar de um festival de música o qual venci, fiz uma turnê pela Europa.

-Uau! Como nunca ficamos sabendo disso Bella? – havia certa magoa em sua voz.

- É que teve repercussão somente por lá, não sei se vazou pra cá, além do mais lá me conhecem apenas por Swan.

- Trabalhou em campanhas, que tipo de campanhas? – insistiu Alice.

- Perfumes, produtos para gestantes, várias coisas. – falei dando de ombros.

- Onde está? Com seu pai? – perguntou Carlisle.

- Por enquanto, até o casamento, vou me estabelecer em Seattle, tenho uma entrevista em uma casa noturna de lá.

- Isso é maravilhoso! – soltou Alice com um imenso sorriso.

- Por quê? – não havia entendido sua empolgação.

- Porque pode ficar comigo em meu apartamento em Seattle, o que acha?

- Alice, não acho que seja uma boa idéia... – seu sorriso se desfez – Você tem sua vida e não quero tirar sua privacidade, ainda mais tendo uma criança na casa.

- Deixa de bobeira Bella, pelo menos até se estabelecer, posso te ajudar a encontrar um apartamento no mesmo prédio que o meu, Rose vai adorar ter você e meu sobrinho lindo por lá.

- A Rose mora com você? – ela assentiu com um enorme sorriso.

- Vim passar uns dias com meus pais, mas moro lá com Rose, somos sócias em uma boutique que vende minha própria grife.

- Não acredito! Era o seu sonho não era?

- Sim, estou tão feliz, tem uma ótima aceitação. – disse empolgada. - Porque não vem comigo, estou indo pra lá... – insistiu. - Vocês ficam em meu apartamento por esses dias enquanto você resolve tudo, mamãe pode ir junto para te ajudar a encontrar um cantinho legal. Não é mãe?

- Será um prazer. – Esme disse prontamente.

- Não quero atrapalhar vocês e...

- Não atrapalha Bella, Alice está certa, fique no apartamento dela enquanto se acerta, lá estará perto de tudo, diferente da casa do seu pai. Eles tinham razão, ainda mais que eu estava sem carro.

- Tem certeza que não vai atrapalhar?

- Absoluta, aqueles quatro vão surtar. – estremeci quando Alice disse aquilo.

-Então terei que passar em casa pra pegar algumas coisas... – confesso que estava meio hesitante. – Só espero que não se arrependa Alice.

- Você vai morar com a titia. – falou apertando as bochechas de Thony que lhe lançou um olhar mortal.

- Ele odeia isso, Alice! – ela deu de ombros.

- Quando vai contar a ele? – perguntou Carlisle.

- Preciso me organizar primeiro, para depois jogar essa bomba em cima dele. – sorri sem humor. – Ele mora por lá, não é? – os três assentiram.

-Fica tranqüila, Edward é ocupado demais com sua residência e... - ela se calou de repente.

- E?

- Nada não, então vamos? Temos muito a fazer. – disse Esme.

- Esme não precis...

- Vai ser um prazer ajudar você filha, vou pegar minha bolsa.

Alice tinha um Porsche amarelo canário nada discreto, Esme foi com seu Audi A8. Passamos na casa do meu pai e pegamos algumas roupas minhas e de Thony, tive que agüentar Alice me atormentando por causa do meu quarto.

- Alice não moro aqui desde meus quinze anos, meu pai não mexeu em nada. – Esme ria saudosa olhando pela janela.

- A gente vai viajar de novo mãe? – perguntou Thony sem entender o porquê de outra mala.

- Não meu amor, vamos procurar uma casa pra nós, o que acha?

- Eba! Só nossa?

- Só nossa. – as duas riram com a empolgação dele, avisei meu pai, que ficou meio tristonho, mas me apoiou, ficou feliz por Esme e Alice estarem me dando apoio.

A viagem até Seattle foi interessante, Esme falou de todos eles, que cursaram a universidade em Dartmouth, mas se estabeleceram em Seattle, por causa do mercado. Jazz se tornou advogado, Emm empresário, era dono de um estabelecimento e Edward fazia residência no Seattle Grace, um hospital renomado de Seattle, fazia pediatria.

O prédio onde Alice morava não era tão grande, eram poucos apartamentos por andar, segundo Esme tinha uma ótima localização por estar perto de tudo. Seu apartamento ficava no quinto andar, era bem a cara dela, havia três suítes e minha amiga me ofereceu a de hóspedes a qual dividiria com Thony, Esme ficaria na de Rose, já que a loira ficaria no apartamento de Emm, que ficava próximo dali, assim como o de Edward e Jazz.

- Na realidade eles moram no mesmo prédio. – comentou Alice. – Ouvi dizer que tem um apartamento vago aqui no sexto andar. – disse com um enorme sorriso.

- Ouviu dizer é? – ela me olhou com cara de inocente, estava na cara que aquela ali estava armando alguma.

- Deve ser um pouco mais caro, por ser a cobertura, mas é uma graça, não é mamãe?

- Com certeza, se quiser podemos falar como sindico, ele nos dá o telefone do proprietário. – algo me dizia que aquelas duas estavam aprontando.

- Então vamos, porque ainda tenho que ir ao Pure, para minha entrevista. – houve uma troca de olhares entre as duas, que me deixou intrigada. Esme falou com o sindico, por trabalhar com decoração e paisagismo, conhecia muito bem o mercado imobiliário e realmente foi de grande ajuda. O apartamento era mesmo uma graça e já tinha alguns móveis e o preço estava convidativo.

- Quer ver outras opções? – perguntou assim que saímos.

- Qual a sua opinião Esme? – revidei a pergunta.

- Você vai ter que trabalhar Bella, seria bom ter alguém conhecido por perto, Alice e Rose, moram no andar de baixo, o apartamento te agradou e agradou ao Thony, mas é você quem decide. – ela tinha razão ele era perfeito.

Fomos ver mais três e nenhum deles havia me agradado, achei melhor fechar logo com aquele mesmo, acabei fazendo um o contrato de um ano pagando adiantado, o que me possibilitou pegar as chaves no mesmo dia.

- Agora vamos às compras. – disse Esme sacando o celular, Alice tinha ido para sua loja.

Esme me levou a várias lojas de móveis e decoração, meu filho ficou encantado com tudo que a avó mostrava pra ele, ela insistiu e fez questão de comprar toda a mobilha do quarto de Thony, incluindo videogame, TV e DVD.

Voltamos para o apartamento de Alice, já que eu tinha que me aprontar para a entrevista no Pure, com Alec Volturi, sobrinho de Marcus. Esme fez questão de ficar com Thony, já que Alice ainda estava na loja assim como Rose.