Momentos

N/A: Escrita para o projeto Just A Phase, lá do fórum 6V. O tema era Compra da varinha. Vou aproveitar para pedir desculpas pela demora na atualização de Álbum de fotografias, mas JURO que não desisti. Vou tentar atualizar ainda esse mês, se a facul me permitir.

Quanto à essa daqui, eu estou planejando uma collection de one-shots. Vamos ver no que vai dar. =)

Ah, e me desculpem pelos erros de ortografia. Eu dei uma revisada superficial, mas não deu para mandar para betar. Qualquer coisa, gritem.

Beijoos e espero que gostem!

Ice

Primeiro Momento.

Comprando a varinha.

A menina de onze anos recém completados observava encantada as pessoas de roupas coloridas, caminhando de um lado para o outro; corujas piavam de dentro das gaiolas, gatos miavam e sapos coachavam, fazendo uma espécie de caos (não tão) bem controlado que compunha a beleza do beco diagonal.

-Muito bem, Lily. Agora só falta a sua varinha.

O meio gigante sorriu para os Evans, pensando com tristeza na menina loira que havia insistido em ficar para trás. Algo lhe dizia, e Hagrid raramente se enganava sobre o caráter das pessoas, que os Evans não tinham visto o último ataque de ciúmes de Petúnia.

Mas nada, nem mesmo a nuvem cinza do temperamento da irmã, parecia nublar o dia de Lily. A jovem bruxa continuava a apontar para coisas e perguntar seus significados e utilidades; tão feliz, tão ansiosa que estava para saber de sua nova vida.

-Varinha, Hagrid? Mas que tipo de varinha? Tipo aquelas que a gente joga e o Spider vai buscar?

Spider era o viralata que tinha sido adotado pelos Evans quando a ruivinha tinha seus dois anos. Petúnia e Lily adoravam o cachorrinho; a quem batizaram Spike, e mais tarde de Spider, ao perceberem que nada fazia com que Lily conseguisse pronunciar aquele nome.

Aos onze anos, Lily já conseguia pronunciar o nome "certo" de Spider, mas ela achava hilário que o cachorro dela se chamava aranha.

-Aquelas são varetas, querida - explicou pacientemente a senhora Evans, os olhos plácidos com tranquilidade.- Tenho certeza de que o senhor Hagrid se refere a uma espécie de varinha mágica.

-Aw, - a boca de Lily fez um perfeito "O" -tipo a das fadas da Bela Adormecida?

A Bela Adormecida era o filme predileto de Lily. A ruivinha assistia o filme todas as vezes que passava na televisão, e a ideia de que ela se pareceria com a Flora, sua fada predileta, a fez sair saltitando em direção da loja.

Ao entrar dentro da loja, Lily arregalou os olhos. Milhares de caixinhas de madeira estavam empilhadas, cobrindo as paredes do chão ao teto; uma fina camada de poeira cobria toda a loja, e Lily sentia como se existisse uma espécie de corrente elétrica passando em volta de seu corpo.

Assistindo os pelos de seu braço se arrepiarem, Lily decidiu que aquilo era mágica.

Existia mágica naquela loja.

-Boa tarde, senhorita Evans. - Lily deu um pulo e se virou para ver um senhor de olhos acinzentados a observando atentamente.- Destra ou canhota?

Quando resmungou "destra" por debaixo da respiração, ela ainda não saberia explicar o motivo pelo qual ela não tinha se dado conta da aparição do senhor Ollivander, o que a deixou aborrecida.

Sua atenção logo foi dispersa por uma fita métrica medindo-a de cima a baixo. A ruiva sorriu, ainda mais abertamente quando notou que a fita se movia sozinha.

Mágica é demais, a ruiva pensava, encantada, mal posso esperar pra poder fazer isso também.

-Senhorita Evans? - a voz do senhor Ollivander a despertou de seus devaneios. - Experimente.

Lily arregalou os olhos quando viu a varinha dentro de sua caixinha. Aproximou-se lentamente da bancada e tocou a varinha com as pontas dos dedos, como que com medo de que a varinha fosse explodir ao menor toque.

Quando percebeu que nada acontecia, ela se aproximou mais e pegou a varinha nas mãos. Girou-a de um lado para o outro. Examinou-a atenciosamente. E, pausando para respirar fundo, Lily fechou os olhos e fez um movimento com a varinha.

Nada aconteceu.

Sentindo-se imensamente decepcionada, Lily quase não ouviu quando o senhor Ollivander pediu para que ela experimentasse outra varinha. E outra. E mais outra.

Anos mais tarde, Lily ainda não saberia precisar quantas varinhas ela experimentou; muito menos quanto tempo se passou. Ela se lembraria, porém, das três janelas quebradas, da cadeira que explodiu e da jarra que se tornou um rato.

Lily estava quase certa de que ela era um desastre enquanto bruxa, quando o senhor Ollivander retornou com uma caixinha de madeira escura.

Lily sentiu borboletas dançando em seu estômago meramente ao ver aquela caixinha, quando girou a varinha entre os dedos um arrepio gostoso percorreu toda a sua espinha.

Ela girou e sacudiu a varinha, fazendo uma chuva de pétalas de margaridas aparecerem por toda a sala, fazendo Lily rir em contentamento.

- Eu quero essa. - ela disse, sua expressão contendo toda a seriedade que uma menina de onze anos conseguia demonstrar.

-Eu acho que a escolha é mútua, senhorita Evans. Salgueiro, 26 centímetros. Farfalhante. Uma boa varinha para feitiços. São sete galeões.

Quando a ruivinha saiu saltitando, o rosto iluminado de tanta satisfação, o senhor Ollivander se permitiu um discreto sorriso.

Alguma coisa, Ollivander nunca conseguiu precisar o que, lhe dizia que aquela menina tinha um grande destino pela frente.

Reviews? Please?

Notas finais:

1. Ollivander foi traduzido como Olivaras na versão brasileira.

2. Lily foi traduzido como Lílian.

3. O filme da Disney "A Bela Adormecida" saiu no ano de 1959, portanto a Lily realmente poderia ter assistido aquele filme.