Olá pessoas! Comecei a escrever a fic em agosto do ano passado; depois de muito tempo sem escrever. Decidi mudar um pouco o foco da história, sair do cenário original da série. Então é o seguinte: Não gostou? Maravilha, é só não ler. Lembrando que aceito criticas construtivas! :D Se houver erros de português, peço desculpas desde já. Essa não é minha primeira fic, costumava escrever nas comunidades no orkut - trash-, então essa fic em si, é um grande desafio.
XOXO, B.
Piper abriu os olhos às sete da manhã. Estava realmente atrasada, não dormira bem. Rolou durante um bom tempo na cama durante a noite, buscando uma posição agradável para relaxar e enfim poder dormir, mas isso não aconteceu.. Quando finalmente conseguiu pregar os olhos, já era um pouco mais que cinco e quinze da manhã. Desde o acidente ocorrido com Larry, era quase impossível ter uma noite de sono tranquila e pacífica.
A loira respirou fundo, apesar de tudo sentia a falta de seu marido, de seus carinhos, beijos e abraços. Talvez nunca superasse a sua morte. No começo do relacionamento, Larry era um homem maravilhoso. Se conheceram em Union Pool, um barzinho no Brooklyn, onde seria exibido o jogo dos Yankees contra os Mets. O garoto de cabelos com alguns cachos era tão tímido.. Tão excepcional. Piper logo se encantou, e com uma desculpa qualquer, foi se aproximando como quem não queria nada. Horas depois, o jogo perdera toda a importância; Larry.. Ele era tão incrível. Os dois riam das coisas que ela dizia, não se importando com os xingos dos outros torcedores. Um mês depois, engataram um namoro que durou aproximadamente dois anos, logo decidiram se casar. Piper não tivera a chance de conhecer a família de Larry, a única informação que teve do marido, era que ele tinha duas irmãs e uma avó. Sempre que entravam neste assunto, brigavam. Larry nunca mencionou o porquê de se afastar de sua família. Piper respeitava a decisão do marido, embora a curiosidade fosse gritante, o máximo que conseguiu arrancar do moreno, foi que sua família era bem de vida. Ao completarem um ano de casamento, uma grande surpresa encheu o casal de alegria e expectativa, o primeiro filho estava a caminho. A família de Piper não era muito grande, uma vez que fora adotada por Vee, uma mulher negra astuta, que sempre colocava os namoradinhos da filha pra correr o mais longe possível. Ela também era mãe de Tasha, ou Taystee como preferia ser chamada. Quando souberam da gravidez, entraram em festa, fazendo questão de visitarem a loira quase que diariamente, em algumas vezes participando de algumas consultas ao médico. Polly logo se descobriu grávida também, as amigas entraram em euforia total, planejando até um futuro casamento entre os filhos, arrancando sorrisos de seus companheiros. Foram presenteados com uma linda garotinha, Maya Grace Vause-Chapman. Grace era o segundo nome da avó de seu marido Larry, que surpreendeu a esposa com a escolha, após confessar que sua avó era uma mulher muito especial e querida por todos, sem dar outros grandes detalhes.
A bebê tinha os cabelos escuros, para a alegria do pai. Já os olhos, eram azuis iguais aos da mãe. Segundo a avó materna, vulgo Vee, com o tempo o cabelo da pequena iria clarear, transformando a alegria do pai em um grande bico arrancando a risada de todos. Quase um ano depois, Maya já dava os primeiros passinhos seguidos de perto por seu pai.. e uma filmadora! Seus cabelos estavam mais claros, num tom castanho clarinho e os olhos incrivelmente azuis, era uma criança muito linda e encantadora. Sua primeira palavra foi ''Taysii'' para a euforia da tia Taystee e o desagrado de sua madrinha Polly, que era mãe de Flynn, um garotinho rechonchudo que Maya adorava apertar e beliscar arrancando choros histéricos do bebê. No tempo em que Piper trabalhava em sua livraria, Larry ficava em casa cuidando da filhinha, e nas horas de sua soneca, escrevia algumas matérias para o jornal local de Brooklyn.
Dois anos se passaram rápido, no final de Outubro Piper estava grávida novamente, sorria enquanto lia o resultado ''POSITIVO'' em seus exames. Mas para a tristeza da loira a gravidez não foi longe, perdera o bebê em um aborto espontâneo. Os meses passaram lentamente, Maya agora com seus três anos, era uma tagarela. Por hora, ela não aguentava mais ouvir seu bebê falando e falando sem parar. Sentia saudades do trabalho. Havia deixado a livraria sob direção de Polly, pois estava deprimida por conta do aborto. Larry já não era mais o marido dedicado, o pai babão por cada gracinha que a filha fazia. O casal raramente fazia amor, beijos era algo muito escasso. Ele sempre viajava com a desculpa de que era a trabalho. Ficava fora por meses, mas sempre ligando para saber da filha. Quando voltava de suas viagens, Piper tentava a todo custo se aproximar, o máximo que conseguia era algumas horas de sexo, Larry parecia se entregar em suas transas, por momentos, ele voltava a ser aquele homem carinhoso que ela namorou por dois anos. Larry passou a ficar em casa por dois meses sem viajar, tudo voltava ao seu lugar. Enquanto brincava com a pequena Maya, seu celular tocava sem parar, aquilo acabou irritando Piper que o ordenou para que atendesse de vez.
No fundo sabia que Larry tinha outra mulher, mas preferiu fechar os olhos para não ver. Era apaixonada por ele, e não suportaria uma vida longe dele. Polly não aguentava mais vê-la sofrendo, chegaram a discutir quando ela sugeriu que Piper desse um tempo no casamento, e tirasse férias com Maya. Larry voltou a sua maratona de viagens, deixando-a irritada. Piper chegou a ser agredida quando afirmou ter conhecimento sobre a outra mulher com quem Larry mantinha um caso. Depois da agressão sofrida, para o seu bem entendeu que era hora de virar o jogo. Esperaria Larry chegar em casa para colocar um ponto final em seu casamento. Em uma noite em que estava em casa com a filha e o afilhado Flynn, Piper atendeu ao telefone que tocava sem parar. Assim que o atendeu, não teve tempo de digerir as palavras vinda do outro lado da linha. Depois que ouviu algo sobre Larry, acidente e carro, – não exatamente nessa ordem – largou o telefone, caminhando até um dos sofás, a risada da filha brincando era o único som de fundo.
Horas mais tarde, foi confirmada a morte de Larry Bloom-Vause, que, dirigia embriagado com uma mulher de nome não identificado, até o momento. No enterro do marido, só um representante da família Vause compareceu sem jamais dirigir a palavra a Piper, talvez ele nem a conhecesse. A mágoa que sentia no momento, impediu que fosse conversar com o homem de poucos cabelos e um bigode horroroso. Com o passar do tempo a mágoa foi se transformando em saudades, saudades do seu marido com o olhar sincero e sorriso largo, porém tímido. Piper e Maya mudaram-se para o Queens, no centro de NY, um dia depois do enterro de Larry. Onde estariam perto de sua família e da amiga Polly. O novo apartamento era bem pequeno, mas aconchegante. Três quartos, uma sala maior do que gostaria e uma cozinha americana mediana. Mãe e filha eram felizes naquele lugar, com o tempo, foram modificando o apartamento deixando-o com cara de lar. Um lar de verdade. Passaram-se dois anos desde então, e a vida seguia sem grandes complicações.
- Porra! – Disse dando um pulinho da cama, colocando-se de pé. Teria que abrir a livraria cedo, estava a espera de novos livros para a venda. Seu celular vibrava em cima de sua cama. Alcançou o aparelho lendo o nome na tela ''Polly''. Ela ignorou e correu até seu closet agarrando uma calça jeans qualquer. Já vestida, adentrou no banheiro, fazendo sua higiene matinal. Amarrou o cabelo em um coque bagunçado. – Droga! – Xingou baixinho ao escutar o telefone fixo tocar estrondoso, como sempre.
– Mamãe? – Piper sorriu ao ouvir a voz de sono se aproximando do banheiro.
– Aqui, querida!
A menina entrou no banheiro coçando os olhinhos, para logo bocejar em seguida. – Esta atrasada de novo, mamãe? – Perguntou sentando-se no vaso sanitário com a parte de cima devidamente fechada, enquanto seus olhinhos analisavam todos os gestos esquisitos que Piper fazia.
- Muito atrasada, meu amor. Que tal você correr até seu quarto e colocar a roupa que a mamãe separou ontem, hm? – Piper perguntou ignorando a presença da filha ali estava muito atrasada, Polly não a perdoaria dessa vez. Girou os olhos para o relógio de parede na parte superior do espelho. – Quinze minutos, mas que porra!
- Mamãe! – Repreendeu a menina. – Eu já estou pronta, você nem me olhou ainda. – Disse fazendo beicinho, conseguindo a atenção da mãe loira.
- Perdoe-me meu bem! A mamãe está realmente atrasada. – Piper caminhou até a filha, dando um sorriso orgulhoso. Sua pequena estava se tornando independente. – Você é muito rápida Maya.. Eu deveria me inspirar em você, filha. – Deu um beijinho rápido no topo de sua cabeça antes de voltar sua atenção para o espelho onde terminava de arrumar seu cabelo que parecia não querer parar no devido lugar. Ouviu quando sua filha riu em resposta.
- Estou com fome mamãe. – Soltou impaciente. – Quando a vovó voltará?
- Aguente só mais.. – Olhou o relógio – dois minutos. A vovó voltará hoje, meu bem. – Disse rapidamente - o café da manhã terá que ser algo rápido e..
– Prático! – Completou a menina revirando os olhos. – Já sei.
- Isso mesmo. – A loira sorriu finalizando. – E então, como estou? – Virou-se para a filha, pousando a mão na cintura fazendo pose de Miss.
- Está faltando a maquiagem e os saltos que te deixam parecendo a mamãe girafa. – Maya soltou uma risadinha, cobrindo a boca em seguida.
- Mamãe girafa? – Fez uma careta engraçada. – Hoje a mamãe não vai usar saltos. – Falou mais para si.
- Mamãe girafa! – Sorriu – Ma? Ainda falta uma blusa. Ou você vai querer sair assim? – Perguntou apontando para o abdômen descoberto da mãe.
- Meu Deus! Querida, corra até o closet da mamãe e escolha uma blusa de sua preferência.
A pequena sorriu divertida, correndo para o closet da mãe. Puxou uma blusa rosa quando ouviu Piper gritando:
– Nada rosa, Pipoca!
- Tudo bem, Ma! – Gritou de volta, jogando a blusa de qualquer jeito no canto do closet. Acabou escolhendo uma azul, que de fato agradou Piper.
Vinte minutos depois, Piper já estava pronta. Ela fez questão de dar o café da manhã à filha antes de seguir para a loja. No caminho ligaria para Polly, se o fizesse agora, atrasaria mais ainda. Quando iam saindo, ouviu a campainha tocar. Maya correu na frente
– Eu atendo!
Quando a porta se abriu, se depararam com uma figura alta, da pele pálida com os cabelos compridos e escuros como a noite. Usava uma calça jeans apertada, conservando suas coxas bem torneadas. Vestia uma blusa da banda Kiss e, para finalizar uma jaqueta de couro na cor black.
- Piper Chapman? – Questionou com a voz rouca, analisando mãe e filha de cima a baixo.
- Si..Sim. – Balbuciou olhando a morena parada na porta. Seus olhos eram tão verdes, esses óculos a deixava tão sexy. Mas quem Diabos seria essa mulher? – E você, quem é?
- Alex Vause. Irmã de Larry. – Alex respondeu prontamente.
