Amor entre morte, sono, despertar e vida.

Declaração: Saint Seiya não é meu, lendas gregas não foram feitas por mim, sou apenas uma garota com muitos sonhos.

Chibi- E olha eu aqui e de novo! Bem, curtam o que vão ver a seguir... Ese estranharem os nomes das garotas, culpem o tradutor! Não consegui achar Vida nem Despertar!! Por isso, fiz em romano, mas como também não deu certo, mudei um pouco...

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Em Elísios tudo passava bem. Algumas ninfas descansavam do seu trabalho de ficar servindo os deuses dali, as milhares de flores nasciam e cresciam serenamente, alguns espirítos dançavam e passeavam pelos campos... E Thanatos e Hypnos estavam sentados no Templo da Morte, onde o deus tocava sua harpa em forma de um dragão rubi para seu irmão sono.

Estava tarde, e logo sono tinha que ir fazer seu trabalho. Se despediu do irmão e foi para seu templo. Nada de anormal acontecia ali mais, e desde que fora revivido por Hades-sama, assim como todos os outros, tudo estava na perfeita paz. Estava cansado um pouco de sempre ver as mesmas coisas.

Hypnos logo sentiu o vento fresco e frio começar a invadir o ar, e estava próximo de seu Templo de tom dourado e branco. Parou, ao se lembrar de uma coisa que humanos faziam e sempre quis saber como era... Ficar observando o pôr-do-sol até não se ver mais seus raios.

Observou Apolo lá no céu puxando o carro vermelho e provavelmente quente como brasa, ele parecia feliz lá no alto, enquanto conduzia o sol para a outra parte do Elísios. Observando melhor, percebeu que estava com uma bela ninfa da floresta, uma dríade, notou.

Quando não mais sentiu os raios em sua pele branca como mármore e fria como uma geleira, o sono se virou novamente em direção ao seu Templo, onde ia fazer o que fazia todas as noites sem falta. Sua túnica longa e detalhada se deixava ser guiada naquela dança com o vento da noite, Nix, sua mãe.

Adentrou afinal no local sagrado, mas se surpriendeu com o número de ninfas que faziam um pequeno monte bem no centro, onde aparentemente algo tinha acontecido. Hypnos tinha parado por alguns instantes, entretanto logo recomeçou novamente, só que a andar fortemente, e logo elas se deram conta dele. Abriram espaço, com medo da reação do senhor delas, enquanto encaravam num segundo o sono, e no outro aquele ser que se encontrava no centro do salão.

Nada mais, nada menos, o ser tinha longas madeixas negras como as de Nix, lisas porém, que deviam chegar até os joelhos daquela bela fêmea. Não podia saber a cor daqueles olhos finos que estavam entreabertos, mas julgava ser da mesma cor que o cabelo. Notou que a pele dela era rosada, e quando a tocou no rosto sentiu um arrepio percorrer seu corpo inteiro. A figura se encontrava deitada de barriga para cima, e pela posição em que estava, ela pareceu que tiha caido do teto. Seus dourados desviaram-se para cima, e a parte de cima de todo o Templo estava normalmente seguro, sem nenhuma rachadura. Voltando a olhar o centro das atenções, avaliou-a.

Pela vestimenta, só podia ser grega, ou outra nação estava copiando o estilo grego. Ela usava uma túnica muito comprida, o que era estranho para humanos, pois pelo que soubera, só os mais velhos é que usavam um desse tamanho, e ainda mais de um azul bem claro, misturado muito ao branco que nessa altura parecia a cor do céu limpo de Elísios.

Usava sandálias gregas prateadas, e um colar... Pegou-o na mão, e foi surpriendido ao sentir uma tímida, porém determinada mãozinha o pegar também. Sua íris dourada se perdeu entre o bréu daqueles olhos assustados e cansados. Realmente, se pareciam com os de sua mãe, só que um pouco mais... brilhantes. Estava sentindo que o frio ia estranhamente se dispensando por si próprio, e agora naquele momento, o calor voltara a se acomodar em Hypnos.

- Por... favor... não fique bravo comigo... eu só estava... - E desmaiou.

- ... - Não sabia no que pensar, realmente, ao ouvir tais palavras saindo daquela boca tão pequena e rosada, e, como dizia seu irmão uma vez, cheia de vida.

- Meu senhor, quer que nós a instalemos em algum de nossos quartos vagos?

Uma ninfa afinal tomou a fala, se aproximando do casal, ainda meio temorosa. O resultado foi que o próprio mestre delas se levantou, carregando a suposta humana nos braços ocultos pelas mangas de tecido fofo e fino.

- Não é necessário. Você - Apontou para uma que estava carregando uma bandeja cheia de frutas. - Leve logo o jantar para meu quarto, e as outras, continuem o que estavam fazendo. E não comentem nada sobre o ocorrido de agora com o meu irmão, eu mesmo farei isso amanhã.

Suspirando profundamente, caminhou para o seu aposento luxuosamente arrumado pelas serviçais afim de deixar sua preciosa e desacordada carga em sua própria cama.

Afinal, o que estava dando em Hypnos?

Desde quando ajudava, supostamente, um humano? Andou, andou, e sem perceber entrou no cômodo, seu quarto, seu ninho.

Consistia em ter muitos detalhes nas paredes e móveis, assim como todo quarto de deuses gregos, com suas respectivas cores. Como era irmão gêmeo de Thanatos, via-se também um preto, além do dourado e branco. Branco eram as paredes, excluindo uma, pois era onde ficava o simbólo do sono. Tratava-se de uma imagem de uma cama com uma ave dourada dormindo, enquanto uma figura negra com uma foice estava de costas, saindo para algum lugar. No quarto da Morte, tinha quase a mesma figura, só que destacava-se mais o vulto negro, que era um homem segurando uma longa vela e uma foice na mão, enquanto uma ave dourada voava sob ele.

No quarto de Hypnos também tinha uma mesa com duas cadeiras, uma porta toda detalhada de dourado, uma gigante janela de corpo todo que dava para a floresta perto da entrada de seu Palácio, e estantes cheias de livros e outros materiais artísticos. O chão era como um amontoado de cores. Encontrava-se mais o branco, só que ele estava manchado pelo dourado e um pouco de preto também. Ah, e é claro, também no quarto tinha 'a cama'. Era uma cama em formato circular, toda trajada de preto com duas cortinas de seda, também pretas, que ficavam cobrindo toda a cama.

Hypnos, com um movimento suave, abriu a fina cortina e pousou o corpo delicado e magro da pequena, suposta, humana. Viu o cordão ir para o lado, e agora dava para ver sua forma melhor. Era um coração com asas de borboleta, prateado, e a corrente que circulava aquele pescoço fino e rosado era muito, mas muito fino.

Enquanto contemplava aquela beleza fora do comum, ficou alisando os fios dela com a mão direita, e estava de pé mesmo, e só depois é que se permitiu sentar-se ao lado de tal divindade. Só podia ser isso, aquela garota era uma deusa grega que agora estava deitada em sua cama. Mas, por que ela se encontrava naquele estado e como foi parar dentro de seu Templo? Teve que parar de pensar naquilo, pois ouviu batidas na porta ricamente decorada com estrelas e ondulações do mar, era seu jantar.

Pegou agradecendo a ninfa e logo fechou a porta. Comeu suas frutas, rasgou a carne com os dentes, e sorveu o vinho sentado de lado em sua cama, não tirando os olhos dela. Só sobraram as uvas... Verdes, entretanto maduras e doces, e o melhor, sem aquelas sementes gigantes. Colheu uma e a partiu ao meio. Sentiu o líquido gelado escorrer um pouco em seus dedos, o que não deu a mínima, e direcionou-a para os lábios dela. Puxou com muito cuidado o lábios inferior dela, enquanto empurrava a uva para dentro. Estava esperando alguma reação, e deu resultado.

Viu os dentes brilhantes e brancos como pérolas morderem a pequena fruta, parecendo gostar do sabor dela. Ela agora abria vagarosamente os olhos, e olhou para cima. Pôde ver agora nitidamente as belas órbes pretas, e os lábios lhe limpando o dedo com a poupa da fruta que antes residiam nele. Deu um leve sorriso ao ver a criatura soltra-lhe constrangida e se encolher, virando um pouco de lado, como uma garotinha que tem medo do pai lhe dê um castigo.

- Meu nome é Hypnos. E como é o seu nome, pequena beldade? - A divindade do sono acariciou-lhe o rosto rosado, que logo estava se tornando avermelhado.

- ... Meu nome é... Vieda. (1) - Disse, quase num doce sussuro, o que achou Hypnos.

- Pois bem, como veio parar bem no meio do meu Templo, hum? - Tocando delicadamente o queixo dela, e também o corpo, com muita facilidade fez com que ela ficasse na forma que tinha-a posto no ínicio.

- ... Por favor, me perdoe, eu não sabia que ia parar aqui... eu... eu... - Vendo que lágrimas de angústia se formavam nos olhos de sua hóspede, logo entrelaçou os dedos com os dela e a fez se sentar na cama, tocando-a com sua testa a dela.

- Shh... - Pediu, esperando ela se acalmar. Isso demorou não mais que minutos, e sem pensar muito bem, Vieda deslizou e se encaixou no peito de Hypnos. - Isso. Por hora vamos esquecer isso, e agora desfrutar dessa comida que nos é conveniente. - Pegou outra uva e a colocou nos lábios dela, que aceitou imeadiatamente.

- Gosta de uvas? - Pegou o cacho cheio e maduro, comendo uma também. Estava certo que era uma divindade e que aquilo era comida de humanos, porém não se importava, as vezes comia disso também.

- Uhum... - Enxugando os olhos com a mão direita, Vieda desfrutou da fruta, logo querendo mais e olhando suplicante e faminta para ele que já separava as bolinhas dela.

Ficaram assim, comendo uma a uma as uvas, desfrutando de uma romã e tomando vinho. Isso é, Hypnos tomou vinho, enquanto a sua pequena visita tinha recusado, e bebia leite quente agora. Achava divertido e interessante o quanto ela estava vermelha nas bochechas, e na postura que se apresentava agora. Normalmente, achava assim, uma mulher ia até a borda da cama e comia, com suas pernas dobradas e postura educada. Vieda agora, estava sentada ainda no meio da cama, e com as pernas cruzadas nela - Tinha tirado as sandálias gregas.

- Está mais calma, meu anjo? - Hypnos deixou o cálice de lado, enquanto tocava e alisava o longo cabelo dela. Devia mesmo chegar até os joelhos, pensava.

- Estou... - Ela também terminou o leite dela, enquanto o colocava na bandeja, junto com o cálice.

- Então podemos retomar para a nossa conversa inicial? Sem choro? - Ele se ajeitou no lado dela, enquanto fazia-a tombar a cabeça e descançar entre seus braços.

- Sim...

- Então, como chegou aqui? Pelo que sei, precisa atravessar o Muro das Lamentações, e é muito díficil enganar Hades-sama.

- Eu nem cheguei a entrar em Hades...

- Mas... como...? - Ele a olhou espantado, enquanto ao mesmo tempo ela o olhou também.

- Bem... Como deve saber, só deuses tem total liberdade de ir para Elísios e voltar dele, ou humanos, cavaleiros de Atena. - Disse sorrindo, quando se lembrou que eles eram o assunto principal em Olimpo. - Mas, bem, para uma divindade não é preciso estar de frente ao Muro para entrar...

- Espere... Então... Você é uma deusa?

- Não... totalmente. E o senhor? - Ela se inclinou mais para o lado oposto, saindo do aconchegante conforto no peito de Hypnos.

- Sou um deus... Hypnos, deus do sono.

- Ah, já ouvi falar do senhor no Olimpo... - Ela sorriu, enquanto o fitava,

- Mas... você é uma humana e mora no Olimpo? Como pode? O que você fez de tão estraordinário?

- Nasci. - Ao ver no rosto do outro interrogações, continuou. - Eu sou filha de Eros e Psiquê. Quer dizer, uma das.

- Ah, sim... A humana com que Eros se enamorou e casou. - Se lembrou o sono. - Quantos irmãos você tem?

- Tenho quatro. Primeiro nasceu os trigêmeos: Eros II, Volúpia e Voluptas. Então, depois nasceu minha irmã gêma primeiro, Depita, e eu.

- E eu que pensava que Eros só tinha três filhos... Mas então, você é a caçula? Que graça. - E sua irmã também é...?

- Não, ela nasceu deusa. Ela é a 'despertar', enquanto eu sou a 'vida'.

- Você a vida?

- Sim. Papai disse que falou com Zeus, e eles concordaram em eu também representar algo para os humanos... he... nós... hãn...

- Sh. - Disse, enquanto pousava seu dedo na boca dela. - Já entendi. Porém não ficou bem explicado por qual motivo você escolheu descer bem no meu templo, atirava no chão.

- Eu... Eu... - Pausou, enquanto respirava profundamente. - Eu estava fugindo..

- De quem?

- De Deimos... Não sei o que ele queria, mas tive medo do modo que ele agia e fugi. Ah, ele me olhava com aquele olhar... Parecia um animal!! - Agarrou os lenções abaixo de si, os apertando, com medo.

- Mas, seus irmãos e pais não estavam ao seu lado?

- Minha irmã estava por perto... Mas foi dentro da floresta pegar algumas flores, foi quando ele se aprocimou. E como eu não queria que minha irmã se encontrasse com ele também, eu fugi para outro lado... Encontrei um lago, uma ninfa da água me ajudou. Ela me deu isso... - Mostrou para Hypnos uma pulseira que até aquele momento ele não tinha percebido. Era feita de bronze, rosado, e com algumas peças douradas. Quase parecido com o que deu para Pandora, só que era um colar. O da humana era mais vivo e alegre. - E me disse para pular no lago, que me levaria a outro lugar... longe dele. Disse também que diria o ocorrido para minha irmã e para que ela também fugisse. Espero que ela esteja bem!

- Com certeza à de estar. - Pegou a mão dela, fazendo-a soltar do lençol, e pousou seus lábios nela com ternura e compaixão. - Não se preocupes. Ninfas são muito espertas.

- Mas eu ainda... Estou com receio... Não devia tê-la deixado sozinha...

- Sua irmã deve estar sã e salva, com os filhos da floresta. - Hypnos a deitou novamente, enquanto se deitava também.

- O que está fazendo, senhor...?

- Quero que você passe a noite comigo... - Falou calmamente, enquanto a via arregalar os olhos, mas não demonstrava medo, só tentou se levantar, entretanto, foi impedida pelas mãos maiores do outro. - Ei... o que foi?

- Vou para algum outro aposento, onde eu possa dormir sem lhe incomodar com sua esposa (2)... - Ela disse tranquila, pensando que ele estava se preocupando a toa com ela.

- Eu não tenho esposa...

- Mas... Como? O senhor tem filhos, não tem? Morfeu, Fantaso, Icelos e Forberto, que estão entre os mil Onírios, seus filhos, e sua única filha: Fantasia.

- Queria saber como tu ficou à parte disso.

- Vovó Dite sempre me conta o que fica sabendo...

- Dite? Afrodite? Hunf, essa é boa... Ah, claro, ela é uma divindade fêmea fofoqueira de primeira.

- Se não fosse pedir muito, gostaria de não ouvir sobre essas coisas sobre minha avó.

- Só falei a verdade.

- Mesmo assim...

- Já te disseram que às vezes es muito teimosa?

- Já lhe contaram que às vezes... às vezes...

Hypnos riu, enquanto se deitava e apoiava seu rosto na mão direita; o braço estava no travesseiro.

- Hunf, es de fato grosseiro?

- Tudo bem, já me disseram sim.

- Mas, e então? Vais contar-me como teve filhos, se não tens uma esposa?

- Fácil, minha jovenzinha: Eu mesmo gerei-os.

- ... - Vieda ficou tão espantada que abriu a boca brevemente. Hypnos viu como aqueles lábios carnudos ficaram a mostra, muito convidativos, mas não teve escolha a não ser controlar seu desejo de os tocar com seus próprios.

- Oras, vamos... - O som da voz do outro fez a humana acordar. - Isso não é nada para se impressionar.

- Bem... Pensei que o senhor...

- Você.

- Hum?

- Pode me tratar como você...

- Mas... Só sou uma humana, e vovó Dite disse que quando eu me referir a uma deusa ou deus, eu sempre tenho que dirigir-os como senhora ou senh...

- Estas indo contra minha vontade, pequena Vieda?

- ... Não, me desculpe, se... Me desculpe. - Completou, parando bem a tempo.

- Ótimo. - Ria internamente, enquanto faziá-a ficar do seu lado.

- Vou dormir contigo?

- Sim.

- Mas, não tem outro quarto vago aqui? Vovó Dite sempre disse que o seu palácio dentro da caverna era gigante e mages... - Novamente, foi interrompida por Hypnos.

- Eu quero você dormindo aqui ao meu lado, me fazendo compania.

- ... Se assim desejas... - Vieda se ajeitou debaixo da coberta, enquanto passava seus bracinhos em torno do corpo maior do outro e afundava seu lindo rosto no peito da divindade do sono.

Realmente, aquilo era preocupante. Hypnos nunca tinha sentido aquilo, nunca, em toda sua vida, seu coração pulsou enquanto batia mais e mais forte ao encontro de seu peito, porém, ao que parecia, isso não era notado pela pequena encostada nele. Sorriu, o que a muito tempo não o fazia, diga-se de passagem, sorrir de contentamento e felicidade absolutamente grande. Passou seus braços maiores entre as menores, a pressionou mais contra seu corpo, e logo se encontravam dormindo, enquanto a sua flauta assobiava ao fundo sozinha, agradando seu dono com suas notas suaves e finas, fazendo o efeito desejado.

Poucos minutos depois, uma aura dourada envolvia o corpo de Hypnos, e ele logo se transformava em algo que não era, realmente, uma forma humana... Seus braços foram trocados por asas, suas longas pernas por patas brancas, com unhas afiadas e prateadas, de seu rosto sereno mudou-se para um rosto empenado, com um bico branco no lugar da boca, e surgiu uma cauda longa e reluzente, bonita como a cauda da Fênix, só que de cor de ouro. A ave que era o sono, estava estranhamente abraçada ao corpo ainda menor da mortal, se deixando levar pelos sonhos... Seus filhos...

Enquanto isso, no silêncioso e não tão deserto Salão, do Templo de Hypnos...

- ... Realmente, uma mortal abençoada estas a desfrutar da cama de nosso pai, Fantaso, Icelos, Forberto e Fantasia.

- Morfeu, porque insistes em espionar a vida de nosso papai? - Uma voz delicada e aguda se fez ouvir, enquanto o fogo dos archotes se fazia acender, e a figura de uma linda mulher se fez ver.

- Apague! Apague! Apague logo isso, Fantasia! - Um sussuro desesperado foi espalhado ao vento daquele lugar, enquanto os archotes se apagavam novamente.

- Pelo menos faças com que um fiqueis acordado! - Sussurou de volta, enquanto a fonte de luz mais próxima se formava novamente. - Sabes que sou a única que não tenho o dom de ver claramente durante a noite!

- Entretanto, tens o dom de sentir a presença de alguém quando dorme ou está acordado...

- Isso é.

- Já não es o bastante?

- Todos vocês sabem que não! - Controlou sua voz.

- Mas afinal, o que trouxe-lhe a isso, Morfeu? Por que chamaste-nos para essa reunião, de tão urgente, ainda no começo dessa noite tão boa? Sabes que temos nossos trabalhos!

- Sim, mas humanos e divindades do Olimpo podem esperar... - Morfeu andava de um lado a outro.

- Então vomite logo essa informação que tem para nós!

- Se controle irmão, por favor... Sabemos que você faz os pesadelos, mas não é preciso os tornar realidade assim...

- Hunf...

- Bem, como ia começar... Acho que papai está apaixonado!

- Quem? Pela garota?

- Essa é o grande motivo dessa reunião?

- Sim!

- Poupe-me Morfeu... Isso é impossível! O que uma garota tão nova e sem curvas - Fantasia olhou com atenção para o irmão. - assim, além de mortal!, tem de tão interessante assim, que possa encantar nosso papai?

- Eu os vi! Vi com esses olhos azuis, um brilho diferente no olhar de papai!

- Sério?

- Sim! E também vi outra coisa!

- Ele passando a mão na... Ai! Cuidado com essa lança, Fan!

- Então se controle, irmãozinho... - A personificação do Devaneio disse calmamente, enquanto recolia sua lança.

- Não! Vi o Eros a voar por essas bandas!!

Todos os cinco ficaram calados, enquanto pensavam.

- Mas... Como é possível? Papai já fez seu trabalho hoje...

- Sim, mas eu vi!

- Acho que você tem sonhado acordado demais, Morfeu... - Arrebateu Fantasia, logo se retirando para seus aposentos.

- É mano, relaxa! Além do mais, no que a do papai se apaixonar? Afinal, teremos uma mamãe, e isso será bom para ele! - Os outros três também iam embora, acompanhando a irmã.

- Mas... mas...

- Você tá andando demais com o Titio Thanatos! Vá encantar alguma moça nos sonhos dela, vá fazer seu trabalho... Nós vamos fazer o nosso!

- É. Sabia que tenho muitos pesadelos para fazer?

- Mas... mas...

- Vá dormir Morfeu! Amanhã, quando Apolo aparecer com o carrão dele, nós conversamos.

- ... Hunf... - Suspirou profundamente, estralou os dedos, e a única chama se apagou.

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(1) - Vieda: Vida, em uma mistura de romano-e-português.

(2) Esposa de Hypnos: Segundo Homero, Hipnos vive em Lemmos, e está casado com a Grácia Pasitea, que Hera lhe concedeu em agradecimento por préstimos realizados. Fonte: Wikipédia.

Nota- O.ó deletei esse 'presentinho' que Hera deu. Hunf! Mas tem uma versão também que foi mesmo Hypnos que gerou todos os filhotinhos dele... Fonte: Wikipédia \o/

E Bem... Deimos é um dos filhos de Ares.

Gostaram? Então mandem rewiers! Ainda tem segunda parte! Como será o nome da Despertar? Eros realmente flechou Hypnos? Foi brincadeira? Será que Chibi vai ter coragem de postar isso e o capítulo seguinte, além de revisar? - pedrada. - Okay, isso vocês só verão na segunda parte.

Abraços!