Estou trazendo para vcs mais uma estória, cheia de romance e humor!
Curtam bastante e não se esqueçam de comentar!
Desculpem por ter excluído a história, havia pego o texto não revisado, mas aqui está ela, divirtam-se!
CAPITULO I
POV BELLA
Ótimo! Aqui estou eu nessa porcaria de aeroporto aguardando a merda do vôo até Nova York, tudo por culpa do mal amado do meu chefe. Aquele que vem me prometendo uma promoção há um bom tempo. Meu pai ficaria tão orgulhoso... Pobre Charlie... Sonhava em ver sua única filha se tornar uma executiva de sucesso... Mal sabe o ele que não passo de uma assistente Junior.
Fui tirada dos meus devaneios pela voz anunciando o meu vôo, pensando bem deveria ter mencionado na empresa onde trabalho que tenho medo de voar, mas preferi esconder esse pequeno detalhe, meu currículo já não era dos melhores.
Ao entregar o ticket para a aeromoça, ela notou minha relutância em soltá-lo, tamanho era o meu nervosismo, entrei no bendito avião suando frio e assim que encontrei minha poltrona perguntei a Deus: "Por quê? Porque eu pai do céu? Com tanta gente naquela empresa, porque Mike Newton chamou justamente a mim?"
Estava na classe econômica no corredor do meio, aqueles com três poltronas e a minha ficava entre um homem que deveria pesar aproximadamente uns cento e trinta quilos pelo menos e uma mulher baixinha agarrada a um rosário sibilando algo inteligível. Me espremi ao passar pela mulher que me olhou feio, cai sentada em minha poltrona e me encolhi já que o braço do homem invadia meu espaço.
Tratei de fechar os olhos e rezar; implorando para que minha má sorte não afetasse o bom funcionamento da aeronave, já que a viagem duraria no mínimo cinco horas, agradeci pelo vôo ser noturno, achei que fosse dormir a viagem toda. Doce ilusão, o homem enorme roncava feito um porco e a mulher soltava uns sons estranhos. Foi a pior noite da minha vida, foi apavorante e traumatizante, assim que o avião pousou meu celular tocou insistentemente, olhei no relógio.
- Oh meu Deus! Preciso chegar a empresa em dez minutos. – faltavam vinte para as nove e a reunião seria às nove e trinta.
- Mike?
"Bella onde você está garota? Viu que horas são? Se não chegar na Cullen's em dez minutos, estará na rua." - já disse o quanto amo meu chefe? E o quanto ele é agradável. Acho que não! Deve ser por que ele é um desgraçado, mal amado que desforra toda sua frustração sexual em mim.
-Estou a caminho Mike, acabo de sair do avião, não consegui um vôo mais cedo, peguei o avião de madrugada e... – falei correndo feito louca até a estação do metro.
- Tá, tá, tá. – anda logo estou te esperando na Cullen's.
Não entendia porque da reunião ser aqui em Nova York já que a sede da empresa ficava em Seattle – Washington onde eu trabalhava há um ano e oito meses aproximadamente. Até onde sei a Cullen's é considerada a maior empresa do país no ramo publicitário. Já euzinha não passo da assistente Junior... O que isso significa? "Faz tudo e mais um pouco."
Você deve estar se perguntando: o que uma assistente Junior, vai fazer em uma importante reunião com os diretores da empresa? Eu respondo: estou levando os relatórios que meu querido chefe esqueceu em sua mesa. Sim o maldito me ligou as dez horas da noite, interrompendo meu sonho maravilhoso com o Brad Pitt, para ordenar que eu fosse a até a Cullen's, pegasse seus relatórios e viesse no primeiro vôo para Nova York. Corri como uma louca da estação até a Cullen's eu mal conseguia respirar.
- Bella, onde esteve? Vamos nos atrasar! – o infeliz me deu uma olhada torta de cima abaixo erguendo a sobrancelha.
- Aqui estão... Os relatórios... E sua agenda, senhor. – estava quase colocando os bofes pra fora, enquanto entregava a tudo a ele.
- Você está horrível! Vá dar um jeito nessa sua aparência garota, não posso deixar você entrar comigo na sala de reuniões com essa cara.
- Vou entrar com você? Precisa da minha ajuda?
- Claro que não, ficou maluca? Eles estão sem uma pessoa pra servir o café, então você irá substituí-la.
- Mas senhor eu pensei que...
- Você não é paga pra pensar Isabella, é paga para fazer o que eu mando. – disse me cortando. Fui em direção ao toalete me recompor, xingando até a décima geração daquele filho de uma santa mãe. Olhei no espelho e me assustei, meu cabelo estava um horror, estava com olheiras enormes pela noite em claro e minhas bochechas estavam rosadas pela corrida e eu ainda tremia devido ao vôo. Abri minha bolsa e me virei com o que tinha ali, penteei os cabelos com os dedos mesmo, passei uma maquiagem leve somente pra cobrir as olheiras e passei um pouco de perfume.
- Melhor que isso é impossível. – falei me olhando no espelho, dei de ombros indo ao encontro de Mike.
Ele me apresentou a uma loira alta que vestia uma camisa feminina aberta alguns botões deixando a mostra seus peitos siliconados, usava uma saia que ia até o meio da coxa e tão justa que eu me perguntava se ela conseguia respirar com aquilo?
- Lauren, está é a garota de quem lhe falei, ela pode substituir a moça do café. – a loira me olhou de cima abaixo com um olhar desdenhoso.
- Já que não tem coisa melhor. – soltou recolhendo algumas pastas e saiu rebolando, o idiota do Mike só faltou babar.
Eu fiquei no cantinho da sala e quando a loira sebosa ordenava, eu servia os engravatados com água, chá ou café. Enquanto aquele bando discutia algo sobre cotas e planilhas, já eu pensava em como voltaria pra casa? Estava cansada, morrendo de sono e aquele papo estava me deixando ainda pior.
- Presta atenção garota! – a loira ralhou entre os dentes, com o susto sobressaltei e acabei entornando a xícara no colo de um dos caras da reunião que se levantou rapidamente.
- Oh meu Deus! Desculpe senhor, foi sem querer, eu me assustei... Não tive intenção de sujar o senhor. – desembestei a falar enquanto tentava tirar a enorme mancha que ficou na calça do homem.
- Pode deixar senhorita, não tem problema. – ao ouvir aquela voz senti um arrepio passar por todo o corpo, era uma voz rouca e muito, mas muito sexy, meus pelos da nuca eriçaram-se, não sei se pelo fato de não fazer sexo a quase dois anos, ou porque a voz era muito gostosa de ouvir.
Levantei meu olhar e me deparei com um par de olhos verdes olhando pra mim, meu estômago se comprimiu. Ele segurava minha mão já que a louca aqui estava de joelhos agarrada a sua calça, eu estava bem de frente para o seu... Me levantei em um salto me desequilibrando pra variar.
-Sente-se bem? – perguntou me segurando pra que não caísse, não consegui responder, a voz não saia, era o homem mais lindo que já havia colocado meus olhos.
- Me desculpe senhor Cullen, ela deveria ter ficado em Seattle, não sei o que me deu na cabeça em trazê-la. – dizia meu amado chefinho.
"Ele disse Cullen? Oh meu Deus, ele é um Cullen?" – berrei mentalmente, estava ciente da mão dele em minha cintura, ainda me segurando.
- Pode se retirar senhorita deixe que eu mesma termine aqui. – falou a loira com uma voz ácida.
-Mme perdoe... Foi realmente sem querer. – finalmente consegui dizer e me chutei mentalmente por gaguejar. Ele simplesmente sorriu, um sorriso meio torto fascinante, meu olhar novamente encontrou o dele e estremeci tamanha a intensidade que havia naquele par de olhos verdes, tão penetrantes e envolventes. Me soltei dele saindo de lá o mais rápido que consegui.
"Burra! Burra! Burra!" – me xingava mentalmente diante do espelho. "Que maravilha Bella, acaba de assinar sua demissão, sua idiota, precisava agir como uma lesada?" – pensei comigo mesma.
Peguei o metrô para o aeroporto, só queria voltar pra casa o mais rápido possível, mas como meu dia só havia começado, teria que aguardar o próximo vôo. Fiquei andando pelo aeroporto, olhando as lojas. Assim que chegasse em casa compraria um jornal, teria que arrumar outro emprego.
- Como pode fazer uma coisa dessas Isabella? – perguntei pra mim mesma enquanto entornava uma dose de tequila.
- Dia ruim? – perguntou uma voz feminina ao meu lado, me virei e sorri ao reconhecer a aeromoça.
- Péssimo, estraguei minha grande chance de impressionar o chefe. – lamentei soltando um longo suspiro.
- Acontece!
- Derramei café na calça do presidente da empresa em uma reunião importante. - ela me olhou chocada.
- Isso é um tanto inusitado, mas não fique assim querida, animo. – disse dando um tapinha nas minhas costas. Sorri em retribuição, mas acho que não fui bem sucedida. Eu já estava na terceira dose quando anunciaram o meu vôo no saguão, corri feito uma louca pelo aeroporto até chegar ao setor de embarque.
- Oi de novo. – sorri ao ver que se tratava da mesma aeromoça.
- Oi, coincidência não? – brinquei ofegante, ela me olhava de um jeito estranho, segui seu olhar e minha blusa estava aberta três botões e meu sutiã estava à mostra. Rapidamente me recompus, mal podia crer que havia pagado peito pelo saguão do aeroporto, o que mais poderia me acontecer?
- Seu dia não está mesmo sendo fácil não é? – somente assenti, ela olhou em volta e se aproximou como se fosse me contar um segredo.
- Não faz idéia do quanto e ainda terei que encarar isso ai. – disse apontando para o avião.
- Temos algumas poltronas vagas na classe executiva, vou te levar pra lá, mas ninguém pode saber disso está bem? – assenti novamente.
Ela me conduziu para frente do avião, lá as poltronas eram enormes e muito mais confortáveis, assim que me acomodei fui servida com champanhe. Ao meu lado, havia uma senhora com um sorriso simpático e a nossa frente, um homem alto e notei que todos olhavam pra ele, mas não consegui ver seu rosto, somente que seus cabelos eram totalmente desalinhados e num tom diferente.
- Viagem a trabalho querida? – perguntou a senhora ao meu lado.
-Era pra ser, mas acabou se tornando um desastre total, mas tudo bem! – falei dando de ombros. – Quem sabe agora consigo um emprego onde não gritem comigo o dia todo e não tenha que suportar aquele entojo da Stanley.
- Não fique assim meu anjo, é tão bonita e jovem pra estar tão desanimada. – a senhora segurava minha mão de forma tão carinhosa ao dizer aquilo.
- É que nada da certo... – lamentei. - Queria que os meus pais se orgulhassem de mim... Mas não consigo fazer nada certo. Sou um desastre total, coitado do meu pai...
- O que tem seu pai? – perguntou ainda segurando minha mão.
- Seu sonho era ver sua única filha se tornar uma executiva de sucesso, não tive coragem de dizer a ele que não passo de uma ex-assistente Junior.
- Ex- assistente Junior? – perguntou franzindo o cenho.
- É um nome emproado que dão para faz tudo. – ela riu meneando a cabeça
- Seu pai teve a chance dele filha, qual é o seu sonho? – perguntou de forma carinhosa.
-O meu sonho é ter meu próprio negócio, ver o prazer e a satisfação das pessoas ao saborear as coisas que preparo. – ela sorriu ao me ouvir. - Mas desde pequena que escuto meu pai dizer que um dia eu cresceria e me tornaria uma executiva bem sucedida. – falei bufando e socando a poltrona da frente.
- Parece tão abatida, cansada.
- E estou.
POV EDWARD
Estava em Nova York para uma reunião importante, só de pensar que teria que suportar aquele bando de puxa saco, minha vontade era de vazar dali.
- Bom dia senhor Cullen. – disse Lauren Malory, a secretária de Marcus.
- Bom dia Lauren. – respondi piscando pra ela que abriu um enorme sorriso.
- Vou estar livre hoje à noite. – falou sussurrado.
- Estou voltando hoje pra Seattle, fica pra próxima. – ela fez beicinho contrariada, havíamos saído na noite passada, acabamos em um motel de luxo, Lauren era linda e gostosa pra cacete. Mas não me envolveria, aliás, jamais me envolvo emocionalmente, quando o fiz me dei muito mal.
Peguei a papelada que precisava e fui em direção a sala de reuniões, confesso que aquela reunião estava um saco, minha atenção foi desviada para a moça que servia o café, nunca a tinha visto por ali. Estava no cantinho e parecia estar com a cabeça longe, era uma garota comum para os padrões, mas havia algo nela que me chamou a atenção, só não sabia o que.
Tentei me concentrar na reunião, mas meu olhar sempre acompanhava aquela garota, ela tinha uma beleza diferente fora dos padrões. Sua pele era branquinha, a boca avermelhada e tinha um corpo bem moldado, belas pernas era pequena em comparação a Lauren, era baixa, mesmo usando salto.
Estava concentrado no que Marcus dizia quando a voz de Lauren me chamou a atenção.
- Presta atenção garota! – disse repreendendo a garota que se assustou e entornou a xícara de café sobre mim, em reação me levantei com a calça toda molhada, aquilo estava quente pra caralho.
- Oh meu Deus! Desculpe senhor, foi sem querer, eu me assustei... Não tive intenção de sujar o senhor. – disparou a garota enquanto tentava limpar a mancha em minha calça, ela estava de joelhos diante de mim, a cena era no mínimo hilária. A garota esfregava minha calça e aquele toque me deixou estranho.
- Pode deixar senhorita, não tem problema. – falei segurando sua mão ou ela me tocaria mesmo sem intenção. Ao tocá-la uma sensação estranha passou por mim, seu olhar encontrou o meu e me perdi completamente naqueles olhos castanhos cor de chocolate. Eram tão expressivos, tão brilhantes e doces. Ela se levantou de repente se desequilibrando e instintivamente a segurei levando a mão para sua cintura, a segurando firme.
-Sente-se bem? – perguntei sem cortar o olhar, ela nada disse, seu perfume me invadiu devido à proximidade, era delicado e envolvente.
- Me desculpe senhor Cullen... – disse Mike Newton - Ela deveria ter ficado em Seattle, não sei o que me deu na cabeça em trazê-la. – então ela não era daqui? Era de Seattle, como nunca a vi na empresa? Estava perdido em divagações sem me dar conta de que a mantinha presa ainda.
- Pode se retirar senhorita deixe que eu mesma termine aqui. – novamente a voz de Lauren me despertou, conhecia bem aquele olhar, estava enciumada.
-Mme perdoe... Foi realmente sem querer. – sua voz era tão doce quanto seu olhar, estava visivelmente nervosa, gaguejava até. Simplesmente sorri com aquela situação tão inusitada, nossos olhares se cruzaram novamente e a senti estremecer, ela soltou-se de mim e saiu como um tiro da sala.
- Edward? Edward você está bem? – perguntou Marcus ao meu lado, ele tinha uma sobrancelha erguida, olhei em volta e todos me olhavam da mesma forma.
- Tenho que me trocar, cuida de tudo aqui pra mim, nos vemos no aeroporto. – falei recolhendo minhas coisas, saindo de lá. Fui para o meu apartamento que mantinha aqui em Nova York, tomei um banho e dei um tempo até ir para o aeroporto, precisava voltar pra Seattle ainda hoje. Estava em minha poltrona quando ouvi aquela voz novamente, ela agradecia a aeromoça, me perguntava o que aquela garota fazia na classe executiva?
- Viagem a trabalho querida? – perguntou uma senhora que estava ao seu lado.
-Era pra ser, mas acabou se tornando um desastre total, mas tudo bem! – ela parecia tão desanimada. – Quem sabe agora consigo um emprego onde não gritem comigo o dia todo e não tenha que suportar aquele entojo da Stanley.
"Porque ela esta dizendo isso? Mike a demitiu?" me perguntava mentalmente.
- Não fique assim meu anjo, é tão bonita e jovem pra estar tão desanimada.
- É que nada da certo... - Queria que os meus pais se orgulhassem de mim... Mas não consigo fazer nada certo. Sou um desastre total, coitado do meu pai... – lamentou.
- O que tem seu pai? – ouvi a mulher perguntar.
- Seu sonho era ver sua única filha se tornar uma executiva de sucesso, não tive coragem de dizer a ele que não passo de uma ex-assistente Junior.
"Assistente Junior? Que raios de cargo é este?" - ainda bem que Marcus acabou ficando em Nova York.
- É um nome emproado que dão para faz tudo. – sorri meneando a cabeça o homem ao meu lado me olhou de forma estranha.
- Seu pai teve a chance dele filha, qual é o seu sonho? – dizia a senhora de forma carinhosa.
-O meu sonho é ter meu próprio negócio, ver o prazer e a satisfação das pessoas ao saborear as coisas que preparo. Mas desde pequena que escuto meus pais dizer que um dia eu cresceria e me tornaria uma executiva bem sucedida. – ouvi um bufo alto e senti um solavanco na poltrona.
- Esta abatida, parece tão cansada. – observou a mulher.
- E estou. Aquele idiota do meu chefe esqueceu os relatórios e documentos em sua mesa e me ligou às dez da noite exigindo que eu fosse a empresa pegasse os documentos e trouxesse pra ele em Nova York, acredita?
- Que horror! – disse a mulher.
- Ainda me repreendeu por chegar atrasada, mas como ele queria que eu viesse se não tinha vôo disponível? Deveria ter o mandado a merda assim que atendo o maldito telefone! – segurei o riso ao ouvi-la falar, confesso que estava me divertindo com aquilo. – Ainda por cima atrapalhou meu sonho com o Brad Pitt, babaca!
- Sua mão está gelada querida, está passando bem?
- Desculpe, é que detesto voar. – sua voz saiu estrangulada.
- Oh não fique assim meu anjo, não acontecerá nada, fique tranqüila. – a mulher me pareceu ter gostada dela. – Mas se detesta voar porque veio então?
- É que omiti esse detalhe em meu currículo, sabe ele já não era grande coisa. – ela era tão sincera, quer dizer parecia ser. – Desculpe, estou enchendo seus ouvidos com meus problemas.
- Não se preocupe, estou adorando ouvir você meu anjo.
- Mike vai arrancar minha cabeça, posso até ver a veia saltando de sua testa ao berrar comigo. – não iria permitir que aquele idiota a demitisse.
- Tudo se resolverá vai ver. Quantos anos têm? – não entendia o porquê estava tão interessado na conversa delas, e principalmente naquela pergunta.
- Vinte, faço vinte um em setembro.
- Pelo menos deve ter um belo namorado lhe esperando, você é muito bonita. – a garota soltou uma sonora gargalhada.
- Falei algo errado? – soltou a mulher.
- Não desculpe, é que sou um desastre nessa área também, não dou sorte com homens, sabe que pensei seriamente em passar para o outro lado.
"Como é que é?"
- Oh, não se preocupe, prefiro ficar solteira mesmo, chega de noites chorando por um idiota que só pensa com a cabeça de baixo. – me perguntava se aquela garota tinha algum problema, notei que alguns homens olhavam em sua direção de um modo estranho.
- Concordo com você, eles não conseguem deixar seu amigo dentro das calças. – de onde aquelas duas saíram?
- Não mesmo. – concordou a garota.
- E quanto mais velho pior. - afirmou a mulher, qual o problema delas?
- Acho que não tem idade, nem nível social, homem é tudo igual, em qualquer lugar do planeta. Já viu as cantadas que usam? O que é aquilo? Eles andam com um manual de como seduzir uma mulher? – as duas dispararam a falar.
- São estranhos... Quando não estão vidrados na TV por causa de um jogo qualquer, estão vendo mulheres nuas ou filme pornô. – comentou a mulher enquanto a garota ria. O que era aquilo? Porque estavam falando daquela forma sobre os homens?
- O pior são aqueles com manias estranhas, como tara por pés, que graça tem em um pé?- comentou a garota. - A gente se acaba na academia, faz dieta, praticamente passa fome para estar bonita e o infeliz olhar pro seu pé?– havia indignação em sua voz, parecia decepcionada com o sexo oposto. - Tive um namorado que tinha essa mania, era revoltante... Além do mais não nos dão valor, passamos horas de uma tortura sem fim em uma seção de depilação, faz idéia do quanto dói depilar a virilha? – novamente segurei o riso. - Gastamos uma verdadeira fortuna em uma roupa descente, pro infeliz nem sequer dar conta, é como aquela mulher cujo qual não lembro o nome disse: Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens. – foi a vez da mulher rir com gosto.
- Concordo plenamente. – disse entre risos.
- Minha amiga diz que são assim porque pra eles é tudo simples, naquele cérebro estranho e torto que possuem... Veja roupa, por exemplo... Pra eles existem três combinações: Bermudas+chinelos, jeans + pólo e calça social+ camisa, uma chuveirada e pronto, estão lindos. Enquanto a gente se mata, pra escolher uma roupa linda que seja confortável, porque raramente esses itens andam juntos, é como as calcinhas, a senhora já notou como são desconfortáveis aquelas calcinhas de renda?- ergui a revista na altura do rosto pra que ninguém me achasse maluco, já que eu tentava arduamente segurar o riso. Aquela viagem estava no mínimo interessante. - Prefiro aquelas calcinhas de malha confortáveis, só que segundo minha melhor amiga, elas são um método anticoncepcional eficiente, pois com uma daquelas, você não transa nem a pau.
-Não acha que é muito nova pra desistir assim deles, são estranhos, mas não vivemos sem eles. – brincou a mulher.
- Faz dois anos que não me envolvo com ninguém... Meu último namorado só pensava em sexo, pra ele era a única coisa que interessava em uma relação. O que houve com o romantismo? O jogo de sedução e toda aquela coisa que a gente vê nos filmes? – ela parecia brava. - Você conhece um cara, ele te levar pra cama hoje e te da um pé na bunda amanhã. Quero um cara que me escute que converse comigo, que me conte sobre seu dia, um amigo. Um companheiro que partilhe de suas alegrias e tristezas comigo, que me veja, além da aparência que já não é grande coisa.
"Como tem coragem de falar assim, ela é tão bonita."
- Está à procura do homem perfeito, é o que toda a mulher quer. – disse a mulher, ouvi a garota soltar um longo suspiro.
- Tem razão... Mas homens perfeitos não existem, não é mesmo? Pelo menos não em meu mundo. - a ouvi lamentar. - Eles preferem aquelas gostosonas que saem nas capas de revistas e que passaram antes por um bom cirurgião plástico, para atender aos desejos insanos deles.
- Um dia encontrará o seu querida, espere e verá. – dizia a mulher.
- Acho difícil, me contentaria com um homem comum mesmo, não precisa ser perfeito! – a mulher riu com gosto. - Na minha atual situação não posso ser muito exigente. – foi minha vez de rir.
- Porque diz isso querida?
- Desde meu último namorado que... Deixa pra lá.
- Oooh! – soltou a mulher. "Dois anos? Ela estava há dois anos sem transar?"
-Talvez seja por isso que sua visão dos homens seja tão ruim, talvez não tenha encontrado o cara certo.- sua risada era tão gostosa...
"O que diabos está acontecendo com você Edward?"- me repreendi mentalmente. "Desde quando se importa com que elas pensam?" – notei que o avião já estava pousando, nem sequer senti a viagem, estava tão absorto na conversa daquelas duas.
- Obrigada por me ouvir e desculpe por perturbar a senhora com meus problemas, acho que falei besteira demais, não é mesmo? É sempre assim quando fico nervosa, a língua dispara e o cérebro para. – dizia a garota se levantando.
- Foi muito divertido querida, sou Cassandra Miller e foi um prazer conhecê-la. – enquanto falava com a senhora, travava uma luta com sua bolsa que ficou presa no compartimento do avião. Ela puxou com força e a alça rompeu senti seu corpo se chocar com o meu e nós dois fomos pro chão. Seus cabelos estavam sobre meu rosto todo, cheirava a morangos, a garota se levantou rapidamente e quando me viu ficou branca, quer dizer ainda mais branca.
- Ooh meu Deus! Ssr Cullen, me desculpe por isso. – sua voz saiu muito baixa e lá estava ela gaguejando de novo. A garota estendeu a mão pra mim, ao sentir seu toque meu coração disparou, ela não mediu a força e me puxou com tudo me deixando a centímetros dela, novamente seu perfume me invadiu. Deus ela era realmente linda.
- Será que poderia soltar minha mão? Vou precisar dela. – disse ainda perdido naqueles olhos cor de chocolate, tão profundos e brilhantes.
- Oh!Claro que sim, desculpe novamente. – foi naquele momento que vi algo que não via fazia muito tempo, ela simplesmente corou. Virou-se e seus cabelos tocaram meu rosto, fechei meus olhos sentindo aquele cheiro delicioso de morangos.
O caminho todo do aeroporto pra casa aquela garota não saia do meu pensamento, as coisas absurdas que disse, no quanto falou... Aquele olhar tão intenso, aquela boca que parecia pedir um beijo sem contar aquele perfume delicioso.
Cheguei em casa, morto os caras estavam a fim de sair, mas eu não estava com saco pra noitada, tomei um banho e fui pra cama, sem conseguir apagar da minha mente as lembranças daquela garota, que nem sequer sabia o nome. O que me intrigava é que ela não era o tipo de mulher com quem costumava me relacionar, mas algo nela me fascinou e não sabia dizer o que exatamente.
POV BELLA
Depois de encher os ouvidos da pobre mulher com minhas lamúrias, acabei fechando o dia com chave de ouro. Ao tirar minha bolsa do compartimento ela emperrou, forcei e a alça se rompeu fazendo com que se soltasse de uma vez só, fui com tudo pro chão levando a pessoa atrás de mim comigo.
- Oh meu Deus! – soltou Cassandra preocupada se levantando, tentei me levantar o mais rápido que pude e ao me virar para me desculpar, congelei. Era o mesmo homem da reunião o tal Cullen.
- Ooh meu Deus! Ssr Cullen... Me desculpe por isso. – e lá estava eu gaguejando de novo, droga! Automaticamente estendi minha mão para aquele homem absurdamente lindo que estava no chão do avião por minha causa. Ele a pegou, mas assim que a tocou, senti uma sensação estranha percorrer meu corpo todo, em reação o puxei com força e o homem veio ao meu encontro, ficando a centímetros de mim. Seu perfume me invadiu era inebriante e delicioso. "Deus como era cheiroso."
- Será que poderia soltar minha mão? Vou precisar dela. – disse divertido, me despertando já que a lesada aqui olhava pra ele embasbacada.
- Oh! Claro que sim, desculpe novamente. – meu rosto ardia, com certeza estava corando horrores, achei melhor sair dali o mais rápido possível, acabei nem me despedindo de Cassandra. Definitivamente teria que comprar um jornal no caminho pra casa.
- Boa noite senhorita Bella, parece cansada? – dizia Tito, o porteiro do prédio, um senhor de aproximadamente uns cinqüenta anos com descendência latina, uma figura.
- Morta Tito, estou morta, você tem o jornal de hoje ai? – ele assentiu indo pegá-lo. - Pode me emprestar?
- Fique com ele senhorita. – agradeci indo para o elevador, Assim que entrei no apartamento me assustei com as duas loucas sentadas no sofá.
- O que aconteceu com você? -Se olhou no espelho? – soltou Alice pra variar.
- Foi atropelada? – caramba eu estava tão mal assim?
- Não! Mas seria melhor que tivesse sido isso. – falei fazendo bico de choro, acabei não agüentando e entre prantos contei a elas o que havia acontecido.
- O que aquele Mike pensa que você é? Capacho dele por acaso? – ralhou Alice furiosa.
- Esperem que digam alguma coisa primeiro, não faça nada precipitado. – dizia Rose. - Meu Deus Bella, com tanta gente pra esbarrar, tinha que ser justamente no dono da empresa? – Alice lhe lançou um olhar mortal.
- Rosalie!
- Desculpa, mas é que essa garota tem que se benzer. Primeiro ela queima o cara com café quente, depois o acerta dentro do avião. – olhando pela perspectiva dela, até que Rose estava certa.
- Vou tomar um banho e me enfiar debaixo das cobertas, amanhã terei que enfrentar a fera. – as duas somente assentiram.
Aquelas duas malucas eram minhas melhores amigas, nos conhecíamos desde a barriga de nossas mães, Rose era uma loira de parar o transito, simplesmente linda, com um corpo de dar inveja a qualquer uma.
Já Alice parece uma fadinha de tão delicada e linda, com seus olhos verdes amendoados e seus cabelos espetadinhos em todas as direções. Assim como eu estavam solteiras, Rose costuma dizer que ainda não havia encontrado o cara que a fazia arder de desejo. Já Alice procurava um cara que a compreendesse e que a apoiasse.
Temos a mesma idade, Rose cursava engenharia mecânica, para desgosto de tia Lilian. Já Alice cursava designer de moda já eu estava cursando administração. Morávamos em Seattle, em um apartamento nosso, comprado com nosso dinheiro, muito bem guardado durante anos. Desde pequenas sonhávamos em vir pra Seattle e comprar um apartamento onde moraríamos juntas até nos formarmos e nos casarmos.
Meu pai é o chefe de policia de Forks e minha mãe professora do primeiro grau, nós três nascemos lá. Já o pai de Rose era dono do banco, e tia Lilian era um socialite muito bem relacionada. Tio Brandon e Tia Clarence também eram montados na grana, mas pessoas muito simples.
No dia seguinte lá estava eu rumo à empresa, não consegui colocar nada no estômago, tamanho o nervosismo que estava. Ao chegar à empresa, cumprimentei Harry o porteiro, ele era amigo do meu pai e me conhecia desde pequena.
- Bom dia menina. – disse abrindo um grande sorriso.
- Bom dia Harry. – retribui o gesto, ele colocou a mão no coração, me fazendo rir com aquilo.
Entrei no elevador e fui até o quinto andar onde ficava o setor de planejamento. Atravessei o departamento chegando ao meu cubículo próximo a sala de Mike, notei que por onde passava as pessoas cochichavam, outros seguravam o riso, alguns meneavam a cabeça somente.
"Pelo visto todos estão sabendo do ocorrido". – pensei me encolhendo, assim que cheguei ao meu cantinho vi Jéssica Stanley me lançar um olhar mortal. Ela era secretária de Mike, e simplesmente me odiava. Motivo? Somente ela sabe.
Alice tinha uma teoria sobre isso, dizia que Jéssica tinha inveja da minha beleza natural e que poderia apostar que Mike me tratava mal, porque tinha um desejo reprimido por mim, coisas daquela cabeça maluca dela, com certeza.
Assim que me sentei em minha mesa, liguei meu computador, coloquei água em minha plantinha linda que havia ganhado de tia Clarence, mãe de Alice. Ajeitei os papéis, mal comecei a digitar a senha de acesso ao sistema e Mike berrou meu nome de sua sala, todos sem exceção ergueram o pescoço pra me ver entrar.
- Bom dia Mike. – falei tão baixo que nem sei se ele ouviu.
- Sente-se. – disse indicando a cadeira a sua frente. - O que eu faço com você Isabella? – lamentou me encarando. – Você derramou café em nada mais nada menos que Edward Cullen, o filho do Sr. Carlisle, aquele homem é o presidente desta empresa. – o modo como falava era de dar nojo.
- Eu não sabia, foi sem querer, nunca o vi antes, só ouvi falar, acho que vi o Sr. Carlisle uma vez e olhe lá, foi numa revista e já faz tempo. – me defendi.
- Sabe que eu poderia te demitir por isso, não sabe? – dizia ainda com aquela cara de bunda.
- Sim senhor. – falei submissa, mas minha vontade era de gritar... "Pegue seu emprego e engula-o. Seu babaca puxa saco de uma figa!" Infelizmente tinha contas a pagar e meu cartão estava estourado.
- Você deu muita sorte garota. - disse com um sorrisinho malicioso nos lábios. – Como sou um cara de bom coração vou te dar outra chance. – comecei a considerar a teoria de Alice naquele exato momento.
Voltei aos meus afazeres e Jéssica veio com uma lista de coisas para providenciar e lá ia a Bella, ao almoxarifado, a sala da copiadora e passar na cozinha para trazer o café. Fui para o elevador já que o almoxarifado ficava no oitavo andar, o nono andar era território sagrado, só se ia lá quando era chamado.
Estava perdida em meus pensamentos gastronômicos, quando entrei no elevador, anotava em meu caderninho, uma nova receita, notei que alguém havia entrado, mas estava tão absorta em minha idéia, que não dei importância.
- Bom dia. – aquela voz rouca fez os pelos da minha nuca arrepiar ao ouvi-la, tirei meus olhos do caderninho, para me deparar com aquele par de olhos verdes que olhava pra mim, com aquele sorriso torto.
- Bbom dia – me soquei mentalmente por novamente parecer uma lesada. Era ele, o cara do café, do avião, Edward Cullen em pessoa.
- Esta criando uma nova receita? – perguntou ainda com aquele sorriso tentador.
- Como? - ele não tinha como saber o que eu estava fazendo. Tinha?
- Ou é isso ou está fazendo uma lista de compras, é que você disse cheiro verde, cogumelos, derreter a manteiga. – disse divertido, sorri com aquilo, às vezes me distraia e pensava em voz alta.
-Oh sim, é uma receita. – falei sem graça, o elevador chegou ao meu andar, mas estava completamente perdida naquele olhar penetrante e intenso como se tentasse te decifrar com o olhar.
- Tenha um bom dia. – falou saindo, só então me dei conta que estava no nono andar, havia passado do meu. Passei o dia todo pensando naqueles olhos, com aqueles cílios grossos, aquela sobrancelha grossa e naquela boca perfeita e tentadora. Estava na cozinha preparando o jantar, já que estávamos de férias.
- Por que está tão pensativa? – perguntou Alice beliscando o queijo todo.
- Nada. – disse tentando disfarçar, mas a filha da mãe me conhecia melhor que eu mesma, às vezes.
- Desembucha. – insistiu com aquele olhar mandão.
- O encontrei de novo hoje. – disse me lembrando daqueles olhos e daquela boca, principalmente daquele perfume.
- Ele quem? – ela tinha a sobrancelha erguida e aquilo não era um bom sinal.
- O Cullen. Estava indo para o almoxarifado e ele entrou no elevador, me cumprimentou e puxou conversa comigo. - falei mordendo os lábios. - Ele ficava me olhando de um jeito hipnotizante Alice e o perfume dele é algo indescritível. – não consegui conter a empolgação ao dizer aquilo.
- Você ta precisando arrumar um namorado, ou simplesmente sair e transar. –olhei pra ela indignada e Alice revirou os olhos. - Bella te conheço bem, vai com calma ou vai acabar se apaixonando por esse cara. Sei que ele é lindo, vira e mexe sai nas manchetes sempre muito bem acompanhado se é que me entende? – falou jogando uma pá de cal, em minha empolgação, me trazendo para minha patética vida realidade. -Bella, se lembra da sua escala? – somente assenti.
- Ele é cem e eu sou um zero a esquerda. –falei me sentindo péssima.
- Não fica assim Bella, você mesma quem criou essa escala se lembra? Pra evitar decepções. – somente assenti, eu e minhas brilhantes idéias.
