Yuki

Capítulo I –

Fria como a neve

"Me arrependo de me livrar de todos os meus sentimentos.

Depois de perceber que eu não sou nada, eu choro"

(Yuki )

Yokais.

Também conhecidos como Mononoke, ou simplesmente demônios. Lendas antigas nos dizem que eles dominavam o Japão feudal, travavam guerras para conseguirem terras, ou pelos simples prazer de sangue. Principalmente o sangue humano. Era fato que a maioria dos yokais gostavam de matar humanos pelo seu bel prazer. Mas eles só passam de lendas hoje em dia, contadas de avó para neto, de pai para filho.

Em pleno século XXI ninguém se importa mais com essas historias, mas toda lenda tem um fundo de verdade. Pra onde aqueles seres foram parar?

Será que eles nunca se perguntaram isso? Será que o ser humano esta tão ludibriado pelo dinheiro e coisas fúteis que eles nunca se perguntaram sobre essas lendas?

Pobres tolos.

Humanos não passam de seres tolos.

Há anos – Exatamente na época feudal – Uma organização foi fundada, sendo totalmente secreta aos olhos dos tolos humanos, eles julgaram os yokais que ameaçavam o mundo humano. Alguns foram presos, outros simplesmente mortos, mas uma questão foi levantada, o que fazer com os yokais que tinham emoções humanas?

Eles foram obrigados a se disfarçarem de humanos e a caminharem pelo nosso mundo sendo monitorados, para eles se lembrarem de como baixos eles eram. E uma vez mais os humanos tomaram conta do que era nosso de direito.

Sempre perguntei o porque de ter me envolvi nisso? Acho que talvez eu tenha nascido na família errada.

Eu era somente uma criança quando descobri tudo. Queria não me lembrar daquela noite em que seres estranhos invadiram minha casa e mataram sem dó ou piedade meus pais e meu irmão. Quando olhei para os rostos dos assassinos de minha família, eu pude ver que as lendas que minha avó me contava nas noites de insônia, eram verdadeiras.

Seres malignos.

Yokais, criaturas que não tinham piedade.

Eles me deixaram ferida a própria sorte para que eu pudesse sofrer com tudo aquilo. Grande engano deles, nunca deixe seus inimigos vivos, eles iriam se arrepender de ter me deixado lá.

Depois de ter sido resgatada por minha avó eu pude saber de toda a verdade que nenhum humano sonhou que existisse, a verdade negra por trás das lendas. Minha avó trabalhava em segredo para a organização Shikon no tama, uma organização criada para prender yokais, ou como meu chefe costuma me dizer "Para julgar uma espécie inferior a dos humanos".

Ou simplesmente conhecidos como anjos negros.

Shikon no tama significa jóia de quatro almas. Amor, coragem, amizade e sabedoria, esses são os valores humanos que regem nosso mundo. Hoje em dia isso não passa de palavras vazias. Humanos e yokais não passam de seres amaldiçoados. Obrigados a coexistir em um só mundo, lutando para saber quem no final seria o dono dele.

Depois de ter sido salva, eu fui treinada e modificada fisicamente para ser uma espécie de "juíza" eu decidia se um yokai merecia ser preso ou vagar pelo mundo humano. E finalmente, eu tinha o livre arbítrio de escolher entre mata-los ou não.

Nós éramos a lei absoluta.

Eu era a lei.

Quando completei doze anos eu encontrei os yokais que mataram minha família, três yokais que escaparam da prisão da Shikon no tama e resolveram se divertir matando humanos.

Matando a minha família.

Devo dizer que sentir um prazer pessoal quando executei a minha sentença.

– Morte!

Eu mesma fui á executora. Sim eu os matei sozinha, sim eu me senti bem, sim eu queria mais sangue derramado. Aos dezesseis anos, um ano depois da morte de minha avó, eu tomei seu lugar e assumi o posto de melhor juíza de todos os tempos.

Uma parte de meu coração morreu no dia que recebi esse título. Não mais eu era aquela frágil garota de dez anos que chorava por tudo, deixei de ser ingênua, raramente sorria, coisa que adora fazer na infância. Virei Rin Nakayama, a melhor assassina de yokais do governo, eu era a lei, o júri, a juíza e a executora.

Alguns me chamavam de Yuki, que em japonês significa neve.

Fria como a neve.

Uma alcunha um tanto quanto interessante, devo admitir.

Sentia-me acima deles. E por que não sentir-se assim?

Eu era jovem, acabara de completar meus dezoito anos, era hábil com armas e qualquer tipo de luta marcial. Nunca falhava em meus ataques de captura, adorava mata-los, porém era sábia, se algum yokai me provasse que merecia minha piedade, ele a teria junto com minha admiração e confiança, poucos conseguiam tal ato.

Pra aqueles que conseguiam eles poderiam viver tranqüilos sabendo que eu os protegeria com a minha própria vida se preciso, talvez você esteja achando que eu esteja sendo petulante, mas conseguir a confiança de um anjo negro é algo maravilhoso. Conseguir algo assim, quando você é um Yokai. é extremamente valioso, você estará ao lado das pessoas capazes de te proteger da morte.

Posso contar nos dedos os yokai que eu confiava, e que eu mesma salvei. Alguns trabalhavam comigo, sendo tachados de traidores pelos seus companheiros.

Um exemplo seria Kouga e Ayame, os dois eram yokais lobos.

Kouga foi julgado por mim, e absorvido por causa de seu coração de ouro, sim também não podia negar que ele nutria uma certa paixão por Kagome, uma de minhas amigas. E a loba Ayame mudou de lado por causa de sua paixão por Kouga, sempre o acompanhava, não importa para onde.

Paixão. Que motivo mais idiota.

Outra movida por esse sentimento inútil é a minha amiga Kagome, um dia ela me apresentou seu namorado. Inuyasha era um hanyou. Filho de uma humana e um yokai.

Preocupada por ela amar alguem da raça dele, eu pedi formalmente para meu chefe para investigar Inuyasha, não descobri muita coisa, mas ao longo do tempo eu pude constatar que ele era uma boa pessoa e permiti que namorasse minha amiga. Devo admitir que fui egoísta, mais Kagome era como uma irmã para mim. E conseqüentemente o Inuyasha também seria, mesmo ele sendo impuro.

Todos na organização sabia que se encostasse um dedo nesses três yokais eles seriam mortos por mim, e todos respeitavam essa regra.

Além de hábil eu era bela, cobiçada pelos membros da organização. Lembro de uma analogia feita por um antigo companheiro de luta, ele tentou me descrever, de uma maneira um tanto quanto errônea.

"Seus negros olhos são lindos, mais com um profundo ar de morte. Seus cabelos castanhos parecem fios de seda, mais ao toca-lhe eu posso sentir seus espinhos. E seus lábios, por mais belos que sejam, destilam venenos que ao menor toque pode matar-me, essa és tu, Yuki, fria, com o coração que nunca será alcançado, que nunca sentirá a palavra amor".

Eu não o culpo por fazer uma analogia assim, uma parte minha já esta morta á muito tempo, agora só me resta o meu título e a minha maldição de julgar.

De alguma maneira eu estou morta.

[...]

– Alvo encontrado. Senhorita Yuki podemos agir

A assistente tirou os devaneios sobre o passado.

Á alguns metros de distância está o novo alvo, um yokai solto recentemente da prisão por bom comportamento, agora em sua nova forma um humano de quase dois metros, cabelos raspados, barba á fazer. Sempre tive curiosidade de saber o porque deles escolhem essas aparências? Seria mais fácil pendurar uma melancia no pescoço, chamaria menos atenção.

– Senhorita e então, vamos começar?

– Sim Momiji.

– Certo.

Estávamos em cima de um prédio, observando o alvo de longe. Momiji, acena para Botan que estava em outro parapeito apontando uma arma para o yokai. Elas eram minhas novas assistentes á pouco tempo, ambas eram inexperientes, e eu seria obrigadas a treina-las. Contando com elas, eu já treinei umas cinco pessoas, todas com renome entre a Shikon.

– Vamos a festa. – Um sorriso, não um sorriso de alegria, porque raramente eu a sentia, e sim um sorriso de alguém que iria fazer o que realmente gostava.

Matar

Pulo do prédio sendo seguida por Momiji e paro a frente do yokai, esse por vez recua assustado, sendo impedido de fugir pela minha assistente.

– E então, pensou que iria fugir de nós?

– Vocês não sabem com quem estão lidando. – Ele disse, mostrando os dentes em um sorriso estranho.

– Com um yokai desprezível, vejamos – Pego um pequeno papel no bolso de meu sobretudo para ver as informações dele – Você ao menos sabe quem nos somos?

– Você é um anjo da morte – Os olhos do yokai se arregalaram pelo pavor desta alcunha. A voz tremula indicava medo.

– Anjo da morte, eu odeio quando me chamam assim., mas eu sou um deles. E você está preparado para o julgamento?

– Pode tentar, mas não cairei assim tão fácil.

Ele empurrou Momiji que caiu contra as varias latas de lixo daquele beco, os cachorros começaram a latir alertando a vizinhança. Aquela captura tinha que ser rápida. Deixei escapar um suspiro de cansaço esfreguei a têmpora com as mãos uma leve dor de cabeça já se formava, comecei bem a noite. Porque eles não fazem do modo mais fácil isso seria o melhor para ambos os lados.

– Momiji, Botan, andem logo com isso. – Digo em total desanimo.

– Certo. – Respondeu Momiji que acenou novamente para Botan, essa por sua vez deu um tiro que acertou a perna do yokai.

Fiquei somente olhando, aquele trabalho de captura seria fácil para as duas, se eu me envolvesse com certeza o mataria antes de julga-lo, e levaria outra advertência pelos meus atos, ando colecionando elas ultimamente.

Botan desce de seu esconderijo e sendo seguida por Momiji ela joga uma espécie de corrente no yokai que permanecia caído segurando a perna ferida, as correntes prendem os braços do yokai o imobilizando.

– Grrr...Vocês vão se arrepender por isso

– Quantos anos foram na prisão ? Cinqüenta... Cem anos?

– Isso não é da sua conta, humana idiota!

– Deixe-me ver – Pego o papel novamente e começo a ler o seu conteúdo em voz alta – Kageromaru, lindo nome, um tanto comprido, mas lindo. Yokai preso há cem anos. Solto por bom comportamento, motivo da prisão: Matou uma mulher e depois a comeu. Velhos hábitos nunca mudam não é?

– O que esta insinuando?

– Não se lembra? Deixe-me refrescar sua memória, uma mulher, cabelos longos e pretos, pele bem branquinha, encontrada morta á dois dias atrás, causa da morte? Parece que foi atacada por um animal, pois partes de seu corpo tinham sido devoradas. E então, como foi Kageromaru? Sentir o gostinho de carne humana depois de todo esse tempo? Valeu a pena? O suficiente para lhe mandar de volta para o buraco de onde você saiu?

– Cale essa boca. Mande-me pra cadeia de uma vez!

– Cadeia? – Dou uma gostosa risada de satisfação – Não! É muito pouco para um ser desprezível igual a você.

– Quem é você humana? – Os olhos dele assumiu um tom de medo, e um novo sorriso cínico se formou em mim, ele havia percebido.

– Pensei que minha reputação me seguia, mas se você não me conhece, isso quer dizer que não estou fazendo o meu trabalho direito!

– Como não reparei nisso antes? Olhos frios, alma que emana a morte. Um desejo por sangue. Você é a Yuki, não é?

– Bingo. E eu já estava pensando em pendurar um crachá com meu nome.

– Vários yokais da cadeia me contaram ao seu respeito. Um ser sem piedade, fria como a neve.

– Então já sabe seu destino. Vamos começar agora o julgamento de Kageromaru, e o meu veredicto é a morte.

Minhas assistentes olharam assustadas para o réu, mas elas sabiam que nada poderiam fazer, quando dou minha sentença ela era definitiva, e ele a merecia. Morte de humanos causadas por um yokais só levam a uma sentença, e esse, com certeza, era o caso. Ele me olhou assustado por alguns segundos e abaixou a cabeça, mas para minha surpresa ele começou a rir.

– Do que esta Rindo?

– De você humana, eu não tenho medo de você, e muito menos da sua organização, e meu mestre muito menos.

– Mestre? Desde quando vocês tem mestres?

– Sim, meu mestre, ele irá mudar esse mundo e matará os humanos. Vocês não perdem por esperar.

O corpo dele começou a pulsar, e aos poucos foi voltando a sua verdadeira forma, mãos se tornaram garras, sua áurea se tornou maligna, seus dentes formavam presas afiadas.

– Acha mesmo que voltando a sua verdadeira forma você irá me amedrontar?

– Talvez não, mas eu vou poder fazer isso.

Ele se levantou rapidamente, e agarrou as correntes que o prendia, dando um sorriso maligno ele as puxou e conseqüentemente minhas assistentes foram juntas, ele segurou as coitadas pelo pescoço e as jogou em minha direção, se aproveitando do meu momento de distração ele fugiu, abaixei para olhar Momiji e Botan, suspirei de alivio, elas estavam bem, mas desmaiaram com o choque. Assistentes fracas, precisam aprender mais.

– Desgraçado.

Aperto a palma da minha mão com fúria, e corro para alcança-lo, nenhuma de minhas presas já fugiu de mim e essa não seria a primeira vez, não mesmo, não depois que ele destrinchou a pobre garota como se ela fosse um animal, ele merecia a morte e ele a teria pelas minhas próprias mãos. Eu devia isso á garota.

Avisto o yokai de longe, mais uma vez ele estava em sua forma humana, o ferimento na sua perna ainda não havia cicatrizado e deixara um rastro de sangue. Seria fácil localiza-lo.

O desgraçado correu até a entrada de um templo muito antigo, eu o conhecia de nome, sim era o templo da família de uma amiga, já abandonado pelos anos, desde que os pais dela morreram naquele acidente de carro. E o velho templo Higurashi permaneceu trancado desde então, lembro de ter vindo aqui visitá- la quando eu era pequena, junto de minha falecida avó.

Aquele lugar que emanava uma estranha energia continuava vivo em minha memória, a casa do poço. Eu e Kagome brincávamos ali quando pequenas, é claro que escondidas, pois o lugar era de acesso proibido até mesmo para os membros da família.

E era exatamente ali que o yokai entrara.

Aproximei sorrateiramente, minhas roupas negras se misturam com a escuridão do lugar, pego uma pequena arma que estava presa no coldre da minha roupa, uma arma normal não mata yokais, mais aquela arma sim, ela foi feita para isso, as balas eram enfeitiçadas, magia pura e simples desenvolvida pelas bruxas e magos da organização Shikon no tama.

Estava escuro, mas eu conseguia enxergar o ambiente claramente, onde estava aquele ser desprezível? Olho em volta e nada, isso seria impossível eu o vi entra aqui. Caminho para perto do poço e aponto minha arma para dentro dele.

– Merda, está vazio.

Uma coisa chamou minha atenção, atrás do poço havia uma passagem com uma escadaria. Eu me lembrava daquele lugar com todos os detalhes. E aquilo com certeza não estava ali antes! Entro na passagem, eu não sabia o que tinha ali dentro, mas pela trilha de sangue, o yokai entrara lá. Acabou a escadaria e uma outra passagem se mostrou, sendo iluminada por tochas que magicamente acenderam, estranho. No fim dessa passagem, eu enfim percebi o que era aquilo.

– Uma cripta subterrânea, isso não é possível.

Sim era uma cripta, mas o que mais me surpreendeu foi o que ela continha.

Uma pessoa

Um homem de cabelos prateados, enrolado, no que eu identifiquei, como as raízes da arvore sagrada do templo. Uma áurea prateada parecia surgir dele, como se ele estivesse somente dormindo.

Ele era tão.

– Belo...– As palavras saíram como um sussurro de minha boca, quase que involuntariamente.

Ele estava adormecido com uma expressão fria em seu rosto, a visão dele é algo tão divino quanto demoníaco. Aquele rosto ...

Seu rosto.

Fiquei fascinada por aquele rosto, quando finalmente percebi as marcas nele, ele possuía em cada lado da face duas listas roxas e em sua testa uma grande lua crescente, mas as suas orelhas eram diferentes de orelhas humanas, eram pontudas como de um elfo. Foi quando me dei conta de qual raça ele pertencia.

Um yokai, não, eu não podia ter dito aquilo de um yokai, um ser divino? Um yokai divino? Cheguei perto dele, ele permanecia imóvel, num impulso eu toquei sua face, ele estava gelado, estaria ele morto?

– Quem é você?

– Alguém que irá acabar com a raça humana.

Kageromaru saíra de trás da escuridão me surpreendendo. Acho que fiquei tão envolta observando o ser prateado que não o percebi ali. Ele me segura pelo pescoço, tentei pegar a minha arma, mais ele foi mais rápido que eu e a tirou de minha mão. Tamanha foi á força do golpe que me fez um corte profundo na palma da minha mão, o sangue pingava do ferimento.

– Humana estúpida, não percebeu o que eu queria. Eu não te trouxe aqui sem ter um motivo. Por que você acha que eu saí da prisão, e matei um humano na primeira oportunidade que tive?

– Para me chamar, não é? Como eu não percebi isso antes?!

– Meu mestre sabia que lhe enviariam. Sempre te enviam para trabalho assim, não é Yuki? Ele já esperava por isso.

– O seu mestre é esse yokai adormecido?

Ele dá uma risada, parecia que ele estava se divertindo com aquilo tudo

– Não, esse yokai está lacrado a séculos e era atrás dele que eu estava.

– Como assim?

– Meu mestre precisa dele. E você humana é necessária para acorda-lo.

Aproveito que ele estava distraído olhando para o ser de cabelos prateados, com a minha outra mão livre eu saquei um pequeno punhal e o arremessei no olho esquerdo de Kageromaru, com o impacto, ele me soltou, urrando de dor.

– Argh! Sua desgraçada, como ousa?– Ele retirou o punhal do olho, havia sangue para todos os lados.

Tento alcançar minha arma, mais a tentativa foi em vão, Kageromaru me atirou contra o yokai adormecido. Eu me seguro nele, meu sangue suja o seu rosto...

Meu sangue.

Meu adversário me segurou novamente me levantando a meio metro do chão. O seu rosto, agora deformado pelo golpe do punhal, me encarava.

– E então como vai me vencer? Pode ser forte Yuki, mas ainda não passa de uma humana. Fraca e indefesa. Quando eu te matar, os outros yokais vão me reverenciar, eu Kageromaru assassino da poderosa Yuki, fria como a neve. Sua cabeça vale muito!

Começo a sentir uma estranha energia maligna. Kageromaru me solta, ele parecia imobilizado por tal poder. Pela energia, a pessoa era realmente forte.

Quando me dei conta, o corpo do yokai prateado pulsava, o sangue que havia em seu rosto parecia que tinha sido absorvido pela pele dele. Pouco a pouco ele foi abrindo os olhos, os galhos que o prendia estavam desaparecendo.

Pude notar sua roupa, uma kimono branco por baixo de uma armadura, e uma linda estola branca em seus ombros.

Por fim ele acordara por completo. Aquele lindo yokai prateado me olhou e depois olhou para meu adversário.

– Até que em fim você acordou! Vamos aproveite a humana em sua frente e a mate. Depois nos voltaremos para o meu mestre, você nos ajudara a acabar com a raça humana.

– E quem é você? – Ele perguntou num tom de voz frio

– Sou Kageromaru, lacaio de Narak, o seu futuro mestre!

A expressão dele mudou, ele estava com raiva. Olhou com desprezo para Kageromaru, ele passou por mim como um raio e segurou o pescoço dele.

– Esse Sesshoumaru não possui mestre.

Continua.

Capitulo revisado.