Olá a todos! Esta história foi começada no meu fotolog, mas acabou por não ter um final definido no fotolog, mas aqui na fic, vai ter. Como dá para perceber, a história começou a ser escrita na altura do Natal. Leiam e divirtam-se.
Um Natal Atribulado
Fiona Terence olhou pela janela do seu quarto e suspirou. A rua estava coberta de neve, que tinha caído recentemente. Fiona tinha dezanove anos e era uma pessoa um pouco fria. Não gostava muito da época do Natal, pois ela fazia anos no dia 24 de Dezembro e a maioria das pessoas esquecia-se e só lhe desejava um Feliz Natal.
A porta do quarto abriu-se e entraram duas pessoas, os dois irmãos da Fiona. Michael, que tinha quinze anos, era o irmão do meio e Lili, de sete anos, era a irmã mais nova. O Michael era um sonhador, muito inteligente e perspicaz. A Lili, como as crianças da sua idade, era ingénua, acreditava em fadas e via a Tontibella.
Fiona: Então, já foram brincar lá para fora?
Lili: Sim, mas viemos agora para dentro.
Michael: É que eu tenho de estudar e a Lili vai ver a Tontibella.
Fiona: Hum... tudo bem. – disse ela, pouco interessada.
Lili: Já é quase Natal. - disse ela, feliz. - Quero ver o Pai Natal este ano.
Fiona: Deves estar com uma sorte... - disse ela, de modo desdenhoso.
Nesse momento, eles ouviram um grande barulho no telhado.
Michael: O que é isto?
Fiona: Não sei, mas espero que não tenha partido o telhado ou eu zango-me!
Lili: Deve ser o Pai Natal! Ou as fadas! Ou a Tontibella!
Fiona: ¬¬ Tonta és tu. Vamos lá ver o que é. – disse ela, curiosa.
Lili: Queira Deus Santíssimo que seja a Tontibella, a Tontibella santíssimo Deus... – começou ela, a rezar.
Fiona: Cala a boca!
Michael: Passava-me se fosse um daqueles gnomos de natal estilo Grinch para dar birra ao Natal e...
Fiona: Que coisa, calem-se!
Blof...
Fiona, Michael e Lili: Hã?
Eles chegaram ao sótão, abriram uma janela e olharam para o telhado. Um velhote com barbas brancas, vestido de vermelho, estava lá.
Lili: Bolas, não é a Tontibella! – disse ela, desanimada.
Michael: O que é que isso interessa? É o Pai Natal!
Fiona: Mas que raio... - disse ela, sem perceber.
O homem estava desmaiado e eles conseguiram trazê-lo para dentro do sótão. Pouco depois, ele recuperou os sentidos.
Velhote: Onde estou?
Fiona: Está no nosso sótão, velho chanfrado. - disse ela, aborrecida. - Não podia ter ido cair em cima de outra casa qualquer?
Velhote: Eu... de que é que estão a falar? Quem sou eu?
Michael: Oh... parece que ele está com Magnésia.
Fiona: ¬¬X Amnésia, Michael. - corrigiu ela. - Ó velhote, você tem de se ir embora.
Lili: Não podes mandar o Pai Natal embora!
Fiona: Mas os pais vão chegar amanhã de viagem e não vão deixar este velhote ficar cá. – disse ela.
Lili e Michael: Vá lá Fiona, deixa-o ficar. Só por esta noite! - pediram eles.
Fiona: B-bom... pode ser, mas só por esta noite.
Lili e Michael: Yes!
Velhote: Continuo sem saber o meu nome.
Fiona: Olha velhote, se realmente és o Pai Natal, então o teu nome é Nicolau.
Velhote: Nicolau? Não gostou do nome... que tal se me chamarem Ambrósio?
Lili e Michael: Ok.
Fiona: ¬¬X
Pouco depois, a Fiona encomendou uma pizza e todos foram comer. Tinha começado a nevar com força lá fora.
Ambrósio: Será que vou conseguir recuperar a minha memória?
Michael: Claro que sim. Pode é levar algum tempo.
Fiona: Devíamos levar o velhote ao hospital. Pode ter partido alguma coisa com a queda.
Lili: Agora não dá. Vão repetir o episódio da Tontibella que deu hoje e o Ambrósio vai ver o episódio comigo. – disse ela, sorridente.
Fiona: ¬¬ Ai a minha vida...
Michael: Não Lili, o Ambrósio não pode ir ver a Tontibella contigo.
Lili: Porquê? ò.ó
Michael: Ora porque... porque se ele vir a Tontibella vai ficar ainda mais confuso do que já está! E se se conseguir lembrar de alguma coisa, vai-se lembrar ao contrário! Além disso eu tenho ir mostrar-lhe uma coisa que tenho ali no quarto. XD
Lili: ¬¬ Ok.
O Michael levou o Ambrósio até ao quarto.
Ambrósio: O que é que me querias mostrar?
Michael: Bom, é assim... - começou ele, meio atrapalhado.
Ambrósio: Não me digas que é uma playboy com meninas com gorros de natal? - perguntou ele, sorrindo.
Michael: O.O Não.
Ambrósio: Ah, ok.
Michael: ¬¬X Bem, é que eu queria oferecer um presente a uma rapariga de quem gosto...
Ambrósio: Ah. E como é que ela se chama?
Michael: Ingrette.
Ambrósio: O.o Credo. – disse ele, espantado. - Bom, qual é o problema?
Michael: Não sei o que lhe devo oferecer.
Ambrósio: Ah... deixa-me pensar... já sei! Podes dar-lhe uma fotografia tua.
Michael: O quê? Não, nem pensar. - disse ele, muito vermelho.
Ambrósio: Bom... podes dar-lhe um perfume.
Michael: Ela não usa perfume.
Ambrósio: Ok... já sei! Podes pagar-lhe uma operação plástica!
Michael: ¬¬X
Ambrósio: Estou a ver que não gostaste da ideia... bom, olha, sabes o que deves fazer? Dá-lhe o que quiseres. Se ela gostar de ti, vai achar bonito tudo o que lhe deres.
O Michael ficou a olhar para o Ambrósio e depois sorriu.
Michael: Tens razão. Obrigado.
E depois, o Ambrósio foi para a sala ver o resto da Tontibella com a Lili.
O Ambrósio acabou por dormir no quarto do Michael. No dia seguinte, ao pequeno-almoço, todos estavam animados.
Fiona: Pessoal, os nossos pais chegam hoje às oito da noite.
Lili: Fixe. Estou com saudades deles.
Michael: E o Ambrósio?
Ambrósio: Oh, parece que eu vou ter de procurar outro lugar para viver...
Daí a duas horas, onze e meia da manhã, bateram à porta da casa duas pessoas. O Michael foi abrir. Eram a Ingrette Sampaio, uma feiosa, de quem o Michael gostava e a avó dela, uma velha caquéctica, apoiada numa bengala, a dona Eugénia.
Ingrette: Olá Michael. Vim visitar-te e a minha avó quis vir comigo.
Eugénia: Pois. É que hoje em dia os jovens são todos uns tarados e uns malucos! - gritou ela. - A minha neta também é assim. É uma feiosa, estúpida e lingrinhas. Estava bem era fechada num colégio interno, mas pronto.
A Ingrette olhou para a avó, com um olhar reprovador. As duas entraram em casa. A dona Eugénia conheceu os outros e começou logo a dizer mal de tudo.
Eugénia: Michael, que nome estúpido! E tens cara de anormal! - gritou ela, zangada. - E este velho decrépito, parece um clandestino. Devia era denunciá-lo à polícia. E tu, que és a mais velha, Fiona, não é? Pareces um limão azedo!
Fiona: Ei! Veja lá como fala! - gritou ela, zangada.
Eugénia: E esta enjorcada, quem é?
Lili: Eu sou a Lili. E não me chame nomes! – disse ela, quase a chorar.
Eugénia: São é um bando de estúpidos. Como a minha neta! Eu devia era ter ficado em casa.
A Ingrette começou a chorar e o Michael consolou-a. A dona Eugénia continuava a falar mal de tudo e todos. A Ingrette foi sentar-se na sala de jantar. A Lili subiu até ao seu quarto. O Michael ficou na cozinha a preparar um chá para a Ingrette. O Ambrósio foi até ao sótão e a Fiona teve de ir à casa de banho.
Dez minutos mais tarde, a dona Eugénia, que tinha ficado sozinha na sala de estar, parecia ter acalmado, pois não se ouvia nada.
A Lili entrou na sala de estar e soltou um grito agudo. Todos correram para a sala de estar.
Michael: O que se passa?
Ingrette: Ah! A minha avó! - gritou ela, apontando para o chão.
A dona Eugénia estava caída no chão, com uma faca espetada no meio da cabeça.
Fiona: Bolas! Olhem para o sangue que está a sair da cabeça dela! Está a sujar o chão todo!
Ambrósio: Ainda bem que a velha se foi. – disse ele, aliviado.
Lili: Hum... devemos chorar... ou... festejar?
A Fiona, a Ingrette, o Michael, o Ambrósio e a Lili ligaram a música e começaram a dançar, festejando a morte da dona Eugénia. O barulho que eles faziam alertou o vizinho deles, o detective Barroso. Ele foi até à casa e tocou à campainha. A Lili é que foi abrir.
Barroso: Olá Lili. Queria saber porque é que vocês estão a fazer tanto barulho.
Lili: Ah, é que a futura namorada do Michael veio visitar-nos e trouxe a avó dela, uma velha super chata e de que ninguém gostava. E há uns minutos encontramos a velha morta e agora estamos a festejar.
Barroso: O quê?!
Minutos mais tarde, todos estavam reunidos na sala.
Barroso: Ora bem, então alguém matou a velha.
Todos: Eu não fui!
Barroso: Bom, é o meu dever como detective encontrar o assassino ou assassina. Foi um de vocês.
Fiona: Porquê? Podia ter sido qualquer pessoa, mesmo de fora da casa. A pessoa podia ter saltado a janela e matado a velha.
Barroso: Bom, podia ser. Mas os meus honorários são 10.000 dólares por hora e se for a procurar por todas as pessoas possíveis...
Fiona: Já percebi a ideia! Pronto, sai mais barato se acabar por descobrir que foi um de nós.
Barroso: Exacto. Bom, vamos ver, alguém tem um álibi?
Lili: Eu estive no meu quarto, até descer até aqui à sala e encontrar a dona Eugénia morta. Estive a dançar no meu quarto. – disse ela.
Fiona: Eu estava na casa de banho, que fica em baixo do quarto da Lili e ouvia a saltar e dançar durante o tempo quase todo. Até já estava a ficar enervada.
Barroso: Bom... também não penso que tenha sido esta pobre criança. Ora bem, temos quatro suspeitos: Fiona, Ambrósio, Ingrette e Michael. Qual de vocês matou a velha?
Fiona: Eu não matei ninguém.
Michael: Nem eu.
Ingrette: Eu não ia matar a minha avó.
Ambrósio: Eu também não matei a velha. – disse ela, abanando a cabeça.
Barroso: Bom, isto está complicado... bom, vejamos, vocês estavam todos em lugares diferentes... ninguém viu a velha pela última vez?
Todos ficaram calados. Depois, o Michael quebrou o silêncio.
Michael: Bem... eu estava na cozinha a fazer um chá, quando a velhota me chamou e me pediu uma faca e um queijo para comer. Eu trouxe-lhos e deixei-a a comer. – explicou ele.
Barroso: A faca é a mesma que agora está na cabeça da velha?
Michael: Sim.
Barroso: Então foste tu que a mataste!
Michael: Não fui nada! Ela ficou aí a comer. Eu não tenho nada a ver com isso. – defendeu-se ele.
Barroso: Bolas, devia ser uma gulosa, já nem há queijo nem nada. Deve tê-lo comido todo...
Fiona: Esqueça o queijo e concentre-se em descobrir quem matou a velha. – disse ela, aborrecida.
Michael: Bom, acho que é importante o que vou dizer. A cozinha e a casa de banho ficam perto uma da outra. Eu vi a Fiona entrar na casa de banho e só saiu quando a Lili gritou, ao descobrir o corpo da velha. A Fiona passou a correr pela cozinha e eu segui-a até à sala de estar.
Barroso: Tens a certeza disso?
Michael: Sim. É que a porta da casa de banho faz imenso barulho quando se abre, por isso era impossível a Fiona sair de lá sem eu ouvir.
Barroso: Hum... ok. Então a Fiona também está ilibada
Fiona: Finalmente! – disse ela, aborrecida por terem pensado que ela tinha matado a velha.
Barroso: Mas ainda restam três suspeitos. Ingrette, Michael e Ambrósio.
Barroso: Então, qual de vocês foi?
Os três suspeitos permaneceram calados.
Ingrette: Bom, eu não fui... mas... oh... é melhor dizer o que realmente aconteceu. - disse ela, com lágrimas nos olhos. - Eu saí da sala de jantar para ir ver como estava a minha avó, pois ela estava muito sossegada. Cheguei à sala de estar e ela estava a terminar de comer o queijo. Eu aproximei-me dela por detrás e perguntei-lhe se estava tudo bem. Só que ela, como não me tinha visto, assustou-se, a faca caiu no chão, ela desequilibrou-se e... e... caiu no chão e a sua cabeça foi perfurada pela faca.
Todos ficaram calados, a olhar para a Ingrette.
Barroso: Bom, deixe-me ver. A faca caiu no chão e depois a sua avó desequilibrou-se e caiu também no chão. Quanto tempo passou entre a queda da faca e a queda da sua avó?
Ingrette: Bom... uns quatro segundos, diria eu.
Barroso: Ah, ok. Então... - ele olhou para todos e depois fixou o seu olhar na Ingrette. - Você matou a sua avó!
Ingrette: Mas foi um acidente! – gritou ela.
Barroso: Mentirosa! Ora, se passaram quatro segundos entre as duas quedas, a faca já estaria caída no chão, na horizontal e não na vertical. Seria impossível que a sua avó ao cair ficasse com a faca espetada bem no meio da cabeça. Para isso acontecer, a faca teria de cair, mas teria de ficar na vertical. Portanto, você matou-a deliberadamente!
Por uns segundos, a Ingrette ficou calada.
Ingrette: Pronto, apanhou-me! É verdade, eu matei a minha avó. Ela era má e fez-me passar muitas vergonhas. Quando a vi na sala, aproximei-me dela, tirei-lhe a faca da mão e espetei a faca no meio da cabeça dela. – confessou ela.
Michael: Ingrette, como foste capaz?
Meia hora mais tarde, a polícia levou o corpo da D. Eugénia e a Ingrette foi presa.
Michael: Bolas, lá se foi a minha pretendente.
Fiona: Quando os pais chegarem e descobrirem que tivemos aqui um crime, não vão ficar nada satisfeitos. – disse ela. – Nem vão ficar satisfeitos de encontrarem aqui o Ambrósio.
Michael: Mas não o podemos mandar embora assim…
Fiona: Ora bem, se ele bateu com a cabeça e perdeu a memória, eu acho que tenho a solução.
A Fiona foi até à cozinha e depois regressou para perto do Michael, da Lili e do Ambrósio. Trazia uma frigideira na mão.
Fiona: Aqui está a solução.
Ambrósio: Ei! Fiona, não me vais bater com isso, pois não.
Fiona: Claro… que sim! – disse ela e deu uma pancada com a frigideira na cabeça do Ambrósio.
Ele caiu no chão e desmaiou. Quinze minutos depois, voltou a acordar.
Lili: Estás bem Ambrósio?
Ambrósio: Eu… eu recuperei a minha memória!
Fiona: Vêem? O meu método resultou. – disse ela, sorrindo.
Ambrósio: O meu nome é Nicolau. Eu sou o Pai Natal!
Fiona: Pai Natal? Você é doido!
Ambrósio: Mas eu sou mesmo o Pai Natal!
Fiona: Pois, deve ser, deve. – disse ela, com um tom irónico. – Bom, deixem-me ir ali até à entrada…
A Fiona foi até à entrada, onde estava o telefone e fez um telefonema. Uma hora depois, chegaram dois homens do manicómio e puseram o Ambrósio num colete de forças.
Ambrósio: Mas eu sou mesmo o Pai Natal!
Fiona: Não és nada! Seu maluco!
E o Ambrósio foi levado.
Lili: Ó mana, assim não vamos receber presentes no Natal.
Fiona: Paciência.
Michael: Bolas, perdi a minha amada e o Pai Natal, tudo no mesmo dia…
Lili: Eu estou triste…
Fiona: Vai ver a Tontibella que isso passa. – disse ela. – Bom, agora vou fazer alguma coisa para nós comermos.
A Fiona saiu dali, deixando a Lili e o Michael a sós.
Lili: Tenho a certeza que o Ambrósio é o Pai Natal.
Michael: Pois, mas não há como provar isso…
Mas o facto é que, a partir do momento em que o Ambrósio foi parar ao manicómio, nunca mais foi visto o Pai Natal.
Fim!
Os destinos das personagens:
Fiona Terence: A Fiona continuou a não gostar do Natal, mas no Ano Novo o detective Barroso decidiu declarar-se a ela e ela aceitou namorar com ele, apesar de terem uns vinte anos de diferença. Agora anda a pensar em casamento.
Michael Terence: A cinco de Janeiro, o Michael foi atropelado por um camião, foi parar ao hospital e apaixonou-se por uma outra paciente que estava lá internada. Ela declarou-se a ela, mas infelizmente ela já tinha namorado, que ouviu a declaração do Michael e lhe deu uma carga de porrada. O Michael ficou internado três meses no hospital, por causa disso.
Lili Terence: Continua a ver a Tontibella e agora decidiu que quer ser actriz. Deixou de acreditar no Pai Natal quando o seu pai se vestiu de Pai Natal e a barba do pai dela caiu no chão.
Pais da Fiona, Michael e Lili: Continuam casados, mas o pai dos três ainda a trair a mãe e a mãe anda a gastar o ordenado todo do marido em jóias.
Ambrósio/Nicolau: Continua a afirmar que é o Pai Natal, por isso continua no manicómio.
Ingrette Sampaio: Está numa casa de correcção, por ter matado a sua avó. Está a recuperar lentamente.
Dona Eugénia Sampaio: Morreu. Bem feito.
Senhores do Manicómio: Continuam a trabalhar no manicómio.
Detective Barroso: Declarou-se à Fiona no Ano Novo e agora namoram. Decidiu abrir uma agência de detectives só sua, para ganhar muito dinheiro e casar com a Fiona.
