Uzumaki Naruto, o Jinchuuriki de dezoito anos da Kyuubi no Yoko—ou Kurama—, um garoto loiro de olhos azuis-cerúleos, caminhava felizmente por Konoha, sua casa. Fazia dois anos desde que derrotara Obito e Madara, com a ajuda de Kurama. E sua fama na aldeia só aumentou. Todos o amavam agora. Ninguém mais o temia ou o odiava. Ele finalmente se sentia... aceito. Nada podia estragar sua felicidade.

Ele notou um aldeão olhando-o com admiração e uma multidão de mulheres lhe enviando sorrisos sedutores, e ele apenas devolveu o sorriso com seu sorriso de marca registrada, sem notar a maliciosidade por trás daqueles sorrisos.

"Olha, Kaa-chan, o Anjo Laranja," disse uma menininha apontando para ele com uma enorme admiração.

Desde que derrotou Obito e Madara, Naruto foi chamado de 'Anjo Laranja ' por todos, pois, de acordo com eles, ele era o anjo que salvou o mundo, e também porque ele vestia bastante laranja.

Naruto aproximou-se de uma floricultura e tirou uma única rosa. Ele foi até a menininha e colocou a rosa em sua orelha.

"O único anjo aqui é você, querida." O loiro bagunçou seus cabelos, enquanto a mãe da menininha o olhava com um sorriso.

Naruto devolveu o sorriso e retomou a caminhada.

Ele estava indo até o seu restaurante preferido: Ichiraku Ramen.

Quando o lugar já estava em seu campo de visão, Naruto inspirou o ar, e o doce aroma de ramen infestou suas narinas. Ele deu um suspiro melancólico. Como sentira falta daquele cheiro.

Ele entrou no Ichiraku, dizendo, "Yo, Ayame-nee-chan."

Ayame Ichiraku, filha do proprietário do restaurante e uma das melhores amigas de Naruto, virou-se e sorriu ao vê-lo. "Ora, se não é o Anjo Laranja de Konoha. Posso saber o que o maior herói que a vila já teve está fazendo em nosso modesto restaurante?"

"Ah, deixa disso, Ayame-nee-chan. Não importa minha mudança social na aldeia, sempre serei o mesmo Naruto que adora ramen."

"Fico feliz em saber que você não deixou a fama lhe subir a cabeça."

Naruto sentou-se em um dos banquinhos do restaurante, sorrindo. "Eu também. Por um momento pensei que tudo mudaria desde que derrotei Pain, mas fico feliz em saber que estava errado."

"Todos estamos, Naruto."

E então Teuchi Ichiraku, proprietário do restaurante, pai de Ayame e figura paterna de Naruto, apareceu e ao ver Naruto, ele disse, "Oh, Naruto, faz tempo que não nos vemos."

"Sim, Tio. Sinto muito por não ter vindo antes, mas é que eu esperei essa coisa de herói esfriar até sair de casa em público novamente," Naruto explicou dando-lhe um sorriso de desculpas.

"O que importa é que você está aqui agora. E não se preocupe. Hoje é por conta da casa. Para o herói que salvou o mundo."

"Valeu, Tio," Naruto agradeceu dando o seu sorrisão. "Eu vou querer um miso ramen— tebbayo!"

"Ei, Dobe," disse uma voz atrás do loiro, fazendo-o se virar e dar de cara com um rapaz de sua idade com cabelos negros com as pontas formando as penas da bunda de um pato e olhos negros. "Voltando ao vício de ramen?"

"Sim, Teme," Naruto respondeu sorrindo.

"Será que vocês dois nunca param com essa coisa de 'Dobe' e 'Teme'?" uma garota de cabelos róseos e olhos verde-esmeraldas dizia frustrada para ambos.

Eles se entreolharam e deram de ombros. "Não."

A garota deu um suspiro de derrota.

Os nomes deles eram Sasuke e Sakura, ex-companheiros de equipe de Naruto e melhores amigos dele.

Sasuke costumava ser um nuke-nin de Konoha, mas quando ele e Naruto lutaram juntos contra Obito e Madara, o moreno finalmente percebeu o que era importante e voltou ao seu lar—antes de ser condenado a um ano na cadeia.

Sakura e Sasuke—após o último mencionado sair da prisão—, formaram um relacionamento, e por mais que Naruto estivesse triste por ver o amor de sua vida com outro homem, ele estava feliz por eles.

"Aqui está!" disse Teuchi, colocando um prato em frente a Naruto, que deu um sorriso de agradecimento ao velho amigo, e se banqueteou.

E logo depois de uma tigela de Sakura, duas de Sasuke, e trinta de Naruto, os três saíram do restaurante e ficaram caminhando felizmente pela vila conversando animadamente, até Naruto ver que o sol já estava se pondo.

"Esse dia foi ótimo, galera, mas agora eu preciso voltar para casa. Até!" Naruto correu acenando para os amigos.

"Até!" Sasuke e Sakura acenaram de volta.

Ao chegar em seu apartamento—Tsunade, a atual Hokage de Konoha, insistiu para que ele ficasse com uma casa melhor, mas ele queria se manter no seu apartamento—, o loiro comeu seu jantar da noite, tomou um banho, fez sua higiene dental, e nem se deu ao trabalho de colocar um pijama. Caiu na cama com roupa e tudo. Estava exausto com o longo dia que teve.

Ele estava dormindo pacificamente. Até que ele sentiu-se sendo perturbado—quase como se fosse levado para outro lugar. Ele arregalou os olhos e se viu em um campo gramado. Ele olhou em volta e pôde ver apenas um homem de pé. Era um homem com cabelo loiro em um e olhos azuis... parecidos com os dele.

Ele logo reconheceu o homem e arregalou os olhos. "Tou-chan?"

O homem sorriu.

"Olá, Naruto. Você cresceu."

"Mas como... Você disse que..."

"Sim, eu sei que eu disse que estava morto e que não apareceria mais, mas é uma emergência. Estou aqui para conversar."

Naruto arqueou uma sobrancelha.

(MEIA HORA DE EXPLICAÇÃO DEPOIS)

"Então, o que você está me dizendo é que... existe uma força que são os deuses gregos olimpianos... e que você é Hefesto, o deus da forja e do fogo... e que eu sou seu filho, fazendo de mim um semideus?" Naruto dizia.

"Sim," respondeu Hefesto.

"Andou bebendo?" perguntou Naruto.

Hefesto deu uma gargalhada, divertindo-se com isso.

"Você é igualzinho a sua mãe, sabia? Teimoso como uma mula. Ah, que saudade de Kushina. A mulher mais bonita, corajosa e gentil que já conheci."

"Kaa-chan..." Naruto murmurou. Aquela palavra lhe parecia tão distante e inalcançável. "Mas espere... eu me lembro de você falando que tinha uma esposa no Olimpo. E quanto a ela?"

"Bom..." Hefesto não sabia o que falar, e arranhou a parte de trás da cabeça enquanto sorria timidamente. " Como eu disse antes, Kushina era a mulher mais bonita, corajosa e gentil que já conheci."

Naruto deu uma longa gargalhada.

"Naruto, você tem que acreditar em mim. Há problemas na minha dimensão que você nem imagina. Os deuses estão em guerra." Hefesto estava agora sério.

"Por quê?" perguntou Naruto.

"O raio-mestre de Zeus foi roubado," respondeu Hefesto ainda mais sério. "Alguém o roubou."

"Quem?"

"Um garoto chamado Percy Jackson. Pelo menos, é o que Zeus pensa. Mas não acredito nisso. Percy não parece esse tipo de semideus."

"E então por que ele está sendo acusado?" perguntou Naruto, confuso.

"Por ser filho de Poseidon, deus do mar e irmão de Zeus," respondeu Hefesto. "Zeus não confia muito em Poseidon, depois de um... ahn... mal-entendido familiar."

"Tradução?"

"Pense em uma rede de ouro e uma ordem para ser um rei melhor."

"Mas o que isso— ah!"

"Sim. Você deve saber que existe uma outra dimensão diferente dessa. Ela é muito diferente desta dimensão, pois os humanos de lá não são capazes de utilizar chakra. Os deuses vivem nela."

"Está querendo dizer que existe outra dimensão diferente dessa, e é lá em que os deuses vivem?"

"Exato."

"Caramba..."

"Pois bem," Hefesto continuou, "você deve ir para lá. Zeus acusou Poseidon de roubar seu raio-mestre. Ele sabia que Poseidon não poderia tê-lo roubado sem um herói, e ao descobrir sobre Percy, que é filho de Poseidon, ele o acusou. E ele deve devolver o raio."

"E o que eu posso fazer?" perguntou Naruto determinado.

"Ajude-o," disse Hefesto sério. "Ele, acompanhado de uma semideusa e um sátiro, está em uma missão para resgatar o raio, mas ele terá mais chances com você. Você tem muito conhecimento de luta vivendo nessa dimensão."

"Está querendo que eu... vá para sua dimensão?" perguntou Naruto de olhos arregalados.

"Sim." Hefesto acenou com a cabeça.

"Mas e os meus amigos?" perguntou Naruto. "Eu não posso simplesmente deixá-los—"

"Naruto, eu te imploro, não como deus, mas como pai, por favor—eu não quero que minha família se despedasse desse jeito. Eles podem não gostar de mim, mas ainda são minha família e não quero que se machuquem." Hefesto estava de joelhos, com a cabeça em cima das mãos, que estavam no chão. "Por favor..."

Naruto olhava Hefesto surpreso. Este homem—seu pai—se preocupava tanto assim com sua família, a ponto de se ajoelhar diante do próprio filho e implorar, mesmo ele próprio tendo dito que eles não gostavam dele?

Naruto abaixou a cabeça, a bandana escondendo seus olhos. Ele podia entender Hefesto. Ninguém na aldeia nunca se importou com ele. Naruto era tão odiado quanto Hefesto, mas ele sempre iria querer a segurança de sua vila, pois apesar do ódio deles Konoha era sua casa, e seus amigos viviam lá. Pelo menos ele, no final, conseguiu o respeito que tanto queria.

"Levante-se," ordenou Naruto, ainda de cabeça baixa.

Hefesto olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e viu Naruto levantando a cabeça, um sorriso preenchendo o rosto do Uzumaki enquanto ele tinha um brilho flamejante de determinação nos olhos cerúleos.

"Não se preocupe, Tou-chan! Eu prometo que vou trazer esse raio de volta— tebbayo! Eu juro pela minha vida. E se você deve saber uma coisa sobre mim é que eu nunca volto atrás com a minha palavra. Esse é o meu caminho ninja."

Hefesto olhava surpreso para seu filho, que mantinha o enorme sorriso no rosto.

Mesmo quando ele sofreu tanto na vida, ele consegue sorrir, pensou Hefesto. Mesmo quando ele passou por tanta coisa—enfrentou tanta coisa que ninguém conseguiria enfrentar—ainda se mantém firme, mantém a fé e a determinação. Mesmo quando eu lhe causei tudo isso, ele ainda promete me ajudar. Naruto, eu me orgulho de você ser meu filho. Você sem dúvida será um herói como nenhum outro antes de você.

"Obrigado, Naruto," agradeceu Hefesto, agora com lágrimas de felicidade saindo de seus olhos. "Muito obrigado."

"O.k., vamos acabar com o momento meloso— tebbayo!" disse Naruto. "Preciso ir logo."

"Certo," concordou Hefesto se levantando e limpando as lágrimas de seus olhos. "Vou enviá-lo para onde eles estão. Mas antes... tome." Hefesto pegou uma coisa quadrada e estranha e a entregou a Naruto. "Para você."

"Hum... O que é isso?" perguntou Naruto, confuso. Era alguma coisa com apenas três botões embaixo, enquanto uma tela ocupava toda a coisa.

"Um celular," respondeu Hefesto. "Na minha dimensão, é um aparelho que serve para as pessoas se comunicarem quando estão longe, não diferente dos fones de comunicação que você usa em suas missões."

"Maneiro." Naruto olhou o celular, suspirando.

"E tem mais," disse Hefesto, com os olhos brilhando. "Aperte o botão debaixo da tela."

"Qual?"

"Qualquer um."

Naruto o fez, e automaticamente o celular se transformou em uma espada. Era uma espada com uma lâmina grande de dois gumes feita de bronze com um cabo negro detalhado com desenhos de chamas.

"Maneiro." Naruto suspirou.

"E os outros dois botões se transformam em outros tipos de armas. O do meio uma espada, o direito um martelo e o esquerdo uma foice."

"Incrível." Naruto sorriu mais largamente. "Vamos ver o que essa belezinha pode fazer."

"Bom," disse Hefesto, "agora é a hora de enviá-lo para a minha dimensão."

"Pode deixar comigo— tebbayo!" gritou Naruto, sorrindo. "Não vou decepcioná-lo, Tou-chan! Vou deixá-lo orgulhoso!"

Você já me deixou, meu filho, pensou Hefesto estalando os dedos, e tudo ficou preto para Naruto.

De certa forma, é bom saber que os deuses gregos existem, pois assim você tem alguém a quem culpar quando as coisas dão errado.

Esses eram os pensamentos de Percy Jackson, filho de Poseidon e dono de cabelos pretos bagunçados e olhos verdes. Ele e seus amigos, Grover, o sátiro, e Annabeth, filha de Atena, haviam acabado de destruir um ônibus quando lutaram contra três Fúrias, e isso não era divertido para Percy.

De repente, ele viu um buraco negro surgir acima deles, e um garoto cair do céu, e depois—BOOM! Ele caiu em cima dele.