Prólogo
Conheça Timthraill, empresa limitada que tem como sócios em divisão igualitária de posse Joe e Emi, um casal de amigos com olhos bem abertos para o futuro e que viram em uma casa de shows uma forma lucrativa e viável de realizar o seu sonho de viver da música. Atualmente aposentados, os fundadores deixaram a liderança de seus negócios com casal Ruki e Reita.
Ruki, Matusmoto Takanori. Filho de Emi e atualmente um promotor de eventos particulares de sucesso. Reita, Suzuki Akira. Namorado do tempo de escola de Ruki, teve Joe como seu primeiro e único empregador, hoje sob a função de administração financeira e contabilidade. Akira representa os braços esquerdo e direito de Joe.
Juntos eles tinham uma empresa familiar que realmente dava certo. Talvez porque os 'membros da família' não tivessem relação nenhuma de sangue. Salvo é claro, Ruki e sua mãe.
A casa de shows e o salão de festas representavam os lucros mais altos desta empresa familiar e a casa noturna representa um rio que vertia capital semanalmente. Não era a empresa mais fácil de se administrar, mas Akira –que aqui trataremos como chefe 'A'- contava com a ajuda competente do seu melhor amigo, Aoi.
Em teoria Aoi era herdeiro de uma herança milionária, mas não abria mão de trabalhar com a família que havia escolhido para si. Reita era como um irmão e Ruki já tinha o feito aderir ao termo 'cunhado' para se referir à si, bem como Joe assumiu logo em sua adolescência o espaço deixado por um pai ausente. Formado em direito Aoi auxiliava Reita em quase tudo. Algumas vezes se via fazendo coisas para ajudar Ruki também, como recepcionar convidados e coisas assim, mesmo que nada tivesse a ver com a sua formação; esta era a parte que fazia porque amava o negócio da família.
Ruki –que aqui trataremos como chefe 'B'- é claro, também contava com a segurança de ter um irmão que a vida lhe presenteou em forma de amigo para o ajudar nas tarefas que lhe cabiam. Ruki e Uruha falavam na mesma língua, profissionalmente falando. O que era proposto por um logo era compreendido pelo o outro, mesmo que Uruha estivesse ali muito mais para executar as ideias de Ruki, sua profissão oficial no diploma era de Artes Visuais. Uruha também era o fotografo oficial da casa e a única pessoa capaz de visualizar os projetos de Ruki com a mesma visão artística.
Claro que estes eram os pilares que faziam aquele negócio ambicioso dar certo, e nenhuma empresa consegue suprir sua necessidade comercial sem uma equipe de funcionários. E Timthraill tinha uma quantidade razoável de pessoas em sua receita, pessoas treinadas e habilitadas a executar suas tarefas apenas, diferente de Reita, Ruki, Aoi e Uruha.
Nenhum dos quatro fazia uma coisa apenas ali, afinal era uma família e aquele era um negócio familiar. Ainda assim todos sabiam que toda e qualquer decisão financeira não aconteceria sem a aprovação de Akira, e nenhum projeto sairia do papel se não fosse aprovado por Ruki; nem mesmo os shows incríveis que Miyavi agendava para a casa aconteciam sem o aval artístico de Takanori.
E no meio de tudo isso estavam todos aqueles funcionários. A equipe era basicamente dividida em dois grupos:
Uma equipe técnica que cuidava tanto do palco de shows, como da pista de dança e os efeitos audiovisuais dos eventos promovidos por Ruki. Este pessoal era normalmente cobrado e vigiado por Uruha, que a partir deste momento já podemos passar a tratar como combatente número um.
A outra equipe era formada pelas pessoas que atendiam diretamente ao público das três casas. Bares, entradas e principalmente, seguranças. Este pessoal era normalmente cobrado e vigiado por Aoi, que a partir deste momento também já podemos passar a tratar como combatente número dois.
Era uma divisão muito simples e clara. Aoi e Uruha cuidavam de todo o pessoal como bons gerentes enquanto Ruki dava o seu melhor nos eventos que eram, de longe, com o que a casa mais lucrava. E Reita fazia o seu melhor naquilo que só ele gostava de fazer, que era gerenciar para onde ia o dinheiro nas datas certas e do modo correto. Colocado desta forma, seria correto afirmar que com exceção dos chefes Reita e Ruki, eram eles quem mandavam e colocavam (ou deveriam colocar) ordem na casa.
Combatentes, sim. Pois como desfecho de uma batalha que travavam desde o tempo do ensino médio, estes dois seres de personalidades distintas e desconformes não conseguiam de forma alguma ter algum tipo de sintonia nas suas vidas profissionais, e muito menos falavam no mesmo idioma empresarial. Eram amigos, com certeza e se amavam como tal, mas nunca foram capazes de resolverem-se como deveriam em suas vidas pessoais, e isto talvez se refletisse na catástrofe profissional que acontecia cada vez que Aoi e Uruha divergiam em alguma ordem dada dentro da casa.
E nem isto seria assim tão trágico, se eles não discordassem de praticamente tudo quando estavam dentro da casa de shows de Emi e Joe. Interpretando Timthraill como um negócio cujo sucesso dependia da sinergia entre dois polos, coordenados pelo representante do chefe A e pelo representante do chefe B cooperando um com o outro de forma amigável. Era possível que aquele lugar nunca mais fosse o mesmo após segredar esta batalha de orgulho contra o tempo.
Aoi insistia em chamar de karma;
Uruha ainda acreditava em amor;
Ruki tentava apenas se manter neutro para não ficar entre seu amigo e o melhor amigo de Reita;
Reita apenas desejava desesperadamente que os amigos conseguissem sobrevier um ao outro sem destruir a casa de shows nesta guerra particular;
Joe por muita sorte estava sempre viajando e não tinha a real noção desta batalha;
E apesar de ter reforçado a apólice de seguro, Emi dizia que quando os dois percebessem que não lutavam guerra nenhuma, todos teriam o que queriam.
Notas: Yeah yeah meus defeitos são rentáveis para vocês, bem no fim eu não consegui deixar aquela história entre Aoi e Uruha sem um final /lixa
eu nunca consigo *se arrasta*
Então sim, esta fanfic é tipo uma continuação de "A luz que brilha em teus olhos" mas somente com Aoi e Uruha. Eu já devo ter falado que criei certa incompatibilidade com este ship nos últimos anos. Ah sim, é por isto que eu estou com dificuldade para concluir "Pulse" /corre mas de verdade, não me convenci do final que dei para eles em a "A luz que brilha" e se eu não me convenço, não vou conseguir convencer vocês.
Se tudo der muito certo pode ser que me inspire para concluir "Pulse" de uma vez depois desta fic. O único problema é que eu acho que a Dani vai me matar quando perceber que eu coloquei mais uma fic na frente de "Passos", vou precisar de reforços na segurança :3
Bom, para quem leu as notas e ficou "WTF A luz que brilha em teus olhos, Pulse e Passos?", aqui:
A luz que brilha em teus olhos:
Pulse: (já foram avisados que ela ainda não está concluída)
Passos:
Agora notas do texto:
Timthriall segundo o tradutor do google é ciclo em irlandês, tentei várias apalavras, mas esta me pareceu legal para ficar em frente de uma casa noturna com uma letra estilosa. Em irlandês porque é a descendência de Emi Cristina Vontrukel. Sem mais justificativas.
E sim, serão textos breves e rápidos. E uma fanfic bem curta só pra dar aquele final decisivo que os dois não tiveram na outra fic. Amo-vos.
