-Eu só… Para, mãe! Eu já tenho 17 anos! Não é justo. Eu não quero aquela... Aquela... argh!

Claro que eu já tinha perdido o controle, eu simplesmente odiava minha vida. Eu nunca conheci minha mãe e meu pai havia se casado com essa mulher há cerca de 5 anos, mas seu relacionamento com ela já era longo o suficiente para que eles tivessem uma filha de 13 e um filho de 15.

E ela era um amor, eles diziam. Loirinha dos olhos claros, parecia um anjo. Eu simplesmente a odiava, ela era tão bonitinha e sempre fazia tudo como todos queriam, tinha ótimas notas e até aprendera a tocar piano sozinha.

Eu? Há! Eu era a ovelha negra da família. De fato, ninguém sabia de onde viera meus olhos e cabelos negros, talvez de minha mãe, aquela vadia. Eu já havia repetido 2 vezes na escola, sendo uma delas por faltas. Minha ficha criminal era boba, um pouco de perturbação do sossego e vandalismo... Eu simplesmente amava quebrar as coisas – principalmente quando fico bêbada.

Mas a questão agora era só uma: Neal, chegara à puberdade meu pai parecia não confiar em continuar permitindo que a pequena Emma dormisse com um garoto com mania de bater uma antes de dormir, então obviamente, fizeram o óbvio: "Porquê ela não dorme com Regina?"

Porque? Bem... Por que... Por que eu nunca dormi com irmão nenhum, oras... E não pretendia começar agora. Tudo bem que isso talvez fosse devido à alguns privilégios por ser a mais velha, mas eu vivia num mundo completamente diferente dos meus irmãos... Da minha família, ou até mesmo de 99% dos residentes desse planeta.

E eu já tinha cansado de gritar e bater na porta do quarto de meu pai e sua mulher, eles simplesmente me ignoraram. Apenas revirei os olhos e me virei para sair dali, dando de cara com uma pirralha loirinha com os belos olhos esverdeados cheios de lágrimas, me olhando como se eu fosse um monstro e aquilo, de alguma forma me partira o coração.

Filha duma puta. E sim, era o que ela era. E sim, também, ela não tinha a menor culpa.

-Eu... Gina... Me desculpa... Eu não queria...

-Hey, Emm... Vem cá... Você não tem culpa... Eu só... Não estou acostumada a dividir a minha cama com ninguém e sou muito espaçosa...

Ela continuara cabisbaixa e eu tive de abraçá-la forte. Engraçado que ela já era quase da minha altura, apesar dos 3 anos de diferença. Não é que eu fosse boazinha, mas eu não queria ser a culpa dela chorando nem nada pior. Peguei a garota facilmente no colo, já que ela era magrinha e eu relativamente forte para uma garota e coloquei ela na minha cama, que por sorte, era de casal.

Beijei demoraramente sua bochecha antes de olhar em seu rosto e vê-la sorrindo, não acostumada com atitudes bacanas da minha parte.

-Já tomou banho?

-Uhum... e já coloquei meu travesseiro aqui também...

Ela apontou, mostrando que tinha pegado um espaço pequeno da cama e aquilo acabou por me fazer sorrir, eu não era tão filha da puta assim também, afinal, a puta da história era a mãe dela e não a minha. Mesmo que eu tivesse raiva dela, ela era só uma vadia, não uma puta. Não pra mim, de qualquer forma.

-Certo... Eu vou tomar um banho e já venho deitar, pode ficar a vontade... Só não faz bagunça, por favor...

E ela sorrira de uma forma tão linda pra mim que eu apenas sorri de volta, indo tomar um banho frio já que estava bem quente, o que seria outro problema de dividir a cama com Emma. Eu não poderia dormir nua nem nada e seriam dois corpos quentes próximos, ou seja: calor em dobro.

Não demorei e voltei enrolada na toalha, terminando de me secar sob os olhares curiosos dela e logo coloquei uma calcinha preta e uma camisetinha regata, justinha no corpo. Entrei debaixo do lençol e ela simplesmente deitou no meu peito, me abraçando de uma forma que eu achei meio invasiva no inicio, mas poucos segundo depois parecia gostosa.

Ela não demorou para pegar no sono enquanto eu acariciava suas costas, mas eu não conseguia dormir cedo, simplesmente não conseguia e fiquei lendo um livro ali, olhando-a eventualmente com medo de que ela rolasse para fora da cama.

O problema não foi ela rolar da cama, o problema foi o lençol deslizar pelo corpo seminu dela quando ela virara, deitando-se de bruços ao meu lado. Engoli em seco, talvez não tivesse sido uma boa ideia Juliette Society com uma criança do lado.

Meus dedos que eventualmente acariciavam suas costas deslizaram suavemente por sua cintura e lateral dos quadris. Mas onde diabos essa menina arranjara esse corpão de mulher? Confesso que inicialmente senti um pouco de inveja da cinturinha bem formada seguida pela bunda redondinha perfeitamente delineada pela calcinha preta. Senti um calor já conhecido por entre as pernas e acabei por me tocar para ter certeza do que sentia.

Não precisei sequer afundar os dedos em mim para me sentir molhada. Mordisquei meu inferior e fechei o livro, desligando a luz e aproveitando apenas a claridade da Lua que entrava pela janela, que estava aberta devido ao calor que fazia. Aquele corpinho na penumbra estava me deixando louca e eu sabia exatamente como aliviar essa tensão. Os dedos já conheciam perfeitamente o caminho e embora eu não pudesse me movimentar muito, já que não pretendia que ela acordasse enquanto eu me tocava.

Mordisquei fortemente o inferior para não gemer e não demorou para sentir aquele alívio delicioso seguido pelo relaxamento dos músculos e, eventualmente, um cansaço gostoso que me fizera deitar, lamber meus próprios dedos e abraça-la. Eu precisava abraça-la. Sentí-la em mim e ela não dificultara, pelo contrário, apenas pulara em meu colo, deitando a cabeça sobre meu peito e encaixando aqueles pequenos seios na lateral de meu corpo. Eu não tinha reparado antes, eu nunca havia reparado naquilo, mas Emma era deliciosinha. Um dos corpos femininos mais lindos que eu já havia visto e eu nem havia visto direito.

De uma coisa eu sabia, eu passaria por longas noites com essa garota do meu lado... Ah, isso eu ia.