"Merda." Hiroki disse de repente.

"Alguma nota ruim?" Nowaki perguntou, saindo do banheiro com uma toalha enrolada na cintura.

"Todas. O problema são as minhas costas." O professor respondeu, fazendo uma careta quando se espreguiçou e ouviu algumas de suas articulações estalarem. Efeito causado por ele ter permanecido curvado sobre a mesa por quase um dia inteiro.

"Que horas são?" Ele perguntou.

"Quase 11... Hiro-san, as suas costas doem?" Nowaki saiu do quarto, agora totalmente vestido, secando o cabelo com a toalha.

"Um pouco, por quê?"

"Eu posso te fazer uma massagem..."

"E o que me garante que você não vai fazer minhas costas doerem ainda mais, depois?" Hiroki rebateu, desconfiado.

Ouvindo isso, um sorriso perverso apareceu no rosto do mais novo. "Apesar que eu adoraria fazer outra coisa com você Hiro-san, minhas intenções são as mais puras possíveis agora."

Transformando seus olhos em duas fendas, Hiroki encarou os brilhantes olhos azuis de Nowaki, até que desistiu e suspirou derrotado.

"Tudo bem, mas se você fizer qualquer coisa engraçadinha, serão suas costas que vão doer." Ele ameaçou.

"Okay, Hiro-san." A ameaça só servindo para aumentar o sorriso do moreno.

Hiroki suspirou novamente e se levantou, indo diretamente para o quarto, com Nowaki praticamente em seus calcanhares.

O professor tirou a camiseta cinza que vestia, e se jogou na cama, rosto virado pra baixo, esperando as mãos de Nowaki espalharem calor pelo seu corpo - como faziam sempre que o moreno o tocasse.

Quando Nowaki finalmente começou, ao invés da sensação pele/pele que esperava, o que sentiu foi algo frio e de certa forma pegajoso.

"Nowaki! O que diabos você está passando em mim?!"

"Hidratante." O pediatra respondeu simplesmente.

"E desde quando temos hidratante em casa?"

"Não sei." O moreno disse, apertando com força na região entre os ombros e o pescoço do mais velho.

Hiroki deixou o assunto passar, ele não poderia ligar menos pra isso agora.

Meu deus, as mãos de Nowaki são incríveis...

Em pouco tempo Hiroki estava pronto pra se fundir com a cama a qualquer momento.

Nowaki continuava suas ministrações, mas mesmo que antes tenha dito que tinha "as mais puras intenções", os gemidos ocasionais de seu amante não estavam contribuindo para o seu auto-controle.

"É tão bom..." O professor sussurrou, com a voz arrastada.

O moreno riu baixinho, se deslocando para o lado da cama, e acariciou a bochecha de Hiroki.

"Hiro-san, você é tão fofo."

"Eu não sou fofo, idiota." Ele rosnou.

Nowaki abriu um sorriso e se levantou, indo em direção ao banheiro.

Quando o calor do mais alto desapareceu, Hiroki abriu um olho a tempo de ver a porta do banheiro se fechar suavemente.

"O que você vai fazer?"

"Banho gelado." Nowaki respondeu pela porta.

Entendendo o significado dessas palavras, cor subiu ao rosto do mais velho.

"Pervertido" Ele grunhiu.

Em troca, ele só ouviu o som de risadas vindas do banheiro.


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